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Capítulo Sete: A (quase) infinita onda de azar

Terça-feira, 23 de abril de 2024.

O dia começou caótico para Christopher, um verdadeiro teste de sobrevivência. Da janela do quarto ele conseguia ver as nuvens escuras se amontoando no céu e pequenas gotas de água batendo contra o vidro.

Seria uma tempestade, e pior ainda, ele precisava sair para o trabalho.

Chris procurou por um conjunto de roupas mais quentes e as enfiou na bolsa após vestir uma jaqueta que aguentasse pegar chuvisco. Sua sombrinha estava em algum lugar naquele quarto, dentro de alguma sacola ou pendurada na pequena varanda do apartamento, só que mesmo o revirando por inteiro não conseguiu encontrá-la.

O celular marcava sete da manhã, seu turno começava às oito horas, e com sorte ele teria só quarenta minutos de viagem. Com sorte.

Mas que sorte, porra? Ele estava atrasado!

Chan desistiu da sombrinha e saiu de casa às pressas, a chuva começou a intensificar sua ameaça, gotas rechonchudas batendo na sua cabeça durante a correria até o ponto de ônibus. Como se não bastasse isso, seu óculos estava escorregando do rosto, até que caiu em uma poça de lama e num súbito para encontrá-lo Chan ouve um crack, olha para onde havia acabado de pisar.

— Eu quebrei!? — ele encarava o objeto torto e o pega nas em suas mãos. Ah, chorar parecia uma boa solução — Ai, puta que pariu. Minha Santinha Maria..

Bangchan gostaria de ficar puto, gritar, xingar e espernear... mas sua única vontade era enrolar-se num bolo molhado de chuva e deixar que a vida passasse por cima de si. Conseguia até sentir as lágrimas borbulhando enquanto aquele sentimento denso agarrava seu coração entre as mãos e o apertava até doer.

— Respira, respira — diz, piscando os olhos e se levantando. O óculos foi descartado, a lente havia quebrado e ele precisava lembrar de comprar um novo — você tem coisas mais importantes, não pode surtar agora.

Nessa situação ele quase perde o ônibus, leva um gigantesco banho de água suja quando um carro passa rápido por si assim que desce na sua parada. Tudo parece se reunir para que aquele dia seja catastrófico. A chuva não deu trégua durante todo o caminho e às oito horas ele conseguiu abrir a porta da cafeteria ouvindo o tintilar familiar do sino que ali ficava.

Dongwoo estava de braços cruzados na frente do caixa com seu típico colete esquisito que fedia a cigarro enquanto Jennie massageava as têmporas atrás dele.

— Você está atrasado! — esbravejou o homem.

— Bom dia chefe — Chris forçou um sorriso amigável enquanto batia os pés no tapete da entrada para enxugar o tênis. — É terceira vez desde que comecei aqui, e até onde me lembro, tem um bom espaço de tempo entre cada uma. Viu a chuva lá fora? Torrencial. Bom dia Jennie!

— Bom dia, Bangchan Oppa.

Sem delongas ele entra para a salinha dos funcionários e troca de roupa, porque ele sabia que uma veste reserva seria bem quista, a sua estava encharcada.

Jennie Queen [8:02 am]

hoje vai ser horrível

e eu nem tô dizendo isso pq tá chovendo

papai tá um porre

releva aí

Eu [8:02 am]

vamos ver quem ta com o dia pior

juro q também tô com uma sensação insuportável de puro inferno

Jennie Queen [8:02 am]

respira chris oppa, respira

te faço um chocolate quente com red velvet no final do expediente

Eu [8:02 am]

aceitarei 🙌

Nem todo chocolate quente ou até mesmo Red Velvet do mundo pagaria o inferno que estava sendo aquele expediente, e só agora Chris estava se dando conta disso.

Ele queria, verdadeiramente, se encolher em posição fetal e chorar copiosamente. Dongwoo estava rondando o café como um urubu esperando para bicar as frias e podres carnes do australiano – porque seu estado de espírito e físico não era dos melhores.

Chris estava sentindo que aquela manhã não terminaria bem, e nem era por ele ter errado o ponto do Mocha duas vezes. Duas vezes, com Dongwoo em seu encalço. Por sorte que os clientes eram "da casa" e ao invés de fazerem briga, somente pediram para Chan corrigir o pedido.

Respirar fundo era um exercício constante mas havia cento e vinte mensagens no seu celular sobre um trabalho em grupo e um seminário para apresentar na primeira aula sobre um tema o qual ele não havia estudado totalmente. Chris já conseguia sentir nas papilas gustativas o terror e a ansiedade arrastando suas garrinhas finas e esbranquiçadas por sua mente. Ele lembraria de dar uma lida nos assuntos no caminho para o centro.

Ao meio dia, porque ele ficou além do seu horário somente para evitar discussões, assim que o avental foi guardado e Chris colocou os pés para fora da salinha de descanso, Dongwoo cruzou os braços e declarou:

— Você está demitido.

Christopher Bang, ou Bangchan, para os que o conhecem profundamente, piscou os olhos e deixou que a imagem de seu ex chefe tomasse seu campo de visão. Ele foi tomado por uma incredulidade, uma descrença e um ódio misturado com tristeza.

Ele era um copo cheio de água nas mãos de uma criança correndo pela casa, transbordando pelas bordas até estar praticamente vazio.

Ele está farto.

— Mano, eu te agradeço, sabe? — ele foi sincero, os olhos de Jennie estavam arregalados enquanto via seu amigo gesticular para seu pai — Porque quem é o doido que vai querer trabalhar nessa espelunca aqui!? Olha, vou aproveitar a dispensa, porque graças a Deus eu vou buscar coisa melhor.

— Que insolente! — Dongwoo apontou o dedo no rosto do rapaz — Como ousa falar do meu

— Esse seu fundo de garagem fedorento! — interrompeu Chris, abrindo os braços fazendo menção a todo o espaço. — Atrasado e sem carisma! Nem se enfileirasse um bando de homem gostoso sem camisa anunciando promoção de Capuccino essa sua palhoça ia vingar! Sabe por quê, Senhor Dongwoo? — Chris apontou para ele, e Jesus, o australiano estava puto — Porquê você é um homem que não aceita acompanhar a modernidade, mas bem que a Jennie tenta melhorar essa sua porra de quinquilharia fedendo a cigarro, só que eu juro — apontou para o próprio peito e depois ao redor — do fundo do meu coração que nem entende de arquitetura, que esse lugar é tão antiquado, um escapamento de lambreta velha, que só derrubando até as vigas pra reconstruir essa merda do zero, pra melhorar!!!

Dongwoo estava pronto para jogar todos os expositores de doces em cima de Christopher antes de o mesmo erguer um dedo ao lembrar-se de algo:

— E se era seu desejo me demitir — ele sorriu —, eu o agraciei com um motivo pra fazer esse caralho!

— Você está demitido! Demitido! — gritou Dongwoo, balançando os braços para que Chris saísse de seu caminho, Jennie estava aflita tentando acalmar o velho enquanto Beomgyu ria de tudo apoiado na entrada da cozinha — Seu moleque filho da puta! Não tem o menor direito de me destratar dentro do meu próprio estabelecimento! Saia! Xô!

— Com todo o prazer do mundo! Beijo Jennie! Beijo Beomgyu! — ele mandou beijos no ar enquanto saía, apontando do teto ao piso — Quando isso virar um estabelecimento que preste e de preferência sobre o comando da sua filha, você me chama pra fazer um mocha! Fora isso, tomara que você enfie essa espelunca no cu e gire!

— Ora seu

— Pai, chega! — Jennie o puxava para dentro do café enquanto sussurrava — Tá todo mundo olhando!

Chris virou de costas e continuou andando. Seu coração estava acelerado, ele sentia a adrenalina dos gritos correndo sua veia a todo vapor, seu corpo latejava, o nervosismo começando a se instalar em seu cérebro, porque ele era louco como a maioria dos Bang, só que um pouco mais nervoso e menos barraqueiro.

Perder as estribeiras como fora agora era quase impossível, e veja bem, ele está no limite.

Aos poucos o sangue esfria, ele chega no metrô após uma caminhada, passa seu cartão e desce para esperar. Suas mãos estão tremendo, não se sabe se de frio ou de nervosismo.

Seu celular vibra no bolso da calça assim que ele entra.

Ei Chan! — Era Changbin.

— Ei, ei. Tudo certo?

Sim! Escuta, você vem por aqui por perto hoje? Ia te chamar pra almoçar aqui em casa, a Hwasa tá aqui também. Cê disse no grupo que ia vir pro centro depois do trabalho.

— Aí Bin, eu aceito, sabe?

Ih, que clima é esse? — ele se preocupa — Tá tudo bem?

— Não muito — Chan procurou um lugar para sentar no vagão, mas aquilo era horário de pico, então ele só segurou na barra de metal enquanto conferia as paradas no mapa. — Já rolou tanta merda hoje, e agora que é meio dia.

Ei, ei, vem pra cá almoçar. Aí você me conta essa história direito e a gente troca uma ideia, beleza? E se não quiser conversar a gente faz qualquer outra coisa até dar sua hora.

Chan suspirou.

— Tá, tá. Avisa na portaria que eu tô indo.

Aviso, hyung.

— Changbin?

Oi.

— Obrigado.

Ele podia ouvir o sorriso nas palavras do outro.

Você sabe que pode contar com a gente.

— Sei.

Então não precisa carregar nenhum peso sozinho.

— Tudo bem.

Ele realmente foi. O almoço foi tranquilo e cheio de risadas mesmo que ele não estivesse no mesmo clima que seu casal de amigos, mas não havia cobrança sobre isso, eles só queriam que Chris soubesse que estavam ali por si, assim como ele próprio sempre esteve ali pelo casal.

Graças ao apartamento de Changbin ser em um aglomerado luxuoso próximo ao centro, Chris tomou um banho e emprestou uma camisa verde, ele estava fora do código de vestimenta que as crianças escolheram.

— Coloca uma bermuda também — apontou Changbin, jogado na cama enquanto Chan revirava o guarda roupa.

Hwasa levantou a vista do notebook em seu colo e olhou feio para Chan — Essa camisa não ficou boa, eu tive uma ideia melhor!

Ela era estudante de moda e modelo, então poderia os vestir de saco de lixo e eles aceitariam como a última tendência em Paris.

Foi assim que ela colocou Chan – e nota-se que eles usaram o guarda roupa de Changbin – vestido com um moletom verde claro e bermuda cargo bege.

Ele olhou para si mesmo no espelho e deu uma viradinha para conferir, parecia fora de rumo. Chris suspirou tristonho, de modo algum diria que não havia gostado. Mas Hwasa era tão boa de leitura facial quanto seu namorado.

— Amor, pega sua camisa verde musgo pra mim e uma bermuda preta de desenho nos bolsos.

— Aquela no joelho?

— Isso.

— Ok, ok.

Foi nessa troca que Bangchan finalmente se sentiu mais ele, a coisa era mais street e, para quem iria andar para cima e para baixo com várias crianças, ele se sentiria muito mais confortável assim.

— Eu gostei muito assim. — assumiu, e seus amigos explodiram em palmas e assobios para ele. Foi o primeiro sorriso sincero daquele dia.

Por volta das duas da tarde Christopher desceu do metrô com uma bolsa preta posicionada de atravessado em seu corpo, seus olhos estavam vermelhos e cansados devido a falta do óculos, mas que seja, são as consequências o acalentando após o caos que tem sido a vida.

O encontro com as crianças era próximo a um sebo, eles sempre passeavam por aquela área, era cheia de livrarias e lojinhas de cacarecos.

A missão de hoje era nomear o maior número de coisas e formar frases simples com elas, o código de vestimenta do dia os mandava usar uma roupa verde, laço ou boné, para ficar mais fácil de identificar, e Chris honestamente não tinha nenhuma, a ida em Changbin foi realmente providencial.

O centro não estava tão cheio, principalmente por ser um horário em que a maioria das pessoas ou estavam no trabalho ou na escola, Chris nem mesmo sabe como raios conseguiu marcar aquele dia com as crianças.

Checando o celular, ele logo avisou no grupo dos pais que já estavam a postos aguardando os pequenos, que não demoraram a chegar como uma manada em gritos animados em direção ao "Tio Chris". Moony veio primeiro, os cabelos firmemente amarrados no topo da cabeça com um laço verde gigante, logo após veio Niki, o chapéu verde de sapo e a camisa verde neon era um charme a parte. Os pais da pequena Susi e de Gaon não haviam confirmado se eles iriam, mas a doce surpresa veio com os gêmeos caminhando pacificamente até seu professor a reboque de sua mãe, ambos inteiramente vestidos de verde. Gaon havia passado pomada verde nos cabelos, porque ele amava cabelos coloridos.

— Chris! Querido, desculpe não avisar antes. Houve um imprevisto, mas foi resolvido. Espero que as crianças ainda possam curtir a aula.

O sorriso que o australiano a deu foi quase de conforto, ele estendeu as mãos aos gêmeos para se aproximarem.

— Está tudo bem, na verdade eu estava com saudades da turminha completa — ele se abaixa para trocar soquinhos com os gêmeos.

— Ah, que alívio! — ela junta as palmas em gratidão — Obrigado por se dedicar a ensinar os meus filhos. Você é um jovem promissor, garoto. As crianças têm um carinho muito grande por você.

— Muito obrigado pela consideração, Senhora Kwak — ele se curvou respeitosamente.

Enquanto ela se retirava, os quatro se amontoavam ao redor de seu professor, que sempre passava as regras antes do passeio iniciar.

— Certo, viajantes, hora das regras! — cantarolou em inglês — Sempre juntos, se precisarem de alguma coisa chamem, o Chris sempre vem atrás pra ver onde todos estão indo e vocês dizem onde vamos entrar pra estudar. E qual a regra principal depois que a brincadeira começa?

— Eu! Eu! Falar em inglês! — gritou Niki.

— Muito bem, viajantes! Eu sou o comandante Chris e hoje nós vamos em uma expedição pela Califórnia, o clima está ameno e as camisas são verdes. Hooora de partir!

A sequência de gritos animados deve ter incomodado algumas pessoas que estavam caladas, mas Chris não poderia ligar menos. Ele poderia estar mal, mas isso nunca passaria para suas pequenas pestinhas, eles só teriam o melhor sorriso de si.

Enquanto o professor passeava com seus pequenos tripulantes apontando para lá e pra cá, da do nomes e pequenas frases, Minho buscava bom motivo para escapar do prédio da Lee's Corp. ele acabara de passar por uma ensandecida sequência de reuniões com os seus futuros sócios, sua mente estava totalmente esgotada.

Como num estalo, lembra-se que Chris estava não muito longe de si rodopiando com suas crianças bilíngues, ah essa informação fez com que um sorrisinho maroto viesse a seus lábios. Ele estalou os dedos e ligou para o Senhor Choi pedindo que o esperasse no estacionamento. Lee Know sorrateiramente saiu de sua sala, dando de cara com Hyunjin, que estava vindo em sua direção.

— Senhor Lee, gostaria de tratar de alguns assuntos com você.

Os ombros de Minho cederam, Droga!

Contra sua vontade ele rastejou de volta a sala com o primo em seu encalço.

— Eu definitivamente não disse que limpei sua agenda, Minho.

— Eu definitivamente acreditei que você me amasse.

Hyunjin cruzou os braços olhando feio para Minho. O mais novo jogou as mãos para o alto ligando de volta para o senhor Choi e pedindo desculpas ao dizer que eles não poderiam sair porquê:

— Hyunjin é chato e insuportável, não limpou minha agenda e não vai me deixar encher o saco do meu noivo — ele pode ouvir a risada do senhor Choi no fundo, Minho desligou após o positivo de seu querido motorista.

— Mais aliviado depois de me xingar?

— Não.

— Que bom, o pessoal do financeiro marcou uma reunião urgente. Parece que tem alguma coisa não batendo nas planilhas com o balanço final. Lembra que eu te contei sobre as suspeitas do pai de que havia alguém fazendo merda na surdina?

— Nosso primeiro pepino de desvio de dinheiro, será?

— Talvez tenham achado que o pente fino ia ser relaxado depois de você assumir — o Hwang deu de ombros — Enfim, vamos ouvir os relatórios e queixas, a reunião é em meia hora, a ata tá no seu e-mail.

Minho estalou as costas tensas e voltou a sua cadeira enquanto Hyunjin deixava uma pasta na mesa e buscava um energético no frigobar, o mais novo estreitou os olhos para o mais alto.

— Eu tenho te visto tomando muito café e energético, tá tudo bem?

— Dificuldade para dormir — assumiu, o som do metal da lata rompendo quando Hyunjin a abriu e deu um gole.

— De novo?

— É um ciclo.

— A gente precisa dar um jeito nisso — Minho torceu os lábios, insatisfeito por não ter soluções para seu primo — Vou falar com a Momo se ela indicaria algum chá, ou o Jisung. Lembro do Yunho falar que ficou um tempo com insônia quando entrou para polícia.

— Que bonitinho, você me ama mesmo, né Minhoquinho?

Minho colocou as mãos na cabeça como se estivesse empurrando aquele apelido para fora de seus ouvidos e Hyunjin riu de sua cara.

— Odeio esse apelido. Repete isso e eu te chuto daqui.

— Você machuca minha alma de criança que amava brincar com o priminho e sem querer encontrou uma minhoca no chão — ele colocou a mão no peito fingindo pesar. — Mas tudo bem, não falarei mais, Minhoquinho! Rest in piece querida homenagem a minhoca que me lembrou o nome do meu querido priminho Minho.

Ele apertou o nariz, seria a meia hora mais longa de sua vida. Minho lutou contra a ata e discutiu previamente as possibilidades com seu secretário, a reunião aconteceu logo depois e todos ficaram intimidados de ver Lee Know rebater e questionar com tanta avidez os resultados controversos, apesar de ser um chefe em tese muito tranquilo, sua energia mudava em momentos como esse, até mesmo Hyunjin sentia seus músculos tensos com o olhar do CEO.

A reunião se encerrou quase uma hora e meia depois, ele solicitou ao financeiro que buscasse mais a fundo dentro de todos os nichos da corporação onde as coisas também estavam desbalanceadas. Ele não esperava que achassem algo, na verdade ele próprio investigativa tudo silenciosamente.

Lee Know saiu da sala com o telefone em mãos, ele nem sequer se atentou ao que estava fazendo, queria tomar um vinho e ouvir a voz melódica de Johnny Mathis cantando Chances Are numa noite de jazz com meias do Bob Esponja, no entanto, aqui estava ele afrouxando a gravata e tirando o blazer preto dos ombros. Sua cabeça estava doendo e se Hwang não o deixasse fugir agora mesmo ele nitidamente faria uma loucura.

Minho foi a sua sala só deixar o blazer e pegar seu telefone pessoal, o nome do Senhor Choi brilhou na tela com uma mensagem dizendo que já estava o esperando, logo após veio uma de Hyunjin afirmando que Minho estava livre, mas que novos relatórios estariam chegando ao decorrer das horas.

Ele ignorou, saindo o mais rápido possível em direção ao primeiro elevador que o levasse ao estacionamento enquanto vestia seu blazer preto.

Eles vagaram na região do comércio, Minho procurava a cabeça castanha de Bangchan junto de outras mini criaturinhas, não demorou-se em achar, ele estava ali, cercado por quatro crianças, todos vestidos com alguma coisa verde, Chris parecia passar-lhes alguma informação importante porque todos se aquietaram o ouvindo atentamente. Ele gesticulava ao redor, houve um momento que um pequeno garoto de cabelo verde levantou a mão para falar, Chris o ouviu e então voltou a falar.

— Estamos noivos — Minho repetiu para si mesmo, era um pouco difícil absorver tais palavras. — Não sei se estou fazendo a coisa certa, sabe?

— Seu coração se incomoda? — perguntou o Senhor Choi, ele também observava as crianças escutando Chan.

— Não sei. Não me sinto ruim ou desconfortável, só é muito novo. Ele é um cara legal, mas eu ainda tenho muitas feridas.

O Senhor Choi balançou a cabeça, Minho olhou para ele como se esperasse que daquele sorriso viessem todas as respostas que ele precisava.

— Feridas se curam mais rápido se você deixar que se curem ao invés de adorá-las. Deixe o tempo fazer seu trabalho criança, todos estamos feridos mas o que seria de nós se não parte de nossas cicatrizes?

Minho ergueu as sobrancelhas, aquele velhinho era um livro de coisas aleatórias e excelentes conselhos. Ele deu dois tapinhas no ombro de seu amado motorista.

— Obrigado pelo conselho, Senhor Choi. Vou refletir sobre. Agora me deixe ir ver meu noivo ali, até mais tarde, Senhor Choi!

Ele bateu a porta do carro, Chris estava começando a andar com as crianças, num súbito que ele nem sequer soube explicar, começou a correr em direção ao outro acenando e gritando:

— Chris!

Ele viu quando o australiano estagnou, olhou ao redor procurando por si, e quando achou o encarava de olhos arregalados. Mas o sorriso afetuoso que veio depois, os ombros do australiano nitidamente cederam, Minho estava ao seu lado, apoiando a mão em seu ombro enquanto enxugava o suor fino de sua testa.

— Ei, oi! — disse, então para as crianças — Olá senhores e senhoritas, como vai?

— O que tá fazendo aqui? — Chris não deixou de perguntar. Minho admirou como ele parecia feliz em vê-lo. E ah, esse sentimento quente tomando conta de seu peito ao constatar isso foi traiçoeiro.

— Fugindo do trabalho. O que vão fazer?

— Estamos num passeio! — uma menina de laço verde pulou. — O Tio Chris é o capitão e nós estamos na Califórnia!

— Isso! — pulou o garoto de cabelo verde — Falamos o nome das coisas e quem souber mais ganha brinde!

A menina do laço cruzou os braços e disse muito convencida:

— Mas a gente sabe que o Tio Chris vai dar brinde pra todo mundo!

— Ei!?

Minho sorriu da indignação de Chris.

— Ele faz? — a menina assentiu. Deus, Minho estava sorrindo — Tudo bem. Eu posso passear com vocês?

— O Tio Chris te dá aula também? Se sim, tudo bem. — disse o garoto à direita do de cabelos verdes, ele usava um chapéu de sapinho e uma camisa neon.

— Ok, Ok, listen — Chan bateu palmas. — Este é Minho, ele é meu

— Noivo. — Minho completou sorrindo.

O australiano perdeu totalmente o rumo das palavras, incrédulo pela primeira pessoa saber do noivado ser os seus alunos! Ele queria estapear Minho! As crianças davam gritinhos histéricos e pulinhos.

— Ei, ei, atenção! Sim ele é meu noivo, mas neste momento sou o professor de vocês e ele é um viajante penetra. Nós temos uma missão, quero concentração, ok?

As crianças ficaram quietas com o pequeno sermão, Minho admirou como ele era bom de organizar e controlar os pequeninos.

O passeio seguiu, as crianças apontando para as coisas e dando seus nomes, eles entraram numa loja de quinquilharia para procurar algo verde para Minho, afinal, ele descobriu estar fora do código de vestimenta para o passeio.

No meio de muitos "Tio Chris, como chama isso?" e "Tio Chris, como fala essa frase?", houve um "Tio Minho, você vai dar bolo de chocolate no seu casamento?", Minho tossiu.

— Perdão?

O pequeno Gaon o olhava com aquelas grandes petecas fofinhas em forma de olhos. Ele e Susi eram gêmeos.

— A minha tia deu bolo de chocolate no casamento dela. Se tivesse no seu, você me daria um pedaço?

— Gaon-ssi, não é educado pedir para ir num casamento que não é seu — reprimiu Susi, mas Minho ainda estava de queixo caído, sem nem se importar com o convite. O casamento. O caralho do casamento!!! — Desculpe o meu irmão, garotos são meio bocós! Toma, é um par de orelhas do Shrek — ela estende a tiara a ele, o Lee se abaixa e a pequena Susi coloca a tiara em si — Pronto. Agora você pode passear conosco. Vamos! Vem Gaon-ssi!

Ele anda pela lojinha atrás das duas crianças, paga a tiara e logo encontra Chris, Niki e Moony na saída. Os pequenos tomam a frente, Chris dá uma leve escorada no ombro de Minho.

— Belas orelhinhas, Shrek.

O Lee revira os olhos. Mas sua cabeça está girando pensando em casamento, casamento, casamento.

Calma, coraçãozinho, calma.

— Besta.

Chris ri, o coração de Minho tropeça.

Ele não quer deixar que seu peito se afunde em sentimentos os quais ele não sabe se conseguirá lidar. É doloroso colocar suas ressalvas na frente, mas é necessário, porque é seguro. Porque suas feridas ainda sangram quando o sorriso no rosto de Chris se ilumina tanto que ameaça adentrar pelas frestas dos seus ossos.

É quente o contato de seus braços grudados, quando ele toca seu pulso para seguir o caminho que as crianças querem, quando orienta numa pronúncia ou começa a cantarolar alguma música que repentinamente veio de alguma palavra dita.

Minho se vê afundando num pequeno barquinho no meio do oceano. E tudo o que ele pensaria antes de afundar seria Chris, Chris, Chris e Chris.

— Vamos levar eles na sorveteria — avisa o australiano. — Já andamos bastante, eles podem pausar, comer, beber água e ir ao banheiro.

Com um assovio que fez o corpo de Minho estremecer de susto, Chris obtém a atenção imediata das crianças.

— A Califórnia está muito boa, mas vamos desembarcar num porto em busca de suprimentos antes de levá-los até vossos devidos destinos — houve um coro de "Ahh" tristonho, ele riu. — Vamos para o país dos sorvetes!

E tão rápido quanto, subiu um coro de gritos animados.

— Vamos tomar ice cream — gabou Moony.

— Eu vou tomar é water — diz Gaon, decidido — Depois eu tomo esse tal de ice cream .

Minho sorriu, era engraçado admirar as crianças entre si, mesmo que ele estivesse começando a se cansar. A sorveteria estava logo à esquina, Chan pediu para que todos ficassem juntos e organizados.

— Alguém quer ir ao banheiro antes do sorvete?

Niki e Susi levantaram a mão, ele olhou ao redor logo achando a placa que indicava os banheiros.

— Gaon e Moony, fiquem com o Minho enquanto eu espero a Susi e o Niki, tudo bem?

As crianças assentiram.

Chan se aproximou de Minho, as bochechas grudadas enquanto ele sussurrava em seu ouvido e acariciava sua outra orelha e cabelos. O Lee conteve o choque que ameaçou atravessar seu corpo, mas a forma como sua respiração saiu pesada ainda pode denunciar sua reação.

— Cuide deles pra mim um momento, tudo bem? — Então ele beijou a lateral dos cabelos de Minho e se afastou, lhe oferecendo uma piscadinha de olho — Vai ser rápido, prometo.

Quando Chris se saiu, Gaon disse:

— Sua orelha vai explodir? Tá vermelhona!

Moony deu um tapa na própria testa.

Era fascinante como eles ainda não tinham o mínimo filtro mesmo entre nove e onze anos.

Poucos minutos depois Chris volta.

— Vamos escolher sorvetes? Minho, você gosta de que sabor?

E então Uau, faz tantos anos que eu não tomo sorvete numa sorveteria e não em potes ou delivery.

— Que sabores temos?

— Vem, vamos ver. Moony, você primeiro.

— Morango, no potinho... eu não sei comer de casquinha — ela diz tímida.

Minho sorri para ela.

— Eu também prefiro potinho, faço a maior bagunça com casquinha, sabia?

— Sério?! — ela parecia desacreditada, enquanto Chan coletava os pedidos das outras crianças — Eu achei que adultos sabiam tudo.

Minho balança as mãos como quem afasta as ideias da menina.

— Nós também erramos, sujamos a camisa de sorvete e somos ruim de comer de casquinha. Nada é perfeito, né? Tá tudo bem.

Moony sorriu amplamente.

— Morango no potinho saindo! — Chris a entregou, então olhou para o Lee — E você, querido?

— Eu aceito um de brownie. Ah — Minho virou para o atendente no balcão — Me veja duas caixinhas de dois sabores cada, uma com maracujá e brownie, outra de chocolate com abacaxi ao vinho, por favor.

Chan franziu o cenho.

— Hyunjin e o Senhor Choi — explicou. Chan ergueu as sobrancelhas e assentiu. As crianças já estavam devidamente organizadas cada qual com seu sorvetinho quando o australiano escolheu o sabor de maracujá para si, ele se distraiu os ajudando a sentar na mesa sem se sujar – aos que escolheram casquinha – e quando deu por si Minho estava ao seu lado com um sorvete de maracujá e uma notinha.

— Você não deveria

— Não? — interrompeu Minho, ele tinha um sorriso presunçoso muito bonito de quem dizia "Eu deveria mimá-lo", e logo os ombros do rapaz cederam. — Muito bem, sente por favor.

Ele ainda vai ser a minha morte, pensou Chris enquanto tomava seu sorvete e via Minho brincar com as crianças.

— Tchau Tio Chris! Tio Minho! Não esqueça do convite do bolo de chocolate! — Gaon se despedia correndo para seus pais e quanto Susi acenava para eles.

O australiano olhou para Minho quando o garoto entrou no carro.

— Bolo?

— Longa história — Minho deu de ombros.

— Eu tenho tempo.

Um sorriso escapou, ele não fez suspense.

O Sr. Choi estava ali, ele abriu a porta para Chris e o fez entrar, indo logo em seguida.

— Boa tarde, boa tarde! — cumprimentou bem humorado — Sou Christopher, tudo bem?

— É uma honra, Senhor Christopher — o motorista devolveu na mesma simpatia — Sou o Sr. Choi.

— Ei, te trouxe sorvetes — Minho colocou a cabeça entre o vão dos bancos — Tem abacaxi ao vinho e chocolate. Vou deixar no banco da frente senão vamos acabar esquecendo.

— Obrigado, filho.

— De nada... A gente busca o Hyunjin e deixa o Chan? — o motorista assentiu — Ok, ok. Sabe aquilo que o Gaon falou? — Minho tirou o blazer e colocou o cinto de segurança — Quando nós estávamos na lojinha ele me perguntou se no nosso casamento teria bolo de chocolate, caso tivesse ele queria ser convidado. Aí a Moony brigou com ele e chamou-o de bocó.

— Casamento — Chan sussurra, parece boca e aberto. — É só... assinar papéis. Né?

Minho suspirou e estendeu a mão para Chris com a palma levantada para cima, ele a pegou e envolveu seus dedos no do outro. Ele foi sincero ao dizer:

— Eu estava pensando nisso enquanto andávamos com as crianças... E... Vai ser aquela coisa toda do juiz de paz, altar, cerimônia, doces, bolos, jantar e tal.

Chris parecia... assustado. Minho tentava adentrar em seu olhar e entender o que se passava na cabeça do australiano mas parecia difícil, então ele é honesto ao dizer:

— Eu preciso saber como você se sente com isso. Depois de terça — ele fez carinho na mão de Chris, subindo para traçar os dedos no metal de sua pulseira —, quando a gente chegar daquele inferno e você provar como o pessoal dessa família é doente, nós... vamos precisar conversar a fundo sobre como tudo vai acontecer. Isso se tu realmente quiser continuar, caso contrário nós vamos rescindir o contrato, e tudo bem. — Uma mentira, o coração de Minho ameaçava atravessar seus ossos e reclamar o quanto esse pensamento lhe feria.

— É muita coisa — ele olhou para Minho, se perdendo nos detalhes daquele rosto e a densidade de seus próprios pensamentos — De verdade? Eu estou assustado.

Ele sabia que esse momento chegaria, que essa conversa viria e que a ficha de que o que eles estavam planejando desde a primeira leitura dos termos mudaria suas vidas. Mas ele estava de braços abertos para o que viesse desde sempre, um pouco abalado pela adrenalina, com certeza, mas no fundo ciente de tudo. Era o que eles queriam, Christopher queria se dedicar aos seus sonhos sem nenhuma outra preocupação, Minho queria um casamento. Pontos a fim juntam pessoas, e eles uniram os seus. Um mês de encontros e então chegariam a uma decisão.

— Depois da terça, então?

Minho parou, seus olhos se fixaram nos do australiano e ele piscou, surpreso com o quão decidido o outro parecia.

— Sábado ou domingo.

A porta do carona abriu e uma cabeça morena entrou no carro:

— Olá, queridíssimos. Caralho eu tô com uma vontade de morrer — ele pausou abruptamente, tampou a boca virou com tudo para o banco de trás dando o sorriso mais sem graça e tímido do mundo — Oi querido, — ele segurava uma gargalhada, seus lábios eram carnudos e bonitos, o piercing na sobrancelhas e os cabelos nos ombros o davam um ar punk no meio do terno bem alinhado — desculpa a loucura. Fim de expediente.

— Eu sei como é. Prazer, eu sou Christopher!

— Ah, eu bem sei. Me chamo Hyunjin — eles trocaram um aperto de mão —, Hwang Hyunjin. Sou secretário do Lee Know, primo, terapeuta, curandeiro, personal stylist e tudo mais o que tu puder imaginar.

Minho estava estarrecido com o quão bem a conversa entre eles fluía.

— Provei seus bolos, eu e o Sr. Choi, só que o Minho é ciumento e não deixa a gente comer muito — Chris soltou a mão do Lee e cruzou os braços o olhando feio, o mesmo olhar de repreensão que se dá á uma criança. — Cara, você tem mãos de fada!

— Ah, pois muito obrigado... e bom saber que você anda negando bolo pras pessoas, Lee Minho... — ele olhou feio para o homem ao seu lado, então se voltou para Hyunjin com um sorriso — Não se preocupe, Sr. Choi e Hyunjin eu faço questão de fazer um bolo só pra vocês. Só preciso saber qual seu sabor favorito.

— Me chame de cunhado. — ele estendeu a mão e trocaram apertos.

O celular de Chris vibrou em seu bolso, ele ouviu Hyunjin dar um gritinho animado no banco da frente, puxando-o para ver do que se tratava, haviam mensagens de Seungmin no seu privado.

Sammy [5:49pm]

Atualizei drunk for love

Juro por deus q dor de cabeça

Ce ta indo pra casa?

Acabei de entregar meus documentos no escritorio la

Pra porra do ps de estágio

Se nao me chamarem eu vou me matar

Eu [5:49pm]

indo pra casa, Minho vai me deixar

vai dar certo no estagio ce tem notas mega altas

nosso arkimteto

tenho seminario pra hoje

so dei uma relida na casa do binho

Sammy [5:59pm]

Vsfffff arkimteto

que apelido ruim cristofer

e como assim minho? Vcs n saem só fim de semana?

Eu [5:50pm]

ele apareceu enquanto eu estava com as crianças e foi isso

ce viu o grupo ?

Sammy [5:50pm]

Muita mensagem fiquei com preguiça

O que rolou

Eu [5:50pm]

Dongwoo me demitiu

Aproveitei e mandei ele tomar no cu

Meu óculos quebrou

Talvez eu pegue um resfriado

Sammy [5:51pm]

cARALHO?? mana.

nossa minha cabeça girou

Como assim????

Eu [5:51pm]

Te explico na faculdade

Chan bloqueou o celular e respirou fundo enquanto olhava pelo vidro escuro. Um dia longo e cansativo, cheio de coisas que deram errado, com demissão e óculos quebrados. Seus olhos ardiam e seus pés estavam doendo um pouco. No entanto, o mais estranho é que ele tinha consciência do quanto a presença de Minho era um alívio para si.

Quando se encontraram no centro, todo o peso daquele dia o qual ele sustentava em ombros tensos se desmontaram com o outro correndo para si.

Agora, respirar um ao lado do outro era bom.

Porque ultimamente, os momentos mais calmos da vida de Chan têm Minho ao seu lado. Poder ser uma assimilação boba ou mera ironia do destino.

Ele não sabe.

Ou pode ser que não se importe com a resposta.

🐰🐺১ NOTAS

bora dropar as tags de unfair no tt anda anda anda

OLA COMO ESTÃO

o que acharam da att? mimi me brigou porque essa att eu tirei o chan pra christo ☝️ mas eh algo necessário não se preocupem

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