Promessa
Summer Ballard-Hunt
Assim que saio do banheiro, termino de vestir o roupão de seda. Com os cabelos ainda presos em um coque eu vou até o closet e abro uma gaveta.
Quis tomar um banho de banheira mesmo com aquele ferimento idiota, nem estava doendo tanto então não podia infeccionar, então apenas fui me aliviar.
Meus dedos tocam a calcinha de renda quando ouço uma porta abrir, sei quem exatamente está entrando no meu quarto tão tarde da noite.
Puxo o que eu usei para prender meus cabelos e eles caem sobre um ombro meu, me aproximo da porta do closet e vejo Matteo observando a cama.
-Pelo visto atirar almofadas não fez você desistir da ideia.- falo e ele vira lentamente para mim.
-Quero saber se vai estar sempre jogando coisas em mim.- ele fica parado no mesmo canto.- Para me preparar.
-Depende do quanto você me irritar.- falo ainda do mesmo lugar.
Tudo com Matteo é um jogo, ele quer que eu dê o primeiro passo e eu quero que ele dê o primeiro passo. Então estamos apenas parados nos observando.
-Então seria melhor eu tirar os vasos e jarros da casa.- seus olhos focam nos meus.
-Então está planejando me irritar de novo.- falo no mesmo tom.
-Você é fácil de irritar.- ele sorri.- Acho que é inevitável.
-Sou tão irritável quanto você.- minhas mãos se mexem e ele segue o movimento.
Puxo o laço do roupão e ele fica frouxo envolta do meu corpo, Matteo observa enquanto eu passo o roupão pelos meus ombros e deixo ele deslizar pelo meu corpo até cair no chão.
-Já notei que tem um temperamento difícil.- começo a andar na direção dele.
Matteo passa os olhos pelo meu rosto e desce até meus seios já duros de desejo, então sinto o olhar dele pelo meu abdômen e ele se detém no curativo lembrando que estou ferida.
Logo seus olhos continuam e param exatamente onde quero que estejam, solto uma risada baixa e ele volta a olhar para mim. Não vou perder esse jogo, ele vai.
-Quer me tocar, Matteo?- pergunto e ele fica calado.- Quer tocar meu corpo?
A garganta dele oscila quando eu sento na cama, bem na frente dele, apoio meus braços atrás do corpo e sem vergonha nenhuma abro minhas pernas para ele ver.
-É tão difícil decifrar você quando está quieto.- me movo até o meio da cama.
Ele fecha as mãos em punho quando ajeito minhas pernas completamente aberta para ele e levo dois dedos para a boca. Matteo trava o maxilar quando passo os mesmos dedos pelo meu clitóris.
Mordo o lábio quando vejo ele passar a mão pelo pau e desço meus dedos para me penetrar, solto um gemido baixo e ele limpa a garganta quando afundo meus dedos dentro de mim.
-Quer isso?- pergunto tirando os dedos para mostrar a ele o quanto estou molhada.- Fale.
-Não aguento ver você assim.- ele fala rouco.
-Por que você não vem aqui?- deito uma perna e meus dedos afundam de novo me fazendo arquear o quadril.
-Summer...
-Por que não vem aqui e me deixa satisfeita?- falo enquanto deito o corpo.
É como se eu estivesse sozinha no quarto, meus dedos afundam dentro de mim várias vezes e com a outra mão estímulo meu clitóris lentamente.
Meus gemidos saem baixos e provocativos para ele, sei que está quase avançando em mim e preciso chegar lá com a cabeça dele entre as pernas.
-Matteo...- gemo.
A cama afunda entre minhas pernas e ele afasta minhas mãos enquanto suas mãos agarram minhas coxas e as separam mais, sinto sua respiração contra mim e meu corpo treme.
Assim que a língua dele toca em mim solto um gemido tão alto que me pergunto se não foi um grito, Matteo está faminto quando passa a língua por todos os cantos possíveis.
Ele sobe até meu clitóris e envolve ele com os lábios enquanto o chupa, abro minhas pernas para ele o quanto ele quer e uma das minhas mãos vai até seus cabelos.
Aperto as mechas macias entre os dedos e mexo meus quadris contra o rosto dele enquanto ele usa de tudo para me satisfazer, acho que vou morrer ali mesmo.
-Isso...- encaro o teto sentindo meu orgasmo.- Assim...- minhas pálpebras ficam mais pesadas.
A língua dele é quente contra mim e minha mão aperta seus cabelos enquanto afundo mais sua cabeça entre minhas pernas. Só um olhar para aquela visão me faz soltar um gemido mais alto.
Ao mesmo tempo que Matteo penetra dois dedos eu me libero tão forte que arqueio meu corpo para cima com a sensação dele por todo meu corpo.
Ainda estou gemendo baixinho quando ele começa a mexer os dedos dentro de mim, deito a cabeça de lado me perguntando se consigo aguentar isso de novo.
Mas Matteo continua, sua língua parece mais preguiçosa enquanto ele lambe tudo que consegue, sua língua pressiona meu clitóris e aqueles dedos afundam em mim.
-Puta merda.- desço minhas duas mãos até a cabeça dele.- Matteo...
Ele mexe os dedos com mais força e sinto outra onda invadir meu corpo seguido por várias menores. Não percebi o quão forte estou levantando meu corpo da cama até cair contra ela.
Minha respiração está irregular e meus olhos estão praticamente fechados, ouço a respiração calma de Matteo e ele beija acima do meu umbigo antes de levantar.
Não falo nada quando ele sai do quarto e nem quando me deixa ali sozinha, não mexo um centímetro do meu corpo enquanto tento processar o que aconteceu.
Respiro fundo várias vezes e me movo na cama sentando meu corpo, olho para a porta fechada e sinto meu rosto queimar, não sei se é de raiva ou de vergonha.
Não vou deixar isso barato.
Não sei como consigo me levantar e nem quero saber de roupas quando saio do quarto e vou na direção da porta de Matteo, abro antes que ele possa trancar e o vejo apoiado em uma cômoda.
Ele está com a cabeça abaixada entre os braços e parece culpado de alguma forma, ele ergue a cabeça para mim e os olhos esverdeados me observam da cabeça aos pés.
-Volte para seu...
Avanço contra ele e meus lábios tocam os seus, Matteo imediatamente leva as mãos até meus quadris e eu o pressiono contra a cômoda ao mesmo tempo que meu corpo pressiona o seu.
As mãos dele descem até minha bunda e seus dedos se afundam na minha pele me fazendo gemer, solto um ruído surpreso quando ele me coloca no colo e caminha comigo até a cama.
A cama dele.
Matteo me deita e então fica em cima de mim, seguro seu rosto com as suas mãos enquanto o beijo e desço elas até a sua roupa, tiro aquela gravata e logo estou desabotoando a blusa.
Ele para de me beijar e puxa a camisa com força, então a joga no chão e passo as mãos pelo peito dele. Nunca notei o quanto definido é o peito dele.
Passo meus olhos pelas cicatrizes e meus dedos tocam elas, Matteo se encolhe e eu desço os dedos até o abdômen também definido dele até acariciar o V que sobe em suas calças.
-Não vai atrapalhar seu plano?- ele pergunta e eu congelo.
-Plano?- pergunto enquanto ele se ergue com uma perna de cada lado meu.
-Você tinha um plano, não?- ele parece sério demais e me ergo nos cotovelos.
-Matteo...
-Me fazer gozar antes de poder entrar em você.- ele sussurra.- Era isso, não?
-Sim.- falo a verdade.- Preciso de mais tempo para me acostumar com a ideia...
-Eu também não quero ser pai, Summer.- ele fala sério.- Não depois dos pais que tive e ver minha mãe aquele jeito por minha causa.
Engulo em seco e ele sai de cima de mim, então pega a camisa e joga em mim, pisco algumas vezes antes de me sentar na cama e vestir a camisa.
-Mas eu vou fazer isso por que prefiro mil vezes ter um filho do que deixar Leo Ricci tomar conta de algo que não é dele.- ele explica frio.
-Então por que não está em cima de mim agora?- pergunto terminando de abotoar a camisa.- Por que não está me forçando a transar?
-Por que não é assim que quero fazer as coisas.- ele vai na direção da porta.- Volte para seu quarto.
Matteo sai pela segunda vez e me deixa na cama pela segunda vez, olho envolta vendo que ele não tem nada pessoal. Respiro fundo e me levanto indo até a porta.
Penso nas palavras que ele usou e me pergunto se seria tão ruim o irmão dele assumir tudo isso. Me pergunto por que Matteo quer tanto manter isso fora das mãos dele.
Me jogo na cama ainda com a camisa de Matteo e abraço um travesseiro enquanto sinto minhas algumas descerem pelas bochechas.
Ele também não queria ser pai, ele também tinha tido experiências ruins quando o assunto era ter pais, os verdadeiros pais. E ainda sim queria ter um filho.
Empurro para trás tudo aquilo e fecho os olhos com força me obrigando a dormir, algumas vezes funcionava e outras eu apenas esperava que o sono surgisse.
Foi a primeira opção.
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