A bolada.
O
ie, pessoal! Voltei! Eu estava analisando aqui, faltou um capítulo na vdd... Mas como ele não era tão importante, eu decidi que não vou excluir a história e respostar, okay? Não se perdeu muita coisa... Portanto! Tô de volta, viu?? Espero que ainda continuem acompanhando ❤ E me desculpem pela lerdeza!
Fury ficou para o jantar, que foi totalmente silencioso. Claro que a ausência de Siena foi notada por todos, e o constrangimento de Bucky também, mas para a felicidade dele, ninguém comentou sobre esse fato.
Depois que Fury se foi, prometendo voltar em alguns dias com novidades, Steve e Bucky ficaram conversando (com várias interrupções de Sam) sobre o que Fury tinha ido fazer no Texas e porquê lá.
Obviamente, aquela casa era a mais segura que pensaram, afinal, antes de ser e Natasha, tinha sido de Tony. Após o conselho de Fury, eles conseguiram, com a ajuda de uma ligação para o próprio Tony, ligar a Inteligência Artificial da casa e com isso, reforçar a segurança.
Darla queria, obviamente, pelos áudios que Fury conseguiu das gravações do dia do ataque, levar Siena embora. O motivo é que era um mistério ainda. Mas era claro que Darla entregaria Siena para alguém.
Bucky tornou a se perguntar o porquê estavam se preocupando tanto com uma garota que já cometera tantas atrocidades. De repente, se deu conta de que era isso que os heróis faziam: Eles salvavam quem precisava salvar, não importava os riscos que corriam.
Dias depois, analisando, na varanda da casa, enquanto Siena convencia Steve a jogar vôlei com uma bola que achou num dos quartos, Bucky acabou se dando conta de que não só ele, como todos os outros, haviam se afeiçoado a ela.
O problema é que como Siena escondia algo, o instinto de Bucky não deixava que ele se aproximasse mais do que já tinha feito. Ele, simplesmente, não conseguia confiar e estava sempre esperando o momento em que iam procurar por ela e Sina teria ido embora. Ou então, ela os matasse e fosse embora com a irmã.
Nesse dia, quando Siena, Steve e Sam estavam jogando vôlei, Steve se empolgou e acabou fazendoa bola cair na casa do vizinho, pela janela.
-Eita! - Steve fez uma careta culpada.
Siena e Sam se entreolharam e encararam Steve, com caretas, iniciando uma discussão sobre quem ia pedir a bola de volta.
Mas antes que decidissem, Bucky viu a vizinha enfia a cabeça pela mesma janela que a bola entrou e olhar na direção deles. Sumiu logo em seguida.
Segundos depois, Bucky reconheceu a vizinha de quando ele tinha se escondido naquela casa com Steve e Natasha.
Ela entregou a bola na mão de Steve e o comprimentou com um aperto de mãos. Além de ter comprimentado, calorosamente Sam e Siena.
Então, virou para Bucky e sorriu, andando até ele. Bucky desligou o laptop e chegou mais para o lado, dando espaço para Kiara Spielberg sentar.
-Quanto tempo, Sargento. Como vai?
Bucky deu um leve sorriso, observando os contornos suaves das curvas dela.
-Melhor do que quando nos conhecemos. E você?
-Melhor agora, na verdade.
Bucky deu um leve sorriso de lado.
-Ai, Steve!
-Desculpe, Siena!
Acabou virando a direção na cabeça do diálogo, enquanto Sam ria. Aparentemente, Steve tinha acertado a bola na cabeça de Siena.
-Ela é sua...?
Bucky tirou os olhos da garota e os voltou a Kiara. Deu de ombros, apoiando os braços nos degraus de trás.
-Nada. Ela não é minha nada. - Como isso soou mentiroso até para ele, deu de ombros de novo. - Quero dizer , nos conhecemos no trabalho e eu fui o chefe dela. Mas nada mais.
Kiara ergueu uma sombrancelha, não parecendo acreditar muito. Mas deu um sorriso.
-Devo supor que você ainda está solteiro, não?
-Estou. E você?
-Desempedida. Completamente.
Bucky riu.
No início, tinha ficado assustado com a atitude das mulheres desse século, afinal, as que conheceu, não teriam certos comportamentos, por mais "saidinhas" que fossem.
Mas agora, até preferia quando iam direto ao ponto. E gostava ainda mais quando elas faziam questão de frisar que não gostariam de ter nada mais do que "um caso casual".
-Vai fazer alguma coisa amanhã? - Bucky perguntou, chegando mais perto, como quem não quer nada.
Kiara chegou mais perto também, sorrindo.
-Nada. Tem algo em mente?
-Eu sempre tenho algo em mente, Kiara.
-Que delícia... Quero dizer, que legal!
Nos segundos que antecederam um quase beijo, Kiara soltou um grito quando uma bolada acertou a cara de Bucky e por pouquíssimo, não acertou a dela.
Sam caiu na grama, de tanto que riu, enquanto Steve arfou e Siena saiu correndo, ignorando a presença de Kiara.
-Bucky? Ai, meu Deus! Desculpe! Não foi minha intenção acertar sua cara! Hey? Olha para mim! Você tá bem?
Piscando e sacudindo a cabeça, Bucky focalizou no rosto Siena e semicerrou os olhos.
-Não foi sua intenção acertar a mimha cara?
-Não! Desculpe!
-E por acaso, Sie, foi sua intenção acertar outra parte do meu corpo?
Siena levantou dos degraus, parecendo aborrecida e cruzou os braços.
-Com certeza, minha intenção não foi acertar você!
Bucky suspirou.
-É? E foi sua intenção acertar quem?
Siena revirou os olhos e pegou a bola, tacando para Steve.
-Toma, Stee. Para mim, já deu.
Siena passou por entre Bucky e Kiara, pisando duro e batendo a porta. Depois que Sam se acalmou, Steve andou até Kiara e esticou a mão para fazer ela levantar.
-Você está bem?
-Claro! - Kiara deu um meio sorriso, nervoso. - Nossa... Ela é meio maluca, não é?
Sam revirou os olhos.
-Acredite, ela não é tão louca assim. A culpa disso é do Buc...
Steve deu um olhar mortal para Sam, que deixou a voz morrer e murmurou um "Eu vou ver se a Nat precisa de ajuda.", entrando na casa.
Bucky não deixou de reparar nisso e anotou mentalmente, guardando como mais uma prova de que tinha algo que ( talvez, apenas ele) não soubesse.
Kiara encarou Bucky, do alto, esfregando o lugar onde a bola bateu.
-Nos vemos amanhã, então, Bucky?
-Claro... Se eu não morrer até lá!
Kiara sorriu.
-Tente, então, não morrer até as nove da noite, está bem?
Bucky bateu continência. Quando Kiara saiu de perto, Bucky levantou e puxou Steve pelo pescoço.
-Venha aqui, meu querido amigo...
Steve franziu o cenho.
-Querido amigo?
-É... Vamos caminhar.
Steve tentou se desvencilhar, mas Bucky o pegou pelo pescoço novamente e o arrastou pela rua.
-O que você tá me escondendo, Steve?
Bucky parou embaixo de uma árvore no fim da rua, e encarou Steve, mortalmente.
-Escondendo?
-É. Eu te conheço desde que você era uma lombriga, Steve. Eu sei quando você está me escondendo algo. E sei que Sam e Natasha também.
-Jura? Eu não reparei...
-E sei que tem a ver com Siena. O que é?
Steve desviou o olhar e suspirou. Ficou em silêncio cerca de quinze segundos. Então deu de ombros.
-Eu e a Siena estamos ficando.
Bucky ergueu as sombrancelhas, sentindo o estômago se recontorcer. Então, respirou fundo e analisou o amigo.
Soltou o ar (que não percebeu estar segurando) e cruzou os braços.
-Está mentindo.
Steve ergueu os olhos e o encarou.
-Que?
-Mentindo. Você levou mais de dez segundos para responder e nem olhou para mim. Além disso, eu vi você e a Nat na cozinha ontem. Você não está com a Siena. Você está com a Nat.
Steve sentou na calçada, observando o movimento dos carros na rua. E começou a rir. Bucky imitou os movimentos dele, rindo também.
-Olha, cara... Não sei o que é, mas algo me diz que é sobre mim. - Steve ficou em silêncio. Bucky pôs a mão no ombro dele e sorriu. - E eu vou descobrir.
-Tá... Tem uma coisa que a Siena não te contou. Mas não tenho o direito de falar. E nem saberia como explicar.
Bucky o olhou de lado, ajeitando os cabelos.
-O Sam sabe?
Ele ouviu a Natasha falar comigo.
Bucky absorveu as palavras.
-Então, ela contou para a Natasha.
-Sim.
Mais um momento de silêncio.
-É muito grave?
-É muito complicado.
Bucky sentiu a cabeça latejar e parou de insistir no assunto. Apenas ficou observando os carros passando.
-Você gosta dela? - Steve questionou. Bucky nem mesmo pestanejou.
-Claro! Ela é maluca e chata, e fala pelps cotovelos, e também, um pouco grudenta, mas todo mundo gosta dela. Eu só não confio...
-Bucky... - Steve o interrompeu. - Você sabe que não foi isso que eu quis dizer, Não sabe?
Bucky bufou.
-Não, Steve. Não gosto da Siena dessa forma, por mais bonita que ela seja. Nem vou gostar. Como eu estava falando, eu não confio nela. Não consigo acreditar que ela mudou de graça e que não sabe o que a irmã quer. A Siena não é interessante para mim e eu não tenho curiosidade de descobrir mais sobre ela do que já descobri.
-Mas você tem sido gentil com ela! - Steve acusou. - Eu achei que estava preocupado...
-Tô, mas não com Siena em si. E eu sei que fui gentil, mas, qual é, Steve? Ela tinha tomado em tiro! Teria feito isso por qualquer pess...
Ouviram um barulho atrás da árvore e olharam, a tempo de ver Siena andando de volta na direção da casa, rapidamente.
Steve olhou para Bucky com uma careta.
-Você é um imbecil completo, Bucky!
Steve se levantou e foi atrás. Bucky abriu os braços.
-Hey, Steve! Qual é, cara?! O que eu fiz?! Hey, volta... Ah, dane-se!
Levou vários minutos para Bucky acalmar o acesso de raiva. Voltou devagar para casa, chutando uma pedrinha, com as mãos nos bolsos, sem saber porquê, exatamente, se sentia tão infeliz e culpado.
Não tinha feito absolutamente nada! Não era culpa dele se ela os tinha seguido até o alto da rua. E não tinha dito nenhum segredo. Se já tivessem perguntado, ele já tinha respondido.
Foi diminuindo o passo ainda mais. Sabia que Steve, Natasha e Sam iam olhar para ele, o acusando silenciosamente, pelo mau-humor de Siena.
Ora, ela aparecia de paraquedas na vida dele, bagunçava tudo, fazia que eles se mudassem para a proteger e ainda ficava com raiva? Siena que se danasse.
Quando chegou na altura da casa, ficou ziguezagueando pelo jardim, adiando a hora de entrar. Se deu conta de que ensaiava, sozinho, um pedido de desculpas e ficou com raiva, chutando uma neca de grama, que saiu voando.
Respirou fundo.
Tá, não adiantava ficar com raiva. Ele precisava descobrir o que Siena escondia, afinal, era uma parte minúscula do passado, mas mesmo assim, era uma lembrança que podia acabar despertando outra.
E Siena não contaria a ele, enquanto ele não confiasse nela. Confiar, ele não confiava. Mas estava disposto a dar um voto de confiança a ela.
Assim que entrou na cozinha, as vozes se calaram por um instante. Se dando conta de que podia ter escutado atrás da porta, quase se bateu. Mas pigarreou e olhou ao redor.
-Cadê a Siena?
-Saiu. - Natasha informou.
-Como "Saiu"?
-Com as pernas? - Sam retrucou, ironicamente.
Bucky bufou.
-Eu sei, seu anencéfalo! O que eu quis dizer é: Como assim saiu sozinha? Para onde? Fazendo o que?
Todos se entreolharam.
-Ela não tá sozinha. - Natasha informou.
Bucky ergueu as sombrancelhas e encostou na porta da geladeira.
-Ah, não?
-Ela saiu com o vizinho.
-Com o vizinho...
-Isso.
Sam deu um sorriso debochado.
-Sabe, se eu fosse você, nem esperava ela. Eles não tem hora para voltar.
-Não tem hora para voltar...
Steve começou a querer rir.
-Sabe o Richard?
-O Richard Cavalão?! - Bucky se surpreendeu.
-Quer não chamar ele assim? - Natasha reclamou.
-Não fui eu que dei esse apelido a ele. Foi o Sam. - Bucky se defendeu. - Ela saiu com ele?
-Sim. Eles já saíram duas vezes, Bucky. Você que não estava aqui quando isso aconteceu.
Respirando bem fundo para manter a paciência, apenas indagou a ninguém, específico:
-Sabem que ela está sendo procurada pela irmã, certo? E que ela é uma ex-assassina... Se alguém reconhecer ela.
-Relaxa, Don Juan! - Sam riu. - Ela tá em boa companhia.
-E que ótima companhia... - Natasha mordeu a boca, fazendo Steve franzir os olhos.
Bucky desistiu. Saiu da cozinha e se trancou no quarto, de mau-humor.
Como assim Siena já tinha saído com ele duas vezes?
Tentou puxar pela memória e acabou lembrando de uma conversa dela com Natasha, contando que tinha adorado ir conhecer o pomar, já que nunca tinha visto um.
Se lembrou, finalmente, que Richard Rohan tinha um enorme pomar.
Frustrado, enfiou a cara no travesseiro e começou a se achar patético. Era óbvio que Siena ia querer sair com Richard. Uma mulher do porte dela (Linda, estonteante e sexy) tinha que ter um homem à sua altura do lado.
Dando uma risadinha sem humor, se achou ainda mais imbecil ao lembrar que chegou a cogitar a possibilidade dela estar se apaixonando por ele. Talvez, aquele grude, fosse mesmo, só o jeito dela.
Ela nunca olharia para ele. Bucky era incompleto (fisica e mentalmente). Sabia que a maior parte das mulheres que saía eram fúteis e só queriam algo fútil, de momento. O braço nunca tinha incomodado a nenhuma delas porque ele sabia o usar ao seu favor, de forma que se tornava o fascínio e feitiche delas. Mas nunca o odiou tanto. Assim como nunca odiou tanto o que fizeram com ele, de reduzir seu passado, seu futuro, à cinzas.
Sem conseguir se conter, horas depois, espiou pela janela de um dos quartos que dava para a casa de trás. Ao longe, percebeu movimento na casa de Richard. Especialmente, no quarto principal.
Sentindo o estômago revirar só de pensar em outro homem tocando Siena intimamente( ou pior, ela o tocando), acabou indo dormir muito tarde.
Nem sob tortura admitiria, mas era a primeira vez na vida dele, que ardia em ciúmes. E se odiou por isso.
Como acordou muito tarde, não viu mais ninguém na casa. Steve deixou um bilhete informando que tinham ido à uma feira e que voltavam tarde. Começou a se arrumar para o encontro com Kiara.
E foi quando saiu do banheiro, indo até o quarto, que acabou percebendo Siena em casa.
Decidiu que era a hora de pedir desculpas e foi até a porta do quarto, percebendo que Siena arrumava as roupas e...
Franzindo a testa, observou mais um pouco. Ela não estava só arrumando as roupas. Ela estava indo embora.
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