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Capítulo XIV

LIA

— Você achou mesmo que eu ficaria presa naquele lugar? — Minha pergunta o fez recuar um passo. — Achou mesmo que eu deixaria você fazer o mesmo que Belledisse fez comigo? — cuspi, encarando seus olhos vermelhos.

— Eu nunca faria isso — disse ele, me fazendo ri.

— Isso é o que você diz, mas suas ações eram completamente outras — rebati, sentindo a raiva consumir meu coração. — Você me mostrou o mundo como tinha prometido, eu vi coisas que nunca imaginei que existiam, coisas incríveis e estava indo tudo bem, até você decidi voltar para aquela mansão. — Alec respirou fundo.

— Eu precisava voltar. Você sabia disso! — disparou com raiva. — Não tente colocar a culpa dos seus erros em mim — apontou friamente, e não me contive, acertando seu rosto com minha mão. Alec ficou paralisado, olhando-me sem qualquer emoção.

— A culpa é toda sua! — murmurei, com a garganta dolorida. — Você acha que eu sou burra? Não acha que ouvia o que os outros falavam sobre mim, do lugar que você construiu para ser minha casa? — O empurrei com força, fazendo-o dar dois passos para trás. — Tudo o que você faria para manter todos longe de mim? — Alec umedeceu os lábios e um silêncio tenso ficou entre nós.

— Eu estava tentando te proteger — contou, depois de longos segundo e senti como seu meu coração estivesse sendo apertado.

— Para me proteger? — repeti, desejando profundamente bate em seu rosto novamente. — Você criou uma prisão e ameaçou todos aqueles que tentassem se aproximar de mim. Ameaçou o Marco quando ele se tornou meu amigo, para que eu não tivesse ninguém além de você. — Sustei seu olhar, vendo-o a tensão em seus maxilar e ombros largos. — Você me queria presa a você! — Alec balançou a cabeça, negativamente para mim.

— Não foi isso — retrucou e fechei os olhos com força. — O que eu fiz foi para manter você segura, para que nenhum deles a machucasse. — Passei os dedos entre os cabelos, dando-lhe as costas e esperando controlar a fúria que rastejava pela minha pele. — Eu fiz o que era o melhor para você! — Sua mão segurou meu ombro e me afastei bruscamente, empurrando para longe de mim.

— Você fez isso porque é egoísta e possessivo! — gritei, sentindo minhas pernas tremerem. — Você tentou me afastar do mundo, tentou me isolar naquela casa, tentou tirar minha liberdade e fez com que todos pensassem que eu era sua propriedade, que era proibida para todos — apontei com fúria, deixando-o sem palavras. — E quando eu notei o que você estava tentando fazer, eu fiz de tudo para mostrar que você não tinha poder sobre mim, tentei fazer você ver que eu não era alguém que você poderia controlar; que pode mandar em mim — falei com escárnio e vi seu olho fugir de mim. — Mas você parecia incapaz de entender isso e continuava tentando me dar ordens, tentando controlar aonde eu iria, que roupa eu usava e quando eu deveria abrir minhas pernas.

— Eu... — tentou, mas o interrompi rapidamente.

— Eu não acabei — critiquei, deixando-o quieto e imóvel. — Então eu me lembrei do que faria você entender, que faria eu me livrar de você e toda a sua opressão maldita. — Alec espremeu os lábios, demonstrando desgosto e raiva. — E acredite, eu posso ter odiado deixar um homem qualquer entrar em mim, mas eu teria feito mil vezes se fosse preciso para você ver que eu não sou a merda da propriedade e como uma mulher livre, eu posso fazer a porra das minhas escolhas. E eu escolhi que não queria mais você tentando me controlar. Esse foi o motivo de eu ter traído você.

~*~

MARCO

Encarei a água cristalina do lago, sentindo a tensão apenas crescer dentro da cabana. Meus olhos correrem para o sol que invadia os céus, a luz entre as arvores. É uma visão linda e que tinha me esquecido há muito tempo. Fechei os olhos, apreciando o sol na minha pele, aquecendo-a sem me machucar.

— Você deve ser o Marco. — O som do meu verdadeiro nome em uma voz desconhecida, com uma presença que não senti se aproximar, me deixou apreensivo e preparado para um ataque. Mas quando me virei em direção à voz, senti meu corpo inteiro vibrar.

Encarei o homem alto, com roupas simples e botas apropriadas para a floresta. Seus olhos são negros como a noite.

— Quem é você? — questionei, sem desviar os olhos dos seus.

— Um amigo — comentou, com um meio sorriso nos lábios grossos. Forcei um sorriso, confuso com meu coração batendo rápido. Olhei ao redor, sentindo outros como ele dentro da floresta. — Eles são meus amigos — disse, chamando minha atenção.

— Se você é um amigo, então por que os mandar se esconder? — critiquei, seriamente.

— Precaução. — Ele deu de ombros, escondendo as mãos nos bolsos e me avaliando com mais cuidado. — A Lia me contou muitas coisas sobre você. — Olhei para a cabana atrás dele, sabendo que ela sairia a qualquer minuto.

— Foi você que a ajudou? — perguntei, curioso para saber quem ele era e qual era o grau da sua aproximação com a Lia.

— Nos tornamos bons amigos — confirmou, sorrindo e relevando seus dentes pálidos. — E ela precisava muito de um amigo. — Desviei o olhar, sentindo aquele golpe me machucar profundamente.

— Obrigado — murmurei, voltado para seus olhos. Ele franziu as sobrancelhas negras, surpreso com minhas palavras. — Por ter cuidado dela. — O homem ficou em silêncio, encarando-me seriamente e nem mesmo quando a porta foi aberta bruscamente, ele se virou em busca do som, apenas ficou me analisando e me peguei desejando saber o que se passava em sua cabeça.

— Liam? — Lia o chamou, forçando-o a se virar e me dar às costas.

— Lia. — Fiquei quieto quanto ele a abraçou gentilmente. Lia sorria, mas ainda parecia tensa pela briga que acabou de ter. — Obrigado por ter voltado. — Ouvi ele dizer. Eles se afastaram lentamente.

— Eu o trouxe como prometi — disse ela, colocando o cabelo atrás da orelha.

— Sinceramente, não achei que isso realmente fosse acontecer — Lia riu, concordando com ele. — Mas sei que você não está aqui apenas para me ajudar com a trégua — declarou, fazendo o sorriso em seus lábios morreram com rapidez.

— Eu preciso de uma última ajuda — murmurou ela, tocando na barriga e fazendo-o encara-la. Mas antes que Lia pudesse falar, a porta da cabana foi aberta, revelando o Alec.

Liam, o homem alto e que tinha um cheiro estranhamente interessante, encarou Alec se aproximar. Notei a tensão em seus ombros e agonia em seu único olho vermelho. Lia não se afasta quando ele para ao seu lado e fico surpreso pelo Liam não demonstrar nenhum receio com sua aproximação.

— Quando vamos conversar? — questionou Alec, parecendo impaciente.

— Quando você quiser — respondeu Liam, sem desviar o olhar. — Vamos para a cabana? — Apontou e Alec apenas confirmou. Lia os seguiu em silêncio. Apenas olhei ao redor, perguntando-me se ele realmente teria coragem de ficar sozinho com dois de nós. E quando ele entrou na cabana com calma, foi difícil não me sentir atraído pela sua confiança.

Fechei a porta atrás de mim e analisei o lugar com cuidado. Tem duas janelas nas laterais e apenas uma porta de saída. O lugar é pequeno, mas agradável. Lia está sentada na cama, Liam em uma cadeira de madeira perto da janela esquerda e, Alec está em pé, no meio da sala.

— O que você quer? — perguntou Alec, sem ao menos se importar de defender seus interesses. Estava prestes a falar, mas ele foi rápido em me interromper. — Calado! — Um silêncio entranho pairou entre nós e senti o olhar questionador do Liam sobre mim e pela primeira vez em muito tempo, me senti envergonhado.

— Uma trégua — Liam quebrou o silêncio. — Sem brigas e sem mortes. Como a Lia deve ter contado, não queremos mais fazer parte dessa guerra sem sentido — contou com a voz calma, mas intensa. — Temos outras preocupações e interesses, e essa rivalidade sem sentido entre nossas espécies está sendo um incomodo — declarou, imóvel no acento, encarando Alec sem qualquer emoção nos olhos negros.

— Apenas isso? — rebateu Alec. Lia se mexeu na cama, nervosa com a forma ríspida que ele falava. — Apenas que nossas espécies se ignorem quando nos encontrarmos?

— Sim — respondeu sem demora. Alec umedeceu os lábios e enviou um olhar para Lia, que se recusava a olhar na sua direção.

— Tudo bem, podemos fazer isso — apontou, parecendo mais calmo. Analisei um sorriso se formar nos lábios do Liam, um sorriso gentil e aliviado. Liam se levantou e se aproximou do Alec com a mão estendida.

— Acredite quando digo que isso será bom para os dois — disse, olhando-o no olho. Alec balançou a cabeça lentamente e apertou sua mão. Eles se afastaram e o ar pesado que estava sobre nós pareceu desaparecer aos poucos. — Agora, você precisa-me dizer onde está o seu bebe — Liam encarou Lia seriamente e notei como o tom de sua voz se tornou rouca.

— Ela foi levada por uma bruxa e preciso que você a rastreie — revelou Lia com a voz carregada de raiva e imaginei o que aconteceria se ninguém a encontrasse. 

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Muito obrigada a todos por terem lido e espero de todo coração que estejam gostando da história. Também agradeço novamente a todos que comentam e votam nos capítulos, isso sempre ajuda o livro a crescer, por isso, muito obrigada. ❤️

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