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Capítulo - 18

"Não sei mentir, meus olhos dizem mais que minha boca
Eu vejo que não tem saída, esse teu jeito meio louca
Me faz feliz, amor que vai durar pra toda vida
Eu não me separo de você mulher
Nem se a "Globeleza" um dia me quiser
Se na Mega-Sena eu vencer
Fico com você, fico com você"

Camisa 10 — Turma do pagode

BÁRBARA ALENCAR

Na minha cabeça esse negócio de sonho erótico era coisa de livro e filme de romance. Pensa no susto que tomei quando percebi que estava sonhando com Ravi me beijando intensamente até chegarmos a um momento... mais íntimo e por fim acordar.

Acordei totalmente sem fôlego, assustada, suada e para completar o combo, molhada. Sim, exatamente lá em baixo. A minha sorte foi que meu namorado de mentira, vulgo o homem que sonhei fazendo coisas nada decentes, não estava ao meu lado.

Meu primeiro pensamento foi que estava com muita sorte, não consigo imaginar o quanto Ravi iria me atormentar por me flagrar daquela maneira... ai merda não gosto nem de pensar. Depois, uma pontinha de tristeza se fez presente, por ele não estar ao meu lado, logo no primeiro dia que dormi na casa da família dele.

Não estou fazendo drama, mas poxa vida, é a família dele e por mais que já estivesse familiarizada com eles, ainda tenho um certo receio de ficar sozinha, falar besteira e acabar sendo alvo fácil.

O que duvidava muito, mas não posso negar que o medo existia.

Por tanto, fiquei uns vinte minutos com a falsa esperança do meu namorado finalmente aparecer no quarto, enquanto esperava repassei o motivo daquele sonho acontecer e aí fiquei vermelha só de lembrar dos acontecimentos. Primeiro foi o beijo, depois aquelas palavras do Ravi com sua voz grossa, em seguida a ideia mais idiota do meu namorado de me sentar em seu colo, ele me dar um beijo no pescoço e acabar sentindo o que não deveria sentir. Não sou experiente, mas já estudei biologia e sei o que significa uma ereção, ou a bagagem realmente é grande.

Se essa for a segunda opção, coitada de quem já teve relação com ele, ou posso declarar que ela é sortuda? 

Pelo menos nos livros que leio, as autoras descrevem os mocinhos como grande e grosso e no final a protagonista tá bem feliz. Mas será que na vida real é tão bom assim? Principalmente para quem é virgem?

Paro de pensar nessas besteiras ou novamente vou ficar no estado de quando acordei. Levantei o mais rápido para não parecer preguiçosa ficando na cama até meio dia, fui ao banheiro apenas passar uma água no corpo para tirar o suor.

Coloquei a primeira roupa que vi na frente e fui até a cozinha onde já escutava vozes. Fiz uma prece para que não desse de cara com o primo de Ravi, ou que não precisasse atura-lo.

Já foi demais os minutos que fiquei próxima dele na noite passada. A energia que emanava dele me fazia querer ficar o mais longe possível, mesmo que eu já tenha essa ideia fixada na minha mente em letra maiúscula. Ele é assustador de uma forma que não consigo explicar, aquele sorriso de tubarão faz meus pelos arrepiarem.

Por sorte descobri que Ravi, Liam e Felipe estavam jogando basquete, já descobri mais um pouco do meu namorado e tive que me fingir de super entendida. Como imaginava ele pratica esporte, no caso o basquete, mas não pensei que ele chegou perto de ser profissional.

Conversamos e fizemos o desjejum, Júlia me disse que iriam começar a preparar as comidas mais tarde, por hora iriam apenas terminar a decoração na casa, por isso fui convidada por Isabela e tia Jade para dar um pulo na quadra ver os meninos jogar e aproveitar para passar no mercado para pegar o que estava faltando para as receitas.

Isabela é uma garota incrivelmente simpática, inteligente e linda. Quem dera eu nos meus 14 anos ser igual a ela. Já a tia Jade é toda descontraída e apenas sete anos mais velha que o sobrinho. Enquanto íamos até a quadra contava as presepadas que Ravi já fez junto com ela.

Quando chegamos meu peito errou uma batida quando vi meu colega de apartamento sem camisa, todo suado e um short mole bem abaixo da cintura deixando a mostra o V da sua barriga. Isso é novo para mim. 

Estou virando uma pervertida, pois foi apenas reparar mais um pouco nele enquanto matava sua sede bebendo longos goles de água da garrafinha, deixando algumas gotas caírem da sua boca, passar por sua barriga e sumir por dentro da sua calça, que fiquei excitada.

Merda, por que eu tô sendo tão safada dessa forma? 

Tudo aconteceu muito rápido, enquanto tentava controlar minha respiração, fomos até um banco improvisado de tijolos e uma tábua em cima. Ele me avistou, acenei comprimentando e ele devolveu com um sorriso de lado. De repente houve uma conversa um pouco brusca com Felipe, os dois começaram a jogar basquete e do nada Ravi avançou em Felipe tão rápido quanto o seu primeiro soco.

Meus olhos não estavam acreditando no que estava acontecendo, por isso fui a última a chegar até a rodinha que se formou para tentar parar a briga. Estava apavorada o suficiente para não conseguir fazer nada, apenas ver toda a confusão. Quando os dois já não estavam mais agarrados se batendo, os olhos de Ravi pousaram sobre os meus e nunca tinha visto sua expressão tão atordoada e raivosa.

Não parecia o mesmo Ravi que me irritava fazendo sua gracinhas, ou que ficava bravo com as minhas rispidez com ele, mas logo após já estava revidando me tirando risadas, ou aquele cara que ultimamente está falando coisas que me deixa desconcertada e não faço ideia se é verdade ou apenas atuação, mesmo não tendo ninguém por perto.

Parecia até outra pessoa, totalmente furiosa.

Me assustei com a brusquidão que o mesmo se soltou de Liam e pegou suas coisas sem olhar para trás indo embora. 

Demorou um bom tempo para raciocinar tudo que aconteceu e quando vi o rosto de Felipe, fiquei assustada com o que a família vai pensar quando ver esses dois. 

Que merda o Ravi tava pensando?

Jade decidiu ajudar o sobrinho que está sangrando e inchado, levando para casa e decretou que eu fosse ao mercadinho junto com Isabela comprar o que estava na lista.

Obedecemos e fizemos tudo o mais rápido possível, pois a o papel de namorada preocupada e fofoqueira se fez presente. O silêncio estava assustador entre mim e Isabela. A garota era tagarela, mas parece que a situação não apenas assustou a mim, mas a prima também.

Pensei que quando chegasse na casa da família do Ravi a briga estaria comendo solta. Engano meu, a casa está no silêncio total, nem parecia que dois primos tinham brigado e um está com a cara toda inchada.

Fui até a cozinha com Isabela, dona Maria já está preparando tudo para de noite com a mãe de Ravi e suas irmãs. Ofereci minha ajuda, mas Júlia me garantiu que Ravi precisava de mim naquele momento, só que não me disse para qual finalidade.

Fui atrás do meu namorado, acabei encontrando ele em seu antigo quarto andando de um lado para o outro, ele está prestes a abrir um buraco no chão. Me aproximo dele com cuidado e faço a pior pergunta.

— Quer conversar sobre o que aconteceu? 

— O que você estava conversando com Felipe ontem? — devolve com uma pergunta.

Franzo a sobrancelha sem entender em que ponto ele quer chegar com essa pergunta. 

— Perdão?

— O que vocês estavam fazendo? Ele me perguntou se realmente é tão doce como demonstra ser, o que você falou para ele? 

— Mas que merda você está pensando? Você acha que sou igual a sua ex-namorada? Sabe de uma coisa Ravi, seu primo me dá nojo, ele é asqueroso não consigo nem ficar perto dele. Se está insinuando que possa ter feito ou falado algo para ele ontem só por que me viu sendo simpática, é por que não me conhece nem um pouquinho, para ver o quanto estava desconfortável ao lado dele.

Desabafo com uma calmaria que não reconheço ser minha. O homem à minha frente bufa e passa a mão pelo rosto frustado.

— Me desculpa, ok — se aproxima e segura meu rosto com as mãos. — Não quis te desrespeitar, mas fico descontrolado ao imaginar as mãos dele em você, porque você é minha... namorada... — interrompi ele tirando suas mãos de mim.

— Falsa e não posso cometer o mesmo erro que a sua ex. Fique tranquilo, isso não vai acontecer. — falo ríspida saindo do seu quarto deixando claro que estou brava.

Sua insinuação me deixa abatida, por imaginar que ele pense que possa ser igual, ou até pior que a Hellen. Entendo sua insegurança e medo, mas ele praticamente deixou bem claro que eu sou a culpada pelo primo falar asneiras sobre mim para ele. 

Será que se ele soubesse que foi com ele que sonhei nesta noite, ficaria tão inseguro assim?

Droga, não imaginei que o natal seria tão agitado.

•••

Passamos a tarde inteira um longe do outro, mas de alguma forma estávamos pertos. Junto com as outras mulheres ficamos na cozinha fazendo os pratos para o jantar, adorei cozinhar enquanto fofocamos e por incrível que pareça ninguém tocou no assunto, briga entre primos.

Escutei de longe que Ravi estava ajudando seus tios com a decoração externa da casa, mas vez ou outra escutava sua voz na cozinha, automaticamente fechava minha cara e não estava me importando se alguém iria comentar. Realmente estou chateada com ele e não iria fingir. 

Ele tentou se aproximar uma hora bagunçando meu cabelo, depois experimentando o que estava fazendo em seguida me mandando mensagem. Foram vários barulhos de notificação, nenhuma lida.

Eu não queria ter que lidar com Ravi nesse momento, precisava de tempo para pensar e continuar atuando, por isso fiz questão de me arrumar junto com sua Isabela e Lorena que chegou no finalzinho da tarde com o namorado e descobri ser irmã de Felipe. 

Coloquei um vestido de manga até o cutuvelo, decote ombro a ombro na cor vermelho com bolinha pequenas brancas, na cintura ele possuiu um elástico para que a saia até o tornozelo fique levemente bufante. Optei por tênis brancos, meus brincos de cerejas para serem vistos com meu cabelo preso em dois coques na minha cabeça, por causa do calor. A maquiagem foi básica, meu batom habitual da cor pêssego, blush no mesmo tom e um pouco de rímel.

Estou me sentindo confortável, mas ainda acuada de ter que ficar próximo de Ravi, pelo fato de ainda estar brava com ele.

— Qual você prefere, Babi? — Isa pede minha opinião mostrando um batom nude e um batom vermelho.

Aponto para o nude e ela me agradece, como se tivesse salvado sua vida. 

— Bela, estamos indo porque a tia Tati tá pedindo ajuda — Lorena fala me puxando para fora do quarto.

No mesmo momento, Ravi bateu a porta do quarto à frente. O mesmo uma uma calça jeans branca apertando todos seus músculos, principalmente sua bunda durinha, uma regata preta colada em seu corpo e por cima com os primeiros botões aberto, uma camisa vermelha e tênis brancos. Por fim como nunca pode faltar seus acessórios brilhantes.

Seus olhos recaem sobre mim, se aproxima e segura meu pulso.

— Podemos conversar? — pede.

— Sua tia precisa da minha ajuda, depois nos falamos. — Falo ainda ríspida.

Eu não queria conversar com ele, eu só queria acabar logo com tudo isso.

Ajudei montar a mesa da ceia, claro que fiquei mais tempo que o necessário alinhando uma cesta com frutas. Por mais que quero me convencer que estou fugindo de Ravi por que estou brava, lá no fundinho tenho ciência que estou fugindo dele também, porque não sei se sou capaz de ficar perto daquele homem depois de tudo o que aconteceu, ainda sinto seu gosto na minha boca, ainda penso no seu beijo no meu pescoço e novamente vem o sonho em minha mente.

Você tá ferrada Bárbara Alencar.

Fecho meus olhos e dou uma sacudida na cabeça, para ver se tem jeito de parar de pensar no meu namorado de mentira, com cheiro de café e hortelã que se veste muito bem e que está muito lindo nesse look de hoje, principalmente sua bunda que está perfeitamente emoldurada na calça colada.

— Meu sobrinho é irresistível né? — Jade está do meu lado com uma taça com algum tipo de bebida dentro.

Aí que droga Bárbara, você está secando o Ravi na cara dura que até a tia dele viu.

Solto uma risada sem jeito e pego uma taxa igual a dela na mesa virando o conteúdo de uma vez só, me arrependendo instantaneamente com o gosto amargo meio adocicado que desceu raspando minha garganta. 

E só aí você se lembrou que não bebe, não é dona Bárbara?

Mas talvez seja uma boa ideia me embebedar para não ter ideia do que fazer e colocar a culpa na bebida no outro dia. Claro, que é uma péssima ideia, porém não descartaria facilmente essa possibilidade.

Minha vontade é de voltar o líquido, porém engoli tudo e automaticamente tusso repetidamente.

— Eita, vai com calma aí — Jade fala rindo e dando leves tapas na minhas costas. — Mas, posso te falar a verdade? — pergunta e acinto. — Nunca vi Ravi tão feliz quanto hoje, aquele sorriso dele é diferente dos demais, acredito que esse efeito tenha nome e sobrenome. 

Fala sorrindo para mim e não sei o que faço, pois são muitas informações para minha cabeça, a mulher me puxa para um abraço e agradece por eu fazer parte da família e depois de vai.

Ok, todos dessa família são bem intensos.

Passei a noite fugindo de Ravi, sentada mais afastada de todos, conversando com apenas quem puxava assunto e observando a interação do pessoal. Eles são bem ecléticos, mas é inegável o amor deles por pagode e funk.

Todos passaram a maioria da noite dançando, cantando, beliscando algumas coisas e bebendo. Na minha família o natal é comemorado apenas no dia 25, sendo o dia vinte e quatro um dia normal. Marta faz nossa ceia, não podemos comer até às dez da noite, enquanto conversam formalmente sobre trabalho, trocam presentes e bebem champanhe, nada além disso. Para juntar o combo, em baixo som acompanha músicas instrumentais, ou clássicas.

É um porre.

Quando eu era criança não via a hora de crescer para ficar até depois da meia noite com os adultos, para ver se mudava alguma coisa. Depois que já tinha idade, me arrependi de ficar pedindo tanto para ficar até mais tarde acordada, pois conforme a hora vai se passando mais maçante é a falsidade de todos da minha família. Acabando sempre no assunto Bárbara precisa emagrecer, ou Bárbara precisa arrumar um namorado. 

Preferia mil vezes estar junto com a família de Ravi, mesmo estando brava e fugindo dele. Eles são alegres, engraçados e por mais que tenha rivalidade entre os primos brigões, consigo enxergar um certo amor de verdade deles pelo restante da família.

— Quer me ignorar mais um pouco, ou já tá bom? — Ravi chega por trás e sussurra próximo ao meu ouvido.

Discretamente revirou meus olhos e fico de frente para ele.

— Ainda estou brava, se ficasse perto provavelmente já estariam te enterrando uma hora dessas — declaro omitindo uma parte do porque estar fugindo dele.

— Estão me perguntando se brigamos — coloca as mãos no bolso da calça e desvia os olhos do meu. — Sei lá, tava pensando em atuar um pouco — seu tom é com segundas intenções assim como seu sorriso.

— Se quiser, sente do meu lado e fingimos que estamos conversando. — Sugiro.

— Acho que só isso não vai fazer com que eles parem de pegar no meu pé. Que tal uma dança?

— Eu não danço — respondo prontamente.

— Eu te ensino. 

— Não.

— Vai, Barbie ruiva vai ser divertido. — Implora.

— Por favor, tudo menos isso. 

— Ops, acho que é o destino, porque essa música é a minha favorita.

Os primeiros acordes saem da caixa de som e o pessoal solta gritos e fazem uma roda no meio da área para dançar. Ravi aproveita a minha distração e me puxa para dançar. 

A música é um pagode, familiar para mim, porém não sei a letra de cor e o pior não faço ideia de como dançar.

Meu namorado gruda nosso corpo um no outro, com sua mão grande segura minha cintura mais forte que o necessário, a outra está segurando a minha como se fosse dançar uma valsa. Mas aí vem a surpresa ao invés de nos movimentarmos igual o pessoal à nossa volta. Ficamos parados balançando o corpo de um lado para o outro.

No começo estava meio desajeitada, mas depois peguei o ritmo, ele tentou me girar. Saio meio desengonçado, acabamos rindo e voltamos para posição inicial que já estou familiarizada. 

De repente escuto sua voz no meu ouvido cantando em plenos pulmões o refrão da música, igual sua família. Quase não se ouve mais as vozes dos cantores que sai da caixa de som alta.

Eu não me separo de você mulher, nem se a Globeleza um dia me quiser, se na Mega-Sena eu vencer, fico com você, fico com você. Se no Barcelona eu for camisa 10, me cobrir de ouro da cabeça aos pés, mesmo assim se isso acontecer. Fico com você, fico com você. — Canta especificamente essa parte olhando em meus olhos.

Mais uma vez sua atitude me deixa desconcertada, sem saber se é verdade ou apenas a mera atuação. E aí fica a pergunta no ar, eu deixo apenas rolar ou me mantenho distante como no começo.

A Bárbara racional grita para manter a distância e separar atuação da realidade e que falta apenas alguns dias para depois vocês nem se olharem mais e tudo voltar ao normal. Mas a Bárbara irracional diz para aproveitar a oportunidade e me entregar sem compromisso ou cobranças e esperar o destino decidir o final.

Mas aí lembro que não acredito nesse negócio de destino e decidi escolher o lado racional para no final não acabar sofrendo. Quando Ravi faz menção em aproximar seus lábios do meu, faço questão de virar meu rosto levemente fazendo com que o beijo que iria me dar seja entre meu maquicilar e o pescoço. 

Em um ponto extremamente sensível, me fazendo soprar um leve gemido involuntariamente. Ainda bem que a música não tinha acabado.

Aí merda que vergonha. 

O que está acontecendo com você Bárbara? Mais um motivo para manter-se distante do Ravi, você está perdendo o controle de si mesma.

— Isso é o que estou pensando? — Ravi pergunta com um sorriso bobo nos lábios.

— Não, claro que não. — Disfarço.

— Aham, me engana que eu gosto ruivinha. — Sorri.

A música termina e rapidamente me solto de seus braços. 

Volto para meu lugarzinho inicial, enquanto Ravi dança mais algumas músicas com sua mãe, avó e tias, mas de uma forma totalmente diferente que foi comigo. Ele se joga na dança e arrasa, ele literalmente tem o samba no pé. De vês em quanto faz algumas gracinhas olhando para mim e acabo rindo. 

Sou chamada para dançar pela sua mãe e acabo aceitando, a senhora me ensina um passo mais facinho, mas mesmo assim dou trabalho para aprender e acabamos caindo na risada. 

Estou prestes a voltar a sentar, mas sou proibida pela meu namorado de mentira que gruda seu corpo atrás de mim, um braço é passado pela minha barriga e seu rosto fica no vão do meu ombro e pescoço e balançamos levemente de um lado para o outro.

Sem perceber me aconchego mais no seu corpo, minha cabeça é tombada no seu peito, de minutos em minutos ele faz questão de tirar uma casquinha beijando meu pescoço, minha bochecha, minha cabeça ou apenas fungando minha pele.

Ele é impossível... de resistir. 

Droga a verdade seja dita.

Logo o som é diminuído e a contagem regressiva começa, garrafas de champanhe são distribuídas Ravi pega uma, faz questão de ficar na mesma posição até para agitar e abrir com um estrondo a garrafa e o líquido começa a vazar.

— Aceita? — pergunta oferecendo a garrafa para mim.

Não faço desfeita aceitando, Ravi se inclina de modo que ficássemos de frente para o outro, me surpreende quando vira a garrafa na minha boca, ao invés de deixar eu mesmo segurar e beber. 

E nesse momento enquanto ele derrama o  líquido amargo meio cítrico na minha boca e seus olhos são direcionados apenas a mim, depois ele mesmo bebe do gargalho o champanhe continuando me olhando, tudo ao nosso redor é apenas resto e o agora é apenas nós. 

Nós somos os protagonistas, o restante os secundários, o pagodinho a trilha sonora e os fogos de artifícios o cenários. Somos um livro de comédia romântica com enemies to lovers, fake dating e que dividem o mesmo teto. 

— Posso te beijar? — Ravi pedi.

Por incrível que pareça não penso para responder ou oscilo, minha cabeça gesticula positivamente. Aquele pensamento de me manter afastada vira fumaça, pois logo seus lábios estão no meu e eu dou passagem para ele, pois não sei como é possível sentir tanta saudade de algo. 

Dessa vez sua boca é mais voraz explorando a minha, suas mãos passam pelas minhas costas e descem até minha bunda sendo apertada, uma coragem que não sei bem de onde sai, faz com que minhas mãos explore sua barriga enquanto sinto o gosto de champanhe da sua língua quente.

Buscamos fôlego no mesmo instante, mas em menos de um minuto já estamos grudados novamente. Ravi mordisca meu lábio inferior, depois  chupar meus lábios igual no primeiro beijo, me deixando fraquinha de novo. Parece até um dejavu.

Ficamos assim por longos segundos e então foi nesse momento que percebi uma coisa.

Estou viciada nos beijos, toques, carinhos e irritações de Ravi Henrique, meu namorado de mentira, meu colega de apartamento, o mesmo que eu tinha um ódio mortal.

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Pessoal, para saber os dias que postarei, sobre os capítulos e muito mais me sigam aqui no WATTPAD e no Instagram @laysxbook. Espero que tenham gostado desse capítulo. Até o próximo 💜

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