Capítulo 3
*****Luís Augusto*****
Ok, eu admito: não tive ideia nenhuma. É estranho como eu fico perto da Lidy. Já se passaram quatro anos e eu me sentia diferente, sentia que já tinha superado todo e qualquer sentimento, mas continuo do mesmo jeito, sentindo as mesmas coisas.
- Oi tia Clara.
A mãe da Lídia sempre foi um amor com todos e vocês não imaginam o quanto ela sofreu. Ela tomou um susto e logo estava dando seus pequenos gritos perto de mim.
- Guto, quer me matar do coração? E pare de me chamar de tia porque eu sei que você me quer como sogra.
Realmente era difícil esconder.
- Então, eu queria levar a Lídia.. - cocei a cabeça meio desconfortável, não sabia o que dizer.
- Você quer uns momentos a sós com minha filha é isso?!
Ela me olhou inquisidora.
- É. - respondi ainda mais desconfortável.
- Olha, tenta fazer minha filha feliz. Eu não quero que você seja mais um para aqueles vídeos que ela faz. Você é um bom rapaz, mas todos os que fizeram ela sofrer também eram. Então Luís Augusto, eu vou dar essa chance para você. Mas você vai me prometer que não vai fazê-la sofrer.
- Eu prometo. - disse sincero. - Eu sempre gostei da Lídia e sempre quis ter uma chance com ela. Mas ela nunca quis me ver como algo além de amigo. E hoje ela me disse que vai me deixar tentar - eu sorri e tia Clara sorriu também - e isso me fez o homem mais feliz.
- É o seguinte, vamos fazer um trato. Eu vou sair e volto em duas horas. É tempo suficiente.
- Obrigado tia Clara.
- Para de me chamar de tia garoto.
Disse, deu um tapa na minha cabeça e saiu. Pegou as chaves do carro e foi pra Deus sabe onde.
Agora eu tinha a casa inteira para mim e para a Lidy.
Enquanto subia as escadas conferi o meu hálito e estava tudo bem. Dei uma conferida embaixo do braço, porque né?!
Tudo Ok. Quando abri a porta do quarto Lídia estava deitada na cama com outra roupa. Ela deve pensar que nós vamos sair.
- Então, o que você disse pra dona Clara? - ela perguntou curiosa enquanto se sentava em cima das próprias pernas.
- Disse a verdade.
Ela corou e depois me apontou um dedo.
- Eu sabia, você não consegue esconder nada dela.
Ela riu e caiu para trás.
Foi uma visão linda, mesmo que ela estivesse rindo de mim.
Os cabelos loiros espalhados pelo travesseiro e o sorriso sincero estampando sua face.
Admito que dei uma olhada em seu corpo, mas o vestido que ela colocou não me ajudava muito.
Puxei as pernas dela e me sentei na cama colocando as pernas dela em cima do meu colo, do mesmo jeito que fazíamos quando éramos crianças.
- Você realmente vai me deixar tentar?
- Vou. - ela disse parando de rir - Eu só preciso que você entenda que eu não posso retribuir tudo o que você sente por mim. E não vai adiantar você exigir isso de mim. Eu só não consigo. - ela sussurrou a última frase.
Doía ouvir isso dela, mas eu sempre soube. Mas ter a chance que eu sempre quis me deixa muito mais feliz do que eu já fui um dia.
- Eu sei. - peguei seus braços e a sentei em meu colo. - Mas eu vou fazer isso mudar. - passei o indicador por sua boca e perguntei com voz rouca:
- Posso te beijar agora?
- Você deve me beijar agora.
Não precisei ouvir mais nenhuma palavra, a beijei com toda a vontade que esteve reprimida por tantos anos e ela retribuiu com igual intensidade. Ela me deseja, isso é bom.
*****Lidy*****
Guto sempre foi carinhoso comigo e nesse momento não é diferente, ele é um cara maravilhoso e eu sei que ele merece alguém que o ame de verdade. Ele me entende e aceita minhas condições. Eu sei que não deveria me entregar a ele sem amor. Mas sabe quando o desejo é tão forte que você não pode conter? Eu me sinto assim.
Mas infelizmente para mim, isso não é o suficiente. Nunca será.
Ele posou as mãos em meus quadris e me fez sentar de frente para ele. Ele desceu os beijos para meu pescoço e isso me aqueceu e arrepiou até a alma.
Eu senti o calor do corpo dele no meu, senti os espasmos que ele sentia. Prazer. Eu, Lídia Becker estou dando prazer a alguém.
Ele ia retirar meu vestido, mas parou abruptamente.
- O que houve? - perguntei ofegante.
- Eu não posso fazer isso Lidy, eu gosto de você, mas não posso... Eu sinto muito.
Segurei o rosto dele entre minhas mãos fazendo ele me olhar nos olhos.
- Escuta aqui Guto, eu já sou bem grandinha e sei muito bem o que estou fazendo. Eu quero isso e sei que você também quer. Somos adultos e temos maturidade suficiente para saber se queremos transar ou não. E eu quero.
Ok. De onde me veio essa coragem? Não faço ideia. A expressão dele é impagável. Choque e horror talvez.
- Lídia Becker me dando lições de maturidade? Essa é nova! - ele disse e riu e eu acabei rindo também.
No meio dessas risadas resolvi provocá-lo. Me remexi em seu colo, pressionando nossas intimidades e isso fez ele fechar os olhos e jogar a cabeça para trás. Está dando certo!
Ele apertou forte minha cintura me fazendo gemer e em pouco tempo, as roupas estavam fora dos nossos corpos e nós fizemos amor.
Gosto dessa expressão, apesar de não sentir exatamente isso. Fazer sexo soa tão vazio, tão sem importância, tão carnal. Eu não sou assim, o Guto não é assim.
Foi maravilhoso, mas o arrependimento sempre bate em minha consciência e eu sabia que tinha feito merda. Eu só não sabia quando isso me seria cobrado e nem como...
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Até a próxima...
Bjs da Nah '
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