Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XIX

LIA

Descemos os últimos degraus da longa escadaria que nos levava até o porão. Alec está ao meu lado, analisando todo lugar, em busca de algum inimigo. Avancei pelo corredor comprido de pedras e não penso duas vezes antes de abrir a única porta de metal. Meu coração parou ao ver a mulher segurando minha filha. Seus olhos se arregalaram com a nossa presença o choro preenche toda a sala úmida e sei que ela deve estar faminta.

— Margery, certo? — questionei, dando um passo para dentro e fazendo-a recuar.

— É melhor se afastar — mandou, olhando-me com medo.

— Ela é minha filha — declarei, sentindo a respiração do Alec em meus cabelos. Ele cutucou minha coluna discretamente e entendo perfeitamente o que ele está planejando. — Me entregue ela e poderá ir embora — avisei, esticando a mão. Ela me olhou com desconfiança e piscou longamente, incomodada com o choro alto do bebe.

— Se eu entrega-la, vocês me mataram — rebateu e neguei com a cabeça.

— Eu prometo que nada acontecerá com você — murmurei, tirando o punhal da minha cintura e colocando a vista. — Viu, eu só quero minha filha — contei, forçando um sorriso.

— Jogue-a para mim — mandou ela, sabendo o que posso fazer com aquela arma. Fiz o que foi pedido, seus olhos seguiram a lâmina até o chão e antes que ela pudesse piscar, Alec segurou seu pescoço. Ela engasgou, soltando a criança e a peguei no ar com facilidade. — E-Espere! — Ouvi ela pedi, mas não me virei para encara-la. Me foquei na pequena criança em meus braços. Seu choro parou e sorri quando ela segurou uma mecha solta do meu cabelo.

Me sentei no chão, escutando o som de ossos sendo quebrados e os gemidos abafados da Margery preencher o lugar silencioso.

— Está tudo bem — murmurei, passando o polegar pelas suas bochechas gordas e pálidas. Seus olhos negros me encararam de volta e chorei quando ela sorriu para mim. — A mamãe está aqui — cochichei, sentindo as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas.

Os gemidos pararam. Levei o dedo indicador à boca e o mordisquei, fazendo sangrar. Coloquei o machucado sobre seus lábios pequenos e a senti chupar meu dedo, se alimentando do meu sangue. Alec se ajoelhou ao meu lado, fazendo seu corpo frio me abraçar. Ele acariciou os cabelos finos da criança.

— Ela parece com você — disse ele, fazendo-me sorrir e encara-lo.

— Conseguimos — sussurrei, umedecendo os lábios e sentindo o sabor salgado das minhas lágrimas. Alec confirmou com um murmúrio lento.

Ela soltou meu dedo, quando a pequena ferida se curou. Estava pronta para fazer o mesmo processo, quando um gemido me deixou paralisada. Me forcei a olhar para cima e me assustei ao ver Benna, acorrentada de cabeça para baixo, presa em grades de ferro.

— Você não mudou nada — disse ela com dificuldades. Sua voz está arranhada e analisei a magia negra marcando sua pele pálida e seus olhos. — E ainda está viva! — Ela forçou um sorriso, revelando seus dentes podres. Olhei ao redor, segurando minha filha com força e vi todas as intocadas no mesmo estado que a Benna.

— Vamos embora — avisou Alec, fazendo-me encara-lo.

— O Deus Caído quer todas — lembrei, encarando seus olhos vermelhos. — Não as façam sentir mais dor — declarei, forçando-me a levantar. O bebe remexeu e abracei com cuidado. Alec olhou ao redor.

— Espere-me lá fora — mandou e sai sem retruca-lo. Eu não quero ver isso, ver as garotas com quem cresci completamente usadas e destruídas.

Assim que sai da mansão, notei que tudo havia acabado. Vários corpos eram arrastados para apenas um lugar, para serem eliminados.

— Lia! — Marco se aproximou aliviando por me ver.

Me sentei nas escadas, colocando o bebe em meu colo e permitindo que Marco a conhecesse. Ele sorriu, sentando a meu lado.

— Ela é muito bonita — elogiou, segurando o pequeno pulso e o acariciando com cuidado. Levantei a cabeça quando senti o Liam se aproximou com passos cautelosos. Ele vestia apenas uma bermuda surrada.

— Obrigada, Liam — murmurei. O homem alto apenas sorriu e confirmou com um aceno. Ela se remexeu, chateada com a posição. A peguei nos braços, levando mais uma vez o dedo indicador mordido para ela se alimentar. Ela ficou calma e senti a mão do Marco acariciar minhas costas.

Fiquei parada ao ouvir os passos do Alec atrás de mim. Liam avisou que precisam de tempo até fazer a limpeza total. Não podemos deixar rastros. Ele partiu para ficar com os outros, nos deixando sozinhos.

Olhei para o céu, minha magia da noite ainda continua e está frio. Respiro fundo, sabendo que não tinha muito tempo.

— Como vai chama-la? — perguntou Marco, assim que Alec sentou ao meu lado.

Meu olhar correu para o seu, ele me analisou com cuidado, a espera de uma resposta.

— Morgana — declarei, deixando-o surpreso. Alec engoliu em seco.

— Tem certeza? — questionou, colocando uma mecha de cabelo solta atrás da minha orelha. Sei o quanto aquele nome significa para ele, seja para lembranças boas ou ruins. Mas homenagear sua irmã mais nova parecia o certo para mim.

— Combina com ela — comentei, fazendo-o sorri.

— Obrigado — sussurrou ele, sem esconder a gratidão. Se ele demonstrasse ser mais humano quando estávamos juntos, isso nunca estaria acontecendo. Mas seu sorriso logo morreu quando o vento parou de sobrar e a temperatura caiu abruptamente. — O que é isso? — Marco e ele perguntaram ao mesmo tempo, levantando e ficando em alerta.

Todos os outros ficaram paralisados, notando que algo estava errado, que algo estava chegando.

— Marco. — Levantei com rapidez, meu tempo tinha acabado. Marco me olhou com preocupação e arregalou os olhos quando coloquei o bebe em seus braços. — Cuide dela, por favor — pedi, deixando-o mais confuso.

— O que? — questionou, encarando o Alec atrás de mim.

— Lia, o que é isso? — Alec segurou meus ombros, forçando-me a encara-lo.

— A segunda parte do acordo — contei com a voz trêmula. Seu aperto aumentou e vi o desespero em seu rosto. — Alec, ela vai precisar de você — declarei com firmeza, segurando seu braço. — Sei que você nunca me amou, mas tente ama-la está bem. Ela é sua filha, vai precisa de carinho e afeito. Ela vai querer se amada, principalmente pelo pai dela — Seus olhos se mexiam e piscavam rapidamente.

— Com o que você concordou? — exigiu, travando o maxila.

— Apenas prometa para mim, que vai ama-la — mandei, sem tirar os olhos dos seus.

— Lia, com o que você concordou? — insistiu, com o tom mais suave dessa vez.

— Me prometa! — gritei, forçando-o a se calar.

— Eu prometo — disse ele, respirando com força. O soltei, contente por ver sinceridade em seus olhos vermelhos. — Lia, o que você fez? — Sua voz estava arranhada.

— Eu fiz o que era preciso — murmurei, fazendo-o me soltar. — Fiz o que deveria ser feito para protegê-la. — O bebe chorou e meu coração automaticamente se partiu. — Eu não tinha escolha.

— Com o que você concordou? — Exigiu, se alterando e fazendo o choro da nossa criança aumentar.

— Abri mão do meu corpo — confessei, roubando todas as suas palavras e a lembra da conversa com o Deus Caído queimou em minha mente.

~*~

Seu toque parece gelo e solto sua mão segundos depois. Analisei seu rosto pálido, sentindo-me usada. Toda a minha vida será assim? Alguém sempre estará me manipulando?

— Qual é o outro favor? — questionei, sem consegui esconder a voz trêmula.

 Sabe minha criança  começou ele, inclinando a cabeça.  Como você pode ver, estou preso nesse mundo, sem poder ir cobrar os favores que todas as vidas me prometeram. Eu estou faminto e preciso recolher cada um deles.  Outro sorriso se formou em seus lábios.

 O que quer dizer?  Franzi a testa.  Deseja que eu os cobre em seu nome? ¾perguntei, encarando seus olhos sem vida.

 Não. Não. Não minha criança  repetiu alargando o sorriso.  Eu mesmo irei até eles.

 Mas você está preso aqui  critiquei.

— Só estou preso, porque não tenho nenhum corpo que possa me manter em seu mundo  apontou, fazendo meu estômago se revirar.  Corpos que sejam capazes de me manter no mundo matéria por longo tempo  disse, me fazendo desviar os olhos.

 Você quer a minha vida!  murmurei, sem acreditar nas minhas próprias palavras.

 Eu não quero a sua vida, eu quero o seu corpo  corrigiu de forma lenta. — Seu lindo e belo corpo. O que possui a magia e a imortalidade. Um corpo inumano para suportar minha alma contou e me forcei a encara-lo.

 Mesmo assim, eu não estarei vivendo — rebati e ele apenas ficou calado, me olhando, me avaliando.  Por quanto tempo você terá o meu corpo?  perguntei, sentindo minha garganta se apertar.

— Isso é algo que não posso negociar — declarou e reprimi as lágrimas de descerem.

 Eu não poderei ver minha filha crescer  comentei, sentindo minha visão ficar turva.

 Não  ele diz de forma seca.

 Por que fez isso comigo?  critiquei, sentindo meu peito se apertar e meu coração quebrar.

 Eu precisava escolher alguém  respondeu com calma e corpo imóvel.

 Então é isso?  Chorei, piscando rapidamente, me focando em seu rosto.

 É isso!

Gritei quando ele se aproximou em um piscar de olhos e mordeu o meu ombro. Marcando-me. Selando nosso maldito acordo.

~*~

— Já está feito — puxei a camisa, mostrando a marca que queimava minha pele. Alec a encarou sem palavras. — Não me procurei. Não tente me encontrar em hipótese alguma. Eu não sou sua prioridade, não se esqueça disso. — Sua atenção correu para o bebe nos braços do Marco, que me encarava perplexo e tristes. — É ela que precisa de você, não eu.

— Mas... — Ele tentou, mas o interrompi.

— Se você magoa-la ou decepciona-la, eu juro pela Deusa que volto para matar você, Alec — ameacei. — Seja um bom pai para ela. — Foi tudo que consegui dizer, antes de sentir a mão gelado tocar meus pescoço e me levar para a escuridão.

~*~

ALEC

Analisei o vazio. As terras quente e seca que nos rodeava. Ela foi embora. Tentei mover meu corpo, mas o sinto paralisado, encarando o vazio, esperando que todo não passasse da porra de um pesadelo.

— Alec? — A voz do Marco me chamou, mas foi o choro que me deu forçar para me virar na sua direção. A peguei dos seus braços, sentindo seu corpo frágil. Encarei seu rosto com o único olho bom, notei seus traços familiares e o som do seu choro.

— Não chore minha querida — pedi, abraçando-a com cuidado e sentindo o cheiro dos seus cabelos finos. — Eu vou cuidar de você — murmurei, sentindo seu pequeno coração bater com vida. — Farei de tudo por você. — Beijei seus cabelos, sentindo-a se mexer. — Eu vou amar você.

As palavras preencheram meu coração e um calor estranho o abraçou.

— O que vamos fazer? — perguntou Marco, depois de longos minutos em silêncio.

Imaginar voltar para aquela mansão estava fora de cogitação.

— Vocês podem ficar conosco — Liam declarou, chamando nossa atenção. — Se assim desejarem. — Seus olhos negros correram para o Marco, ele sorriu e concordou com um aceno simples. Sua atenção caiu sobre mim, à espera de uma resposta.

— Obrigado — concordei, fazendo um sorriso crescer em seus lábios. Puxei a criança, me permitindo olhar para seu nariz empinado e seus olhos castanhos. Ela puxa meu cabeço, tentando-o colocar na boca. — Vamos para casa, Morgana.

****

EPÍLOGO NO PRÓXIMO CAPÍTULO

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro