Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XIV


I

Deve ter sido numa sexta-feira.

Na sala principal estudava d'kardia. Passava as páginas devagarinho, aproveitando a leitura. Meio fantasiosa, bastante poética. Se eu apenas ignorasse o fator doutrina, poderia pensar ser um belo livro de poesia e sentido da vida.

"Carla?"

Natsu tinha algo em mãos escondido atrás das costas. Vinha da entrada.

"Sim, professor?"

"Como você tem se dedicado muito... Encomendei uma roupa com os Conbolt. Já que um vestido não é tão adequado para treinar..."

Revelou um pacote vermelho-vinho, amarrado por fitas de cetim branco.

"Não..."

"Sim!... Finalmente, Carla, você se graduou à Discípula. Parabéns!"

Tinha um sorriso largo no rosto, caminhando em minha direção, entregando-me o pacote.

"Pedi para ser feito da mais pura alba, e para ser costurada usando espinhos negros. Leve como teia de aranha, mas resistentes como uma armadura de cruzado. E pedi um pouco de enchimento, uma camada extra com pelo de unicórnio; sei que sofre um pouco com... O ambiente, Carla. Isso vai te ajudar a filtrar melhor as boas energias, e ajuda um pouquinho a absorver impactos."

"E-eu... Eu... Não posso aceitar! É muito caro!"

"Por isso mesmo tem que aceitar!"

Brincou, deixando sobre meu colo. Pasma, o olhava.

"Certeza?"

"Absoluta. Para quem mais eu daria? Bem, é um modelo parecido com o meu. Só não tem os sapatos. Isso fica por sua conta."

"Isso é o de menos! Isso deve ter custado cem moedas de ouro!"

"Foi um pouquinho menos, relaxe..." Puxou a gola. "Foi oitenta..." Murmurou em depressão.

"Natsu!"

"É um presente de coração, Carla."

Puxei a fita, só isso fez desatar todo o nó e se abrir, revelando o conjunto preto. Os detalhes dourados tornavam ainda mais rico o trabalho à mão. Realmente um trabalho de primeira.

"Posso?..."

"Claro! Quero ver como você fica também."

Se apoiava no encosto da cabeça da poltrona, debruçando-se sobre.

"Um segundo, por favor!"

O conjunto era uma obra de arte de elegância e leveza. O Qipao – como disse se chamar – era preto com bordados de lótus, e tinha nove botões dourados que reluziam à luz, e uma gola alta que me dava um ar de nobreza. A roupa era justa ao corpo, mas não apertada, realçando as minhas curvas sem ser vulgar. O tecido era tão fino e suave que eu mal o sentia na pele. O Qipao tinha duas fendas laterais, revelando um pouco das minhas pernas. As calças, algo que eu não usava, também eram extremamente agradáveis, e como se tivessem elásticos, se prendiam aos meus calcanhares sem nem menos marcar-me. Até para minha cauda existia um espaço reservado. Realmente, tinha se preocupado até com os mínimos detalhes! Era um estilo incomum para mim, mas eu adorei. O conjunto inteiro me dava uma sensação de liberdade e conforto, como se eu estivesse vestindo o ar. Eu me sentia tão bem que não resisti a dar uma volta pelo quarto, admirando-me no espelho e me divertindo com o movimento daquelas roupas.

Envolta na atmosfera opulenta da sala de estar, avancei a passos lentos, descendo as escadarias com a graça de uma antiga deusa. Meus passos eram como uma dança, a música ritmada pelos meus suspiros suaves. Minha plateia, apenas meu professor.

Cada passo meu era como um acorde, suave e harmonioso.

"Como estou?"

Minha passada era contida, entregando meu sorriso travesso.

Seu queixo perdeu a força e seus olhos iluminaram-se.

"Fiquei bonita, professor?..."

Aproveitei cada entonação da frase, dando uma suave pausa entre as palavras... Arrastando sem pressa. Sobre ele parecia ter lançado um feitiço hipnótico poderoso de ninfa.

"Quem é a velha Vênus perto de você? Ainda pergunta?!"

"Por que acho que esse conjunto não foi feito para ser usado com... Calças?"

"Porque não foi. Foi... Pedido meu."

"Hum. E qual seria a razão? Eu não uso... calças... Apenas chão de fábrica usa."

Pensativo, fazendo beicinho, alisou o queixo. Olhou a lareira, eu; a parede...

"É mais adequado para treinar, por isso..."

Sentia que ele tinha inventado, ainda tendo pitadas de verdade.

"Compreendo. É comum no Oriente?"

"É uma roupa bem comum e simbólica para nós. Eu estava na verdade bem receoso se iria gostar..."

"Eu adorei de verdade! Obrigada!"

O abracei. Seus braços pendiam à minha volta, surpreso de minha iniciativa. Seu aperto em minha cintura me pressionou mais contra seu corpo. Forte.

"Que bom que gostou..."

O alívio transpareceu em seu suspiro.

"Eu vou cuidar muito bem desse presente, prometo! Ah... Até respirar com ele é melhor."

Cheirei seu pescoço discretamente antes de nos separar. Tinha cheiro docinho de chocolate.

"Só tenho uma questão... Como sabia minhas medidas?"

"Suas medidas?..."

Expôs para mim, vencido:

"Ok, Helena contou."

Parecia um bandido sendo interrogado por um guarda, mantendo as mãos erguidas.

"Senhora guarda, posso abaixar as mãos?"

"Eu permito dessa vez. Mas quando teremos aulas práticas? Logo; logo vou ser uma Sábia – e pelo que os livros falam... O corpo também é parte da alma, ou a alma é o corpo. Não entendi ainda muito bem o conceito, só a base..."

"O corpo e a alma: a alma molda o corpo; e o corpo é molde da alma. O treino vai começar daqui dois dias. Tenho que me programar um pouco de novo..." Seu rosto emburrado conseguiu arrancar um risinho meu. "Nunca mais treino Espíritos..."

"Os Espíritos Superiores normalmente nem ao menos treinam. Sabemos por saber. É natural para nós, ainda que o conceito de Magia seja um tanto... estranho até para nós."

Proferi, voltando a me sentar na poltrona.

"Desculpe por arruinar seus planos de novo. Não faço isso de propósito."

"Eu sei; eu sei..."

"Como me deu um presente..."

Imitei sua pose, alisando o queixo; tocando os lábios suavemente, esfregando de leve.

"O que eu te dou?"

Honesto, seu rosto reagiu sem seu comando. O branco deu o lugar ao rosa suave nas maçãs da bochecha. Engraçado e fofo. A verde da jade, como se exposta diretamente contra o sol do meio-dia, ganhou brilho. Teu peito parou. O ar prendeu. Debruçando no encosto. Fisguei ele facilmente.

"Ah... Professor?"

À minha fala, libertou-se do transe.

"Eh... Não precisa, dei de coração..."

"Vai me ensinar finalmente magia de ataque?"

Esmoreceu. Sua boca se tornou uma linha dura. Austero, de semblante impassível. Respondeu:

"Não. D'kardia é muito instável com sentimentos pesados. Quem a usa assim traz mau agouro para todos... Ainda mais você que é muito sensível..."

"Podia ter dito apenas não..."

"E você se contenta quando falo isso?"

"Não."

"Então?"

Explicou, arqueando as costas. Soltando um pequeno gemido ao estalar o corpo.

"Ah!... Mudando de assunto: vou ter que ir à Guilda de novo, mais tarde. Me acompanharia, Carla?"

"Dependerá de quando sairá desta vez."

Com o livro em mão, abri.

"Antes das nove."

"Posso fazer uma pergunta?"

"Dependeria dela. Diga."

"Por que vai tanto à Guilda? Você... Quando saí pela porta do Grande Mestre, parece sempre chateado."

Da seriedade deslizou, sem perceber, ao desalento. Desanimado, pontuou:

"O homem propõe, os deuses dispõem... Burocracia de praste. Por isso tenho que ir sempre à Guilda, tenho que estar sempre atento; e o Grande Mestre sempre vem me ajudando com isso..."

Estreitei os olhos.

"Se estiver ao meu alcance, posso ajudar."

"Carla; Carla..."

Afagou meus cabelos, balançando de leve minha cabeça.

"Nada em excesso. Tem seus problemas também. Os meus... Hm... a Erza vem me ajudando bastante com eles. São coisinhas bobas, mas bastante irritantes, como pedrinhas no sapato. Nada demais... "

"Pela sua cara, são pregos."

"Pedras afiadas e irritantes, acho que seria uma colocação mais... Adequada..."

"Oh. Está falando mais dessa vez..."

Fiz um gesto usando o dedo, o chamando para mais perto. Natsu se inclinou em minha direção, aproximando sua orelha de meu rosto. Levantei a mão e acariciei seu rosto, o puxando suavemente para mais perto. Pressionei meus lábios contra sua bochecha, um beijo delicado e demorado. Senti um arrepio passar pelo seu corpo... Se afastou devagar, um tanto sem jeito. A marca de minha boca estava tatuada na sua pele, pelo meu batom vermelho. Dei um sorriso doce e travesso, e ele retribui, sem palavras.

"Às vezes é muito cabeça dura! Não irei te encher com mais perguntas, mas... se lembre: da mesma forma que me ajuda, eu te ajudarei. Ah... não se anime tanto com isso, se lembre: você ainda me deve um beijo de verdade, bobo."

"Mas-"

"Você, não eu."

Tinha medo desses momentos bobos... se desfazerem. Um castelo de areia. O tic, tac do relógio fazia me lembrar do tempo esvaindo, descendo como a areia de uma ampulheta. Queria aproveitar antes de escolher. Era egoísta de minha parte? Desejar aproveitar meu tempo com quem tanto amo?...

Sorrir tinha um preço.

Calmaria tinha preço.

Tudo nessa vida tem preço...

Só tinha de escolher o que cobraria menos. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro