Capítulo VII
ALEC
Analisei a luz do dia pela pequena abertura das cortinas. Ela corre pela madeira escura, até a parede onde eu estava apoiado. Mesmo não estando exposto, sinto minha pele aquecer, mas mesmo incomodado, não me afastado. A mulher deitada ao meu lado se remexe, chamando minha atenção. Seus cabelos estão espalhados no travesseiro e analisei seus seios expostos. Seus mamilos são rosados e levo minha mão até sua pele fina, acariciando. Ela é macia e fria. Karen abre os olhos lentamente e segura meu pulso, puxando meu braço e levando-a até sua vagina. Acariciei suas partes com calma, sentindo-a ficar cada vez mais molhada. Aproximo-me mais dela, retirando os lençóis e revelando seu corpo nu.
Karen suspirou e seus pequenos gemidos preenchem o meu quarto. Ela se abre para mim, excitada e ansiosa. Parei com as acaricias e a viro de costas para mim. Arrumei seus cabelos com calma, colocando-os para o lado e revelando suas costas lisas. Separei seus joelhos sobre a cama e analisei sua bunda. Ela tem cintura fina e quadris largos, passo as mãos nas suas curvas antes de se segurar seus seis fartos.
Karen gemeu alto, enquanto mexia os quadris, esperando por mim.
Afasto-me um pouco, tirando minha calça enquanto analisava sua entrada molhada. Posicionei-me atrás dela, tocando meu pênis na sua vagina lisa. Karen suspiro, enterrando o rosto no travesseiro e levantando mais os quadris. A penetrei com cuidado, fechando os olhos e suspirando com força. Posso senti-la me apertando a cada movimento e gosto daquela sensação.
— Tristen — gemeu ela, enquanto minha estocadas ficaram mais fortes. Segurei seus quadris, me permitindo ir mais fundo dentro dela. Respirei com força, sentindo-a molhada, sentindo-a me dando prazer. — Tristen — Karen choramingou quando segurei seus braços, juntados atrás das costas e puxando-o contra mim. Ansioso, a penetrava bruscamente, o som do encontro dos nossos corpos fez meu coração bater. Não com força, como ela sempre fazia, mas o bastante para me deixar mais excitado e louco para gozar dentro dela. — Tristen, está doendo — disse ela com dificuldades. Meus movimentos não pararam até que senti meus músculos endurecerem e eu chegar ao fim do prazer. Soltei seus braços, fazendo-a cair na cama. Me retirei de dentro dela, vendo minha semente escorrer pela sua entrada. Karen respirou com força e segurava o ombro em silêncio.
— Desculpe-me — beijei seu quadril e mordisquei sua cintura. — Não era minha intenção machuca-la — declarei, tirando o cabelo do seu rosto e beijando seus lábios rosados.
— Eu sei — murmurou ela, sem me olhar. Beijei sua bochecha, afundando meus dedos entre seus cabelos sedosos. — Está tudo bem — comentou, olhando-me nos olhos. Ela sorriu, tocando em meu rosto e passando o polegar em meus lábios. — Eu amo você. — Karen me puxou para um beijo e mesmo desejando, suas palavras não me causaram nenhum efeito.
Quando ela se afastou com o fim do beijo, mordi seu pescoço, fazendo seu sangue encher minha boca. Ela me abraçou, enquanto me alimentava. Seu gosto é bom, mas não o bastante para me fazer morde-la todos os dias. Satisfeito, levanto a cabeça, passando a língua entre os lábios, limpando-os. Karen me encarou com o que parecia felicidade e fome, sua mão está em volta do meu pescoço e ela esperava uma confirmação que eu não daria.
— Você pedirá perdão a ela — declarei por fim, deixando-a confusa.
— O que? — Karen me empurrou bruscamente, afastando-me dela e sentando na cama. — Você está brincando comigo? — questionou, com fúria no olhar.
— Não, eu nunca brinco. — Levantei da cama, passando os dedos entre os cabelos, sem desviar o olhar dos seus. — Você tem alguma noção do que fez ontem? — perguntei, vendo-a levantar e me olhar como se eu fosse louco.
— Eu me protegi — respondeu com irritação. Seus cabelos caíram sobre seus seis e analisei seu corpo com cuidado. Pelo menos, ela era bonita.
— Você a atacou, ao ponto dela sangrar — apontei, vendo seus punhos ficarem cerrados. — Tem coisas que ensinei a Lia, coisas que ela nunca vai se esquecer, por isso, é melhor ir pedir perdão pelo que fez.
— Você espera que eu também me ajoelhe para ela? — Sua voz era pura raiva e revolta.
— Se ela desejar, faça isso — rebati, vendo seu maxilar travar e um fiapo de sangue escorrer pelo seu queixo, pela mordida em seus lábios atraentes.
~*~
LIA
— O Tyron chegou à mansão ontem — contou Marco, enquanto acendia a lareira com calma. Encarei o teto, sabendo que ele havia chegado há muito tempo, mas gosta de brincar com todos ao seu redor. — Posso dormir com você hoje, se preferir — sugeriu, meu olhar caiu nas suas roupas simples. Era raro vê-lo com apenas uma camisa e calça de moletom. Era como se não combinasse com ele.
— Não se preocupe comigo, você pode ir descansar — declarei, sentando-me no divã e colocando o cabelo atrás da orelha. Minha barriga roncava e minha boca salivava de fome. Sinto-me enjoada e cansada, como se a gravidade estivesse me puxando para o chão.
— Não estou cansado — disse ele, sentando na poltrona e se servindo de uma bebida. Sinto o cheiro do álcool e devo admiti que sinto falta disso. — Eu ainda gostaria de saber onde você esteve nos últimos meses — perguntou, fazendo-me sorrir.
— Em um lugar calmo, longe de qualquer humano — revelei, lembrando-se do cheiro bom das arvores, o som dos peixes nadando no lago e o céu estrelado a noite.
— Alguém cuidou de você? — insistiu e encarei seus olhos vermelhos. Notando minha hesitação ele continuou. — Por favor, Lia — pediu, e sei que não posso ser injusta com ele.
— Sim. Eles me encontraram na floresta depois do que aconteceu entre o Alec e eu — confessei, sentindo meu corpo estremecer com aquela noite. Da minha carne sendo rasgada, da dor ardente em minha pele, dos seus olhos carregados de fúria e raiva. — Eles cuidaram muito bem de mim, mesmo sabendo o que eu era.
— Eles sabiam? — Marco franziu a testa, surpreso.
— Sabiam. — Sorri, ao me lembrar dos rostos de cada um. De como fiquei apavorada, com medo de morrer. — Eles são do bem — comentei, ainda sorrindo. — Foi por causa deles que descobri — toquei no ventre, sentindo-a se mexer.
¾ Fico contente que tenha sido tratada bem, seja lá quem são eles ¾ Marco me enviou um dos seus sorrisos sinceros e raros.
— Você iria gostar do Liam — contei, deixando-o curioso. — Ele é forte, bonito e decidido. Faz muito o seu tipo. — Marco tomou um gole da bebida, esperando que eu não notasse seu constrangimento.
— Ele parece interessante — disse por fim, evitando meu olhar.
— Ele é — confirmei. — Se o Alec aceitar meu acordo, não tenho duvidas que o conhecerá no futuro — declarei, fazendo-o me olhar intensamente.
— Sua proposta tem haver com eles? — rebateu com uma expressão séria. Umedeci os lábios, sabendo que tinha falado demais. — Quem são eles? — perguntou em voz baixa.
Fiquei em silêncio, sustentando o peso do seu olhar e notando seu rosto mudando ao poucos.
— Você é um homem inteligente — sussurrei apenas para ele. — Sabe quem são — conclui, deixando seus ombros tensos e seu olhar sombrio. Porém, antes que ele dissesse algo, alguém bateu na porta. — Entre — mandei, invocando minha magia, sabendo de quem se tratava. Meu olhar correu para a porta de madeira sendo aberta e nova mulher do Alec, entrar.
Isso vai ser interessante.
Observei a garota se aproximar com passos firmes. Seu salto alto faz barulho no piso de madeira e não posso negar que o vestido negro dela, cai bem em seu corpo, modelando cada curva.
— Turno — cumprimentou ela, educadamente. Marco balançou a cabeça e tomou o resto do seu uísque.
— Você deseja algo? — questionei, notando que ficamos muito tempo em silêncio. A garota me olhou e pude notar a tensão em seus ombros e dos seus punhos cerrados. Meu olhar correu discretamente para o Marco, que me olhou de volta sobre o copo de vidro. — Ele mandou você aqui? — perguntei, mesmo sabendo a resposta.
— Eu gostaria de me desculpar — começou, encarando-me duramente. — Eu não deveria tê-la atacado daquela maneira, foi um erro meu, desculpe-me por isso, Lia. — O som do meu nome parecia um palavrão na sua boca.
Era evidente sua raiva e seu desprezo por estar ali. Posso ver em seus olhos vermelhos o quanto ela se sentia humilhada por ter que se desculpar com uma vadia imunda.
— Tudo bem — falei, surpreendendo-a. — Não precisa se preocupar com isso. Eu também não deveria ter me alterado, foram noites difíceis para mim — confessei, notando a confusão preencher seu rosto.
— Está falando sério? — retrucou, ainda perdida.
— Sim. Por favor, sente-se conosco, beba algo — pedi, pegando a garrafa de uísque e servindo um copo para ela.
— Obrigada — murmurou, parecendo completamente sem jeito. Sentei-me no mesmo lugar, analisando-a beber e se acomodar na poltrona marrom. Um silêncio desconfortável se espalhou pelo lugar e sinto cada parte do meu corpo ansioso.
Marco continuou bebendo e mantinha o foco em nos duas. Meu olhar fisgou o seu e não pude deixar de sorrir para ele.
— Soube que você também é uma bruxa. — A voz da garota quebrou o silêncio estranho.
— Isso. — Forcei um sorriso, segurando uma mecha do meu cabelo escuro.
— Se me dissessem isso há alguns meses, eu teria achado uma loucura — disse ela, com tom de diversão.
— Uma reação natural para qualquer humano — respondeu Marco com calma. A garota o olhou intensamente, como se estivesse surpresa por ele ter falado com ela.
— Você quer ver? — perguntei de repente, chamando sua atenção. — Um pouco de magia? — sugeri, analisando seu rosto e notando a beleza em seus traços.
— Gostaria — respondeu com um meio sorriso.
Levantei a mão direita, conjurando um pouco da minha magia. As pontas dos meus dedos brilharam e vi a empolgação no vermelho dos seus olhos. Comecei a sentir o metal gelado e o peso do punhal na minha mão. Encarei o objeto, lembrando-me perfeitamente da última vez que o usei. A expressão de Belledisse fez meu coração disparar e a mesma sensação de satisfação me consumiu.
— Isso é incrível — disse a garota, chamando minha atenção.
— Pode pegar — Marco se remexeu na cadeira e sinto o peso do seu olhar sobre mim. — Sinta a magia que correr pelo metal. — Levantei, entregando meu punhal. Ela o pegou com animação e analisou o objeto. — Consegue sentir? — perguntei, dando a volta na poltrona e apoiando os braços nela.
— Sim — murmurou, fascinada pelo objeto. — Ele está pulsando — comentou, sem tirar os olhos na lâmina afiada.
— Consegue sentir o poder dela? — Me inclinei sobre ela, tocando no punhal sobre sua mão pequena.
— Consigo — sussurrou, suspirando com força. — É como se ela estivesse viva — declarou e concordei com um murmúrio. — Você a criou? — Ela levantou a cabeça, encarando-me com interesse.
— Não — respondi com calma, pegando o punhal das suas mãos. — Foi dado a mim ainda jovem — contei, vendo meu reflexo contorcido na lâmina. — Por uma Deusa antiga, ao qual eu servia — falei, faz muito tempo que não penso nela e senti o sentimento de saudades invadir meu peito.
— Ela entregou algo assim para você? — Seu questionamento estava carregado de deboche e veneno. Sorri, olhando para o Marco, que tinha uma expressão tensa.
— Sim — falei, umedecendo os lábios. — O punhal de uma Deusa é dado por necessidade, para que possamos nos proteger sem corromper nossa magia — conclui em ânimo, recitando as antigas palavras que Belledisse sempre me dizia.
— Proteger do que? — rebateu ela, encarando o Marco. Ele abriu a boca, mas antes que ele pudesse responder sua pergunta tola e burra, segurei seus cabelos loiros e cortei sua garganta em um movimento rápido e brusco.
O cheiro do seu sangue preencheu o lugar, empurrei seu corpo com força, fazendo-a cair no chão bruscamente. Observei o sangue escorrer pelo corte profundo do seu pescoço pálido, manchando sua pele e seus cabelos loiros. Ela me olhou com agonia e desespero.
— Você é uma garotinha burra e ignorante — falei, aproximando-me do seu corpo. — Não sabe onde está e com quem está se metendo. — Analisei o brilho dourado se formar em seu pescoço e o cheiro de carne queimada chegar aos meus sentidos. — Achou mesmo que a porra de um pedido de desculpa apagaria o que você fez? — A garota se arrastou pelo tapete, agora manchado com seu sangue. — Você me atacou na minha própria casa, pelas regras, eu posso fazer o que quiser com você. — Pisei em seu tornozelo, fazendo-a parar e forçando-a a me encarar. — E você vai morrer por ter nos machucado — declarei, cravando o punhal em seu coração. Seus olhos se arregalaram ainda mais e analisei seu corpo queimar e ela se transformar em cinzas.
Com a ajuda do centro de madeira, levantei com as pernas fracas. Olhei para o Marco, que encarava as cinzas espalhadas no meio da sala. Com cuidado, me sentei no divã, limpando o sangue na minha camisa branca.
— Acho que ele não vai gostar — comentou Marco, mas era evidente que ele não se importava com o que acabou de acontecer.
— Mesmo sabendo o que eu iria fazer, ele ainda a mandou vir ao meu quarto — contei, fazendo o punhal desaparecer. — Eu apenas apaguei o erro que ele cometeu ao transforma-la. Ele deveria me agradecer de joelhos — declarei e Marco concordou em um aceno curto.
— Ela era pior que Victoria — disse, com um olhar distante. — Nem mesmo o Tyron gosta da presença dela e olha que ele é o próprio demônio.
— Eu sei, ele me disse — revelei, fazendo-o me olhar rapidamente. — Ele veio ao meu quarto quando você não estava e tentou brincar com minha mente. — Suspirei, olhando para o fogo na lareira.
— Você precisa ter mais cuidado com ele — pediu Marco com preocupação.
— Eu sei disso, por isso preciso ir embora o quanto antes — falei, voltando para seus olhos vermelhos como sangue. — Você saber o que ele faria se descobrisse, até onde ele iria para atingir o Alec — murmurei sem esconder meu medo.
— Eu vou proteger você — assegurou Marco e não pude deixar de lhe enviar um sorriso acolhedor. — Eu protegerei vocês duas. Você tem minha palavra.
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Gente, como vocês já sabem, não deu para publicar dois capítulo na semana passada. Caso não tenham visto a nota, minha cadela está muito doente e estou correndo de uma lado para o outro para vê-la melhor. Sinto muito não ter tido tempo para postar e escrever, mas essas semanas foram uma loucura e horríveis. Por isso, peço paciência.
Muito obrigada a todos que puderam ler e espero de todo coração que tenham gostado.❤️
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