Capítulo - 12
Hello meus brotos. Tudo bem? Espero que sim, pois temos que ter uma conversinha.
Pessoinhas nunca fui de ficar pedindo votos ou comentários, porém esse capítulo é bem especial. Tá cheioooo de coisa legal, tem várias interações do casal, o meu único pedido é para quem poder deixar comentários sobre o que achou do capítulo, da história e deixar seu voto, vai me deixar muito feliz e menos insegura de continuar o livro.
Era isso, espero que gostem e surtem pouco. Mas duvido ser possível.
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"Minhas emoções estão à mostra, elas estão me deixando louca
Neste momento, eu não tenho vergonha
Gritando a plenos pulmões por você
Não tenho medo de enfrentar isso
Eu preciso de você mais do que queria
Preciso de você mais do que queria"
Shameless - Camila Cabello
BÁRBARA ALENCAR
A dor nas costas já se faziam presentes, os bocejos já eram mais frequentes, os olhos às vezes se fechavam sozinhos e o cansaço se aproximava. Acordei mais cedo do que o esperado para terminar uma arte de uma publi que tinha que postar hoje, entre a saída da faculdade para o meu trabalho.
Minha vida é bem planejada e organizada, faço questão de todos os dias antes de dormir preparar minha lista de afazeres do dia seguinte, sem esse ordenamento não consigo fazer nem um terço do que realmente tem quer feito no dia, por isso que já faz parte da rotina. Antes de dormir, organizo meu outro dia.
Hoje foi um daqueles dias que a lista ultrapassa de vinte afazeres, estava quase dando o braço a torcer e deixando algumas coisas para amanhã, mas me lembrei que as férias estão chegando junto com as provas de fim de semestre e nos próximos dias a lista precisaria ser recheada apenas de estudos. Depois de verificar que realmente conclui tudo da minha agenda, escrevo uma frase motivacional no final da folha, igual todas as vezes que termino a minha rotina.
Já passam das três da madrugada, acabei lendo mais do que esperado, a cada capítulo que terminava vinha a frase só mais um capítulo em minha mente, pois só queria descobrir a história triste do protagonista do livro Enquanto houver sol, mas o sono me venceu e tive que parar a leitura, mas como sábado não tem faculdade e não vou precisar ir trabalhar, estou pronta para ficar o dia inteiro na cama e terminar essa leitura.
Pelo menos era isso que achava, até meu celular tocar incessantemente a música Never Say Never do Justin Bieber feat Jaden, que coloquei como toque especial para minha irmã quando ela me ligasse, pelo fato dela ser obcecada pelo Justin Bieber e aos auge dos seus 27 anos, ainda ser uma belieber. Para cada pessoa dos meus contatos que me ligar terá uma música diferente, assim consigo distinguir quando minha mãe quer encher minha paciência com suas ligações e não dar gafe desligando na cara do meu chefe, pensando que seria dona Ophelia, por exemplo. Essa estratégia dá super certo, no final das contas.
Ainda sonolenta com movimentos lentos pego meu celular e confirmo que é uma ligação da minha irmã, me assusto quando vejo que é cinco horas da madrugada, no mesmo instante atendo a ligação levantando da cama.
- O que aconteceu?
- Oiiii maninha, - fala com sua voz estridente nem parece que ainda é de madrugada para ela - me manda a sua localização, já cheguei no Rio.
- Como assim Belinda?
Franzo a sobrancelha sem entender o que ela tá dizendo. Minha irmã pirou? Como assim tá no rio de janeiro às cinco da madrugada?
- Uai, estamos aqui para ver sua roupa de madrinha, Barbie - disse como se fosse óbvio.
- Bel, são cinco da madrugada, eu tô ainda meio que dormindo, me explica direito essa história - peço.
- Bárbara, a minha assistente enviou uma mensagem para você dizendo que nós estávamos indo para o Rio de Janeiro, para tirar suas medidas e do meu cunhado para fazer a roupa do casamento.
- Sua assistente me mandou mensagem? - questiono ligando o wi-fi. - E além de você tem mais gente aqui e agora no Rio?
- Isso, peraí vou chamar a Laura - por alguns segundos não escuto nenhuma voz, apenas barulhos sem saber distinguir e então uma voz feminina que não é da minha irmã. - Olá senhorita Bárbara, sou Laura assistente da sua irmã, enviei uma mensagem em seu whatsapp informando nossa viagem para o Rio de Janeiro e pedi sua localização, como a mensagem não foi entregue me providenciei de enviar um e-mail.
Agora a situação fez um pouquinho mais de sentido, não recebi nada pois sempre quando leio deixo meu celular em modo avião e fico com meu kindle. Analisando agora meu whatsapp percebo que realmente um número diferente me enviou uma mensagem explicando da viagem e pedindo a localização.
Minha irmã é louca, ela veio de Porto Alegre, até o Rio de Janeiro, só para mandar fazer a roupa do casamento. E o pior é que ela quer vir à minha casa. Merda, merda, merda ninguém da minha família sabe que eu moro com um homem, sem falar que ele vai ser meu namorado de mentirinha, e se minha irmã vir aqui vai ver que ele dorme em quarto separado.
Pensa Bárbara, pensa no que você vai fazer.
- Babi, manda pra gente sua localização, já estamos dentro do Uber, estou morrendo de saudade e ansiosa para conhecer meu cunhado e você conhecer o seu, Rodrigo quer muito te conhecer maninha - fala com alegria me fazendo voltar pra terra.
Já não basta Belinda agora Rodrigo e Laura sua assistente também estão aqui, pelas santas almas, onde vou enfiar tudo isso de gente aqui? Você está ferrada, Bárbara Alencar.
- Também estou ansiosa, Bel - digo no automático, enquanto minha mente trabalha pensando em que mentira vou ter que dar agora. - Belinda, te mando a localização, mas agora eu tenho que ir, tchau até breve.
Desligo sem dar tempo dela me responder. Primeiro de tudo preciso avisar para Ravi que minha irmã e seu noivo estão vindo para cá, pego o número que Maju me mandou no whatsapp e coloco para discar enquanto vou até a cozinha levar embalagens dos últimos livros que chegou e abri na quarta. Merda, preciso arrumar meu quarto.
- Alô, Ravi? - pergunto quando percebi que a ligação está ativa.
- Oi, quem fala? - escuto sua voz grossa e reconheço que realmente é ele.
Desde o dia que fizemos o encontro com nossos amigos, não vi mais Ravi, não tinha bilhetes, não tinha mais nada para me irritar, também não tem mais as mensagens no aplicativo de relacionamento. Não tínhamos mais comunicação, igual quando não nos conhecíamos. Até que gostei de voltar ao normal da minha vida, sem estresse, sem ansiedade para saber o que meu colega de apartamento iria fazer e sem precisar planejar algo para irritar ele. Esse tempo me fez refletir bastante sobre o namoro falso e meu ódio por Ravi Henrique. Oficialmente hoje é a primeira vez que ouço sua voz depois de tudo que aconteceu.
- Oi, sou eu a Bárbara, é... v-você está ocupado? Está trabalhando? - questiono meio receosa de ser invasiva.
- Não, o que devo a honra da sua ligação?
- Preciso da sua ajuda. - Falei de uma vez.
É igual aquele ditado, o não a gente já tem.
- Sério? Sonhei com o dia que você iria ser menos ingrata - desdenha.
Não o culpo por ter uma impressão nada boa de mim, reconheço que algumas vezes fui hipócrita, ingrata e mimada, mas agora era diferente eu realmente precisava da sua ajuda. Estou disposta a reconsiderar meu ódio por ele caso me ajudasse.
- Reconheço que fui um porre, mas eu juro que se você me ajudar vou tentar melhorar nossa relação. Sem sua ajuda, nosso plano e acordo vai por água abaixo.
Por um momento tudo do outro lado da linha fica um silêncio total, me fazendo ficar ansiosa por sua resposta. Então um bufar e o barulho de chaves é ouvido do outro lado da linha, da cozinha estilo americana, consigo enxergar a porta sendo aberta e Ravi entrar no apartamento, com calça e camisa branca por baixo da sua jaqueta de couro preta. Sua roupa não tem nada de diferente, ele nem usa seus acessórios estilosos, provavelmente é a roupa que usou para trabalhar, mas ainda sim ele continua muito lindo, de tirar o fôlego eu diria.
Ele se aproxima do balcão da cozinha ainda com o celular no ouvido e fala na linha, mas também de frente para mim ao vivo e a cores:
- O que aconteceu?
Desligo a ligação e Ravi faz o mesmo, respiro uma, duas... três vezes e todo coragem para explicar a confusão que eu me meti.
- Minha irmã está aqui no Rio de Janeiro para tirar as medidas das nossas roupas para o casamento, Belinda está vindo se hospedar no apartamento, só que ela não sabe que divido com você - falo tudo de uma vez, com medo dele me esculachar por mentir novamente.
- Ok, mas é só dizer que somos namorados e moramos juntos - diz como se fosse óbvio com seu sorriso convencido nos lábios.
- Na verdade eu pensei nisso, mas você dorme em quarto separado. Já que ela está vindo com o noivo, pensei... q-que poderíamos... hã... que t-talvez poderíamos dividir o mesmo quarto, até ela ir embora - gaguejo. - Belinda e o noivo vão ficar só esse fim de semana - falo como se fosse amenizar a situação.
- Barbie ruiva, você pirou né? - fala ainda rindo, mas agora o que brota em seus lábios é um sorriso debochado.
- Não, na v-verdade eu tô falando bem sério - tento ser firme para mostrar que o assunto é sério, mas acabo gaguejando.
- Não, isso é loucura - coloca o celular na bancada e dá a volta vindo em minha direção.
Seus olhos estão fixados nos meus, a pouca luz do corredor e a luz da lua que entrava na janela, faz um contraste com sua pele negra e seus olhos de jabuticaba. Consigo identificar o cansaço em seu rosto, mas mesmo assim Ravi tem uma beleza de se admirar.
Caminhando em minha direção, até parar bem próximo de mim. Imediatamente cruzo meus braços em desconforto com a proximidade, não gosto de ficar perto de ninguém, mas quando o assunto é sobre homens, a ansiedade triplica. Minha respiração fica pesada, minhas mãos começam a soar e a boca seca.
Fico desnorteada quando seu braço escora em algo atrás de mim, fazendo com que nosso rosto ficasse a milímetros de centímetro um do outro. Seus olhos me observam tão profundamente, que parece que ele quer saber todos os meus segredos. Mordisco meus lábios esperando o que ele vá fazer.
Que merda esse babaca está pensando?
- O que você tá fazendo? - tomo coragem de perguntar.
- Peça olhando nos meus olhos, o que você quer. - sua voz fica um leve tom mais grossa.
- O quê?
O que ele tá fazendo?
- Peça - murmura ordenando.
Um lampejo em minha mente faz com que eu entenda o que ele realmente quer. Tudo para ele é um jogo de quem pode mais, Ravi quer que implore por sua ajuda, quer que me humilhe por ela. O homem na minha frente sabe que sou capaz de fazer de tudo, porque ele é o único que pode me ajudar agora.
Ainda vou matá-lo.
- Ravi, poderia dividir o quarto comigo? - falo ríspida com a respiração pesada.
- Implore - curva seus lábios em um sorriso de satisfação misturado com poder.
Suspiro frustrada com o que vou me submeter.
- Por favor, poderia dividir o quarto comigo?
A raiva se impregna em meu corpo, mas a tensão é palpável. Se me inclinar um centímetro para frente, sinto todo o corpo do meu namorado de mentira. Sinto meu rosto e colo quente, provavelmente estou toda vermelha. Um calor sobe por minha nuca, minhas pernas parecem gelatinas e minha pele se arrepia quando sinto sua respiração gélida em meu rosto.
O que está acontecendo comigo? Nunca senti nada desse tipo com alguém. Não são nem sete da manhã, mas parece que o sol tá dentro do apartamento.
- Bárbara, você me convenceu. Claro que podemos dividir - o sorriso não sai dos seus lábios. - Vou adorar dormir na sua cama, namorada - bateu o dedo indicador no meu nariz e lançou um beijo antes de pegar um papel grudado na geladeira e se afastar assobiando.
- Babaca - murmuro.
Saio do meu torpor, vou até o banheiro jogo uma água no meu rosto e na nuca, fico alguns segundos parada repassando na minha mente oque acabou de acontecer. Por mais que não tenha tanta experiência, não sou burra nem inocente, afinal sou leitora de romance, a maioria eróticos. Está bem claro o que aconteceu.
Fiquei excitada com toda a situação,
Mas o que me deixa surpresa não é em si a excitação, mas por quem fiquei assim. Caramba, tinha que ser logo pelo Ravi? O cara que me recuso ter alguma coisa, a não ser de mentira.
Fico uns cinco minutos no banheiro tentando entender como meu corpo me traiu daquela forma. Estou chocada, abismada comigo mesma. Bárbara Alencar, você precisa aprender a se controlar.
Com a respiração mais calma e um pouco mais aliviada do calor, decidi parar de me esconder igual uma adolescente quando o crush fala pela primeira vez com você. Abro a porta e dou de cara com meu colega de apartamento com sua televisão nos braços indo diretamente para o meu quarto.
Pelas santas almas, o que ele tá pensando?
Com minhas sobrancelhas franzidas e minha cara já fiz tudo o que estou pensando então ele decide se defender.
- O que? Pra sua irmã e seu cunhado acreditar na nossa mentira, não pode ter nada meu no meu quarto, né?
- Aí você quer enfiar uma TV desse tamanho no meu quarto, sendo que não cabe nem nos dois direto?
- Nosso quarto - me corrige. - Eu preciso terminar de passar de fase do God Of War.
- Por três dias você não consegue ficar sem jogar essa coisa aí - aponto para a televisão. - Só para te lembrar, por um final de semana vamos dividir o quarto, depois ele vai continuar sendo meu. Que fique bem claro, Ravi Henrique.
- Vamos lá, rainha da cocada branca. - Respira fundo. - Trabalho vinte e quatro por quarenta e oito, agora que estou de férias é claro que não posso ficar três dias sem jogar. É pegar ou largar, Barbie ruiva, o que vai ser?
Ele está me chantageando?
Já estamos na merda, daqui a pouco minha irmã chega e vamos ficar atolados na merda. Então abano minha mão dando o aval para que ele continue com sua mudança. Ficamos os resto dos vinte minutos tirando suas tralhas do seu quarto para ir direto no meu. Desde seus pertences pequenos até os maiores, colocamos no nosso quarto, não quer dizer no meu quarto.
Aí tá vendo, ele já tá me deixando doida. Saco viu.
Não foi fácil fazer uma mudança em tão pouco tempo no nosso apartamento minúsculo, mas deu tudo certo no final. Claro que meu quarto está empanturrando de coisas, arrumadas do melhor jeito que conseguimos. Não é novidade que Ravi é bem estiloso e vaidoso com a moda, mas não imaginei que o homem tinha tanta coisa.
O timing foi perfeito, assim que terminamos de trocar os lençóis da cama de Ravi, o interfone tocou, o porteiro pedindo a permissão da subida de Belinda. Os cinco minutos que o elevador demora para subir, foi o tempo perfeito para minha ansiedade ir a mil.
Seria a primeira vez que precisaria colocar meu ódio de lado e fingir ser extremamente apaixonada por Ravi. O medo da minha irmã descobrir que estamos mentindo, faz com que minhas mãos fiquem suadas, o caracol começa bater um pouco mais forte e meus lábios todo mordiscados.
- Esqueceu disso - estende o anel que comprou para fingirmos o namoro.
De alguma forma bem maluca e não sei explicar como, mas sinto um apoio da parte de Ravi. Por mais que eu esteja precisando bem mais da sua ajuda, ele sempre está do meu lado tentando ajudar com um problema que nem é seu. O ódio está presente mas consigo sentir uma estima pelo meu colega de apartamento.
Por isso, abaixo um pouco a guarda, estico meu braço incentivando ele a colocar a aliança em meu dedo. Ravi segura minha mão, seus dedos são quentes contra minha pele gelada, fazendo eu estremecer com seu toque. Coloca em meu dedo a aliança e rapidamente se afasta quando a batida na porta é escutada.
Acho que estou louca, mas posso jurar que senti eletricidade quando seus dedos roçaram os meus.
Dou um sorriso, passo minhas mãos na calça de pijama, personalizado da série de livros de máfia da Cora Reilly, para retirar o suor e então abro a porta. A primeira coisa que vejo, são seus cabelos loiros em camadas solto, sua pele extremamente perfeita com maquiagem bem leve combinando com um macacão preto de manga longa e gola alta, com zíper frontal, modelando seu corpo magro. Além disso, um sobretudo bege e uma bota cano curto de salto quadrado altíssimo.
Como alguém consegue ser perfeito em todos os momentos, até para viajar?
- Maninha, ai que saudade - sua voz estridente faz com que eu saia do torpor, abro os braços para receber seu abraço de urso. - Barbie, você não sabe como estou ansiosa para te contar as novidades.
- Então, vamos entrando - saio do seu abraço e dou passagem para entrar no apartamento.
Belinda adentra esbanjando toda sua beleza e elegância, observa o seu redor rapidamente, até seus olhos caírem sobre Ravi.
- E você deve ser, o namorado? - pergunta sorrindo.
- Ravi Henrique - estende sua mão.
- Cunhadinho, esperei tanto por esse momento - ao invés de apertar sua mão, Belinda abraça meu colega de apartamento.
- Você é o noivo? - perguntei para o homem dentro do meu apartamento.
- Correto, muito prazer, Rodrigo - estendeu sua mão e apertei sorrindo sem mostrar os dentes.
Nunca tinha visto meu cunhado, o cara a minha frente é bem alto, diria que tá quase na faixa dos dois metros, cabelos castanhos em um topete bem alinhado, olhos castanhos, barba por fazer e pele bronzeada. Igualmente minha irmã, seu noivo traz sua beleza e elegância com seu blazer preto combinando com sua calça de alfaiataria, camisa de manga cinza e um tênis branco.
Ricos são estranhos né? Em plena madrugada, depois de uma viagem de quase três horas, ainda estão impecáveis com suas roupas de marcas.
- Olha isso Barbie, além de nós duas termos a mesma iniciais, nossos namorados também - fala sorrindo, como se fosse o dia mais feliz da sua vida. - Isso é incrível - bateu palmas animada.
- Muito - finjo entusiasmo. - Vocês devem estar cansados. Tomem um banho e venham descansar.
- Barbie, eu estou com tudo menos cansada, eu quero contar as novidades.
- Tudo bem senhorita ansiosa, então vamos colocar as malas de vocês no quarto e enquanto preparamos algo para comer você me conta tudo, o que acha?
- Perfeito - bateu palmas novamente com seu entusiasmo.
Belinda é totalmente diferente de mim, ela é a alegria, o entusiasmo, a beleza, a elegância e a irmã perfeita. E eu, bom, vocês já sabem, né? Mas mesmo assim me sinto contagiada, com sua felicidade de estar noiva, prestes a se casar.
Levamos suas coisas para o quarto de Ravi e logo voltamos para a sala. Meu namorado de mentira já está se enturmando com meu cunhado. Pelo jeito ele encarnou o personagem mesmo.
Bel vai atrás do noivo e os três entram em uma conversa rapidamente. Fico observando da cozinha enquanto preparo café, torradas e uma salada de frutas para o desjejum.
- Quer ajuda? - Ravi pergunta quando entra na cozinha ficando só meu lado do fogão.
- Não, já terminei. Obrigada - agradeço sorrindo pela educação. - Se quiser pode ir deitar, não precisa encenar tanto, aposto que deve estar cansado do trabalho. - Sugiro.
- Não foi nenhum sacrifício, adorei conhecer sua irmã e seu cunhado.
- Que ótimo, você vai precisar conviver um tempinho com eles. - Falo e volto minha atenção para o fogão, desligo a panela com ovos mexidos que já estão prontos.
- O que os pombinhos tanto conversa aí hein? - Belinda pergunta se levantando indo até nós dois
- Nada, apenas solicitando a minha ajuda - Ravi diz e sorri.
- E eu disse que não precisa, porque ele tem que descansar. Ravi fez plantão hoje no hospital e chegou quase agora.
- Que isso homem, vai morrer de cansaço hoje quando formos medir sua roupa de padrinho, pode ir dormir. Isso não é um pedido, é uma ordem - minha irmã faz uma voz séria arrancando risada verdadeira de nós dois.
- Tudo bem, irei descansar. Se precisarem de alguma coisa me chamem, fiquem à vontade no apê - diz enquanto vai até a sala e faz um toque de mão com Rodrigo. - Irmão a gente vai marcar de jogar aquele FIFA, beleza?
- Já tá marcado - Rodrigo responde.
Como ele consegue encenar tão bem?
Ravi volta até a cozinha, pega uma torrada de cima da mesa, vem até mim e beija minha bochecha rechonchuda, me pegando totalmente desprevenida.
- Te espero mais tarde, no nosso quarto - pisca o olho antes de dar uma mordida no pão, se virar e ir até meu quarto.
Ravi acabou de beijar minha bochecha, um homem acabou de beijar minha bochecha. Nunca tive nenhuma demostração de afeto com o sexo masculino, nunca ganhei um beijo na bochecha, por mais que seja bem normal pra mim é estranho essa distração de afeto. Eu disse pra ele que só iríamos fazer o que realmente achassemos necessário.
Ravi Henrique, achou necessário uma ceninha dessa ridícula? Ele só pode estar testando minha paciência.
Respira Bárbara e não pira.
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Pessoal, para saber os dias que postarei, os capítulos me sigam aqui no WATTPAD e no Instagram @laysxbook. Espero que tenham gostado desse capítulo. Até o próximo 💜
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