Vida de casados
Três meses depois.
Siena estava realizando trabalhos pelo Notebook quando, enfim, reparou que a casa estava silenciosa demais.
Ela não tinha aceitado ficar parada enquanto estivesse de resguardo e licença pós-parto. Apurrinhou Fury até que ela pudesse fazer Home Office.
Olhou para o relógio. Eram quatro e vinte e sete. Normalmente, Bucky não estava em casa naquele horário, mas por ser domingo, era uma exceção. E aquele era k domingo mais silencioso desde que Zoe nasceu.
Se obrigou a voltar ao trabalho e encarar a tela do computador. Mas não conseguiu digotar nem duas linhas.
Zoe e Bucky calados? Tinha algo errado, com certeza.
Siena deixou o computador de lado e saiu do escritório, procurando pelo primeiro andar. Eles não estavam por lá. Então, decidiu subir as escadas, devagar.
Assim que chegou no corredor, ouviu Bucky falando baixinho. Identificou que a voz vinha do quarto deles e andou, hesitante, até lá. Sabia que era errado invadir a privacidade dele, mas queria dar uma olhadinha se Zoe estava bem.
Encontrou Bucky encostado na cabeceira da cama, com os joelhos erguidos e encarando Zoe, "sentada" sobre a barriga dele, com as costas nas pernas de Bucky.
Siena encostou na parede e ficou observando o monólogo de Bucky com voz de bebê.
-... É sim! Quem é a princesa mais lindinha do papai e tem o sorriso mais lindo? É você, Zoe!
Siena sorriu. Bucky era um pai babão e, ela tinha certeza, Zoe seria uma filha mimada e a culpa era toda de Bucky!
Zoe parecia entender o diálogo, já que olhava para Bucky com os olhinhos brilhantes e dando gritinhos, enquanto ria e batia os bracinhos. Bucky a segurava, apoiada nas pernas, pelas mãos pequenas.
Bucky sorriu de novo.
-Você é o amor da vida do papai, sabia? Você e sua mãe, Zoe! Olha como você é linda, meu amor! É, sim! Tem carinha de quem vai dar um trabalhinho para mim... Mas você é pequena demais para oensar nisso, tá?
Zoe deu mais uns dois gritinhos e Bucky ajeitou o laço enorme e vermelho que tinha posto no meio dos cachinhos largos.
-É, Zoe... Você é "pequetitinha" demais! Olha isso! Muito neném! - Bucky a pegou no colo e abraçou a filha. - Papai nunca vai deixar nada acontecer com você, está bem?
Zoe abocanhou o braço desnudo de Bucky e ficou babando o metal. Bucky sorriu.
-Gosta do meu braço, filha? Eu não gosto muito, não. Mas pode, vai... Continua mordendo e babando ele todo! O que eu não consigo deixar você fazer, hein, Zoe?
Zoe sorriu e começou a puxar os cabelos de Bucky. Bucky deixou.
-Zoe, amor... Meu nariz... Não... Filha!
Bucky escapuliu dos dedinhos de Zoe e riu, deitando a menina na cama. Bucky deitou por cima dela e começou a fazer cócegas com a boca em Zoe.
A bebê se debatia inteira e ficava toda agoniada, batendo perninhas e bracinhos. Bucky sorriu entre uma seção e outra de cócegas.
Siena tinha o coração quentinho. Encostada na porta, observando, sentia um orgulho imenso e danado de Bucky. Amava o homem que ele era, o marido, o amante, o amigo...
E amava o pai.
Bucky amava Zoe com todas as forças dele e Siena sabia que não podia ter escolhido pai melhor.
-Okay, Zoe... Vamos mimir? Papai tá ficando cansado e se a mamãe me pega fazendo cosquinha em você...
-Já peguei!
Bucky estremeceu de susto e segurou Zoe no colo. Ela se debateu e bateu os bracinhos, gritando e se jogando para a frente, querendo a mãe.
Siena riu e se esticou para pegar a neném no colo. Bucky a soltou e voltou a cair na cama, com as mãos na cabeça, sorrindo.
-Por quê você estava fazendo cócegas na menina, Bucky? Ela fica desesperada...
Bucky deu de ombros.
-É engraçado, poxa... E ela gosta.
Siena riu, enquanto Zoe puxava a blusa da mãe e tentava mamar. Siena sentou na cama e ajeitou a filha no colo, expondo o seio e deixando a bebê se alimentar.
Ficou em silêncio alguns segundos, enquanto ajeitava os cachinhos da filha e trocava um olhar longo e amoroso com a pequena.
Aquele era o momento delas. Um dos favoritos de Siena. Um dos que Siena sentia que o peito poderia explodir de amor e admiração.
Bucky ficou observando, com um sorriso bobo no rosto e lembrando, aos poucos, de tudo.
Talvez, ainda não fosse o marido e o pai que queria, mas já não era mais o homem idiota e babaca que conheceu Siena. Até ele podia notar a própria evolução. E devia tudo aquelas duas.
Vendo que Zoe dormiu profundamente, Siena levantou, bem devagar e a deixou na cama, cercada por travesseiros fofos e altos. Encarou Bucky.
-Posso deixar ela dormir aqui ou vai voltar a fazer cócegas na menina?
Bucky se levantou, bem devagar e puxou Siena pela mão, para fora do quarto. Siena arregalou os olhos e parou no corredor.
-Tá maluco?! Vai deixar a garota sozinha no quarto, Bucky? E se ela cair e...
Bucky empurrou Siena, segurando a cintura dela, até que a morena encostasse as costas na Parede. Foi direto ao pescoço dela, sem esconder o quanto a desejava.
-Eu só ia, inocentemente, para o quarto de visitas. - Bucky a encarou nos olhos, segurando o rosto de Siena entre as mãos. - Que é do lado do nosso. E escutaríamos caso a Zoe acorde...
Siena inclinou a cabeça para trás e apoiou na parede. Bucky explorou, com a boca e a língua, toda aquela extensão, sentindo o perfume de Siena e salivando por ela. As mãos foram parar nos quadris e, puxando o elástico do short de Siena, enfiou as duas mãos, sentindo a pele da bunda dela.
Os quadris se juntaram e Siena ergueu uma perna o puxando para mais perto...
Então, o choro de Zoe ecoou no quarto e eles pararam, imóveis. Bucky suspirou, apoiando a cabeça na parede, atrás de Siena. Ela riu.
-Você está mimando ela, Bucky! A culpa é sua...
Bucky concordou com a cabeça. Não é que estivesse mimando ela, mas odiava ver Zoe chorando, então, se pudesse evitar, evitava!
Siena foi atrás da bebê e voltou com ela nos braços, avisando que iria à cozinha preparar uma papinha. Bucky concordou e seguiu ela.
Não, Siena não pediu ajuda. Na verdade, ela nunca pedia. Mas Bucky não achava justo deixar que ela fizesse tudo, já que o bebê era dele também.
Enquanto Siena colocava Zoe na cadeirinha e ligava o vídeo do celular em um desenho, Bucky já separava os legumes e a panela. Siena franziu a testa, suspirando.
-Eu falei que eu vinha fazer, Bucky!
-Eu sei. - Bucky sorriu de lado, começando a cortar os legumes na pia.
-Então...?
-Então, o que? - Bucky se fez de tonto.
Siena suspirou e resolveu ir adiantando a janta deles. Adorava o fato de Bucky a ajudar o tempo todo, mas as vezes, se irritava com isso.
Uma hora depois, Zoe estava alimentada e assistindo desenho ainda na cadeirinha da cozinha, rindo sozinha. Bucky e Siena estavam lavando a louça e secando, respectivamente. Tinham acabado de comer também e estavam um pouco lerdos.
O silêncio não era incômodo. Na verdade, era agradável. Mas não durou muito tempo. Siena bateu na bunda dele com o pano de prato, fazendo Bucky a encarar.
-Hm?
-Você ainda me ama igual, não é?
Bucky franziu a testa e a encarou, passand uma panela.
-Claro que sim, Beija-Flor! Por quê essa pergunta?
Siena deu de ombros.
-Não sei.. Eu só estava me analisando no espelho hoje... Não sou mais a mesma.
Bucky desligou a torneira, deixando metade da louça com sabão sobre a pia. Puxou o pano de prato da mão de Siena e secou as duas mãos, a puxando, a seguir pela cintura. Siena apoiou os braços no pescoço de Bucky, sem olhar para ele.
-Beija-Flor? Olha para mim...
Siena ergueu os olhos.
-Você acha que o Sam ama menos a Darla porquê ela mudou?
Siena negou.
-Você acha que eu te amo menos?
Siena não respondeu. Tinha feito algumas amigas na Shield. A maior parte falava que o casamento não era mais igual depois dos filhos. Estava mesmo insegura, embora Darla tivesse comentado, mais cedo, por mensagem, que ela estava sendo idiota.
Talvez estivesse. Mas insegurança não era algo que desse para, simplesmente, desligar.
-Amor, pelo amor de Deus! - Bucky exclamou, fingindo estar bravo, puxando Siena para ele. - Meu amor não diminuiu. Minha paixão aumentou. Meu tesão continua igual, embora a gente tenha menos tempo. Eu te amo! Mais do que a mim mesmo! Para de paranóia!
Siena suspirou, concordando. Voltou a lavar louça. Bucky olhou para a cadeirinha. Zoe estava dormindo, toda torta. Foi pegar ela no colo, mas ainda teve que esperar o pequeno álbum de fotos que Siena tirou em apenas alguns segundos.
Então, a levou para o berço e ficou observando para ver se a neném acordava. Nada. Correu escada abaixo e achou Siena guardando a louça. A pegou no colo, fazendo Siena dar um grito de susto e correu, literalmente, com ela para o sofá.
Tirou rapidamente a blusa e se livrou da bermuda. Siena ainda se recuperava do susto, olhando para ele, levemente assustada. Mesm assim, mordeu a boca e o observou com atenção.
Bucky se encontrava já em um estado delicado de expectativa e se jogou em cima de Siena a beijando, ardentemente.
-Ainda acha que eu te amo menos?
Siena negou, jogando o pescoço para trás e sentindo as mãos de Bucky percorrerem o corpo dela com pressa.
-Eu te amo! Te amo! Te amo!...
Cada frase era pontuada por um beijo. A blusa de Siena foi parar por cima do Notebool na mesinha de centro e o short perto da escada, rasgado em dois.
A calcinha de Siena seguiu o mesmo percurso e a cueca de Bucky se perdeu pela sala.
Sabiam que tinham que ser rápido, discretos e silenciosos. Mas nem por isso, deixou de ser prazeroso, intenso e perfeito, para ambos.
Siena e Bucky se amaram no sofá e ainda tiveram tempo de ficarem conversando, jogados nos braços um do outro e fazendo carinho mútuo, até que vinte minutos depois, Zoe começou a chorar.
-Deve ser a Fralda. -Siena suspirou, sorrindo e se inclinando para dar um rápido beijo em Bucky. - Fica aqui, amor. Eu vou.
Siena vestiu a blusa de Bucky e saiu correndo escada acima. Bucky levantou do sofá e enfiou a bermuda, catando a bagunça que fizeram e sorrindo.
O sorriso de Siena quando levantou do sofá ainda estava na mente dele.
Amava. Demais. Intensamente.
E era exatamente nisso que Siena estava pensando enquanto trocava a fralda de Zoe. No quanto amava Bucky e tinha sorte de ter ele.
No fim, tudo que passaram tinha válido a pena.
Oie, pessoal! Prontos para o último capítulo oficial? Ele sai antes das seis da manhã, só preciso escrever um texto de agradecimento aos melhores leitores do mundo: Vocês! ❤🤧
Esses dois últimos capítulos não são bem meus favoritos, mas, como diz uma amiga minha, o final nem sempre precisa ser grandioso; Às vezes, só um final basta! 💖
Obrigada por acompanharem até aqui! Bjs 💋
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