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Descobrindo tudo.

Bucky e Siena entraram na sala do cinema, silenciosos. Bucky não entendia qual era o problema da garota. Ele não tinha feito nada demais além de conversar com as garotas, não era para ela estar com esse ciúme todo... 

Ciúme? Bucky encarou Siena de lado durante os trailer's. Ela tinha a expressão fechada e estava de braços cruzados , balançando a perna no ar. 

Com um pequeno choque que irradiou do peito para os membros, tentou evitar pensar que poderia ser isso que ela escondia. Afinal, ele se lembraria. 

Não lembraria? 

O filme começou, mas a cabeça dele estava longe. Muito longe. Mais especificamente , nos tempos da Hydra. 

Não, ele não se lembrava de Siena, nem Darla, ou qualquer pessoa que a ligasse a ele. 

Vai ver, o sentimento era novo. 

Bucky respirou fundo, sabendo que se arrependeria depois, mas não queria ficar chateado com ela. Não depois de Siena ter sido quase totalmente honesta com ele. 

Tirou o encosto do braço, o levantando. Siena o olhou de lado, com a testa franzida. 

-O que você está fazendo? - Siena sussurrou. 

Bucky a puxou pela mão, até que ela estivesse deitada sobre o peito dele. Sem comseguir controlar a vontade, Bucky beijou o topo da cabeça dela. 

-Achei que você ia ficar mais confortável aqui do que pendurada no encosto da cadeira. 

Siena reclamou algo sobre não precisar do "achismo" dele, mas não saiu do lugar. Minutos depois, começou a bater o pé, estressando Bucky. 

Ele respirou bem fundo, mas ela não percebeu. Bucky pôs a mão no joelho dela. 

-Para, Sie... 

-Desculpe. 

Bucky decidiu tentar uma coisa. 

-Sabe o que você me lembra, batendo o pé desse jeito? 

-O que? - Siena se aconchegou mais sobre ele e o encarou. 

-Um beija-flor. Sabia que eles podem bater as asas mil vezes por minuto? 

Siena o encarou, sem reação. Automaticamente, o pé dela começou a bater de novo. 

-Beija-Flor?!- A voz dela saiu em um sussurro rouco, claramente surpresa. 

-É... 

Siena sorriu amplamente e se apertou ainda mais contra o peito de Bucky. 

Isso fez o coração dele gelar. A reação dela foi de quem estava esperando por isso. Surpresa, mas feliz. 

Bucky se recostou na cadeira. Isso só podia significar que, ao menos, em parte, o sonho tinha acontecido. Do contrário, não saberia do tal apelido, saberia? 

Mas se ele e Siena tivessem feito mesmo aquilo... Céus, ele nem saberia classificar o que seria aquilo! Obviamente, foi mais que sexo ou uma transa casual... Mas talvez, pelo ritmo, não fizeram amor. 

Ou fizeram, mas de uma forma mais brutal. 

E se fizeram mesmo, então... Como? Por quê? Quando? Eram tantas as perguntas que a cabeça de Bucky começava a latejar e doer. Essa era uma reação natural do corpo todas as vezes que ele forçava demais a mente para tentar lembrar de alguma coisa. 

Bucky só percebeu que gemia de dor e suava frio, tremendo, quando Siena o encarou, claramente, preocupada. 

-Você está bem? Está passando mal? 

-Não... - Bucky engoliu em seco e decidiu deixar para lá. Pelo bem de sua saúde mental. - Eu só... Lembranças ... Enfim... 

Siena não insistiu, mas passou a olhar para Bucky de minutos em minutos. 

Quando o filme, enfim, acabou, Bucky ainda estava pálido e trêmulo. 

-Tá... Vem comigo. - Siena pegou a mão dele e Bucky se deixou arrastar até a Praça de Alimentação. - Você, claramente, está passando mal... 

-O que você vai fazer? - Bucky indagou, com o tom de voz baixo. Mais que isso sua garganta não aguentaria. 

-Vou te levar para comer e beber alguma coisa. - O tom de voz de Siena deixou claro que ela não ia mudar de idéia, que queria ser obedecida e que ela tinha as rédeas da situação. - Se isso não adiantar, aí eu ligo para o Steve e pergunto se ele acha melhor eu te levar a um hospital. 

Bucky soltou uma risada fraca, murmurando um "Não preciso de Hospital!", mas Siena o ignorou. 

Minutos depois, Bucky se obrigava a engolir um hamburguer com batatas e refrigerante. 

E, naquele momento, ele soube que se olhares tivessem o poder de cortar, como uma faca, Siena teria o deixando em frangalhos. 

Bucky se sentia como um garotinho sob o olhar incisivo da mãe. Irritou-se com isso, afinal, era para ele ser o responsável alí! 

-Melhor? - Siena se aconchegou na cintura dele, tateando com os dedos a pele de Bucky, por dentro da camisa. 

Ele não ousou se mexer, de forma alguma. 

-Ao menos, não está mais suando frio. - Siena deu um leve sorriso e puxou a mão dele. - Nem tremendo. Diria que está melhor, mas sua cara carrancuda não me deixa saber... 

Mesmo que não quisesse, que tivesse lutado contra isso com todas suas forças, Bucky foi obrigado a sorrir com esse comentário. Desviou o rosto, mas Siena riu. 

-Eu vi esse sorriso, Tenente Barnes! - Siena encostou a cabeça no ombro dele. - Acho que você devia sorrir mais, sabe? Fica muito lindo sorrindo! 

Bucky se voltou a ela, lentamente. Sentiu todo o corpo tenso de desejo. Bucky deixou o olhar cair para a Bucky de Siena. 

Era uma boca pequena, até, mas com lábios rosados, cheios e em formato de coração. Talvez... Apenas talvez, sabe? Essa boca encaixaria perfeitamente na boca dele. 

Quando percebeu que Siena entreabriu os lábios, os umedecendo de leve, com a língua, enfim, entendeu que isso era um convite. 

Que se danasse o bom senso! Bucky queria Siena e queria naquela hora! 

Passando o braço pelos ombros de Siena, a puxou mais para perto. Alternou o olhar entre os lábios dela (que diziam "Sim!) E os olhos (que diziam "Pelo amor de Deus, me beija!") E se inclinou para frente. 

Não se moveu nem cinco centímetros antes de Siena arfar, surpresa e ficar pálida. 

Seguiu o olhar de Siena e viu... Siena? 

-É a Darla! - Siena abaixou, se encondendo com a mesa. - Temos que sair daqui, Bucky! 

Bucky levou alguns segundos para raciocinar. Darla sabia onde Siena estava. E o principal motivo para achar que estava vendo dobrado era que elas eram gêmeas! Isso nunca tinha passado pela cabeça dele... 

-Vocês são gêmeas?! 

-Não somos univetelinas! - Siena puxou Bucky e correu, quando Darla foi na direção oposta. 

-Sério?! - Bucky exclamou, espantado. 

-Sim! Se você chegasse perto, ia perceber que nossos olhos são diferentes. O formato do nariz também, embora parecidos. Eu tenho sardas, ela não. E o cabelo dela é ondulado, enquanto o meu é cacheado... Mas eu sei, somos parecidas! 

Eles correram, quase, andando de cabeça baixa e juntos. Demonstrações de afeto em público causavam desconforto. 

Andaram tranquilamente até o segundo andar, quando Siena reconheceu um dos homens que "morava" na Shield. Entraram rapidamente na primeira loja que viram e esperaram ele passar. 

Bucky queria ter mandado uma mensagem para os outros, avisando, mas ele tinha uma arma na cintura e isso era o que ele precisava para controlar a situação, caso viesse a conquistar esse nível.  

Siena parecia muito alerta e assustada. Bucky não precisava nem tocar nela para saber que estava completamente gelada e tremendo. O horror em pensar em ir para qualquer lugar com aquelas pessoas era nítido, estava estampado no rosto dela. Bucky só não sabia porquê. 

Tudo bem, ele mesmo não ficaria afim de voltar para "beber uma gelada " com os "amigos" da época da Hydra, óbvio. Mas para quê tanto espanto e horror? 

-Okay... - Siena falou baixinho, vasculhando o segundoa andar com os olhos. - Acho que tá tudo limpo, Bucky... 

Bucky também vasculhou. Puxou Siena pela cintura para abaixar e falar perto da orelha dela: 

-O que não quer dizer que eles desistiram. Se estão procurando com tanto afinco é porque sabem onde estamos. 

Siena concordou. 

-Mas quem foi que entregou? 

-Talvez eles estejam vigiando a casa e nos seguiram. 

Siena ponderou a resposta, mas não concordou. 

-A Darla é mais de fazer, ela não teria esperado sairmos de casa. Ela teria atacado conosco lá dentro mesmo! 

Bucky a puxou para a escada rolante. 

-É? Bem, mas ela esperou para atacar a Shield, não? 

-Garanto que só o tempo de arranjar as pessoas certas. - Siena fez uma careta. - Céus, o plano "B" foi, simplesmente, me matar! 

Assim que entraram na escada rolante, Siena, que estava na frente de Bucky, virou pálida para ele. 

-Não olha! É a Darla! 

-O que? 

-Me beija, Bucky. 

Bucky arregalou os olhos. Siena continuou falando: 

-Demonstrações de afeto em público fazem com que as pessoas desviem o olhar! Me beija, porra! 

Bucky não raciocíniou muito bem. Apenas pôs as mãos no quadril de Siena e sentiu ela ficar na pontinha do pé. 

Suas bocas se encontraram. Embora, o objetivo fosse apenas desviar o foco, o coração de Bucky batia descompassado e o estômago tinha liquefeito. As próprias pernas, ele duvidava, obedeceriam os comandos. Os lábios de Siena eram macios e tinham gosto do brilho labial de morango. 

Bucky nunca amou tanto morangos em sua vida. 

Apesar de ter passado apenas alguns segundos (menos de cinco e apenas três roçar de lábios), quando Siena partiu o beijo, a boca dela ainda ficou na de Bucky. 

E foi exatamente no segundo que isso aconteceu que o corpo de Bucky parou de obedecer. Ele saiu da escada rolante, no automático, sendo arrastado, enquanto flash's de memórias passavam por sua mente, rapidamente, até virarem lembranças completas. 

Até ele se lembrar de tudo. 

Da primeira vez em que quase matou Siena e ela a ele, mas que no último segundo, nenhum dos dois puxou o gatilho das armas. Então, se encararam, tensamente, até ela começar a bater o pé, de impaciência e o Soldado Invernal caminhar até ela. 

Siena não abaixou a cabeça para ele, nem Demonstrou medo. Ao  contrário, estava louca para provar que ele não era tão assustador assim. 

Colocando o pé sobre o dela, a forçando a parar, Bucky se lembrou de quando ele (na versão Invernal) a encarou, jogando os cachos dela para trás de um dos ombros e sussurrou: 

-Beija-Flor. 

Siena ficou vermelha, igual um tomate. 

-O que disse? 

-Beija-Flor. 

Siena franziu a testa. Cruzou os braços e chegou quatro passos para trás. Passos, esses, que ele chegou para frente. Siena bateu com as costas em uma parede. O Soldado a encurralou entre os braços e abaixou até estar na frente dela, olho no olho. 

Bucky sentiu que toda a raiva, ódio, desespero, angústia, todos os sentimentos que o Soldado Invernal mantinha, estavam controlados e só a curiosidade o mantinha firme. 

Siena não se intimidou. Ergueu o queixo e continuou o olhando com aquele olhar superior, prepotente e firme. Bucky percebeu o quanto ela era jovem... Talvez, uma adolescente ainda. Não que o Soldado se importasse... 

-Quem é você? - Bucky questionou. 

-Alguém que contrataram para matar você. - O tom de voz não vacilou. 

Ele soltou um rosnado que podia ter sido uma risada.  

-Não está com medo? 

-Não. 

-Deveria... Eu posso matar você em segundos, apenas. 

Siena deu um leve sorriso. 

-Mas você não vai, não é, Soldado? 

-E você? Vai? 

Bucky se lembrava de ter observado Siena, em busca de armas além da que pendia na mão direita dela. Não haviam. Seja quem quer que fosse que tenha mandado ela por lá, não queria que ela saísse viva. 

A não ser que ela fosse muito burra

-Eu acho que... - Siena o analisou de cima à baixo. Deu um pequeno sorriso. - Eu acho que não. 

Bucky se aproximou ainda mais e retirou a máscara que cobria metade do rosto dele, sentindo a brisa gelada da noite contra sua face. 

-Que pena... Sabe por que? Porque eu quero matar você... 

Bucky se lembrou que, ao invés de se assustar, Siena sorriu. 

-Você tem certeza disso, Soldado? 

Bucky puxou a trava da arma. 

-Parece que não tenho? 

-Bom... - Siena guardou a própria arma no coldre. - Pelo que eu estou vendo... Me parece outra coisa.

Bucky continuou encarando ela, com o rosto à cerca de oito centímetros do dela. 

-Outra coisa? 

Siena sorriu, colocando ambas as mãos na cintura de Bucky (ou o Soldado, no caso) e deslizando, por cima do uniforme, até chegar... 

Um gemido rouco escapou da garganta dele. Havia tanto, tanto tempo, desde a última vez que se lembrava de estar com uma mulher... 

No caso, Bucky sabia que o Soldado não se lembrava. Mas devia supor que já tinha estado. 

Siena continuou passeando as mãos pequenas e delicadas sobre o corpo dele, o fazendo estremecer e gemer, enquanto usava toda a força de vontade para não a atacar e possuir Siena alí mesmo, naquela hora. 

Siena se enroscou nele. 

-Agora, me parece que você está um tanto... - Siena voltou com as duas mãos para o lugar certo. - Excitado. 

-Desgraçada. - Bucky se lembrou, com espanto, que isso foi a única resposta possível que conseguiu dar. 

Siena estalou a língua. 

-Respondendo em russo, Soldado? Que feio... Eu não falo Russo.  

Ainda tentando manter o controle (afinal, sahia que estava sendo seduzido para depois ser morto), Bucky se lembrou de quando ela puxou sua mão humana e levou até o seio. 

-Você gosta disso, Soldado? 

Ele foi incapaz de articular qualquer palavra decente. Sabia que estava se deixando levar pelo desejo, pela carência... Mas não se importava mais. Precisava dela e precisava naquele momento! 

Assim que pensou isso, Siena o largou, passando por baixo de seus braços. Ofegante, o Soldado Invernal lutou para se desencostar da parede e encarar Siena indo embora, pelo corredor, com um sorrisinho cínico e sarcástico. Ela bateu continência. 

-A gente se vê por aí, Soldado! 

Num impulso, assim que ela colocaria a mão na maçaneta da porta, ele puxou a faca de um bolso e mirou, acertando, exatamente, do lado da cabeça dela. 

Siena paralisou. 

O Soldado reuniu toda a força que tinha para falar: 

-Ou você vem aqui, agora, e termina o que começou... Ou eu posso, sem querer, acabar matando você. Escolhe, Beija-Flor. 

Siena continuou imóvel. Virou lentamente. E deu mais um sorriso, cínico. 

-Oras, Soldado... Mas é assim? Você nem me paga um café, um jantar e já quer ir para os finalmentes? 

-Eu tô perdendo a paciência... 

Siena ficou tensa. 

-E se eu não quiser... 

O Soldado não respondeu. Siena deu um sorriso. E começou a andar na direção dele. A cada passo, Bucky se lembrava de sentir o corpo latejar. 

-Bem, ao menos, apesar dos seus crimes, você não é um estuprador. 

Siena chegou bem perto. Muito perto. 

-O que você quer? 

-Você sabe. - Ele lembrava de responder, muito baixo. 

Siena sorriu. 

-Ah... Entendo... Você quer isso aqui, não é? - Siena voltou a passar a mão pelo quadril dele, circulando sua parte mais sensível. Bucky mordeu a boca e gemeu de prazer de novo. - Ou... Talvez você queira isso... 

Bucky se lembrou de sua mão sendo guiada até o seio de Siena. Deixou a cabeça cair sobre o pescoço dela. 

-O que... - Bucky tentou articular. - O que eu tenho... 

-O Que você tem que fazer para me Ter? - Ele assentiu. - Duas coisas: Me prometer que vai me deixar viva e pegar uma coisinha para mim... 

Bucky ouviu com atenção e concordou. 

Finalmente, tomou as rédeas da situação, até Siena desfalecer em gemidos e arfadas entre seus braços, naquele corredor mesmo. Nenhum dos dois se importou com o ar ou o chão gelados. Nem mesmo com o pequeno, mas existente, perigo de serem pegos... 

Ele só precisou dela, alí. E ela estava disposta a o ter. 

A cabeça de Bucky, finalmente, deu um nó e ele sentiu uma dor alucinante, como se fossem mil agulhas espetadas em seu cérebro, o obrigando a voltar para a realidade. 

-Bucky? Bucky! Hey, olha para mim! - Uma voz suave pediu, enquanto forçava o rosto dele a olhar para baixo. - O que aconteceu, Bucky? 

Pelos barulhos em volta dele, Bucky percebeu que estava numa calçada. Não lembrava como tinha ido parar lá. O corpo de Siena, estendido e exposto sob o dele, foi sendo substituído por sua visão. Sacudindo a cabeça, finalmente, encarou Siena na sua frente. 

-Cara... Você está estranho! O que aconteceu? É melhor eu ligar para o Steve ou a Natasha? Quem sabe o Sam...? 

-Por que você não me contou?! - A voz de Bucky saiu baixa, rouca, tensa. 

Siena franziu a testa. 

-O que? 

-Por quê, Siena, você mentiu para mim? 

-Menti?! 

-Mentiu! - Agora, Bucky berrava. - Você disse que mal me conhecia! Que nos esbarramos algumas vezes quando tentamos nos matar! Você mentiu! 

Bucky observou o rosto de Siena ficar vermelho e ir clareando até ficar pálido. 

Bucky, subitamente, se deu conta de que estavam parados na frente da casa. Em um rompante, ele deixou Siena para trás e caminhou até a porta, destrancando, e entrando. Siena correu atrás dele. 

-Bucky? Espera! 

Bucky se virou, abrutamente, fazendo Siena se chocar contra o peito dele. 

-Não é o que você está pensando, Bucky! 

-Ah, não?! Jura?! Bem... Eu não vou cair na história de que era sua irmã gêmea, não você... 

Siena parecia prestes a ter uma crise de choro, o que irritou muito Bucky. 

-Quer parar de ser uma chorona e começar a falar como você falou, firme e segura na hora de me seduzir?! 

Siena ergueu o olhar e ia protestar. Bucky foi mais rápido. 

-Não! Nem precisa dizer que você não ia me seduzir e depois, me matar, quando eu estivesse exposto e vulnerável! Eu sei que era isso que você ia fazer... 

-Eu ia, tá?! - Siena explodiu. - Eu, realmente, ia matar você depois que me aproveitasse de você! Depois, que por um ato de misericórdia, eu deixasse você se sentir humano novamente! Estava no contrato! 

-Você dormiu comigo por um contrato?! 

-Eu transei com você por um contrato! - Siena gritou, gesticulando com os braços. - E eu devia ter matado você após, mas olha que surpresa! Eu não consegui! E você não pareceu muito incomodado em transar comigo mesmo sabendo que uma hora eu ia ter que matar Você! 

Bucky rosnou. 

-E por que não me contou isso em quase cinco meses?! 

-Por que não interessava te contar! Você não se lembrava! Você não fazia questão de me ter por perto! Você me odeia! Me despreza! Eu sou trouxa, mas nem tanto assim! 

Bucky respirou bem fundo. 

-Não interessava contar porque não é você que não tem um passado! Não é você que não sabe a angústia de tentar lembrar se algo e não conseguir! 

-Mas sei como é a angústia de se lembrar de algo que só você lembra! - Siena gritou. - Passei anos e anos revivendo cada lembrança com você, cada beijo, cada sussurro, cada olhar... Passei anos e anos me convencendo de que você foi um delírio da minha imaginação! Você sabe como eu me senti? Não, você não sabe! Você sequer se lembrava de mim! 

Bucky se controlou para não perder a paciência e prensar ela contra a parede e dar uns tapas na cara de Siena, quando ela voltou a gritar. 

-Você não sabe como é ver a única pessoa que se importou e acolheu você, questionou se você estava bem, a única pessoa que se esforçava para te ver feliz, sem sequer saber que tiveram mais que um momento juntos! E é claro que eu sei que fui uma bonequinha para o Soldado Invernal, mas não me importo! Até esse idiota, assassino, mercenário, me tratou melhor do que você! 

Bucky ficou paralisado, enquanto Siena voltava a desabafar, quase chorando. 

-Para você, pode ter sido apenas diversão , alívio masculino, perda de tempo... Para mim, o Soldado prometeu que ia arranjar uma maneira de escapar e que íamos... - A voz de Siena falhou e ela riu, sem humor. - Não é irônico que, finalmente, após torturas e torturas, onde ele não se esquecia de mim, você finalmente, se veja livre da Hydra, como ele disse que faria e não se lembre de mim? Imagina como eu me senti quando você entrou por aquela porta, com a proposta da anistia... 

-Você me tratou mal e disse que não queria ouvir! 

-Eu sempre tratei você mal quando você aparecia! Eu nunca sabia se você ia se lembrar de mim! Era mais fácil esperar pelo pior do que me decepcionar... - Siena enxugou uma lágrima. - E olha... Finalmente, eu me Decepcionei. Não existia, aparentemente, nada do homem que eu gostava em você! E as suas tentativas de me manter longe e afastada, flertando com outras mulheres, descaradamente, na minha frente e na de todo mundo! Achei que você estava fingindo não lembrar de mim! A Natasha tinha dito que você era muito discreto... Então, por que? Até na frente do secretário! Foi por isso que eu quis mudar de tutor, porque achei que era uma forma de  você me dizer... 

Siena engoliu em seco. Bucky não sabia o que pensar. 

-Achei que essa era uma forma de me dizer que o que quer que a gente tenha tido, nunca mais íamos ter. Sabe como eu me Senti humilhada quando você me jogou para cima do Steve, naquele restaurante, logo no primeiro dia?! A Natasha viu... Foi ela que reparou que eu não estava olhando para o Steve, eu estava reparando em como você estava lindo e como parecia feliz! Eu estava tentando entender porque diabos você tinha dito não se lembrar de mim! - Siena se deixou cair no chão, com as costas na parede. - Foi a Natasha que veio perguntar se tínhamos tido um caso... E eu não consegui negar. Então... Ela me disse que você, realmente, não se lembrava de mim, mas que tinha ficado obcecado em descobrir quem eu era porque tinha a impressão de que me conhecia. Mas quer saber quando foi que eu acabei entregando do nosso caso? 

Bucky não respondeu. 

-Assim que a Natasha veio tentar me convencer a me juntar para a Shield. Você nunca deveria ter ido lá... Mas eu fiz a besteira de perguntar por você. Ela questionou se ajudaria caso você fosse falar comigo, e eu fiz a segunda besteira de dizer que sim, porque eu estava desesperada para te ver. 

Bucky piscou, confuso. 

-Por que você nunca me procurou? 

-Porque eu estava sob a vigilância da Darla, era procurada e você era da Shield! Achei que quando se sentisse seguro, ia me procurar... 

Bucky perdeu o fiozinho de paciência que tinha e voltou a berrar. 

-Você é maluca?! É óbvio que mesmo que eu lembrasse, eu não procuraria você! Não fui eu que fiz essas promessas, Siena! Foi ele! Eu não sou ele! 

Siena ergueu-se do chão e enxugou algumas lágrimas quando o encarou e passou por ele. 

-É... Eu sei que você não é ele. Agora eu sei. E se eu soubesse, nunca teria procurado por você! Nunca! 

Siena subiu as escadas e Bucky se deixou cair, mais que irritado, no sofá. 

Essas últimas palavras tinham o impactado tanto que seu peito chegava a doer. 

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