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PRÓLOGO

HELLO MEUS BROTOS ☘️

Estou muito feliz de estar aqui e saber que meus leitores estão me acompanhando.

A data do primeiro capítulo seria apenas no dia 16/10, mas quero agradecer a 1K de visualizações nesse livro que mal começou.

Por favoooor, muitos comentários e muitos surtoooooss.

Segurem essa surpresa. 🎉

"Eu achei que tivesse sido machucado antes
Mas ninguém nunca me deixou tão ferido
Suas palavras cortam mais fundo do que uma faca
Agora preciso de alguém para me fazer respirar de novo"

Shawn Mendes — Stitches 


Hoje é o dia mais feliz da minha vida.

Desde quando me conheço por gente, soube que queria ser atriz. Meus pais me colocaram para fazer aula de teatro infantil, aos cinco anos de idade, depois não parei com meu sonho. Foram muitas peças, musicais e algumas participações em séries. O papel que realmente me faz sentir orgulho é nessa novela, serei a melhor amiga da filha da protagonista e irei aparecer em muitos capítulos. 

Sonho em ser uma atriz de sucesso, claro que não vou chegar aos pés de Julia Roberts, Sandra Bullock e Katharine Hepburn. Mas começar tão cedo na carreira não passou na minha cabeça. A novela vai passar no horário nobre na Globo. Isso não é um sonho?

Esse é o meu sonho e todos estão em casa para comemorar. Meus primos, tios, meus padrinhos, meus pais, meus avós, minhas melhores amigas — Analise, Catarina, Kimi e Melissa — e Yan vieram assistir a estreia da novela. Mamãe, fez questão de preparar uma mini festa para esse momento.

O mais legal é que, meus primos e os filhos dos meus padrinhos convivem comigo e Benicio como irmãos, sempre estamos juntos, nunca nos separamos. 

Estou com o sorriso no rosto, estou radiante e muito ansiosa. Todos estão depositando tanta confiança em mim, já pensou se dá para perceber que estava nervosa fazendo a cena, contribuindo para uma atuação horrível? 

Não Ravena, pense coisas boas, pense em borboletas, flores roxas e amarelas, pense que vai aparecer na TV, pense que hoje vai finalmente se declarar para o seu melhor amigo.

Claro, porque fazer uma declaração que está ensaiando a muito tempo, para o afilhado dos seus pais, que é seu melhor amigo é uma coisa muito boa de se pensar.

Ravena, você já foi mais esperta.

Conheço Yan, desde... sempre. Minha madrinha Maju faz questão de mostrar fotos de nós dois crescendo juntos, assim como mamãe. Ele me segurou no colo, quando eu tinha horas de vida e essa foto está registrada. 

Não convivo com outros meninos além dele e meu primo, mas Yan é diferente do amigo. Eike, sempre faz questão de tirar sarro de mim, fica me batendo e me maltrata. Já o Yan me defende do próprio amigo, me trata muito bem, é carinhoso, amoroso, me protege e sempre deixa claro o quanto me ama. Sem dúvida alguma, ele é meu melhor amigo.

Porém, também não posso negar que acho ele muito bonito. Vi todo seu processo de transformação, essa última versão é a minha preferida. Ele cresceu demais no último ano, seus ombros tão largos, os braços magros agora estão construindo músculos, as pernas estão ficando mais longas e seu rosto está mais másculo. Yan virou um homem, grande e forte. 

As meninas da escola são apaixonadas por ele, mas nunca vi ele dando moral para alguma. Na entrada ele me leva até a minha sala, na hora do recreio ele fica comigo e na hora de ir embora ele me espera na porta da sala também. Nunca vi ele interagindo com outras meninas, da forma que interage comigo.

Yan faz questão de termos contato físico, abraços, beijos e carinhos sempre é distribuído quando estamos juntos.

É meio difícil explicar, o que sinto por ele. Mas sei que não é apenas amor de amigos, de uma certa maneira que não sei dizer como. Sinto vontade de beijá-lo, mesmo morrendo de medo de ser a primeira vez, mas quero que ele seja o primeiro. Toda vez que ele me protege de alguma coisa, meu coração pulsa mais forte, seu olhar me dá um frio na barriga e fico suspirando toda vez que vejo ele.

Nós nunca conversamos sobre algo desse tipo, mas algo dentro de mim, diz que preciso liberar todos os sentimentos que tem aqui dentro. Já tentei disfarçar, porém é uma chama que grita mais forte para que eu fale tudo de uma vez, ou se não irei explodir...

— Ursinha olha você ali — Yan grita me tirando dos meus devaneios. 

Olha para a televisão que ele aponta sorrindo, me vendo na novela pela primeira vez. Todos da família começam a gritar e bater palmas, Yan se joga em cima de mim me abraçando, gritando e deixando vários beijos por meu rosto, sem encostar na minha boca, claro. Logo depois, um por um, o pessoal vem me abraçar e acabam nem prestando atenção na minha atuação e nas falas. 

— Amor da mamãe, você está maravilhosa na televisão. Estou muito orgulhosa da minha filha — dona Bárbara diz chorando e acariciando meu cabelo.

— Obrigada, mamãe — agradeço emocionada.

— Eu te amo, princesa. Você pode tudo o que quiser nessa vida, ninguém irá te impedir — papai pisca para mim e me abraça.

Meus pais são os melhores que poderia ter. Eles me apoiam em tudo que eu quero fazer, entendem a minha privacidade, sempre estão presentes em tudo da minha vida e o mais importante, eles me escutam. Sempre converso com a mamãe sobre meus medos, inseguranças e curiosidades. Com seu Ravi não é diferente, mesmo trabalhando muito, ele faz questão de interagir com as minhas novidades do dia a dia. 

Eles são as pessoas que mais amo nesse mundo.

— Obrigada, papai.

Assistimos o final do capítulo, mesmo eu não aparecendo e depois ficamos conversando. Me encheram de perguntas de como eu me senti atuando em uma novela de uma emissora tão grande. Depois de todas as respostas, engatamos em mais conversa, apenas quando passava das meia-noite meus avós decidiram ir embora, tia Bel e tia Maju ficaram mais tempo. Meus pais liberaram todas as "crianças" — como eles gostam de nós chamar — para a sala de jogos. 

Seria agora ou nunca, coragem Ravena. Levanto junto com Yan, no topo da escada meu pai murmurou algum palavrão que não consegui identificar e meus tios começaram a rir.

Papai morre de ciúmes de qualquer menino perto de mim, mas acredito que ele entenderia quando explicar o que sinto pelo seu afilhado.

Até a bisa Maria, que hoje já não está mais entre a gente, me revelou algo sobre nosso relacionamento como amigos.

Foi descoberto um câncer terminal, pelo seu estado e idade já não seria possível um tratamento, foi isso que papai explicou para mim. Quando fui visitá-la no hospital, ela me disse com essas mesmas palavras: "Minha primeira bisnetinha, você está linda, a cada dia cresce mais. Sempre soube que seu pai seria feliz e me traria felicidade com a sua chegada. Sua avó também gostaria de bisnetos. Acredite, ele é o rapaz certo para a sua vida, vocês estão ligados por uma conexão maior que imaginam. Irão sentir o amor crescendo ao longo dos anos, mesmo não querendo e fugindo desse fardo, sempre estarão próximos. Não negue os sentimentos e faça exatamente o que estou dizendo. Não conte para ninguém, guarde apenas no seu interior. Essas são as minhas últimas palavras sábias, repassei para todas as gerações e agora já chegou o meu momento."

Quando ela me disse isso, tinha dez anos, não olhava para Yan dessa forma, para mim éramos apenas amigos. Fiquei com medo e assustada, por não poder falar com ninguém, no outro dia ela faleceu. Pensei vários dias sobre isso, papai já tinha me contado algo sobre as visões, ou algo do tipo da bisa, mas decidi escutar o que ela me disse e guardei para mim. 

Três anos se passaram e eu senti o amor crescendo dentro de mim.

— Eu preciso te mostrar uma coisa — paro o garoto com cabelos negros e olhos puxados perto do meu quarto, para não irmos até onde meus primos estão.

— No seu quarto? — questiona erguendo uma sobrancelha, dou apenas de ombro. — Vena, sabe que o padrinho não gosta disso — reclama.

— Preciso de ajuda na matemática — faço um charme.

Meus pais não gostam que fiquemos sozinhos no meu quarto, eles colocaram essa regra quando Yan estava com quinze anos. Eles só deixam quando ele vem me ajudar a estudar com a porta aberta.

Yan, semicerra seus olhos para cima de mim. Analisa se estou mentindo, mas ele esquece que eu sei disfarçar muito bem, não demostro a boa mentirosa que sou. Entra no quarto, rapidamente tranco a porta e escondo a chave.

— Ravena, eu sabia que não era nada de ajuda de matemática — choraminga. — Abre a porta antes que seu pai venha aqui — passa a mão no cabelo nervoso.

— Errei em mentir, fui moleca. Desculpa — digo tentando acalmá-lo. — Preciso te contar uma coisa, serei rápida, juro. Papai não vai saber que esteve aqui.

— O que você fez, ursinha? — questiona preocupado.

— Se acalma, não fiz nada e-eu — respiro fundo. — Só preciso te falar uma coisa — mordo o meu lábio inferior nervosa com o que estou prestes a falar.

Yan fica alguns segundos olhando para meus olhos, tentando decifrar alguma coisa. Sem obter sucesso ele fecha os seus olhos negros e suspira.

— Seja rápida, ursinha.

Pego a minha bandana no guarda roupa e me aproximo de Yan, estendendo o pedaço de pano. Ele me julga sem falar nada. Incentivo ele a vendar os olhos.

— Vai logo, grandão. Não vou conseguir dizer com você olhando pra mim — explico.

Ele revira os olhos e retira a bandana das minhas mãos, se vendando.

— Já pode começar — incentiva.

Observo seu corpo duas vezes maior e mais forte que o meu, dentro de uma calça cargo preta, camisa também preta e seu tênis estiloso. É um look simples, mas até na simplicidade ele fica lindo.

Concentra Ravena. 

— Eu amo v-você, mais do que apenas amigos. Não sei explicar direito, mas o meu coração bate forte por você — fico bem próximo dele. — Pode me beijar, eu deixo — puxo o seu pescoço para poder encostar meus lábios nos seus.

Yan em um movimento muito rápido me empurra e desvenda seus olhos. Fico paralisada com a sua atitude, enquanto ele grita comigo:

— Ficou maluca, Ravena? — espera pela minha resposta, mas nada vem. — Que merda passa na sua cabeça? Me fala — agora ele grita ríspido, me assustando.

Meu queixo treme, consigo escutar o meu coração estilhaçando e as lágrimas caem como cachoeiras.

— Não grita comigo — digo com a voz embargada e os olhos cheios de lágrimas.

— Você faz ideia do que iria fazer? — não grita, mas o seu tom de voz ainda é assustador.

Yan nunca me tratou assim, pensei q-que... q-que ele sentisse a mesma coisa por mim. 

— Achei que você me amava — falo com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Eu te amo, mas não dessa forma ursinha. Você é minha amiga, tem 13 anos, filha do meu padrinho. Não tem cabimento você querer me beijar — Yan explica como se eu fosse da idade do meu irmãozinho. — Ravena, você nem faz o meu tipo, é uma criança que acha ser adolescente, eu já estou me tornando quase de maior. — Saber que Yan me acha uma criança, doeu e muito. — Não quero vê-la triste, mas precisa entender que nada vai acontecer entre nós. 

Cada palavra que ele soltou me deixou triste, doeu mais do que quando me tiraram o papel que passei, para dar a uma garota branca. Na minha cabeça Yan sentia tudo o que eu sinto por ele, suas atitudes demonstravam muito mais do que ele está dizendo. 

Ele me deixou confusa.

— Me prometa que nunca mais vai tentar me beijar e que essa história não vai chegar na boca de ninguém — segura meu rosto com suas mãos grandes e olha fundo nos meus olhos.

— Prometo.

Falo mais por falar, porque o meu coração está todo despedaçado. Se ele amanhã dissesse que gosta de mim da mesma forma que eu gosto.

Sem dúvida alguma, eu deixaria ele tirar meu BV.

— Tudo bem entre a gente? — pergunta sorrindo sem mostrar os dentes. Não estou bem, mas preferi fingir balançando a minha cabeça em positivo. — Abre a porta, antes que seus pais venham aqui.

Obedeço, fazendo tudo no automático. Está difícil acreditar que Yan me tratou tão mal dessa forma. É mais difícil ainda, saber que ele não me ama como imaginei. Ele me acha uma criança e agora ele vai me achar mais chata ainda por ficar no seu pé.

Meu amigo sai do meu quarto sem olhar para trás e sem me chamar para ir junto. Fico estática no mesmo lugar por um longo tempo repassando tudo o que aconteceu.

Por que eu fiz isso? Por que inventei de me declarar pra ele?

Alguns dias depois pensei que as coisas iriam ficar tudo bem e voltar ao normal. Engano meu.

Yan não vinha mas na minha casa e não me chamava para dormir na sua, aos finais de semanas. Na escola ele só me levava até a porta da minha sala de manhã e depois o resto do dia não nos falamos mais. Até certo tempo foi assim, porque depois não teve esse contato entre nós. Ele colocou uma distância enorme quando ficamos sozinhos, ou até mesmo quando íamos jogar vídeo game, ver um filme e etc.

Dois meses depois, ele apareceu namorando Bruna, uma garota loira popular da escola. Ela era apaixonada por ele, igual todas as meninas da escola. Não durou muito e um mês depois ele apareceu com outra, depois outra, com outra de novo e com mais outra Assim sucessivamente.

E cada vez, fomos nos distanciando mais.

O dia que seria o melhor da minha vida se tornou o pior. Todas as vezes que falam da estreia da novela que eu participei, não lembro disso. Lembro do dia em que meu coração foi quebrado pela pessoa que mais confiava.

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Pessoal, para saber os dias que postarei, os capítulos me sigam aqui no WATTPAD e no Instagram @laysxbook. Espero que tenham gostado desse capítulo. Até o próximo 💜

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