Começo
Ele a observava em silêncio, o cabelo castanho ultrapassava o pescoço. Seus olhos azuis esverdeados, tinham um leve tom castanho em seu centro. Aqueles olhos especiais liam um livro com enorme concentração, sua blusa. Seus lábios, grandes, com um leve batom vermelho, estavam mexendo-se devagar, como se Recitando o que estava sendo lido.
-Ei ei tá me ouvindo?-disse seu amigo.
-Tô tô, você conseguiu comprar aquele mangá que você tava querendo tanto-respondeu o garoto
Seu amigo, Edward, era baixinho, 1,66, ainda mais comparado a ele, que tinha 1,95. Ele usava roupas todas esfarrapadas e largas, seu óculos quebrado e sujo. Sempre falando mexendo as mãos, com certo nervosismo. Seu cabelo cacheado chegava ao seu pescoço, sempre despenteado, escondendo suar orelhas. Suas olheiras eram perceptíveis, mesmo com sua pele parda. Ele continuava entusiasmado, as vezes olhando para alguém, mas o garoto não se importava em olhar quem.
-Aquele mangá é muito bom!! O demônio finalmente trocou de hospedeiro, e matou o cara mais forte da obra! Agora não sei como o protagonista vai fazer...
Aquela conversa continuou, por mais que fosse levemente irritante, Edward adorava falar de seus gostos, um pequeno poeta. O garoto preferia deixar ele falando. Mas rapidamente o sinal tocou, e a aula acabou.
-Eita-disse Edward-Tenho que ir Pedro, até!
-Até até.
O garotinho sempre sai correndo, adorava ir para casa, adorava sua família, era algo invejável, Pedro não tinha mais seus pais, que morreram em uma missão para o governo, mesmo que as pessoas saibam apenas que morreram a trabalho. O garoto, com seus 1,95, como seu pai, era negro. Seu cabelo curto ao estilo militar. Seus lábios carnudos sempre esboçavam um sorriso. Bom nós estudos, bom nos esportes. Era famoso na escola. Mesmo estando no segundo ano do ensino médio, todos gostavam dele, até os mais velhos.
Mas ele estava vazio, não sabia o porque. Seus pais eram heróis, seu pai, controlava a gravidade, e sua mãe, era telepata. Com isso, ele nasceu com telecinese, mas nunca usava muito seus poderes.
Andando para casa, ele vê um ladrão roubando um grupo de garotas. Ele não iria fazer anda, mas viu uma delas chorar compulsivamente, pedindo desesperadamente para não levarem sua bolsa, o último presente de sua mãe.
Pedro levantou sua mão, e o ladrão voou para a parede, desmaiando em seguida. Enquanto isso, ele chamava a polícia, e olhou para as duas garotas. Elas estavam aliviadas, e sorriram genuinamente, "estamos a salvo" elas diziam.
Aquilo despertou algo em Pedro, ele adorou ver aquelas garotas tão felizes, aquilo preencheu seu vazio. Estava decidido, ele seria um herói, ele seguiria os passos de seus pais, custe o que custar.
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