Ameaça Mutante
Evans Clark acabou sendo preso pela poderosa máfia de Collins, chefiada pelo misterioso doutor Mitchell Millers.
O garoto sniper era tratado como um criminoso pelas mãos dos homens de Willian, e até mesmo policiais eram a favor de torturar pessoas como ele.
O jovem Nefilin foi levado para uma sala isolada, numa espécie de interrogatório clandestino. Ao colocarem ele sentado na mesa, Collins surge em seguida e sentou-se na sua frente.
Tirando seus óculos escuros, ele perguntou:
- Onde estão os outros? Sei que existem mais de vocês naquela região
- ...
- Vou perguntar novamente...
- Eu não vou te falar nada! Vocês são uns vermes!
- Acho que você não está entendendo a situação, garoto. Vocês não tem escolha, ou resolvem obedecer ou serão exterminados.
- Não tenho medo de você!
- Quer bancar o durão? Acha mesmo que tem capacidade de falar de igual pra igual comigo?
- Eu não sou igual a você! EU SOU MELHOR!
Collins deu um pequeno riso com o comentário do rapaz, até que de repente ele pega um bastão da cintura e rebate contra o rosto do menino, que estava algemado.
Evans mesmo machucado ainda sorriu, deixando o homem ainda mais nervoso.
O mafioso o agarrou pelo pescoço e o prensou contra a parede, enforcando fortemente sua garganta.
O Nefilin mesmo sufocado, disse:
- Você... Luta feito... Uma garotinha...
- Maldito!
Collins joga o rapaz no chão violentamente, e pegando novamente seu bastão, ele começa a bater nas costas e no peito do garoto, fazendo ele gritar devido aos ataques.
Não satisfeito, ele pega uma garra metálica extremamente afiada e coloca em seu punho esquerdo.
Evans se assusta ao ver aquilo, onde o bandido sorriu e mostrando a arma para ele, falou:
- Vamos ver se você continuará valente depois dessa...
Sem nenhuma compaixão, Collins crava as garras nas costelas do rapaz, fazendo ele gritar desesperadamente. Em seguida ele arranca a arma, repleta de sangue nas lâminas e crava mais uma vez na perna direita do jovem, deixando o sniper ainda mais ferido.
Completamente indefeso e algemado, Clark encarou o inimigo com fúria e afirmou:
- Nunca... Irá nos vencer...
- Você é bem resistente, admito! Me lembra uma certa mulher famosa que desafiou as autoridades no passado. Ela também era uma Nefilin!
- Desgraçado... - Disse o garoto com dor
- Mas não se preocupe, eu não vou te matar. Você deve valer muita grana e o senhor Mitchell ficará feliz em saber disso. E logo seus amiguinhos te farão companhia!
Nesse momento, Judy e Rubens chegam em Los Angeles, acompanhados por Britney. A ruiva rockeira logo se despede de ambos e vai para o seu destino, São Francisco.
Ao retornarem para o apartamento, Judy sentou-se no sofá confortavelmente e dando um sorriso para o amigo, disse:
- Tá vendo? Nada de ruim aconteceu enquanto estivemos fora.
- Acho que você tem razão. - Disse Rubens pegando uma cerveja da geladeira
- Estou cansada. Deixa eu ver a TV...
Assim que a adolescente ligou o noticiário, se deparou com uma estranha reportagem sobre um ataque misterioso, envolvendo dois policiais.
Rubens ficou espantado com aquilo e ficando em frente ao aparelho, assistiu a jornalista narrando os fatos...
" Segundo informações de nossas fontes, uma criatura mutante feriu dois polícias de nossa cidade. Não sabemos o motivo do ataque, mas testemunhas afirmam que se trata de monstros enlouquecidos que vivem escondidos na escuridão de Los Angeles.
Isso reforça ainda mais a ideia de que os mutantes são realmente muito perigosos, e isso contribui para o tráfico de humanos em experiências clandestinas"...
Judy desligou a televisão, aborrecida com a notícia. Rubens olhou para ela e perguntou:
- Por que você desligou? Eu tava vendo!
- Você não percebe? A imprensa está tentando difamar os mutantes e colaborando para o tráfico deles!
- Mas esses polícias foram atacados por um deles! A questão é... A troco de que?
- Isso é o que precisamos descobrir, Jensen! Mutantes podem ser agressivos, mas não atacam pessoas sem nenhuma razão.
- Algo me diz que Collins está por trás disso! Ele é sujo e faria qualquer coisa em troca de grana!
- Precisamos de um plano! E acho que sei o que devemos fazer.
- Ok, o que você manda, parceira? - Disse o policial terminando sua bebida.
Neste momento, Kerry e Craby se sentiam culpados pelo ocorrido com Evans. Na base da máfia, onde também estava o garoto sniper preso, o homem mutante conversava com a cientista:
- Foi tudo culpa minha, mais uma vez.
- Você não teve culpa nenhuma, amigo. O único monstro aqui é o senhor Collins, deveríamos ter imaginado que ele não é de confiança.
- Ainda restam os outros e com certeza ele vai mandar a gente localizá-los.
- Desta vez vou agir por conta própria!
O mafioso surge logo em seguida, segurando uma maleta e encarando os dois, ele deu um sorriso sarcástico e disse:
- Por que você agiria por conta própria, doutora Heinz?
- Nada não, senhor.
- Se eu descobrir que estão agindo as minhas costas, vocês não estarão apenas demitidos. Estarão declarando que estão contra o nosso chefe supremo, doutor Mitchell!
- Não achei justo o senhor ter prendido aquele garoto. Ele não fez nada! - Expressou Craby
- Você está me desafiando? Seu imprestável?!
- Claro que não, doutor...
- Você tem que me agradecer de joelhos por eu te dar um emprego! Quem iria contratar uma aberração como você?! Que pode se transformar em uma coisa nojenta...
Entretanto a mão direita de Craby começa a tremer de raiva, até que ao perceber a sua emoção devido aos insultos, Kerry interrompe a conversa e disse:
- Acho que já entendemos o recado senhor William. Por favor, pare.
- Ok. De qualquer modo tenho uma reunião no Comitê com o senhor Millers. Não esperem minha volta hoje.
- Pode deixar.
Assim que o criminoso saiu, Craby voltou a respirar e sentou-se na cadeira, morrendo de ódio contra seu chefe.
A jovem doutora busca um copo d'água para o amigo e comentou ao seu lado:
- Você quase perdeu a cabeça dessa vez.
- Quem iria perder, era ele. Eu não sei mais quanto tempo vou aguentar essa humilhação!
- Estamos perto da sua cura, amigo. Tenha paciência. Depois que você se tornar um humano comum como todos os outros, poderá ter uma vida normal e um emprego decente.
- Mas não posso deixar você sozinha com ele!
- Não se preocupe comigo. Eu sempre dou um jeito. O importante é buscarmos uma solução para tudo isso!
- Verdade.
Algumas horas depois, um policial estava fazendo ronda em frente a um shopping, armado com uma arma de eletricidade, bem parecido com uma espingarda tática.
Inesperadamente, ele avista sua moto ser arremessada para o alto e cair violentamente no chão, destruindo completamente...
As pessoas ao redor começaram a sair correndo desesperadas, e o guarda mesmo com medo começa a mirar para o escuro e ordenou:
- QUEM É VOCÊ? SAIA OU EU VOU TE MATAR, SEU MUTANTE DESGRAÇADO!...
Sem dizer nenhuma palavra, surge um ser enorme de músculos imensos e agarrando o oficial joga ele contra uma coluna de pedra, deixando ele inconsciente. Em seguida, ele olha ao redor e retorna para a escuridão, fugindo das visões das pessoas.
No dia seguinte, a notícia do novo ataque mutante se espalhou rapidamente, virando manchete em todos os jornais da cidade.
Com o intuito de esclarecer melhor o que estava acontecendo, a imprensa resolveu fazer uma coletiva com os chefes do Estado e os comandantes federais.
Entre eles, estava o doutor Mitchell Millers, segurando seu bastão em forma de bengala, com uma barriga enorme na cadeira e William Collins ao seu lado, usando seus óculos escuros.
Ao ser chamado para falar sobre o assunto, Millers se levantou e dando um pequeno aceno para os repórteres, pegou no microfone, montado no pequeno palanque e disse:
- Como todos já sabem, não é de hoje que estamos enfrentando essa questão de não apenas guerra, mas sim de saúde pública. Os mutantes tem sujado as ruas de nossa cidade com sangue de inocentes! Sim, inocentes! Policiais que estão trabalhando em paz e são atacados por esses seres monstruosos. Precisamos dar um fim nisso tudo e não é questão de preconceito, mas sim de autodefesa. Imaginem se essas criaturas devoram seus filhos ou tortura seus animais?!
- Já descobriram quem ou o que fez isso?
- Ainda estão investigando. Mas o fato é que não se trata de um caso isolado, estamos virando reféns desses mutantes na sociedade e precisamos ser rigorosos! Colocar leis pesadas contra essas aberrações que pensam que são humanos como nós!
- Qual a sua ideia, senhor Mitchell?
- Ótima pergunta. Meu planejamento é que capturem essas "coisas" e levem aos órgãos federais de nosso Estado. Temos até recompensas, dependendo do porte da criatura. Eles NUNCA serão como nós! Vamos mostrar para esses monstros quem manda por aqui!
Bem próximos dali, estavam Rubens e Judy, indignados com o discurso equivocado do doutor Mitchell Millers, sabendo que ele é um dos mafiosos mais poderosos da planeta e o maior responsável por tráfico de mutantes clandestinos.
Porém, o comunicador de Jensen toca e ao atender em seu pulso, avista a imagem digital do comandante Christian:
- Olá senhor, como está?
- Não sei. Como está indo a investigação?
- Estamos avançando, comandante. Aliás hoje eu a Judy...
- Preciso que vocês dois retornem para a base imediatamente. O sargento Spencer não está mais concordando com você auxiliando a projeto J.
- O que?! Por que?!
- De acordo com ele, você está expondo demais a imagem da nossa arma militar e...
Inesperadamente, Judy surge na frente do seu superior e disse nervosa, quase aos gritos:
- E DESDE QUANDO O SPENCER É O COMANDANTE?! EU NÃO SOU APENAS UMA ARMA, SENHOR! JÁ FALEI ISSO PRA VOCÊS!
- Senhorita Judy... Espere...
- TEMOS TRABALHO A FAZER! VAMOS JENSEN!
- Ok... - Disse Rubens constrangido com a situação e sem saber o que fazer - Até mais comandante, manterei informado.
Ao desligar o aparelho, Rubens pede para que a garota se controlasse melhor ao falar com o capitão, pois isso poderia dar consequências sérias para ele.
- Estou cansada do sargento Spencer sempre achar o que devo ou não fazer! Ele não é meu pai!
- Confesso que ele tem um poder grande na base, até o senhor Christian parece ter medo dele.
- Ele é um idiota! Só isso!
- Vamos ao que interessa. Está preparada para o plano?
- Com certeza e você?
- Deixa comigo!
Mais tarde perto de um posto policial, Judy e Rubens se preparavam para a execução do plano.
Um guarda estava atento, olhando desconfiado para todos os lados, ainda mais depois sobre os boatos de ataques de mutantes pela cidade. No entanto, o ex integrante da SEA se aproxima do oficial por trás e dá uma coronhada em sua cabeça, fazendo o homem desmaiar. Judy leva ele até um pequeno arbusto e seu parceiro de equipe pega o uniforme e fica em seu lugar no posto.
Rubens estava armado e preparado caso algum mutante viesse surgir de repente, porém acaba passando uma viatura de rotina ao seu lado, onde o outro guarda comentou:
- Boa noite amigo. Se avistar algum mutante não esquece da recompensa.
- Pode deixar... Amigo.
- Até mais...
Assim que ele saiu, Judy olhou para ele escondida do outro lado e disse em voz baixa:
- Recompensa é o ca...
- Fica quieta, Judy!
Entretanto, eles são interrompidos por um estranho barulho nos becos escuros, derrubando latas de lixo e gatos correndo no meio da rua.
Rubens encarou a escuridão e se preparava para o possível ataque do inimigo misterioso.
Ao engatilhar sua arma de eletricidade, que era do guarda local, ele é golpeado violentamente nas costa, sendo jogado em uma caçamba de lixo há alguns metros.
Novamente as pessoas começaram a gritar desesperadas, mas o monstro não se importa com os civis e vai em direção ao seu verdadeiro alvo.
Quando caminhava pra cima de Rubens, Judy surge também, protegendo o amigo e encarando a criatura enorme e musculosa.
A adolescente olhava o ser nos olhos e disse:
- Se der mais um passo, eu acabo com você!
- Fique fora disso! Essa luta não é sua, garotinha!
- Por que quer ferir os policiais?!
- Por que prenderam meu irmão! Ele é inocente!
- Quem é o seu irmão?
- Quem é você afinal? Não me parece ser uma humana comum!
- Eu trabalho para o exército! Meu nome é Judy!
- Não confio no seu pessoal! São todos corruptos e cruéis!
- Nem todos! Deixe-me ajudá-lo! Mas não é dessa maneira que vamos resolver as coisas!
O mutante encarou a menina e Rubens por alguns segundos e mesmo desconfiado, ele disse:
- Me chamo Mastodonte! E não sou um mutante, sou um Nefilin!
- O que?! - Disse a loirinha e o policial
- E por que você tem a aparência do Hulk?! - Perguntou Rubens sainda da caçamba
- Sou geneticamente modificado, mas não me considero um mutante.
- Interessante.
- Me sigam, quero que conheça os outros.
- Isso tá ficando cada vez melhor! - Disse Jensen seguindo Judy e a criatura.
Rubens Jensen: Quando eu penso que não posso mais me surpreender, vem a vida e me mostra que estou errado 😅. Nunca imaginei que ainda existissem nefilins em Los Angeles ou em qualquer parte do planeta, ainda mais com aquela aparência de mutante 😬.
Que eu me recordo os últimos eram a família de Keyjah, que foram mortos no Apocalipse 😢, pelo menos foi a história que Sara me falou um dia.
De qualquer maneira, não acredito que os mutantes sejam malignos, isso é só uma cortina de fumaça que Collins e aquele gordão do Mitchell estão fazendo para encobrir seus verdadeiros crimes 🧐.
Agora estou mais curioso do que nunca para saber quem é esse tal Mastodonte e sua equipe.
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