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Concha (II)

I don't know why you hide from the one

And close your eyes to the one (that you love)

(Eu não sei porque você se esconde e fecha seus olhos para a pessoa que você ama)

Be kind - Halsey (Cover de Highcloud)

Eu nunca entendi o porquê de me esconder dele daquela forma.

Quando eu fiz aquela escada e começamos a descer o penhasco, confesso que foi um ato fora da minha normalidade. Foi uma surpresa até para mim o fato de ter dedicado tanto tempo a cada degrau e a cada martelada para encaixar os pregos.

E, mesmo depois de alcançarmos a base do penhasco, termos atravessado desertos, montanhas e mares juntos, eu ainda me escondia em minha concha às vezes.

Os pensamentos que correm em minha mente são os de que tenho que ser forte. Eu não deveria precisar de ninguém para me manter em pé, não deveria me sucumbir tão facilmente.

Mesmo assim, por que eu sentia tanto a necessidade de cair em um dos abraços dele?

Suspirei pesadamente, segurando a cabeça entre as mãos. Nós tínhamos uma excelente ligação, debatíamos sobre tudo, liberdade não era um problema. Ele sabia de cada detalhe meu, e mesmo assim eu não conseguia demonstrar quando precisava de ajuda.

Ah, ótimo, acabei de admitir que preciso de ajuda, pensei, amarga. Estava sentada no sofá da sala, no meio da casa vazia. A solidão me proporcionava a oportunidade de permitir todas essas emoções controversas emergirem à superfície e se emoldurarem em meu rosto.

Percebi meu cenho franzido em um vinco de confusão. Eu massageava minhas têmporas, questionando-me como era possível pequenos problemas do cotidiano se acumularem e me bagunçarem tanto.

Cansaço, é isso, você está cansada, a voz em minha mente dizia, e eu me debatia para admitir. Eu sempre consegui lidar de um jeito ou de outro com meus sentimentos, por que não lidaria agora?

Repentinamente, ouvi um barulho na casa e fui puxada à realidade, sendo obrigada a olhar ao redor. Como não percebi nada, imaginei que fosse mais um efeito colateral do meu estado mental. Era melhor eu resolver isso, e rápido.

Comecei a citar meus desafios dos últimos dias em voz alta, ressaltar minhas opções, separando os prós e contras. Uma eternidade parecia ter se passado e eu tentando resolver esses problemas, mas tinha consciência que nem cinco minutos tinham consumido o relógio.

Suspirei audivelmente, notando lágrimas de raiva surgirem. Por que não consigo resolver?

— Ok, chega. — ouvi uma voz da entrada da sala e me sobressaltei. Era ele. — O que aconteceu?

— Na-Nada. — engasguei um pouco, piscando incansavelmente para conseguir espantar as lágrimas — Quando você chegou?

Ele suspirou.

— Há uns cinco minutos, te procurei e ouvi sua voz vinda da sala. Ia te cumprimentar, mas te notei falando de problemas, foi meio inevitável não paralisar. Desculpe por ter ficado ouvindo assim, mas...

— Não, tudo bem. — cortei-o, querendo mudar de assunto — Como foi no trabalho?

Ele me encarou sem responder e eu reconheci a expressão preocupada daquele menino que decidiu descer o penhasco comigo no homem que ele era hoje. Mais um suspiro deixou seus lábios e ele se sentou ao meu lado no sofá.

Senti-me esconder mais dentro da minha concha, instintivamente.

Em resposta, ele afagou gentilmente meu cabelo e me encarou fundo nos olhos. Suas orbes reluziram em puro carinho e compreensão, pegando-me desprevenida.

— Você sabe que pode me contar tudo que quiser, não é? — seu tom suave só piorou as coisas. As lágrimas voltaram. — Eu sempre vou estar aqui para te ajudar.

— Mas eu sempre converso sobre tópicos que me incomodam.

— Conversar sobre tópicos é diferente de conversar sobre como você se sente. — o afago ainda continuava em meu cabelo, fazendo-me baixar mais ainda a guarda — Falar sobre assuntos vulneráveis é diferente de ser vulnerável.

Arregalei os olhos, percebendo que aquilo fazia sentido para mim. Mordi o lábio inferior e notei como ele conseguiu destravar minhas barreiras.

Ele me trouxe para fora da concha do modo mais gentil possível.

Puxei-o para um abraço e me permiti chorar, extravasando todo o estresse acumulado. Eu o amava, não tinha por que me esconder sabendo que teria ele ali.

Então, eu me deixei ser cuidada pela primeira vez em muito tempo. 

Esse foi o texto de hoje! O que acharam?

Eu pensei nele assim que ouvi "Be kind", e quis transformá-lo em uma uma espécie de continuação para o do Penhado, meio que mostrando dessa vez o que a garota tinha problemas para lidar. 

E eu quis dar ênfase mais para a parte de se esconder do que os outros detalhes da música, e ainda coloquei esse cover para entrar mais no clima que imaginei. 

Bom, é isso. Espero que tenham gostado!

Até o próximo capítulo! :3

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