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Conto

O Cair das Folhas

Heather estava deitada em uma espreguiçadeira de madeira sentindo uma placidez admirável enquanto seus assistentes estavam desesperados por não terem recebido instruções de sua chefe. Após ajeitar o chapéu e os óculos de sol, deu atenção para seus subordinados:

 — Lauren, qual a agenda de hoje?

A mulher loira tomou um susto com a repentina pergunta, mas rapidamente levantou a prancheta e leu os compromissos marcados: — Hoje às 14 horas você tem uma reunião com os investidores.

 — Essas reuniões cansam a minha beleza, remarque para amanhã!

A assistente ficou espantada: — Mas Heather...

 — NADA DE HEATHER! Mais respeito com sua chefe.

 — Desculpe, Srta. LeBroks... Mas o que eu vou dizer para eles?

 — Invente alguma coisa, eu sei lá! Diga que eu estava em outro compromisso ou que fiquei doente. — olhou para o outro assistente e exclamou: — Frank, pelo amor de Deus, para de zanzar por aí que nem uma galinha e traga-me um coquetel gelado!

 — Pode de-de-eixar! — gaguejou e então saiu correndo em busca da bebida.

 — Que mais temos na agenda, Lauren?

 — Às 17 horas tem a inauguração da primeira loja da grife aqui em Santorini.

 — Ótimo. Então preciso estar bem maquiada para os fotógrafos.

 — Você também prometeu para sua amiga que a buscaria no aeroporto.

 — Deus me livre! Você acha que eu vou andar mais de um metro para receber aquela sonsa da Luiza? Eu tenho cara de burro de carga por acaso? Manda aquela estagiária gordinha no meu lugar!

 — A Fabiana?

 — É, essa aí. Quem sabe assim ela serve para alguma coisa, não é mesmo? — olhou para o lado e gritou: — FRANK, ONDE ESTÁ A MINHA BEBIDA?

***

Heather tinha a vida praticamente ganha. Com grande talento para moda, aos 19 já trabalhava como estilista numa grife renomada. E agora, com 23 anos, vivia no luxo com viagens corriqueiras para a Europa, entretanto, quem diria que uma simples ligação telefônica mudaria sua vida.

***

Frank tinha acabado de entregar a bebida quando o celular de Heather recebeu uma ligação.

 — Lauren, olha no meu celular quem está me ligando e diz que eu não estou disponível!

Lauren colocou a mão sobre a tela do celular para cobrir da luz do sol e assim enxergar quem estava ligando. Olhou e avisou a patroa:

 — Srta. LeBroks, quem está ligando é sua chefe!

Heather pulou da espreguiçadeira como um gato e no processo derrubou metade do coquetel. Respirou e atendeu o celular:

 — Oi, querida! Como está aí em Nova Iorque?

 — Heather, eu preciso que você volte imediatamente!

 — Mas chefe! Eu tenho uma reunião importantíssima com os investidores e além disso, prometi que buscaria uma conhecida no aeroporto!

 — Eu não tenho tempo para explicar por aqui, mas irei transferir você para uma filial em outro país.

Heather levantou a cabeça boquiaberta numa espécie de transe e disse para si mesma: — Vou ser transferida pra outro país...

 — Heather?

Ela saiu do transe e disse: — Ah! Eu vou! Eu vou agora mesmo!

Desligou o celular e fez uma dancinha de comemoração. Um pássaro enorme pousou na mureta da varanda e fez com que ela ficasse admirada:

 — Que é isso, Lauren?

 — Um pelicano...

Uma ideia de roupa surgiu na mente da chefe: — Pelicano? Gostei!

***

No dia seguinte já em Nova Iorque, Heather deu as chaves de seu Audi para o manobrista estacionar e entrou no prédio da empresa. Enquanto esperava o elevador chegar no térreo, sua maior rival veio provocá-la:

 — Heather, querida! Já estava sentindo sua falta, não para mais aqui.

 — Evidente, minha cara Megan. Quem tem importância representa a empresa no exterior, quem não tem fica no Instagram vendo as fotos dos importantes.

O elevador chegou e as duas entraram. Megan continuou as provocações:

 — Está indo na sala da chefe, não é? Ouvi boatos de que hoje você vai ser jogada no olho da rua!

 — Só se for na rua daquela sua mansão cafona porque aí quem sabe minha presença não valoriza o preço do seu imóvel? Sabe, eu nem deveria te contar porque eu sei que você vai rogar praga, mas a verdade é que serei transferida para outro país bem longe de cobras como você.

 — Transferida pra onde? Pra Somália?

 — Eu estava pensando mais em Canadá ou Alemanha, países frios para que eu possa doar aquelas botas e cachecóis de quinta categoria que você desenhou.

Antes que Megan pudesse retrucar, a porta abriu e Heather saiu do elevador fazendo um gesto debochado como se estivesse tirando pó de seu sobretudo.

Entrou na sala da chefe e sentou na cadeira com as pernas cruzadas.

 — Heather, você é a minha melhor estilista, você sabe disso.

 — Deixe disso, eu sou apenas uma mera designer de moda. — respondeu com um riso.

 — A marca tem crescido muito ultimamente e decidimos que expandiremos nossos produtos para o mercado Ibero-americano.

 — Fantástico, por incrível que pareça eu ainda nunca visitei a Espanha!

 — Eu estava pensando em um lugar mais "Latino". — disse dando ênfase.

 — México? Cancúm é uma cidade paradisíaca.

 — Eu quero que você represente a empresa no Brasil. 

Heather ficou em silêncio por alguns segundos e prosseguiu passivamente: — Brasil? Mas eles não falam inglês lá e eu nem sei falar espanhol...

 — Primeiramente, eles falam português. Mas de qualquer jeito, vai ser uma viagem inesquecível. Você vai ser bem recebida, eles adoram um americano ou como eles costumam chamar, gringo.

Heather manteve-se quieta e apenas concordou.

***

 — Não, não, não! Lauren, que roupas eu devo levar? — Heather arrancava todas as suas roupas do armário e jogava em cima da assistente. — Estamos no inverno, certo? Então lá deve estar nevando também!

Lauren olhou para o relógio e apressou a chefe: — Senhorita... O seu voo sai em 3 horas, acho que você devia ser mais rápida!

 — TRÊS HORAS? POR QUE VOCÊ NÃO ME DISSE ANTES?! — Heather pegou o máximo de roupas que cabia em suas mãos e jogou dentro de suas malas.

Horas depois, embarcou no avião em um voo que duraria 10 horas.

***

Heather havia viajado na primeira classe enquanto Fabiana, sua assistente, fora na classe econômica. Quando o avião pousou, os brasileiros que estavam no voo começaram a se amontoar causando uma algazarra para pegarem suas malas no intuito de saírem primeiro do avião. Ver aquele bando de gente suada gladiando-se deixou Heather enojada, mas entretida. Então disse para si:

 — Suínos estúpidos. Não sabem que o finger ainda não chegou?!

A aeromoça que estava ao lado informou-a em inglês: — Senhorita, nesse aeroporto você desce por uma escada. 

 — Por uma escada? E aí ficamos no meio da pista?! — indagou inconformada.

 — Vocês embarcam em um ônibus e ele os leva até o aeroporto.

Um brasileiro passou e disse: — É isso aí, madame. Não adianta pagar de superior na primeira classe porque no ônibus todo mundo é igual.

Como ele disse em português, Heather não entendeu e nem percebeu que era com ela.

No primeiro passo que deu para fora do avião, percebeu o primeiro equívoco que havia cometido: não estava nevando no Rio de Janeiro. Longe disso, a cidade contava com um calor senegalês que só o verão do Rio pode proporcionar.

Tanto no ônibus quanto no aeroporto, os cariocas olhavam espantados para a recém-chegada, pois a mesma usava um casaco preto designado para o inverno russo.

Heather andava com o rosto erguido enquanto Fabiana carregava todas as malas em um carrinho.

 — Considere-se sortuda, Tatiana. — disse a chefe sem olhar para ela.

 — Fabiana, patroa. Mas sorte por quê?

 — Esse é o trabalho do Frank. Então considere isso como um gostinho do que vai ser caso eu te promova.

Ao sair do aeroporto, todos os taxistas entraram em curto-circuito ao verem a gringa, uma vez que ali estava uma oportunidade para lucrar o dinheiro do mês com um corrida, nem que fosse para dirigir por duas esquinas.

 — Fabiana, onde está nosso carro?

 — Ah, chefe. Aqui é só táxi, a gente não tem carro não.

Um taxista com iniciativa abriu a porta do táxi e ofereceu ajuda para pegar as malas.

 — Tá indo pra onde? Copacabana ou Leme?

Fabiana que era brasileira, respondia por Heather: — Barra da Tijuca, enxerido. Agora, acelera esse aruá que minha funcionária gringa aqui está louca pra conhecer o Rio de Janeiro.

E então uma viagem de 50 minutos se tornou uma viagem de 2 horas: não só conheceu Copacabana e o Leme, mas também Leblon, Gávea, Ipanema, Urca, Flamengo, Maracanã e Vasco da Gama.

Quando chegaram ao hotel a tarifa tinha batido 183 reais.

Quando chegou no quarto, Heather arrancou com fúria toda sua roupa de frio e arremessou-a para longe de si. Estava furiosa por estar suando litros d'água, entretanto, os dias seguintes só iam piorar.

Dia 1: foi à praia do Ipanema e teve alguns minutos de tranquilidade, porém jamais imaginaria que ocorreria um arrastão justo no dia que tinha levado seu colar e seus óculos mais caros para a praia.

Dia 2 e 3: viagem para o pantanal para poder fotografar com a equipe as imagens para os novos produtos. Engoliu meia dúzia de mosquitos e bateu a cabeça em três galhos enquanto cruzava o rio com um barco motorizado.

No dia seguinte viajou para a sucursal da empresa que ficava em Santos.

Ao chegar na cidade, conheceu logo de cara o lugar onde trabalharia a partir de hoje e não se impressionou. Quando foi deixada na sua nova casa, percebeu que ela era apenas seis quadras do trabalho, então poderia ir a pé.

Em sua casa, colocou o rosto para fora da janela a fim de saber o clima. Embora estivesse sol, o calor do verão de Santos não era tão absurdo quanto o do Rio de Janeiro.

***

Depois de dois meses, ela ainda não havia se acostumado com o clima. Ela nunca tinha visto algo daquele nível. Antes de sair de casa, conferiu o clima como de costume e fazia sol. Colocou uma blusa cropped e uma saia que fazia parte do conjunto para ir até o trabalho.

Quando saiu de casa, o clima já estava diferente: o céu mudara para nublado. Ela não percebeu e andou por duas quadras. Foi aí que uma chuva torrencial caiu sobre ela e o mundo.

Voltou correndo para casa e telefonou para Fabiana. Disse que se atrasaria um pouco, pois havia acontecido um "acidente". Após tomar outro banho, escolher outra roupa e retocar a maquiagem novamente, saiu de casa com casaco e guarda-chuva. Dessa vez, a chuva havia cessado e o sol já havia retornado.

Quando chegou no escritório, Fabiana recebeu-a: 

 — Ô, chefe! Tá com febre? De casaco nesta hora?

 — Estava chovendo lá fora...

 — Ah, que isso! É só uma chuvinha de verão. — disse na maior alegria, mas logo mudou de assunto: — Tomei conta da sua sala pra você, dá uma olhada.

Heather entrou e viu que a sala estava toda arrumada e limpa, então teve uma brilhante ideia.

 — Tatiana, como você é uma excelente funcionária dessa empresa, eu te promovo.

Fabiana pulou de felicidade.

 — Hoje, eu tenho um encontro com os investidores brasileiros. Você ficará cuidando das minhas coisas enquanto eu resolvo alguns afazeres, entendido?

 — Sim, senhora!

 — E não sente na minha cadeira. Pegue uma lá de fora.

Heather saiu da sala e quando entrou no elevador começou a rir sozinha: — Promovida? Ai, eu sou genial, mesmo!

Os afazeres de Heather eram na verdade tirar o dia de folga em uma massagista que trabalhava duas casas ao lado da sua.

Andou quatro quadras rindo e pensando na Fabiana:

 — Nesta hora ela deve estar paradinha sentada sem fazer nada. Hahaha! — gargalhava, mas de repente um pensamento tomou sua mente.

Era Fabiana em sua sala: "Nossa, eu estou paradinha sem fazer nada... Já sei! Vou colocar alguém no meu lugar para que eu possa ir na massagista!"

Heather gritou no meio da rua e voltou correndo desesperada para o escritório, subiu cinco andares de escada e escancarou a porta de sua própria sala, apenas para ver Fabiana sentada em uma cadeira no canto sem fazer nada.

Fabiana olhou sem entender e disse: — Você já terminou seus afazeres?

 — Não... É que eu pensei que você tinha... Saído. DEIXA PRA LÁ! — fechou a porta com força e voltou o trajeto para casa.

Ao chegar, tirou as roupas de frio e colocou uma regata branca, separou um dinheiro para a massagista e no mesmo momento, o telefone começou a tocar.

 — Quem será a esta hora?! 

Atendeu o telefone e era algum trote que ela não entendeu, mas em seguida ela deduziu:

 — Será que era a Fabiana?! Não, não pode ser... A não ser que ela tenha ligado pra cá porque ela sabe que eu não tenho afazeres, só pode ser isso! Tenho que ficar atenta, ela pode estar em qualquer lugar.

Em seguida, outro pensamento tomou conta de sua mente:

Era Fabiana em sua sala novamente: sua patroa liga e Fabiana atende "Querida! Como está aí em Nova Iorque? Ah, a Heather? Não! Ela não veio trabalhar hoje, não."

Heather berrou mais uma vez e saiu correndo de casa para o trabalho novamente, deixando a porta de casa escancarada.

O sol tinha sumido novamente e ventava folhas para todos os lados. Ela correu todas as seis quadras e subiu todos os cinco andares até chegar novamente em sua sala para ver sua assistente quieta.

 — Você já terminou seus afazeres?

 — NÃO! — saiu irritada da sala.

Correu para outra mesa e pegou o celular, ligou para o telefone de sua sala para testar o que Fabiana diria para sua chefe. O telefone tocou e Fabiane atendeu:

 — Escritório da Srta. LeBroks! Fabiana falando.

 — Olá Fabiana, sou eu, a patroa da Heather. Estou falando aqui de Nova Iorque! A sua chefe está? — Heather imitava a voz de sua patroa.

 — Desculpe, mas a chefe está resolvendo assuntos pendentes importantes da empresa.

...

 — Alô?

***

Heather foi até a massagista e ofereceu 200 dólares para ser atendida imediatamente, ela aceitou sem hesitar.

Estava deitada de bruços enquanto era massageada, a massagista disse:

 — Você está nervosa? Seus músculos estão duros! Relaxe, relaxe...

Quando Heather finalmente conseguiu relaxar, alguém entrou no consultório da massagista e a mesma foi atendê-la. Heather esgueirou o rosto e viu a silhueta de uma mulher gorda.

Heather ficou em pânico: "É ELA! MAS COMO ELA SABE QUE ESTOU AQUI? ELA DEVE TER ME SEGUIDO OU COLOCADO UMA CÂMERA ESCONDIDA NA MINHA CASA!"

A massagista terminou de atender a mulher e voltou para a sala de massagem.

 — Desculpe a demora, eu... — ficou atônita, pois a mulher não estava mais lá.

***

Heather estava em casa procurando a câmera escondida em todos os cantos, olhava minunciosamente o relógio na parede quando percebeu que faltavam 45 minutos para o encontro com os investidores.

Gritou desesperada mais uma vez e arrancou todas as roupas do armário de maneira histérica. Tomou banho em velocidade relâmpago e colocou um vestido preto justo que realçava os seios, uma estratégia para conquistar os investidores homens.

Abriu a janela e o sol estava no céu intacto, jogando ondas de calor para que seu vestido preto absorvesse. Ela não aguentou e gritou para o mundo:

 — QUE TIPO DE LUGAR É ESTE QUE TEM SOL ÀS 19 HORAS?!

Sem conhecer o conceito de "Horário de Verão", ela gastou mais 10 minutos para escolher outra roupa: vestiu um conjunto totalmente branco, estilo ano novo.

Correu para fora de casa como um touro e recebeu na face, uma boa chuva ácida de Santos. Sua roupa branca molhou e ficou transparente, isso causou estado de emergência em sua cabeça.

Voltou para casa e com uma tesoura, começou a retalhar suas roupas para que conseguisse ter o que vestir independente de chuva ou sol. Saiu usando um casaco com capuz para preservar a roupa por dentro, mas a chuva agora era apenas chuvisco. Andou desconcertada pela calçada molhada até seu salto escorregar na calçada lisa e ela cair sobre o lodo que se estendia na sarjeta.

Levantou demonstrando fraqueza e nem percebeu que sangue saia de sua boca. Quando ia atravessar a rua, um Gol Bola sacana acelerou em uma poça d'água que estava no asfalto, fazendo uma chuva de água negra voar sobre Heather. O líquido grotesco atingiu seus olhos e consequentemente inflamou-os e fez com que a maquiagem borrasse. Lacrimejando, fitou uma lanchonete na próxima esquina e lá dentro, ela viu Fabiana.

 — Eu sabia, ela saiu do posto dela! — disse enquanto demonstrava uma expressão maníaca no rosto.

Começou a atravessar a rua mancando. Ao cruzar metade do caminho, foi parcialmente atropelada por uma moto, pois o piloto acenava distraidamente para um vizinho. A roda dianteira acertou a perna direita de Heather que caiu de lado no meio do asfalto. No momento da queda, deu um grito ensurdecedor. O motociclista parou a moto rapidamente e veio socorrê-la, alguns curiosos aglomeraram-se em volta da mulher.

 — Machucou a perna?! Foi aqui? — dizia o motociclista desesperadamente.

Heather não tinha forças para levantar ou responder, apenas tinha espasmos musculares. No momento em que caiu no asfalto, foi perfurada pela tesoura que levava no bolso do casaco e como usava um vestido cor de vinho por dentro, não viram a mancha de sangue. Por isso pensavam que a dor sentida por ela era do atropelamento.

Com o lado direito de sua face encostado no pavimento, estava vendo embaçado, mas viu a silhueta da mulher que estava na lanchonete, então murmurou algo quase que incompreensível para ela:

 — Eu ainda não terminei meus afazeres...

Fechou os olhos e não os abriu mais, nos próximos segundos, as folhas das árvores começaram a cair lentamente ao serem sopradas pelo vento. Começava o primeiro dia do outono.


Escrito por Gabriel Rezende.

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