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O ataque da Sala Sul

Após ser solto a pedido de Judy, Rubens Jensen convidou a adolescente até a sorveteria da cidade.
Imediatamente a menina se entusiasmou e foi logo pegando um milk shake e um sundae em seguida.
Ambos conversavam alegremente em uma tarde ensolarada, o oficial se sentia como um irmão mais velho ou um pai para a jovem mutante, onde reforçava ainda mais a ideia de que ela devia ser tratada como gente de verdade.

Observando ela olhando distraída para uma família ao lado na mesa, junto com crianças brincando, ele comentou:

- Sabe Judy. Todo mundo merece ser feliz, sabia?

A garota olhou para ele assustada com a pergunta e com ar de desconfiança, perguntou:

- Por que diz isso, Jensen?
- Pelo fato de você também desejar ter uma família.
- Outra vez esse assunto? Esquece isso!
- Tudo bem, desculpa. Só achei que talvez você quisesse conversar sobre isso, depois do que aconteceu.
- Já falei que não quero saber sobre meu passado e também não me lembro de quase nada, apenas alguns reflexos que passam em minha mente as vezes.
- Como o que por exemplo?
- Sei lá. Eu não consigo explicar com detalhes. Só vejo fogo, pessoas gritando e um homem forte me dando conselhos.
- Interessante. - Disse Rubens se lembrando de Ryan Smith

Ao tomar outro gole de seu milk-shake, ela encarou o amigo e disse:

- Por que me pergunta essas coisas?
- Pra entender melhor por que o exército resolveu te tratar apenas como uma arma militar.
- Essa foi a melhor coisa que fizeram por mim. Eu me sinto mais forte e independente. Mas claro que de vez em quando eu sinto falta de...
- O que?
- De ter alguém ao meu lado.

Rubens ficou surpreso com a resposta da menina, pela primeira vez ela estava se abrindo de verdade com ele e isso era um bom sinal.
O homem sorriu de forma carinhosa e acariciando seus cabelos loiros, ele disse:

- Você tem a mim, pequena.
- Eu sei disso, Jensen. Você é mesmo um bom amigo e agradeço por isso, mas não é disso que estou falando. Você não entende.
- Entendo perfeitamente, mocinha. Também já tive a sua idade, sabia? Você está descobrindo novos sentimentos que nem sabia que existia em seu coração.
- Como sabe?
- Você ainda pensa naquele rapaz que tentou me matar.
- Ele não tentou te matar! Não seja ridículo!
- Claro que tentou, outro dia eu tava tomando minha cerveja...
- Bebendo em serviço né? Hahahahahaha....
- ERA MINHA FOLGA...

A conversa discontraida durou horas na sorveteria, até que Judy ficou com um semblante triste, quase deixando lágrimas rolar pelos seus olhos azuis.
Ao ver sua expressão chateada, ele perguntou o motivo:

- O que houve, pequena?
- Agora me recordei de uma coisa. Algo que marcou minha pre-adolescencia para sempre e também a razão de todos me tratarem desse jeito.
- Tem a ver com o ataque da Sala Sul?
- Sim. Já te contaram?
- O Joe me falou por cima, mas quero ouvir de você.
- Tudo bem. Eu vou te contar desde o começo, logo quando fui transferida para a Área 52...

Área 52: 9 de junho de 2087 ...

Eu estava quase virando uma adolescente, de alguma forma eu comecei a envelhecer depois que aqueles cientistas me estudaram.
Digo isso, por que tenho a impressão que já vivi milhares de anos e sempre me recordo quando sou criança.
Mesmo não lembrando de nada do meu passado, não sinto saudades de nada, porém nessa época fiz uma grande amiga, a doutora Brooke.

Ela além de cientista, era psicóloga e acreditava na minha cura. Eu gostava dela por que era a única pessoa na base militar que não me via como uma criança mutante e sim um ser humano.
Todos os dias ela conversava comigo na Sala Sul, era uma sala isolada, onde eu passava a maior parte do tempo sozinha.
Eles me tratavam bem, me davam comida, brinquedos e até tv a cabo. Porém, uma vez por semana eu fazia exames de sangue, onde analisavam melhor meu DNA.

Nesse período percebi que estava ficando mais forte e Brooke foi minha confidente:

- Tenho algo para te contar, doutora.
- Diga minha princesa.
- Eu sinto que estou ficando mais forte a cada dia.
- Sério? Mas isso é ótimo, minha linda!
- Sim, mas...
- O que foi, meu amor?
- Não queria que os outros soubessem, nem mesmo o senhor Rillston. Gosto muito dele, mas confio somente em você.
- Do que você tem medo, Judy? - Ela me perguntava com preocupação
- Deles! Eles vivem me estudando, me observando, como se eu fosse um rato de laboratório. Se souberem da minha força física, tenho medo do que pode acontecer.

A doutora Brooke era um verdadeiro anjo da guarda para mim, ela me olhava com ternura e amor, seu trabalho era muito mais do que dar conselhos, ela mudava vidas. E a minha também mudou... mas não dá forma que eu imaginava...

A cientista guardou segredo sobre minhas forças surreais, ela também não queria ver meu sofrimento e poupou eles da verdade.
No entanto, ela me fez prometer que haja o que houvesse, eu deveria contar com ela sempre e jamais guardaria nenhuma informação.
Nesse mesmo dia ela me deu um abraço muito forte e emocionante, onde lágrimas escorreram pelos meus olhos.
Eu nunca conheci minha mãe, mas o afeto dela mexia com meu emocional e enxergava Brooke como uma figura maternal.

Alguns soldados tinha ciúmes de nossa amizade, como por exemplo o oficial Spencer.
Ele nunca foi com a minha cara e se achava muito importante, pelo fato de no passado ter sido segurança particular do presidente dos Estados Unidos.
Spencer sempre afirmava que era um homem experiente e pela sua profissão, conseguia ver uma ameaça de longe, as vezes antes mesmo de acontecer.

E toda chance que ele tinha, passava isso na minha cara, que eu não era "normal" e tinha sorte do general Rillston me acolher no Apocalipse.
A minha vontade era de estraçalhar ele com minhas próprias mãos, mas se eu fizesse isso, apenas daria a certeza do que falavam de mim. Que eu era uma aberração da natureza.

Nesse tempo eu percebi que não era a única, considerada "diferente". Haviam outros iguais a mim, ou até mesmo pior, alguns eram agressivos, deformados ou pareciam tristes por dentro.
Spencer já era considerado o braço direito do general Rillston, ele fingia se importar com os mutantes, apenas para testa-los como armas.

As criaturas eram bem variáveis, teve um que imitava a imagem humana para se proteger, os soldados chamavam ele de Kamilion, era bem estranho pra falar a verdade.
O fato era que eu era tratada diferente dos demais, me tratavam melhor, e isso me incomodava, pois eu sabia que existia algum interesse deles em mim.

Rillston apesar de não ter muito contato comigo, sempre me respeitou como pessoa e admirava muito o trabalho da doutora Brooke.
No entanto, dias depois algo aconteceu...

Houve um alarme falso na Área 52, onde os mutantes escaparam pela base e percorriam livremente pelos corredores, fazendo os militares irem atrás deles para captura-los novamente.
Preocupada comigo, a psicóloga se trancou comigo na Sala Sul e me abraçou, afirmando que ia ficar tudo bem. Aquele gesto carinhoso dela jamais vou esquecer, ela realmente me amava e me tratava como sua filha.

Era possível ouvirmos disparos de fuzis pelas janelas e berros de mutantes entrando em combate com os soldados do exército. Muitos estavam escapando pelas ruas e outros estavam sendo exterminados á tiros.
Quando parecia tudo sob controle, um monstro enorme conseguiu arrombar a porta de aço, ele tinha uma força surreal e talvez mais poderoso do que eu.

Ele devia medir quase 3 metros de altura, tinha mãos enormes e esmagadoras e gritava descontroladamente. Ao me ver, ele pegou um cano de ferro ao lado e partiu pra cima de mim para me matar, porém Brooke gritou desesperada:

- NAAOOO!!...

A minha melhor amiga e "mãe", se jogou na minha frente, onde teve seu coração atravessado pela arma, fazendo o monstro jogar ela violentamente na parede.
Imediatamente, usei meu poder psíquico e arremessei ele na janela, caindo lá fora há mais de vinte metros de altura.

Corri até ela, mas Brooke já estava morrendo, estava tendo uma hemorragia cardíaca, onde sangue jorrava de sua boca e seu tórax.

- NÃO ME DEIXE, DOUTORA! POR FAVOR, RESISTA!!
- Pequena... Judy.... Sinto muito... por não ficar ... por mais tempo... pra cuidar de você...
- NÃO DIGA NADA! EU VOU CHAMAR OS MÉDICOS...
- Me diverti muito... ao seu lado... aconteça o que acontecer... Jamais deixe de ser... quem você é...
- COMO ASSIM, DOUTORA?!! ....
- Por mais que tentem te controlar... Nunca permita... que eles pensem ... que você está sob comando deles... você é muito especial... Judy Cooper...

Foi nessa hora que ouvi meu sobrenome biológico pela primeira vez. Porém, ver ela fechar os seus olhos para sempre, me fez sentir um enorme remorso por tudo o que aconteceu, e me senti culpada por não ter conseguido proteger ela daquele monstro.
Para piorar a situação, os soldados surgiram na Sala Sul, acompanhados pelo General Rillston e o oficial Spencer.

Para variar, eles acharam que fui a responsável pela morte da doutora Brooke e Spencer sugeriu que eu fosse exterminada. Porém, o general acreditou na minha versão, mas para não contrariar toda a tropa que me enxergava como uma mutante assassina, ele sugeriu que eu fosse usada como uma arma secreta das forças armadas.
Eu não ia mais ser tratada como humana e muito menos como criança.

Mesmo com poderes, meu treinamento foi duro e pesado, onde Spencer não teve pena de mim nas aulas e eu aceitei o meu destino.
Não tinha problemas passar por aquilo, no fundo eu sabia que eles estavam certos, eu tinha que ficar mais forte e ser uma garota fria como o gelo, só assim eu poderia proteger quem realmente precisasse.

Eu nunca quis procurar saber quem ou que era aquele monstro que a matou, nem sei se sobreviveu depois daquela queda, pois o que eu mais sentia e sinto até hoje, é culpa.
Se eu não fosse tão covarde e tivesse usado todas as minhas forças desde o começo, nada disso teria acontecido.
O fato é que sou obrigada a conviver com esse sentimento em meu coração para sempre, mas prometi para Brooke que jamais deixaria que me controlassem por completo, sendo Judy Cooper ou o Projeto J, a verdade é que me tornei uma poderosa arma militar e vou honrar isso até o fim.

Após o fim do seu relato, Rubens Jensen parecia emocionado e preocupado com a garota. Apenas um silêncio onde ambos se encaravam, já mostrava o tamanho da dor que a jovem adolescente carregava dentro de si, onde até hoje nunca tinha revelado a ninguém.
Sem dizer nada, o homem se aproximou de sua amiga e lhe deu um abraço carinhoso, fazendo com que a loirinha desse um sorriso e uma lágrima escorresse de seus olhos azuis.

Neste exato momento, Craby conversava com sua velha amiga do laboratório, a doutora Kerry.
Estavam sozinhos em um barzinho no centro da cidade, bebendo cerveja. Os dois eram muito amigos, onde o mutante olhando para a mulher, disse:

- Lembra da primeira vez que nos conhecemos? Na Área 52?
- Como poderia esquecer? Você era descontrolado, ninguém conseguia te deter, até aquele dia...
- Não precisa recordar dessa parte.
- Foi mal amigo. Isso ainda te machuca, né?
- Mais do que você imagina. Eu matei uma pessoa inocente e se não fosse por sua ajuda naquela noite chuvosa, eu estaria morto.
- Confesso que pensei que você não ia resistir aquela queda, mas seu organismo era muito forte e aguentou. Se depender de mim, ninguém ficará sabendo que o assassino da doutora Brooke é você!
- Mas eu sou responsável pelo destino daquela garota.
- Você só estava na hora errada e no lugar errado. Quem poderia prever aquele alarme falso fosse despertar sua síndrome da fúria?
- Tem razão. - Disse o mutante chateado

Inesperadamente, o celular dele toca e ao ver o contato, se tratava do seu chefe, Collins.
Ao mostrar para sua amiga, ela revira os olhos, pois também não gostava muito do seu superior.

- Boa noite, senhor Collins.
- Só se for pra você! Onde você está?!
- Estou aqui com a senhorita Kerry no Bar novo que abriu...
- Não me interessa o que esteja fazendo! Venha imediatamente para cá!
- O que aconteceu, senhor?
- Nossos drones foram destruídos por um jovem atirador, misterioso! Acho que ele deve estar com o Rubens e aquela menina loira!
- Minha nossa!
- VOCÊ TEM QUE ME AJUDAR A ACHAR ESSE RAPAZ E ACABAR COM ELE!
- Estamos a caminho, chefe!
- Não demorem!

Ao desligar o aparelho, a mulher perguntou:

- O que foi desta vez?!
- Temos trabalho a fazer. Alguém está ajudando aquele homem da SEA e Collins quer sua cabeça.
- Entendi. Conhece nosso lema, né?
- Primeiro investigue, depois você julga. - Falaram os dois ao mesmo tempo.

Ambos riram e entraram na Ferrari da doutora, indo em busca de uma nova missão, descobrir a identidade do jovem mutante atirador.

Rubens Jensen: Nunca imaginei que Judy tivesse sofrido tanto, mesmo depois do Apocalipse 😢. A história dela na Área 52, realmente mexeu comigo, parece que a doutora Brooke foi uma grande mulher 🫡🌹.

Quem será esse mutante que a matou? Seja lá quem for, espero que esteja morto 😡. Isso não se faz! Tudo que eu quero agora é continuar meu trabalho ao lado dessa garota e ajudar ela de alguma maneira, sinto que ainda tenho muita coisa para descobrir sobre ela 🫤.

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