Capítulo 10
Olho para o lado quando acordo sentindo um repentino vazio, então percebo que Jake não está na cama.
Olho para o relógio sobre o criado mudo e percebo que já está tarde, então eu me levanto rapidamente e arrumo a cama em seguida.
Chego para mais perto do banheiro para ver se Jake está tomando banho, mas parece tudo silencioso.
Caminho em direção à porta do quarto e a abro, em seguida entro no meu quarto e vou direto para o banheiro para fazer minha higiene pessoal, e então começar a cuidar dos afazeres da casa.
Hoje enfim começo trabalhar, e apesar de saber que o trabalho vai ser difícil, pois a casa do Jake é grande, eu estou animada.
É óbvio que não é pelo serviço, e sim porque o verei todos os dias enquanto eu trabalho em sua casa.
Depois de fazer minha higiene pessoal visto uma camiseta larga e um shortinho jeans, em seguida arrumo meu cabelo em um coque no topo da cabeça, e então saio do quarto pronta para começar a trabalhar.
Quando entro na sala percebo que a pasta de documentos que Jake usa está sobre o sofá, então chamo por ele:
- Jake?
- Estou na cozinha! - Ele grita.
Caminho em direção a cozinha o mais depressa possível, e o encontro tomando café.
- Por que não me acordou? - Pergunto. - Eu deveria ter preparado seu café da manhã.
- Depois de ontem merecia um bom descanso, mas não vá se acostumando. - Ele sorri.
Puxo uma cadeira e me sento de frente para ele, então Jake me serve uma xícara de café e me entrega em seguida.
- Dormiu bem? - Ele pergunta. - Está se sentindo melhor?
- Sim, tudo graças a você.
Se Jake não tivesse me consolando na noite passada, provavelmente eu não teria conseguido dormir nem um pouco.
Jake parece cansado, o que indica que ele não deve ter dormido por minha causa, e isso me faz eu me sentir culpada.
- Me desculpe por incomodá-lo. - Peço. - Da próxima vez que estiver chovendo, vou tentar enfrentar meus medos sozinha, como sempre fiz.
- Não seja boba Maya. - Ele revira os olhos.
- Está cansado por minha causa. - Suspiro alto.
- Eu realmente quase não dormi à noite, mas isso não tem nada a ver com você.
- Não precisa...
- Estou falando sério, então sempre que estiver com medo, pode se apoiar em mim, afinal somos amigos.
Seria tudo perfeito se Jake não usasse a palavra "amigo", e na verdade me amasse, mas eu sei que tenho que ter paciência se quero que meus planos deem certo.
Não posso fazer nada precipitado, só porque quero que ele me ame também, caso contrário posso acabar o assustando, e então tudo estará perdido.
- No que está pensando? - Jake pergunta.
- Em nada. - Minto.
Ele me olha desconfiado por algum tempo, e quando parece prestes a dizer algo ele apenas bebe um pouco do seu café.
- Vou trabalhar agora, então por favor não quebre ou coloque fogo na minha casa.
- Que falta de confiança é essa Jake? Fui a responsável por minha casa diversos anos, então eu sei exatamente o que vou fazer, não se preocupe.
- Eu sei disso mas...
- Nada de mas. - O corto.
- Espero não me arrepender disso futuramente.
- Está me deixando com vontade de quebrar alguma coisa só para provocá-lo. - Cruzo os braços.
- Nem pense nisso. - Ele aponta o dedo em minha direção.
Sorrio de canto e não falo nada, então Jake se levanta e coloca a cadeira no lugar.
- Vai vir almoçar em casa? - Pergunto.
- Não. - Ele nega com a cabeça. - Eu almoço na empresa.
- Entendi. - Digo apenas.
- Só precisa se preocupar com o jantar e os afazeres de casa.
- Ok. - Balanço a cabeça em confirmação.
Também me levanto e sigo Jake de perto quando ele começa a caminhar para fora da cozinha, e assim que chega até a sala ele pega sua pasta sobre o sofá.
- Faça uma boa viagem até o trabalho querido. - O provoco.
Jake me ignora e caminha em direção à porta da casa, e quando ele está prestes a abri-la eu entro na frente.
- O que está fazendo Maya? - Ele pergunta.
- Cadê meu beijo de despedida querido?
- Saia da frente Maya, ou chegarei atrasado.
- Você é o chefe. - Sorrio abertamente.
Jake passa a mão pelos cabelos demonstrando nervosismo, então me aproximo dele e bato meu dedo na minha bochecha.
- Eu não vou beijá-la. - Ele fala.
- Então não vai trabalhar hoje. - Seguro seu braço.
- Você...
Ele se cala e então sou surpreendida quando ele segura meu queixo com a mão, vira meu rosto para o lado e então me beija.
- Quando chegar em casa vou te dar um pirulito por ter sido um bom garoto. - Sorrio abertamente.
- Está agindo como se fosse minha esposa. - Ele diz enquanto abre à porta.
- Talvez eu seja algum dia. - Lhe mando beijo.
Jake não fala nada, e então fecha à porta da casa, enquanto eu exibo um sorriso de orelha a orelha.
Fecho os olhos e passo a mão por minha bochecha, na tentativa de sentir novamente a sensação de quando ele me beijou.
- Você ainda vai ser meu Jake, pode apostar nisso.
🌻
- Estou exausta. - Me jogo no sofá.
Passei praticamente o dia inteiro cuidado do serviço de casa, mas agora que já terminei me sinto satisfeita comigo mesmo.
Ainda tenho que preparar o jantar para Jake, mas ainda falta algumas horas até ele sair do trabalho, então terei algum tempinho para descançar.
Me assusto quando a campainha da casa toca, então me levanto rapidamente e corro em direção à porta.
Assim que a abro dou de cara com Clary, o que me deixa extremamente surpresa.
- Entre. - Falo.
Fecho à porta assim que Clary entra na casa, e então ela pergunta:
- Como você está?
- Estou bem. - Digo.
Nos sentamos lado a lado no sofá, e ela começa a me encarar com preocupação.
- Como sabia onde eu estava? - Pergunto.
- Jake contou para Nick.
- Aquele língua solta. - Murmuro.
Eu sabia que ele iria contar em algum momento, mas tive esperanças que Jake mantivesse segredo por um tempo.
- Você esqueceu seu celular, então eu vim lhe trazer.
- Eu nem me lembrava que tinha um celular. - Sorrio abertamente.
Clary abre sua bolsa, em seguida pega meu celular e o carregador e me entrega.
- Não vai voltar para casa Maya? - Ela pergunta. - Seu irmão está sofrendo.
- Ele merece sofrer. - Retruco.
- Eu concordo com você, mas é difícil vê-lo tão triste. - Clary abaixa a cabeça.
- Nick tem você, então vai se recuperar logo.
- Não acho que isso seja capaz. - Ela nega com a cabeça.
Ficamos em silêncio por um tempo, então Clary pega minha mão e segura com firmeza.
- Não vai mesmo voltar para casa? Pretendi ficar morando com Jake?
- Não, eu não vou voltar para casa. - Digo. - E só vou morar com Jake até eu encontrar um apartamento.
- Aquela casa é tão vazia sem você. - Ela diz triste.
- Vocês serão uma família em breve Clary, e eu não quero e não vou atrapalhar isso.
- Você não...
- No começo ficaria tudo bem. - A corto. - Mas depois de um tempo nossas ideias diferentes iriam acabar interferindo na nossa relação. Quando eu decidi que iria me mudar, eu pensei que dessa forma estaria protegendo nossa amizade, e ainda penso dessa forma.
Clary sorri fraco, e então ela escosta a cabeça no sofá e fala:
- Talvez esteja certa.
- Eu estou. - Digo. - Quero que sejam felizes e que aproveitem o casamento de vocês sem ter que se preocupar com sua cunhada que estaria no quarto ao lado. Precisam ter privacidade, e comigo morando com os dois não teriam.
- Mesmo que estaja disposta a não voltar para casa, deveria fazer as pazes com seu irmão.
- Nick foi o culpado, então enquanto ele não assumir seu erro eu não pretendo vê-lo. - Digo.
- Você é tão cabeça dura quanto ele.
Nick tem que aprender que eu preciso aprender a viver a minha vida por mim mesma, e não passar cada segundo dependendo dele. Quando ele perceber que errou, e parar de controlar minha vida, eu o perdoei no mesmo instante.
Eu gostaria que ele me entendesse e me apoiasse, mas enquanto ele se manter tão mandão e controlador, Nick estará fora da minha vida mesmo que eu o ame demais e sinta sua falta.
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