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Os Primeiros Acordes

Fiel a sua rotina, Jack observou, sob a óptica de espectador, o fluxo continuo de transeuntes que se deslocam em diferentes direções, solvendo o chá darjeeling que tanto estimava em um ritual pessoal de satisfação enquanto aguardava pelo prato de torta. Desfrutou do sabor da bebida morna e do clima ameno que perdurara sobre Londres, escutando, ao seu lado, o ressoar disperso da mulher que o acompanhava a medida que ela descrevia com precisão as vielas de determinadas zonas da cidade e os atalhos tal como por onde cada uma terminaria, desenhando um mapa que esmiuçava os cantos mais sórdidos aos mais ricos dentro das possibilidades em uma réplica exata. Era um trabalho digno de um experiente cartógrafo e graças a sua ligação direta com a polícia, conseguia explorar os locais para ter propriedade para compor o desenho com primor.

Ela continuou as divagações, explicando os pontos que, segundo as testemunhas, os sequestros ocorreram. Apesar de Jack deter um vasto conhecimento geográfico de Londres, havia locais que, decerto, não conhecia tão bem para formular uma opinião a respeito, mas vendo-a se dedicar para a tarefa, sobretudo o dourado pálido e tímido que irradiava dela, decidiu que não iria desencorajar seus esforços tampouco desperdiçá-los. Ajeitando o cabelo e bebericando alguns goles do chá, a mulher o fitou e, de imediato, arregalou ligeiramente os olhos com a percepção de estar sob o escrutínio atento do cavalheiro. Uma sutil tonalidade de rosa tingiu as bochechas e ela sorriu desajeitada, fazendo Jack analisar a nova variação de suas emoções: constrangimento e a dúvida.

— Aqui está — Alice Becker, a gentil funcionária do café, entregou a fatia de torta correspondente a cada um, ostentando um olhar amável.

— Muito obrigada! — Eliza agradeceu admirando a sobremesa como se fosse a última delícia do planeta após semanas sem contato. — Parece ótima! — inspirou longamente, agradando o olfato com o aroma fresco e convidativo.

— Fico feliz em saber. — Alice agradeceu em nome do chefe.

Eliza ergueu o garfo pronta para provar o primeiro pedaço, porém cessou o avanço para fitar Jack que a mirou de volta intrigado pela súbita interrupção da degustação. Franziu o cenho com a descoberta, não acreditando no que seus olhos captaram ao contemplar o semblante sereno do homem, uma mudança tão evidente de visual para alguém que exalava “clássico” era algo que não concebeu por um mero instante.

Se lhe questionassem quais características físicas principais de Jack, certamente diria, sem pestanejar, que suas madeixas claras relativamente longas e o elegante bigode, além, é claro, das olheiras. Incluiria também o guarda-roupa digno de um gentleman, nada luxuoso como os trajes que os nobres pomposos usavam, mas o bastante sofisticados para se passar por um e se misturar entre eles.

— Oh... O que aconteceu com seu bigode? Está mais curto. — declarou indicando discretamente o objetivo. — Cortou?

Jack sorriu.

— A senhorita é muito perceptiva. — Alice comentou com surpresa. — Eu mesma não tinha reparado nisso. — ambas examinaram o bigode com curiosidade. — Para conseguir notar, a senhorita deve conhecê-lo muito bem.

Eliza corou mais, desviando o olhar.

— Mais ou menos. — pigarreou, voltando a atenção para seu pedido e evitando perguntas comprometedoras. — Agora voltando ao que interessa!

Em um único ritmo com uma sinergia total, Jack e Eliza morderam a primeira garfada, tendo quase a mesma reação: o júbilo pela explosão doce no paladar e o rubor suave. Contudo, Jack parecia mais emocionado pela torta que sua companhia.

Alice deu uma gargalhada discreta.

— Vocês são semelhantes nisso. — disse alternando entre os dois. — Isso explica porque são próximos.

Eliza riu.

— Não dá pra resistir. — afirmou. — Não concorda, Jack?

— De fato, é impossível evitar a emoção, as tortas de maçã daqui são as melhores — Jack completou animado, ajustando o guardanapo.

— Aproveitem a torta e até logo. — Alice acenou e voltou para dentro do café.

Se certificando de que estava sozinhos, esquadrinhando brevemente os arredores.

— Então... O corte tem a ver com “aquele trabalho”? — Eliza indagou, incerta, cutucando um pedaço de torta antes de levá-la a boca.

— Sim.

— Quem era? — Jack notou a tensão se instalar pelo corpo da senhorita.

— Não posso dizer, você sabe. — respondeu com gentileza.

— Eu conhecia a Ginger, ou melhor, a Mary Jane Kelly — anuiu, respirando fundo. — A última vítima. Meu pai foi um dos responsáveis pela investigação depois. Eu vi ela, vi as fotos, li os registros... O que esse monstro fez com ela foi desumano.

Cônscio dos sentimentos humanos graças ao olho que possuí que lhe garante tal interpretação, Jack esperou pela alteração, o dourado se converter na cor vil do ódio virulento e vingativo, da fúria animalesca e da revolta. No entanto, o único novo tom que adquiriu fora o de tristeza real, de um vínculo que se rompeu brutalmente e da impotência.

Eliza se recompôs, inclinando a cabeça para o lado para vislumbrar completamente o companheiro.

— Me diz... O que vê? — murmurou ciente de que ele estava assistindo como suas emoções dançavam a beira de um abismo.

— Tristeza. É uma emoção constante, quase da mesma tonalidade do céu nublado. Um cinza fraco. — proferiu com a eloquência de um poeta.

— Espero que ela esteja em paz agora que o assassino teve o castigo. — terminou a torta com um longo suspiro.

— Paz — Jack repetiu vagamente.

Eliza entregou o rascunho que desenhou nos minutos que antecediam a conversa.

— Eu queria aproveitar mais o momento, mas você tem trabalho a fazer, certo? Supondo que aquela mulher virá. — se levantou, pronta para partir. — Obrigada pelo convite.

Assim que Eliza passou, a Viúva Carmesim, cruzou com a jovem. Não soube em que momento da interação entre as duas mulheres gerou tamanho desafeto, talvez quando Elizabeth descobriu sobre a Organização Sentinela e o trabalho que realizavam nas sombras para proteger a ordem. O conceito em si não a desagradou, na verdade, ela enxergou nisso uma forma de contemplar uma justiça ideal e declarou que o auxiliaria no que poderia tendo acesso livre a polícia e os nobres, contudo, ao conhecer a Viúva Carmesim sua visão se tornou mais rígida.

Eu não gosto da maneira que ela fala com você... Parece que o vê como um objeto descartável, isso não suporto” afirmou em certa ocasião, exprimindo aversão.

— Bom dia. — Eliza saudou com falsa simpatia, recebendo uma expressão de desdém em resposta.

— Deveria domar melhor sua cadela. — cuspiu com rispidez ao se acomodar em uma mesa próxima de Jack. — Ensinar a ela boas maneiras.

— Ela é uma senhorita com personalidade. — replicou cortês.

— De qualquer forma, você tem um novo trabalho.

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