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Sexta Promessa - KTH

Parceria com Apenas_Kaari



Andei até a loja de conveniências no escuro, na esperança que o Taehyung estivesse em seu turno. Ele disse que trabalharia em feriados e fins de semana, e eu considerava a quase virada do ano, um quase feriado. Era mais ou menos 22h, o que era um ótimo horário para uma garota estar zanzando pelo bairro vazio.

Mamãe foi novamente para a casa dos vizinhos como no Natal, e eu estava começando a questionar aquela relação, será que eles adotaram minha mãe ou ela adotou os vizinhos? Papai nem apareceu naquele dia, para ser sincera. E meu irmão estava com sua namorada. Na Eun ficou sozinha novamente.

Murchei assim que vi a loja de conveniências fechada. Como assim? Lojas de conveniência nunca fecham. Respirei fundo, enchendo meus pulmões com aquele ar gelado e dei meia volta. Taehyung deveria ter alguém para passar a virada. Eu era apenas uma desconhecida do bairro.

Parei de andar ao ver uma figura sorridente correndo pela calçada. Levantei as sobrancelhas quando Taehyung parou em minha frente.

- Sabia que você viria hoje. – Ele disse puxando sua franja para frente.

- A loja está fechada. – Murmurei apontando para a loja.

- O dono resolveu assim. – Contou.

- Então, o que está fazendo aqui? – O indaguei percebendo que ele estava arrumado comparado aos dias em que trabalhava na lojinha.

- Eu vim te encontrar. – Sorriu. – Cheguei na hora.

- Mas a loja está fechada. – Repeti a frase para que ele entendesse que tudo estava perdido.

Taehyung gargalhou percebendo meu desapontamento e cruzei os braços.

- Quer ir num lugar comigo? – Ele falou de repente. – Ou já tem planos?

Mordi a bochecha. O garoto novo do bairro estava me chamando do nada para ir num lugar, e eu não conhecia muito sobre ele. Hesitei em responder alguma coisa, e então lembrei que estaria sozinha em casa de qualquer forma, e mesmo que eu desaparecesse por dias, ninguém sentiria minha falta.

- Você vai me matar em algum lugar? – Perguntei causando uma expressão confusa em seu rosto. – Desculpe, se eu morrer hoje, é capaz ninguém me procurar.

- Está tendo um evento em frente à Biblioteca Metropolitana, para arrecadação de fundos para crianças e instituições de caridade. – Falou ajeitando a gola peluda do seu casaco. – Pensei que poderia ser divertido.

Abri um pouco a boca surpresa.

- Vamos? – Ele insistiu se inclinando em minha direção. – Prometeram ter fogos.

Dei de ombros e concordei. Eu realmente não tinha nada melhor para fazer. Agradeci mentalmente por estar com um casaco decente, que meu jeans não estava tão surrado, e que fui de tênis em vez de ir de chinelos com uma meia por baixo. Taehyung por outro lado, estava com um casaco bonito de gola peluda, e uma bota bem legal.

Pegamos um ônibus e Taehyung me mostrou fotos do seu cachorro durante o caminho. Eu não sabia muito sobre ele, mas me contou que ainda não havia decidido que carreira queria seguir. Minha meta era ser advogada e tentar transformar o inferno da minha vida em algo suportável.

- Seus pais não vão sentir sua falta? – Perguntei tentando fechar a janela, porque o vento frio já estava deixando meu nariz irritado. Droga de janelas de ônibus.

- Eu moro com minha mãe. – Taehyung respondeu. – Na Eun, é... Quer ajuda?

Olhei para ele, e me toquei que bem provavelmente estava fazendo uma careta feia. Abaixei meus braços emburrada e encostei no recosto quando Taehyung se inclinou sobre meu corpo para fechar a janela. Ele a fechou sem fazer careta, como eu.

- Obrigada. – Falei depois de suspirar. – Sim, você mora com sua mãe...

Taehyung concordou com a cabeça e me concentrei em seu rosto.

- Ela foi convidada para um encontro hoje. – Continuou falando. – Eu jurei que tinha um compromisso para que ela pudesse ir.

Franzi as sobrancelhas me sentindo estranha. Peculiar ver pessoas mentindo para ajudar aos outros e não a si mesmo.

- Legal da sua parte. – Murmurei. – E então, você foi atrás de um compromisso?

- Pensei que talvez encontrasse a fã de ramyeon perdida por aí. – Falou rindo e eu levantei o canto da boca resmungando.

Ele continuou rindo quando virei o rosto com os braços cruzados.

- Chegamos. – Taehyung encostou seu rosto me dando um susto.

Não tive tempo para expressar meu espanto, porque quando me virei para ele, o mesmo já havia levantado. Descemos quando o ônibus parou e eu até senti meu coração se agitar em ver toda aquela iluminação.

Andamos pelo evento, e eu fiquei entretida facilmente por tudo. Jogos, barracas, comida, bebida, pista de patinação, dança, e até uma enorme roda gigante.

- O que quer fazer primeiro? – Taehyung perguntou me acordando. – Temos mais ou menos uma hora até a virada.

Olhei em volta imaginando atirar para conseguir bichinhos de pelúcia, patinar (mesmo que eu não soubesse), subir na roda gigante... Mas meu estômago roncou fazendo minha barriga doer.

- Que tal comer? – Sugeri com um sorriso sem graça e Taehyung sorriu concordando com a cabeça.

- Será que vendem ramyeon por aqui? – Debochou e lhe dei um forte tapa no braço. – Ai! – Reclamou com a expressão de dor. – Você é muito forte.

- Isso mesmo, sou perigosa. – Comecei a andar em busca de comida. – Cuidado comigo.

Ele correu um pouco para me alcançar, e nem acredita! Tinha uma senhora vendendo ramyeon estilo japonês, quer dizer, lamen. Acabei me animando em ver e Taehyung ficou sorrindo enquanto me encarava na fila. Virei o rosto.

- Está feliz? – Perguntou me fazendo olhar para ele.

- Não é como se fosse a comida mais gostosa do mundo. – Respondi e ele continuou me encarando com uma pontinha de sorriso e com aqueles olhos curiosos.

- Mas era o que você queria comer, certo?

- É o que eu posso pagar. – Ri nervosa.

Taehyung abriu a boca para dizer alguma coisa, mas a moça chamou avisando que nossa vez havia chegado. Pedimos e sentamos numa mesa enquanto esperávamos. Olhei em volta ainda desacreditada que pela primeira vez estava num lugar tão legal no ano novo.

- Me fale de você. – Taehyung apoiou os cotovelos na mesa me chamando atenção.

- Já me lamentei demais nos seus dias de trabalho na loja de conveniência. – Respondi lembrando de todo drama e respostas afiadas que lhe dei.

- Sei, mas qual sua cor favorita? – Entortou a cabeça, com o queixo apoiado sobre as mãos.

- Azul. – Respondi colocando o cabelo atrás da orelha. – E a sua?

- Preto, verde e branco. – Sorriu e eu franzi as sobrancelhas.

- Você tem três cores favoritas? – Neguei com a cabeça.

- Quem disse que podia ser apenas uma?

Abri a boca para responder, mas realmente, ninguém disse. Acabei concordando.

- Você disse que queria ser advogada, por quê? – Taehyung continuou com o interrogatório.

- Porque quero prender bandidos e fazer a justiça desse país. – Cruzei os braços, mas não consegui segurar a risada vendo sua expressão pensativa. – É brincadeira. Eu não sei, mas precisava escolher alguma coisa.

- Mas o que gosta de fazer nas horas livres? – Piscou me observando com os olhos bem abertos.

- Bem... – Passei a mão na nuca já me sentindo desconfortável. – Eu gosto de dormir.

A expressão do Taehyung foi bem engraçada, porque certamente não respondi o que ele esperava. Mas eu não tinha lá muitos hobbies, apenas dormia e assistia séries e seriados.

A senhora entregou nossos pratos interrompendo a continuidade do interrogatório.

- Olha, os potes são coloridos! – Taehyung se animou e só percebi porque ele observou. A senhora me entregou um vermelho, e a ele um azul.

- São descartáveis. – Falei como se não fosse grande coisa.

- Por que você não se anima com nada? – Perguntou e fiz uma careta quando ele trocou nossos potes. – Azul. Sua cor favorita. – Explicou parecendo bobinho.

- Não é tão importante. – Murmurei encarando o lamen no pote azul.

- Se você tentasse se animar com essas coisas, eu poderia ver seu sorriso. – Falou me fazendo encará-lo, o que o fez abaixar a cabeça como se estivesse com vergonha de repente.

Taehyung começou a comer em silêncio, e eu não soube o que dizer.

Eu nunca valorizava nada, porque sinceramente nada de bom acontecia na minha vida. E aquele garoto queria que eu ficasse animada, porque meu pote de lamen tinha minha cor favorita? Isso era tão insignificante.

- O que acha daquilo? – Taehyung apontou de repente me dando um susto. – Quer ir lá depois?

Me virei vendo um grupo comprando... Lanternas de papel? Franzi as sobrancelhas, mas concordei, porque ele parecia muito animado.

Depois de comer ele saltitou até a barraca que vendia lanternas. O segui calada e fiquei observando-o escolher uma, embora todas parecessem iguais.

- Vamos escrever um pedido? – Me perguntou com os olhos brilhando.

- Eu não vejo poder nessas coisas. – Falei e vi sua expressão esmorecer na hora. – Mas acho que quem sabe, não é? Por que não?

Taehyung não sorriu do mesmo jeito, mas insistiu em comprar, a barraca ainda vendia canetas e isqueiros. O segui até um lugar mais aberto. Havia outras pessoas fazendo o mesmo, principalmente famílias com crianças barulhentas.

- O que vai pedir? – Perguntei pegando sem jeito a lanterna que ele me ergueu.

- Não devemos contar ao outro. – Sorriu escondendo sua lanterna nas costas.

Espremi meus olhos e fiquei observando ele abaixar para escrever seu pedido. Apenas observei o objeto em minha mão e queria pedir uma vida nova, mas sabia que seria impossível.

Escrevi de qualquer jeito. "Algo bom."

- Faltam poucos minutos para a virada. – Ele falou levantando. – Estou ansioso.

- Você se anima com coisas engraçadas. – Comentei admirada pelo seu semblante iluminado.

- Já pensou que você iria se divertir bem mais se desse valor as coisas pequenas que acontecem aqui e ali? – Mordi o lábio inferior com seu sermão. Tive um dejavu. – Você, Na Eun, não precisa ficar mal humorada todo tempo.

Franzi as sobrancelhas inconscientemente.

- E fica muito mais bonita quando sorri de verdade. – Ele continuou falando. – As pessoas são bonitas quando são felizes. Dê uma chance para sua lanterninha. É uma coisa boba, mas se você quiser, pode ser algo muito grande.

Pressionei os lábios e desfiz a tensão entre meus olhos. Ele estava certo. Sei lá, parecia que eu queria coisas tão extraordinárias, que deixava todo resto passar.

- Ohh, vamos acender! – Ele disse depois de analisar o que os outros estavam fazendo. Checou as horas em seu celular rapidamente. – Faltam cinco minutos.

- Vamos acender. – Sorri um pouco.

Tudo bem, acabei rindo com Taehyung se batendo para fazer o isqueiro funcionar. Foi engraçado, e só aquele momento me fez entender o que ele estava tentando me dizer a noite toda.

- Posso tentar? – Pedi rindo, e ele me passou o objeto sem parecer emburrado.

- Que bom que resolveu se divertir. – Falou se aproximando enquanto eu acendia uma das lanternas.

Ficamos segurando as lanternas enquanto todos se preparavam para a contagem regressiva. Taehyung tentou desviar para eu não ler seu pedido, enquanto eu nem ligava para ele ler o meu. Foi engraçado.

Dez, nove, oito, sete...

Não sei porquê, mas comecei a me sentir ansiosa, e toda aquela agitação me deixou numa animação esquisita. Queria ver as lanternas enfeitando o céu, e a queima de fogos.

Eu poderia fazer meus dias serem melhores. Pensando bem, ser mal humorada, talvez fosse uma opção.

Três, dois, um!

Soltamos as lanternas e não consegui segurar minha felicidade. Sorri olhando para cima, e senti meus pêlos se arrepiarem quando os fogos explodiram no céu.

Olhei rapidamente para Taehyung e senti uma agulhada no peito quando percebi que ele estava olhando para mim. E antes que eu pudesse falar alguma coisa, seu rosto avançou rápido depositando um beijo em minha boca. Meus olhos ficaram arregalados mesmo depois dele se afastar. Foi um beijinho fofo, mas suficiente para acelerar meu coração.

- Feliz Ano Novo, Na Eun. – Taehyung disse com um sorriso.

Promessa de Ano Novo: Dê mais valor às pequenas coisas.

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