17. let the party beggins.
TESSA CHANNING, point of view
Seattle, Washington DC – USA
Faltam poucos dias para a formatura e, consequentemente, meu aniversário de dezoito anos. Minha mãe montou um motim contra mim e, junto com minhas amigas, está organizando uma super-festa de dezoito anos, com direito a piscina e tudo mais – não que eu tenha concordado com nada disso.
A última semana na escola é sempre uma linha tênue entre céu e inferno. Primeiro que os veteranos estão tão ansiosos para que aquilo acabe logo que a maioria deles nem se importa com as faltas depois da semana de provas. Segundo que os futuros calouros estão á flor da pele e querendo entrar logo no sonho americano do ensino médio – tenho pena deles. E terceiro, mas não menos entediante, a preparação para a cerimônia de graduação.
O evento vai acontecer no ginásio onde o baile ocorreu. A oradora da turma vai discursar por uns cinco ou seis minutos, e depois nossos nomes vão ser chamados. A coisa toda está planejada para acabar às cinco da tarde, e minha festa começa às sete – tempo o suficiente para todos os meus "amigos" descansarem.
Nai se encarregou dos convites, e – depois de pedir minha permissão – chamou cada alma viva daquele colégio. Eu nem sequer conheço metade daquelas pessoas. Mas não reclamei.
Contanto que minha mãe me deixasse tomar uma taça ou duas de vinho – ou qualquer coisa alcoólica disponível –, eu não reclamaria.
Outra informação ligeiramente relevante é que eu estou evitando Vinnie. Talvez evitando não seja a palavra certa, mas ignorei algumas mensagens dele e inventei algumas desculpas para não sair com ele.
Tudo bem, eu definitivamente estou evitando dele.
Mas eu tenho um bom motivo para isso, e é o seguinte: eu preciso de um tempo pra mim. Ser traída por Jordan e, em seguida, rejeitada por Vinnie depois de um beijo de tirar o fôlego não fez muito bem para o meu psicológico. E com certeza não fez nada bem para a minha autoestima.
Então continuei evitando Vinnie.
Rose, Sophi, Nai e eu ficamos cada vez mais amigas. Sempre vamos para a casa de alguma depois da aula – eu evito ir à casa de Rose. Elas sabem que eu sou uma espécie de aspirante a escritora e tenho um projeto pela metade no meu notebook; Nai diz que um dia vou fazer tanto sucesso quando Collen Hoover, ou Elle Kennedy, ou Penelope Douglas e todas essas mulheres com livros incríveis.
Enfim. Passei a semana aguentando preparativos. No colégio, a formatura; em casa, a minha festa.
Na chegada do grande dia, fui acordada por três pares de pernas pulando no meu colchão – um colchão de mola, vale ressaltar. Elas pularam tanto que conseguiram me tirar da cama, literalmente.
─ Eu odeio vocês. ─ resmungo, me levantando do chão.
─ Odeia nada! ─ Rose me puxa para um abraço. ─ Feliz dezoito anos, Tess!
A abraço de volta, com força. Rose me diz coisas bonitas bem baixinho, provavelmente por vergonha de dizer em voz alta. Ela me solta dois minutos depois, sorrindo largo.
A próxima é Sophi. Ela me aperta em seus braços e nos balança de um lado para o outro. Ela beija toda a minha bochecha e me diz que o meu presente vai ser um segredo – um segredo mesmo, dela.
Nai é a última. Ela me puxa com tanta força que caímos na cama. Dou risada, mas ela não me larga.
─ Se algum dia você me abandonar, Tessa Channing, eu te mato. ─ ela diz. ─ Te amo demais, garota.
─ Tenho certeza que eu amo mais. ─ respondo e beijo a bochecha dela.
Nai só me solta um tempo depois, quando minha mãe entra no quarto e põe todo mundo pra correr – inclusive eu.
As próximas horas foram gastas no salão, da mesma maneira que foi há três sábados. Mas, dessa vez, foi divertido – eu não estava sozinha e pude escolher o que faria ou não.
Escolhi um esmalte preto, deixei o cabelo alisado e pedi uma maquiagem bem fraca e pouco colorida.
Nai, Rose e Sophi me acompanharam de volta para casa. E eu só entendi o porquê quando chegamos lá: minha mãe estava sorridente, segurando um bolo de chocolate beem recheado e com dezoito velinhas em cima.
─ A gente sabe que você prefere uma coisa mais reservada, então decidimos fazer uma surpresinha. ─ Nai diz.
─ A minha mãe fez o bolo. ─ Rose sussurra, e eu sorrio.
Minhas amigas e minha mãe cantam parabéns para mim, muito mais animadas do que eu estaria no lugar delas. Apaguei as velas com um sopro e quase empurrei minha mãe para a cozinha, morrendo de vontade de comer aquele bolo.
Nai insistiu em fotos antes de comermos, e não pude negar.
Passamos um bom tempo comendo e conversando – minha mãe inclusa. Até que as meninas foram embora – Sophi e Rose para os últimos acabamentos da festa, e Nai para encontrar seus pais para irem à cerimônia de graduação.
─ Pronta? ─ minha mãe pergunta.
─ Para acabar o ensino médio? Estou pronta há anos, mãe. ─ ela ri. ─ Vamos.
O estacionamento está cheio quando chegamos; no entanto, não demoramos para achar uma vaga para o carro. Minha mãe foi direto para dentro do ginásio, enquanto eu segui para a sala onde os formandos estão.
Fui recebida com a oradora da sala me entregando a roupa para a cerimônia – uma beca azul e um capelo da mesma cor.
─ Seguinte, vamos sentar em ordem alfabética. Depois do meu discurso, os nomes vão começar a ser chamados, e depois saímos pela lateral, não pelo centro. Entendido? ─ Aisha, a oradora, dá as ordens. ─ Vamos lá.
Infelizmente, Nai e eu ficamos em fileiras diferentes. Aisha discursou por exatos seis minutos e, depois de aplausos, a diretora começou o processo de chamar os nomes.
Aisha foi a primeira. Beatrice May. Chase Hudson. Daniel Mark. Ethan Mori. Fallon West. Gina Adams. Hunter Rowland. Imogen Petersen. Jordan Powell.
Meu ex-namorado andou por aquele tapete vermelho com tanta confiança e convicção que cheguei a sorrir por um momento. Um sorriso fraco que durou cerca de três segundos – o tempo que precisei para lembrar de que ele é um idiota declarado. Jordan pegou seu diploma, tirou foto com a diretora e o orientador e depois saiu. Próximo.
Katie Channing.
Minha irmã.
Katie deveria ter se formado no ano passado; no entanto, três meses antes, ela pegou uma gripe tão forte que ficou de cama por dois meses e perdeu as provas e o pedido de isenção – resumindo: ela perdeu o ano e teve de repetir.
Minha irmã subiu no palco – o mesmo palco em que fui coroada naquele baile. Ela agradeceu a algumas pessoas, pegou o diploma, tirou foto, saiu. Próximo.
Louis Cole. Mariah Prior. Nailea Devora.
Minha – louca – melhor amiga. Nai quase correu pelo tapete, com um sorriso de orelha a orelha. Ela mal deu tempo de tirar a foto antes de pular os degraus do palco e correr pela lateral com o diploma erguido. Próximo.
Oliver Grimes. Peter Jackson. Ryan Kennedy. Susan Claire. Tessa Channing.
Essa sou eu.
Nai gritou, lá de trás. E minha mãe se levantou para tirar fotos; sorri para a câmera, sem parar de andar. Subi os degraus do palco pela segunda vez no mês. Nem cheguei perto do microfone; peguei o diploma, tirei a foto e saí.
Acho que meu rosto vai rasgar com esse sorriso.
Nem sequer prestei atenção no restante das pessoas – muito menos Nai ou minha mãe. Nós três nos reunimos na mesma saída em que conheci Vinnie, e depois fomos embora.
Afinal, temos uma festa para iniciar.
O17 | oq vai rolar nessa festa???façam suas apostas!
vcs querem fic com o aaron??? tenho um rascunho com o cast prontinho já:)
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