Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 30

Christian Grey

Acordei atordoado, sem saber onde estava ou o que tinha acontecido, e então, como um soco, as lembranças me atingiram.

Léo...

Balancei a cabeça, afastando a imagem dolorosa da minha mente. Olhei ao meu redor. O quarto estava escuro e silencioso, exceto pela respiração suave de Ana que dormia ao meu lado. Seu rosto tranquilo era meu refúgio.

Minha cabeça latejava, como se eu tivesse bebido, e meu peito estava apertado, uma sensação pesada que parecia consumir até mesmo o ar que eu respirava.

Levantei devagar, tentando não acordá-la. Lavei meu rosto na esperança de afastar a sensação, mas não adiantou. Segui para a cozinha.

Carla já estava preparando o café da manhã. A televisão estava ligada no jornal matinal e a apresentadora falava do "triste acidente".

— Bom dia!

— Bom dia, Christian. — Ela se apressou em desligar o aparelho. — Me desculpe, querido.

— Não precisa se desculpar, Carla.

— Conseguiu dormir?

— O suficiente, Carla. Obrigado por tudo ontem.

— Não tem nada que agradecer, meu querido. — Ela disse, gentil, enquanto despejava água quente no coador de café.

— Posso ajudar em alguma coisa?

— Capaz! Senta que já sai o café.

Fiz como Carla pediu, e logo Ana apareceu, com os cabelos bagunçados e usando seu pijama.

— Bom dia, amor. Bom dia, mãe. — Ela se inclinou e me deu um beijo casto.

— Bom dia. — Respondemos em conjunto.

— Por que não me acordou? — Questionou ela.

Segurei sua mão e a beijei suavemente.

— Você parecia tão tranquila, não quis atrapalhar seu sono.

— Você nunca atrapalha. — Disse firme ao me dar outro beijo.

Ana ajudou sua mãe a pôr as coisas sobre a mesa e depois sentou ao meu lado. Tomamos café da manhã em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos.

Meu celular começou a tocar. Levantei em um pulo e corri para pegar o aparelho. Senti um alívio enorme ao ver a foto do meu irmão na tela.

— Oi.

— Oi, Chris. Kate tá com contrações. Tá na hora, minha filha vai nascer, cara. — Disse ele de supetão, com a voz cheia de emoção.

— Que notícia boa, cara.

— E Léo, alguma novidade?

— Nada ainda, mas daqui a pouco eu vou lá para o hospital.

— Vai me dando notícias. — Pediu meu irmão.

— Você também. E diz a Kate que eu mandei um beijo.

— Pode deixar. E Christian, esse tormento vai passar. Tenha fé, irmão.

— Vai sim. Obrigado. — Minha voz embargou.

Encerrei a ligação e encontrei Ana apoiada no batente da porta.

— Tudo bem? — Ela perguntou, vindo ao meu encontro. Seus braços envolveram minha cintura e Ana se aconchegou em meu peito.

— Sim, minha sobrinha vai nascer. — Respondi, beijando seus cabelos.

— Sobrinha e afilhada. — Disse sorrindo.

— Sua também. — Seu sorriso se ampliou.

— Venha terminar seu café antes que esfrie.

Depois que terminamos de comer, fomos nos arrumar para ir ao hospital.

— Já vão, meus filhos?

— Sim, mãe.

Carla beijou o rosto da filha e depois me surpreendeu com um abraço caloroso.

— Vai com Deus, meu filho. Vou ficar aqui orando pra Nossa Senhora cuidar do nosso menino.

— Obrigado, Carla.

— Não me agradeça. Traga meu neto.

As palavras de Carla me emocionaram, e foi minha vez de lhe dar um abraço apertado.

— Eu prometo!

Apesar de Ana morar bem perto do hospital, decidimos ir no meu carro. Meus olhos estavam focados no trânsito, mas minha mente insistia em pensar nas piores possibilidades que eu poderia encontrar.

E se Léo não acordar? E se ele acordar e nunca mais for o mesmo menino?

Quando parei o carro no estacionamento, meu peito apertou e meu coração acelerou. Ana pareceu adivinhar meus pensamentos e colocou sua mão sobre a minha, mas nem seu toque conseguiu apaziguar minha dor.

— Amor!

Ela me chamou, mas não respondi. Fiquei encarando o nada, sem coragem de me mexer.

— Eu estou com medo de entrar lá e descobrir que o pior aconteceu. — Assumi, apertando o volante com força.

— Amor, é normal sentir medo, mas se tivesse alguma alteração no quadro do Léo, eu teria sido avisada. Eu sou a médica dele. Você tem que ter calma e acreditar que tudo vai ficar bem.

— Calma? Como que eu vou ter calma, Ana? — Gritei. — As pessoas ficam me dizendo que vai ficar tudo bem, mas ninguém sabe, nem você sabe.

Voltei a socar o volante repetidamente enquanto sentia lágrimas rolarem pelo meu rosto.

— Você tem razão, eu não sei. — Ana disse, calma. — Na faculdade, aprendemos que não podemos prometer a cura para os nossos pacientes, mas já vi inúmeras crianças se curarem de uma forma que nem eu e nem a medicina podemos explicar. Eu acredito em milagres, Christian. — Levantei o olhar e vi que Ana também estava chorando. — Eu sei que Léo vai acordar, ele é forte e tá lutando pra viver.

Puxei Ana contra meu peito, a abracei forte e chorei, deixando toda minha angústia sair.

— Chore, meu amor. Eu estou aqui. — Disse ela.

Quando Ana percebeu que eu estava mais calmo, se afastou, segurou meu rosto e secou minhas lágrimas com os polegares.

— Agora vamos ver o nosso gurizinho.

— Vamos. — Respondi com um beijo. — Obrigado por estar aqui. — Disse a ela assim que deixamos o carro.

— Eu pretendo sempre estar. — Respondeu Ana, com os olhos marejados.

Ela me estendeu sua mão em sinal de apoio, e juntos entramos no hospital.

— Bom dia, meu nome é Christian Grey, eu vim ver meu filho, Leonardo Grey. — Me identifico no balcão.

A atendente digita rapidamente no computador antes de me lançar um olhar profissional e cordial.

— Bom dia, senhor Grey. Vou fazer o seu cadastro de acompanhante.

— Amor, enquanto você faz aí, eu vou ali falar com meu chefe. Me espera aqui, tá? — Ana avisa.

Apenas concordo, sem entender exatamente o que ela pretende fazer.

Volto minha atenção à atendente à minha frente e vou lhe fornecendo as informações que ela pede. Quando termino, olho ao redor e percebo que Ana ainda não voltou. Meu pé bate no chão, ansioso. Aproveito para conferir o telefone e vejo uma infinidade de mensagens e ligações perdidas que não quero ver, pelo menos não agora.

— Voltei. — Ana diz, aproximando-se. — Agora podemos ir.

— Você não tem pacientes?

— Não. Pedi ao meu chefe para me liberar por alguns dias. Quero ficar com vocês.

— E ele aceitou assim tão fácil?

Ela hesita por um instante antes de responder:

— Doutor Thiago acha que eu posso ajudar a amenizar a situação do hospital com você, depois daquela briga do outro dia.

— Canalha! Ele está usando você para se livrar da culpa pela negligência dele? Pois ele está muito enganado se acha que eu vou deixar isso de lado.

— Eu sei, amor, mas isso não é o mais importante nesse momento.

Respiro fundo, tentando me acalmar.

— Você está certa. Vamos. — Entrelaço nossos dedos novamente.

Conforme subimos os nove andares até a UTI, meu nervosismo volta ainda mais forte, se é que em algum momento ele me abandonou. Quando as portas do elevador se abrem, estamos mais uma vez nesse lugar frio e assustador. Suspiro e sigo até o balcão da enfermagem.

— Bom dia. Olá, doutora.

— Oi, Judite. Nós viemos ver o Leonardo Grey.

A enfermeira começa a digitar rapidamente no sistema.

— Um instante, por favor... — Ela franze a testa. — Não estou localizando.

Meu estômago embrulha.

— Leonardo Bittencourt Grey.

O nome pesa na minha boca. O sobrenome daquela mulher sempre me causa repulsa.

— Ah, sim. Aqui está. Vou avisar o doutor Bruno que vocês chegaram. Ele quer conversar com vocês.

Passo as mãos pelos cabelos, nervoso.

— Será que aconteceu alguma coisa?

— Calma. É só procedimento. Ele vem nos informar sobre o estado do Léo.

Alguns minutos depois, surge o médico, com semblante sério.

— Doutora Ana, senhor Grey. — Ele aperta nossas mãos.

— Como o meu filho tá? — Pergunto, impaciente.

— O Léo passou a noite bem. O quadro dele segue estável e os sinais vitais estão ótimos.

— Que bom. — Ana comemora.

— Desculpe, doutor, mas o que isso significa?

— Significa que o Léo não piorou. Veja bem, seu filho passou por uma grande e delicada cirurgia, e o corpo dele nos dá sinais de que está se recuperando.

Abraço Ana, emocionado. Meu filho está lutando. Graças a Deus!

— Eu posso vê-lo, doutor?

— Podem, os dois, mas não por muito tempo. — O médico sorri para nós. — Ana é uma grande colega e amiga, então vou abrir essa exceção.

— Muito obrigada, Bruno.

— Que isso, Ana. Bom, vou pedir para a enfermeira ajudar com a preparação.

— Pode deixar, eu ajudo ele.

Ana me leva a um vestiário, onde ela me ajuda a vestir toda a roupa de proteção e também se prepara.

— Antes de irmos, preciso te preparar. — O doutor Bruno nos aguarda. — Léo está ligado a muitas máquinas. Todas servem para monitorá-lo e auxiliá-lo. Às vezes, isso pode ser bastante assustador.

— Ok. Ele pode me ouvir, doutor?

— A mente humana ainda é um grande mistério para a medicina. Não há comprovação científica de que ele possa ouvir, mas muitos pacientes que saíram do coma relatam que escutavam seus entes queridos enquanto estavam desacordados. Então, sempre recomendamos que, por mais difícil que seja, os familiares evitem chorar na frente dele. Converse com ele para que saiba que você está aqui.

Assinto, sem conseguir responder.

Ana aperta minha mão com força, me dando apoio.

Quando a porta do quarto se abre, sinto um baque no peito. Meu menino está ali, tão pequeno, tão machucado, cheio de fios ligados ao seu corpo. Ver meu filho assim rasga minha alma.

— Fala com ele. — Ana incentiva.

Engulo em seco antes de me aproximar.

— Oi, filho, é o papai, meu amor. — Respiro fundo, tentando conter as lágrimas. — A tia Ana também está aqui.

— Oi, querido, é a tia Ana, meu amor. Eu tô com saudade. — Ela se aproxima pelo outro lado da cama.

— Chega de dormir, cara. — Com cuidado, pego sua mão e faço carinho. — Você tem que abrir seus olhinhos, filho.

— Pra gente dar comida para os patos e comer o bolo de chocolate da tia Paty. — Ana complementa.

— E andar de pedalinho. — Dizemos juntos.

— Filho, a Mel vai nascer hoje. Sabia? Assim que tu melhorar, a gente vai lá, tá?

— Tá tudo bem agora. Você tá seguro, meu amor. A tia Ana promete. E o papai também.

— Nós vamos ficar juntinhos. Pra sempre.

E, nesse instante, um fio de esperança surge. Os dedos de Léo mexem sutilmente, mas o suficiente para me fazer explodir de felicidade.

— Ele mexeu! — Digo sem esconder a emoção. — Isso! Muito bem, meu amor, continue lutando, filho.

Obrigada por lerem!
Deixem suas estrelinhas!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro