CAPÍTULO 4 (Final)
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O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Fernando Pessoa
J O Ã O
Todo dia era quase a mesma rotina após o fim do ensino médio passava meu dia dentro de casa estudando e ajudando no que podia, havia me formado a menos de um mês mas desejava cursar uma faculdade federal, mesmo tendo uma ótima condição financeira o meu maior desejo era ser Médico Cirurgião é para isso eu precisava estudar bastante já que o vestibular era algo bem complicado já que a UNESP eram mais de 3Mil pessoas se candidatando para uma única vaga, então minha rotina era basicamente a mesma todo dia acordar cedo tomar café da manhã e estudar direto sobre todos os assuntos possíveis, fazer provas anteriores.
Era uma rotina cansativa e "chata" para algumas pessoas, porém estava correndo atrás de um sonho de uma vida, durante os últimos dois anos era o que sempre falava ao meu namorado Vinícius que quando entrasse na faculdade de Medicina estaria realizando um sonho, ele sempre brincava que o sonho dele era poder casa comigo.
- João! O Vinícius está lá embaixo.
Disse meu pai me avisando ao lado da porta do meu quarto, eu havia esquecido que iríamos sair naquele dia para comemorar nosso aniversário de namoro. Meus pais são as pessoas mais incríveis do mundo, desde os meus treze anos que me descobri e me aceitei gay sempre tive o apoio de ambos, de início tinha medo da reação deles ou do pestinha do meu irmão, mas todos sempre me ajudaram, sempre me amaram e me apoiaram.
O modo como senhor Pedro sempre falava de amor, de como o Vinícius era minha alma gêmea e de como ele via está nossa energia se completar, aquilo só demostrava o quanto ele apoiava nosso relacionamento. Não somente os meus pais como os do Vinícius, de incio ouvimos criticas de muitas pessoas naquela pequena cidade, mas foi o amor de nossas famílias que fez toda a diferença.
Droga como eu não vi o tempo passar, pedi ao meu para avisar a ele que eu estava terminando de me arrumar, peguei a roupa que iria usar para sairmos e corri ao banheiro, tinha que me arrumar correndo, e foi o que eu fiz quase entrei embaixo de chuveiro com a roupa que usava antes, tomei o famoso banho de gato e me arrumei em tempo recorde, quando voltei para o meu quarto encontro meu irmãozinho sentado na minha cama.
- Jo posso ir com vocês? _disse aquele ratinho sorrateiro, meu irmão está a com seus doze anos, ele muito mimado por Vinícius.
- Prometo que na próxima te levo Jay, mas hoje não tem como.
- Só acredito se me levar para ver o filme novo que vai estrear! _ele falo sorrindo para mim.
- Ok! Te levo onde desejar, mais hoje não tem como beleza. _Quando falei isso ele veio em minha direção e me abraço com tanta força que até estranhei aquilo, meu irmão era uma pessoa mais reservada e não era de demostrar muito seus sentimentos.
Quando finalmente consegui me arrumar desci correndo, e o Vini já estava bem impaciente com minha demora, mas como sempre consegui fazer ele sorrir quando o beijei.
- Vamos meu amor! _falei após nosso beijo e estendendo minhão mão a ele.
- Minha mãe emprestou o carro dela para gente, então vai ser bem mais fácil ir em vir.
Quando entramos dentro do carro, Vini me perguntou o que havia acontecido com meu irmão que ele estava bem educado e carinhoso de mais, além de ter dito que era para ele me proteger está noite. Acabei rindo do que ele me disse, e avisei a ele que aquilo deveria ter sido somente algum joguinho dele, já que ele me fez prometer que eu o levaria no cinema na próxima semana.
Ele riu do que falei, fomos o caminho todo conversando e falando de nossos planos, onde iríamos morar se eu fosse aprovado para Medicina, Vini não tinha planos grandiosos para vida acadêmica ele somente me falava, irei onde você for, achava sua resposta ao mesmo tempo Romântica e Irresponsável. Mas naquela noite eu somente desejava aproveitar todo nosso momento romântico juntos.
Ele deixo o carro parado a umas duas quadras de onde havia feito reserva de um pequeno restaurante, foi lá que eu havia pedido ele em namoro, o caminho até chegarmos foi uma caminhada de pouco mais de Sete minutos.
Rimos muito durante o jantar, entreguei a ele uma pequena caixa onde havia um par de alianças, quando ele abriu aquela caixinha vermelha seus olhos brilharam intensamente, a família do Vinícius tinha uma condição de vida razoável em vista da minha família que era bem conhecida naquela cidade do interior, meu pai já fora prefeito da cidade e o lado da família da minha mãe dominavam o comércio local, o que trazia o desafeto de algumas pessoas.
Quando ele me beijo ali dentro daquele lugar não pude deixar de notar alguns olhares de desaprovação e conversas paralelas, mas não era nada que eu deveria me preocupar, pelo menos era o que eu desejava. Saímos sem presa do restaurante, segurava a mão do homem que eu amava, da pessoa que mais me importava neste mundo.
- Você viveria outra vida comigo?
- Que pergunta e está Vini? _encarei pensativo.
- Responde vai! _ele me disse sorrindo
- Viveria mil vidas diferente ao seu lado, não importa o que aconteça eu sempre vou conseguir te encontrar, mesmo que você seja a pessoa mais chata do mundo eu sempre vou te achar.
- Se você não fosse fazer faculdade de Medicina qual seria a sua outra escolha?
- Gosto de desafios, talvez seria arquiteto. _ele fez uma cara engraçada. — Melhor eu seria modelo!
- Não, modelo não, não quero ninguém vendo meu Marido com poucas roupas. _ele falou fazendo bico.
- Mas meu futuro esposo, independente do que eu escolha só digo a você que vou sempre te esperar!
Ele ali mesmo na rua me agarrou e me beijo com tanta vontade, com tanto desejo, aquele foi nosso último beijo.
Senti algo batendo em minha cabeça, tentei me apoiar no Vinícius mais foi inevitável ficar em pé, não sabia o que havia acontecido.
Acordei com os gritos de Vinícius ele estava ao meu lado amarrado, em seu olhar via o desespero, olhei em volta e vi quatros homens que estavam rindo de toda aquela situação, gritei pedindo para não machucarem ele, porém minha súplicas não serviram de nada, forcei o máximo que pude tentando conseguir soltar a corda que segurava minhas mãos, mas não conseguia, eu era um inútil, tentei gritar mais uma vez por socorro e senti o impacto de alguma coisa batendo em meu rosto, olhei para meu agressor que segurava uma barra de ferro, ele bateu em meu corpo diversas vezes com ela.
Eu chorava de dor, eu estava morrendo de medo, não pela minha vida e sim pela vida dele, eu pedi para não baterem, para não o machucarem ele, mas era inútil, escutei o barulho de ossos sendo quebrados, haviam quebrado as pernas do Vinícius, ele gritava de dor, em volta de seu corpo havia uma poça enorme de sangue.
"Não consegue andar viadinho de merda, seu monte de lixo, gente como vocês dois tem que sofrer antes de morrer, e isso vai demorar a acontecer hoje, que tal se eu corta vocês?"
Eu lembrava daquele rosto, ele era o garçom do restaurante, porque ele fazia àquilo com a gente, porque ele odiava a nós dois, me arrastei tentando me aproxima do Vini, talvez conseguiria fazer algo para salvar a vida dele e não deixar mais meu pequeno sofrer daquele jeito.
Mas nada do que eu tentei fazer, falar eles não paravam, ofereci dinheiro, para deixarem o Vinícius em paz, mas nada do que era dito era ouvido por nossos agressores, que estavam se divertindo com nossa dor.
- Você promete que vai me amar em uma próxima vida João?
Está foi a última frase que saiu de sua boca momentos antes de acertarem sua cabeça com uma barra de ferro, ele não se mexeu mais, não ouvi mais seus gritos e suas súplicas pedindo por sua vida.
Eu sabia que o mundo não era perfeito, e não era todas as pessoas aceitavam ou pelos menos respeitavam o amor ente dois iguais, todos os dias meus pais me davam varias recomendações para não sair a lugares afastado, de sempre estar atento a algum possível agressor, mas eu sempre dizia que nada de mais aconteceria.
Olhei mais uma vez para o lado eu não conseguia mais gritar, não consegui fazer nada para salvar a vida dele, vi a pessoa que mais amava em toda minha vida morrer diante dos meus olhos, o brilho de seus olhos sumiram aos poucos e ficaram negros como aquela noite, meu corpo este não sentia mais dor, não sentia mais nada, para de tentar resistir aos golpes que recebia, eu havia desistido daquela vida, daquela existência, última coisa que meu olhos viram antes de fazerem a passagem foi aquele facão descendo em direção ao meu peito, rasgando minha carne e acabando com minha existência.
Eu prometo que te amarei em todas as minhas outras vidas, prometo que se um dia eu voltar a viver vou te procurar e irei te proteger!
Gostando do livro?
Não esqueça de deixar aquela 🌟
O próximo capítulo e o último deste projeto, ja de ante mão já quero agradecer a todos que acompanham meus livros ❤️😍❤️😍❤️
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E quero deixar um agradecimento especial as meninas que me ouvem sobre as minhas loucuras e também me deixam doido as vezes.
StramberyBlack por sempre estar me dando conselhos.
VanildoSilva773 e Kelle_Rejainne por terem me apoiado quando a ideia deste pequeno curta surgiu.
M E N I N A S O B R I G A D O
❤️💕❤️💕❤️💕❤️💕❤️
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