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Capítulo - 35

HELLO MEUS BROTOS ☘️
Não sei nem começar essa capitulo, por cada um que venho postar é menos um para acabar a história. Não tenho emocional para isso.

Espero que surtem muito nesse capítulo, muitos comentários, muitas teorias muito tudoooooo.

Maratona (2/3)

Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos foram traçados
Na maternidade
Paixão cruel, desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas

Cazuza - Exagerado

SETE ANOS DEPOIS

Sete longos anos se passaram e muita coisa aconteceu. 

Me sinto na obrigação de atualizar todos vocês. Vamos lá.

Passei dois meses de férias no Brasil após o coma. Fiquei junto com Yan, me cuidando e aproveitando cada momento possível. Logo voltei e dei continuidade no meu curso. Comecei a trabalhar apenas com publicidade, o que teve muito, pois além de ser uma influencer renomada e atriz, também era namorada do astro do pop do momento. As portas foram se abrindo, sem ao menos terminar a faculdade. Fiz várias participações como figurante até chegar a personagem secundário e finalmente chegar ao tão esperado protagonismo. 

Enquanto isso, Yan relutou bastante para terminar o último ano da sua faculdade, lançou seu primeiro álbum quando se formou e de lá até aqui o sucesso foi grande. Vários shows, milhares de visualizações, muitos seguidores e até turnês. Eu sou namorada de um fenômeno. 

A banda passou por algumas transformações, Eike não quis seguir carreira, mas Maeve aceitou rapidamente quando o convite foi feito. Hoje a Dark Heart é composta por Yan o vocalista, Max o baterista e Maeve a guitarrista. 

Meu primo decidiu seguir a carreira de jogador de futebol americano que tem namorada modelo. Além dele mesmo também ser e fechar com marcas super famosas, ele é um jogador muito famoso e com muitas conquistas, está no topo dos times. Minha cunhada se tornou uma modelo muito famosa, mesmo com seu um metro e meio. Os desfiles de passarelas não eram o seu forte, a garota arrasava nas parcerias, vídeo clipes e campanhas para divulgar a coleção de roupas da marca.

Kimi se mudou quando Eike terminou a faculdade, eu e minha cunhada resolvemos dividir o apartamento no mesmo condomínio que Yan morava, mas a realidade era que apenas pagamos um aluguel a mais, pois os quatro moravam na cobertura.

Esses dois fazem parte do tabloide perfeito aqui nos EUA, como o melhor casal. Eles se casaram há um ano atrás, fazendo as mídias ficarem comentando com casamento por alguns dias.

Falando em casamento, Analise também se casou, há dois anos atrás com o seu ex professor, ela mora no Brasil, mas voltou para o Rio de Janeiro e tem o sua própria empresa de advocacia junto com o marido, onde Eike também está incluso, caso um dia ele decida exercer a sua faculdade. E a novidade é que minha prima está grávida, estamos ansiosos para saber o sexo do bebê. Que ela decidiu esperar até o nascimento.

É o primeiro bebê prestes a nascer da terceira geração da família. Estamos tão ansiosos.

Continuando sobre casamentos, Cameron e Conrad se casaram dois meses antes da minha prima, a cerimônia foi muito linda. Meu amigo finalmente se abriu para seus pais, que de primeiro momento não gostaram, mas Cam não ligou para suas opiniões. Além disso, ele também rejeitou o cargo da empresa do seu pai e focou totalmente na sua carreira como diretor. No filme que fui protagonista ele ajudou na direção, foi incrível trabalhar com quem amamos e queremos ver em um futuro brilhante. Já Conrad se tornou jogador de futebol americano, porém em um time diferente que Eike. Eles vivem se encontrando nos campos.

Acredito que a maior novidade é Maeve e Catarina, Max e Melissa. Sim eles são um casal, meus amigos viraram parte da família. 

Quando Maeve veio para o Brasil naquela época que estava doente, foi impossível Catarina resistir a sua conversa fiada e minha amiga não pode resistir a beleza da minha prima. Foi amor à primeira vista, de primeiro momento elas relutaram um pouco a aproximação, mas quando Yan convidou Catarina para trabalhar como fotógrafa na turnê, foi impossível elas não se envolverem. 

O mesmo aconteceu com Melissa que hoje é uma cantora pop brasileira extremamente famosa. No começo da sua carreira, Yan ofereceu a oportunidade dela abrir os shows da banda e então Max foi quem se apaixonou primeiro, já a minha prima demorou bastante para corresponder o pobre coitado, por ele ser mais velho que ela, mas no fim Mel agarrou aquele homem e não soltou mais.

Hoje em dias esses quatros continuam apenas namorando, mas há rumores que dali vai sair um noivado. Não contém mas Max é muito apaixonado para deixar Melissa escapar. 

Todos seguiram a suas vidas e ficaram felizes no final. Até meu irmão que hoje já é um homem de dezoito anos. Benício faz parte dos héteros top que não pensa em namorar deus o livre se um dia casar. Ele só quer curtir a vida, resumindo ele gosta da farra. 

Toda semana sou agraciada com a ligação da minha mãe falando que está tentando limpar a imagem do Benício nas mídias, porque ele fez alguma merda. Acreditem não são poucas, principalmente para alguém tão famoso quanto.

Benzinho terminou os estudos no ano passado, ele pediu um ano de descanso para pensar o que quer se tornar. Mas verdade seja dita, ele quer curtir a vida antes de ter responsabilidade. Não o julgo por isso, pois até eu fiz algo parecido.

O único problema é que ele passa dos limites, a vida dele vem com esse propósito desde os quinze anos e cada ano temos uma novidade diferente. Estou aguardando ansiosamente para saber o que vem nesse. Ano passado descobrimos o uso de bebidas alcoólicas, no anterior foi sua expulsão do colégio e assim por diante.

Benzinho é terrível. 

Meu irmãozinho virou um homem extremamente bonito com seus olhos verdes, pele negra, cabelo cacheado e corpo definido. Muitas mulheres são loucas pelo meu irmão, e ele sempre é muito bem recíproco, é claro.

Meus pais são a minha inspiração de história de amor, a meta do meu relacionamento. O amor deles é tanto que é nítido de se perceber. Mesmo depois de velhos, o casamento não se desgastou.

E é assim que quero ser com Yan, que agora é meu marido.

Isso mesmo, somos marido e mulher, nos casamos há dois dias atrás com uma festa enorme com direito a tudo que imaginei um dia. Yan me ajudou a preparar esse casamento desde os mínimos detalhes até o grande, ele esteve presente em todas as etapas. 

Mais um sonho foi realizado com sucesso. Agora eu oficialmente sou uma Almeida Tanaka, desde criança esperei por esse momento e finalmente me casei com a minha paixão platônica.

Ainda é difícil acreditar, Yan é meu marido. Meu esposo, meu confidente, meu amigo e meu namorado. 

Finalmente posso chamá-lo de meu, e eu sou totalmente sua.

Agora estamos ainda em festa comemorando em uma pousada em Los Angeles. Convidamos todos familiares e amigos, queríamos aproveitar algo mais reservado, já que no casamento tivemos que estarmos disponíveis para mais de trezentas pessoas. Ao longo dos anos conhecemos muitas pessoas que importam nas nossas vidas.

Além do mais, precisávamos desse momento com a família para contarmos a grande novidade. Eu e Yan já aproveitamos demais essa vida, muito trabalho, muita diversão, muita viagem, muito dinheiro e etc.

Tomamos a decisão juntos, colocamos os prós e contras na mesa e resolvemos engravidarmos. Não vou negar que essa ideia era mais do meu marido do que minha. Yan não parava de me atormentar sobre ser pai, não que eu não quisesse, pois eu quero muito. 

Mas queria que fosse algo natural, mas Yan não, ele decidiu que precisamos transar todos os dias. Não recusei essa proposta, mas ele estava determinado a meter um filho na minha barriga.

Bom, deu certo. Estou grávida de quatro semanas, mais ou menos pelas minhas contas. Foi o momento perfeito, já que eu decidi não fechar nenhum contrato de série ou filme e Yan está começando a produzir seu quinto álbum sem previsão de estreia como diz o contrato com a editora.

Estar casada com Yan  já é algo surpreendente, agora ter um filho teu é quase inacreditável. Todas as noites fico pensando em como ele nascerá, se vai puxar os traços do pai, misturado com os meus. A ansiedade vem à tona junto com uma vontade de chorar, de felicidade é claro.

— O que está acontecendo, ursinha? — Yan franze o cenho ao me ver estalar os dedos nervosa.

Ele me conhece muito bem.

— Não nada, estou divagando nos pensamentos — sorrio.

— Um real por cada pensamento então — seu sorriso me ilumina.

— Como vai ser o bebê que estamos esperando, se ele vai puxar você, ou vai ser uma mistura nossa. Se vai ser um menino ou uma menina… — desabafo.

Yan me observa com um sorriso no rosto, me acaricia com seus dedos, passa eles por toda extensão do meu pescoço, depois divaga pelo ombro e termina brincando com uma mecha do meu cabelo liso.

— Independente de como seja, branco, preto, amarelo, roxo ou azul, eu já amo muito essa criança — sua mão desce para a minha barriga e seu carinho é reconfortante.

Seus lábios não conseguem ficar longe dos meus por muito tempo, só nos separamos por um uma voz muito embolada diante de nós.

— M-mana… manininha — Benício não está conseguindo parar em pé na minha frente. — Quero… falar com v-você.

— Ai meu deus, quem deu bebida a vontade para esse menino? — passo a mão pelo rosto.

— Linda, basicamente as bebidas são à vontade para todos da festa — Yan ri da minha cara.

— Surpresa — ele tira das suas costas uma garrafa de tequila e começa a rir sozinho.

Yan também gargalha da sua situação, mas eu não vejo graça nenhuma. Benício é tão novo para isso.

Rapidamente me levantei pronta para acabar com esse seu show particular. 

— Se Doutor Ravi te ver assim, ele vai acabar com a sua e a minha vida — repreendo. — O que precisa tanto falar comigo, Beni? 

— A sós — ele coloca a mão no rosto para cobrir o que vai falar e então aponta para Yan. — D-desculpa cunhadinho. 

— Vai lá, linda. Resolve esse B.O — Yan me incentiva com um tapa na bunda e sua gargalhada. 

— Você é péssimo — repreendo ele com meu olhar e puxo Benício para o outro canto.

Eu e Yan estamos bem afastados da festa observando o pôr do sol, aproveitando nosso momento. Até Benício vim com uma bomba no meu colo.

Estamos atrás de uma árvore bem grande, coloquei meu irmão apoiado nela e estou na sua frente com os braços cruzados esperando o que ele aprontou dessa vez.

— Vamos Benício, o que foi dessa vez?

Ele gargalha enquanto bebe no gargalo a tequila pura. Santo Deus. De repente o riso vira choro e começo a me preocupar.

— Nosso pai vai me… m-matar — o soluço fica 

mais alto.

— Chega de bebida — jogo a garrafa longe. — Do jeito que você está, ele vai nos matar.

— N-não… 

— Olha, me escuta — limpo suas lágrimas. — Independente do que seja, conte para mãe e o pai. Mentir, omitir e esconder só vai piorar a situação, vai por mim eu sei como é pior.

— Não dá, R-ravena não dá… precisa me a-ajudar.

— Sempre vou te ajudar, mas você não está em condições de nada nesse momento — seguro seu rosto para ele olhar nos meus olhos. — Para de beber, chega de bebidas por hoje.

— Mas é seu c-casamento — reclama. — Temos que festejar — me abraça e tenta beijar meu rosto inteiro com seu bafo de álcool.

— Beni, para — me desvencilho dele. — Beni para com isso agora, eu tô falando sério — ele desiste e fica magoado. — Vamos fazer assim, eu vou te dar cobertura e você vai subir para aquele quarto e tomar um banho, se jogar na cama e depois eu vou levar um remédio, combinado? 

Ele apenas assentiu concordando. Levo ele até onde Yan está de novo e deixo ele sentado no meu lugar.

— Amor, precisamos contar, tipo agora sobre a novidade — dou um sorriso nervoso.

— O que mudou? 

— Benício — aponto para meu irmão.

— Esse pirralho ainda vai fazer seus pais ter um ataque cardíaco — Yan ri.

— É eu sei, tô poupando eles disso — puxo a sua mão e voltamos para onde todos estão festejando.

Minha mão começa a soar junto com a do Yan, mas ele faz um carinho, sem perceber seu ato me dá um conforto. 

Papai está ao lado da mamãe conversando animadamente com todos à sua volta. Abaixo a música e fico no meio, meu marido fica atrás de mim com as mãos ao redor da minha cintura.

— Queríamos que a família e amigos estivessem nesse dia comemorando conosco, para vocês saberem em primeira mão uma notícias especial ,- falo o mais calma possível.

Mamãe abre um sorriso enorme, papai escuta atentamente e as outras pessoas então aguardando sem entender muito.

— Nossas carreiras hoje contribuem bastante para que pudéssemos dar esse novo passo — meu marido completa.

— Estamos grávidos — falo com um sorriso e as lágrimas já escorrendo pelo meu rosto.

Mamãe é a primeira a se levantar chorando igual a mim e me abraçar. 

— Que notícia incrível, eu vou ser avó — dona Bárbara beija meu rosto e passa sua mão pela minha barriga.

— Sim, mãe — sorrio para ela.

— Parabéns filha, eu vou amar ser avó dessa criança — papai beija a minha testa. — Parabéns filho, não confio no seu potencial de ser um pai incrível — parabeniza Yan.

— Obrigado padrinho — os dois se abraçam.

Logo minhas primas e tias ficam ao meu redor me abraçando e parabenizando. Enquanto os homens parabenizam Yan.

— Ai meu deus, eu vou ser titia. Pelo menos meu irmão soube fazer alguma coisa direito — Kimi de pronúncia.

— Nossos filhos vão crescer juntos igual a gente prima — é a vez de Analise.

— Vamos estragar esse bebê, não é amor — Maeve está abraçada com Catarina.

— Conta comigo pra isso — Catarina dá um selinho em Mae.

— Quantos meses você está, Vena? — Melissa pergunta.

— Não fomos ao médico ainda. Fiz o teste há algumas semanas atrás. Pelas minhas contas estou grávida de mais ou menos um mês.

— Vamos marcar uma consulta agora mesmo. Somos uma família de médicos, não posso deixar que isso aconteça — meu sogro entrou na conversa.

— Nem percebemos essa barriguinha crescer — Minha sogra vem ao meu encontro e me abraça. — Vai ser uma mamãe linda, querida.

— Obrigada madrinha. 

— Precisamos começar a comprar tudo — tia Belinda se pronuncia.

— Dia de compra de mulheres igual fizemos com Analise — mamãe da ideia.

Minha mãe e tias são mais animadas do que nós mesmos quando o assunto é crianças da terceira geração. Quando Analise contou sobre a gravidez elas logo inventaram de ir às compras, pelo jeito vai fazer a mesma coisa comigo.

A sala estava repleta de alegria, risada e alvoroço até nos assustamos com o barulho dos estilhaços de vidro.

— Ops, desculpa família — Benício começa a rir.

A minha primeira reação é querer matar meu irmão. Porque ele ele não seguiu com a porra do combinado, era tão simples.

Papai lança um olhar para Benício que até a minha quinta geração de filhos teriam medo. Mamãe abaixa a cabeça envergonhada.

— Beni, vamos para cima — chamou ele e seguro seu braço.

— Me deixa Ravena, eu também tenho uma novidade — grita comigo e com brusquidão se desvencilha de mim — Já que estamos falando de bebês, netos e avós, parabéns vocês serão avós duas vezes.

Todos estão sem acreditar no que ele disse. 

Espero que seja apenas uma brincadeira por ele estar muito bêbado.

— Que caralhos você está falando, Benício? — Meu pai cruza os braços.

— Uai, avós, bebê, fralda, leite, tempo, dinheiro e essas coisas — ele dá de ombros.

— Como assim filho? — mamãe sonda.

— É tão difícil entender? Ravena vai ser mãe e eu vou ser pai…

Nesse momento minha mãe abriu um perfeito O com a sua boca e ficou claramente envergonhada.

— Dessa forma? Com dezoito anos? Sem uma faculdade? Muito menos um emprego para criar essa criança? Você é patético, Benício — meu pai não sai do controle mas seu tom de voz ríspido, já diz muito.

E ele não precisa exatamente gritar, ele sabe humilhar muito bem as pessoas sendo frio e calculista.

— Surpresa — é a única coisa que ele fala.

— Não acho justo estragar a festa da sua irmã com essa palhaçada e nesse estado, se recomponha e venha me procurar depois como um homem de verdade que eu criei, não como esse moleque. 

Vejo Benício vacilar um pouco, mas ele não diz nada apenas sobe as escadas e por lá fica. Minha vontade é de subir e ver como ele está, mas sou impedida pelo meu pai.

— Vou conversar com ele. 

— Deixe, Ravena — papai me repreende. — Seu irmão já é grandinho demais e está na hora de arcar com as consequências.

Assinto obedecendo sua ordem. 

Não é novidade para ninguém que Benício é um playboy mimado e nunca colocamos limites nele, mas dessa vez precisamos intervir. Não sou a melhor pessoa para dar lição de moral, mas que caralhos ele fez para ser pai aos dezoito anos.

Um filho, meu irmãozinho vai ser pai. Quem é a mãe? Como isso pode ter acontecido?

O clima ficou tenso e todos ficaram sem reação. Mesmo depois do show ficou perceptível a tensão, principalmente dos meus pais. Mas meu marido conseguiu diminuir um pouco quando começou a cantar. A música escolhida foi "Exagerado de Cazuza”.

— Amor da minha vida, daqui até eternidade. Nossos destinos foram traçados na maternidade — abriu um sorriso lindo. — Paixão cruel, desenfreada te trago mil rosas roubadas. Pra desculpar minhas mentiras. Minhas mancadas.

— Foram muitas — papai debocha tirando risadas de todos.

— Exagerado. Jogado aos teus pés — ele se ajoelhou na minha frente. — Eu sou mesmo exagerado, adoro um amor inventado. Eu nunca mais vou respirar se você não me notar. Eu posso até morrer de fome, se você não me amar. Por você eu largo tudo. Vou mendigar, roubar, matar, até nas coisas mais banais. Pra mim é tudo ou nunca mais.

Yan faz uma verdadeira performance e por mais que as pessoas achem um exagero. Eu acho lindo, sou completamente apaixonada por tudo nele e essa música combina perfeitamente o que sentimos.

Quando se trata de amor, somos dois exagerados.

•••
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DOIS MESES DEPOIS

Nunca estive tão ansiosa quanto hoje. Na verdade, nunca vivi com tanta ansiedade quanto agora que estou grávida. Meu humor oscila muito e acabo ficando com dó do Yan por isso. Ele me aguenta mais do que deveria. 

Estou com onze semanas e hoje é dia de conhecer o nosso bebê. Não sei se estou preparada para isso, é muito emocionante para uma pessoa só. Na verdade, vou dividir com mais cinco pessoas. Os avós paternos e maternos saíram do Brasil e voaram até Los Angeles apenas para participarem da primeira ultrassom.

Mas é claro que Doutor Ravi e dona Bárbara não perderia por nada a possibilidade de conhecer o neto e saber o sexo. 

— Ravena Tanaka Guimarães — o doutor aparece na porta do seu consultório.

— Sou eu — me levanto sorrindo e Yan ao meu lado segurando minha mão.

— Uau, quantas pessoas para conhecer esse bebê — fiz surpreso.

— Por isso escolhemos seu consultório, doutor Bennet — Yudi, sai de trás do meu pai e comprimenta o obstetra. 

— Não acredito que vai ser avó e confiou em mim para cuidar desse bebê — os dois riem e se abraçam.

— Estou começando a me preocupar se foi a melhor opção.

Quando eu disse que iria começar os exames, meu sogro fez questão de dar sua opinião em quem seria o melhor obstetra para cuidar de mim. Doutor Bennet conhece meu sogro da época da pós -graduação que fizeram juntos no Brasil. E por coincidência seu consultório está localizado em Los Angeles, onde eu e Yan estamos moramos há um ano.

— Os papais estão em boas mãos, vamos lá então pessoal? 

Todos então na sala, o doutor pede para eu subir na maca e erguer a minha camisa. Yan está do meu lado segurando minha mão, quentão meus pais e meus sogros mais atrás.

— Bom, a mãezinha começou seu pré-natal comigo e já tranquilizou os pais. Essa gravidez não corre nenhum risco, pelo contrário, demonstra ser bem saudável. E hoje é o dia mais esperado, vocês finalmente vão conseguir ver esse bebê, parabéns papais — o médico sorri para mim e Yan.

Meu marido olha nos meus olhos e a sua felicidade reluz a minha.

O médico passa um gel gelado na minha barriga e diz para nós olharmos na tela enquanto ela passa O aparelho na minha barriga. A sala inteira está em completo silêncio, o doutor prestando total atenção na tela assim com os todos os pares de olhos nessa sala.

De repente o médico começa a sorrir mais que o necessário para a tela onde eu não consigo enxergar muita coisa. Está tudo escuro e algumas partes brancas apenas.

— Bennett, isso é o que estou pensando — meu sogro questiona.

— É isso mesmo.

Yudi tem um sorriso tão grande no rosto e lágrimas nos olhos. Todos ficam sem entender.

— O que isso quer dizer doutor? É algo bom? — meu pai questiona.

— É mais do que bom, vou explicar — seus olhos voltam para mim. — Fique calma, está tudo bem, olhe aqui — ele dá um zoom e agora consigo enxergar algo parecido como o corpinho. — Aqui está um embrião, seu crânio, braços, pernas e o tronco. Aparentemente tudo perfeitinho, só não conseguiremos ver o rostinho por estar virado. Querem escutar o coração?

— Sim, por favor. 

E foi nesse momento que meu mundo parou, algo tão pequeno com um batimento tão forte. Dentro de mim há uma vida e eu já a amo. Minhas lágrimas nem precisam pedir permissão, elas saem naturalmente. 

Yan beija minha cabeça e segura a minha mão um pouco mais forte. Ficamos uns dois minutos apenas escutando o coraçãozinho do nosso bebê.

— Agora, olhem que legal — a tela fica ampla novamente e o aparelho fica mais abaixo da minha barriga. — Aquele era um, agora esse é outro embrião — a tela fica grande e conseguimos identificar melhor um rostinho, com corpo perfeito.

O médico coloca o barulho do coração, mas mesmo assim não consigo acreditar. Meu deus do céu, são duas crianças. Eu tenho dois bebês na minha barriga. A ficha é impossível de cair.

— Puta merda, amor — Yan está chorando ao mesmo tempo rindo e desesperado.

— Gêmeos? — questiono o doutor.

— Sim, uma gravidez gemelar de placentas diferentes. Gêmeos bivitelinos — o médico explica.

Dois, dois bebês. Eu não posso acreditar, é algo impossível.

— Mas como exatamente isso é possível? não temos descendentes na família — Mamãe está confusa.

Imagine eu então.

— Às vezes pode ser apenas uma sorte, parabéns papais — nos parabeniza.

— Na verdade, tem um caso — Yudi se pronuncia.

— Quem são os gêmeos da nossa família, pai? — Yan questiona.

— Sua avó, ela tem um irmão gêmeo que mora no Japão, só vi ele uma vez quando viajamos. 

— Só agora você avisa que nós poderíamos ter tido gêmeos, amor? — minha madrinha choraminga.

— Ainda bem que não tivemos, Yan e Kimi dão trabalho demais mesmo tendo uma diferença de idade. 

Quando eu olho para meu pai, ele está pálido chorando tanto que nem consigo reconhecer o Ravi mandão.

— Papai, o senhor está bem?

— Não, eu acho que vou desmaiar — ele coloca a mão no coração.

— Vamos beber uma água, querido — mamãe segura meu pai e os dois saem da sala.

— Está tudo bem com eles, você tem alguma dúvida, mãe? — doutor Bennet pergunta.

— Não, muito obrigada doutor — agradeço.

— Vou pedir para tirarem uma cópia do ultrassom para vocês — se levanta e sai da sala assim como meus sogros.

Enfim fica apenas eu e Yan admirando mais um pouco a tela congelada que o doutor deixou. 

— Duas crianças, grandão — faço um carinho no seu rosto.

— Daremos conta, fique tranquilo em relação a isso, Ursinha — garante.

— Ainda estou em choque. Vim ver um e ganhei uma surpresa, eles já estão deixando a mãe deles de cabelo em pé agora imagine quando nascerem.

— Nós fizemos um ótimo trabalho — pisca para mim.

— Já era de se esperar algo do tipo, mesmo não sendo hereditário . Aquelas semanas foram as melhores da minha vida.

— Precisamos programar um segundo round — Yan fala maliciosamente.

— Por favor, antes que eles roubem totalmente nosso tempo — gargalho, mas logo volto a me preocupar. — E se eu não conseguir?

— Você vai, nós vamos conseguir, pois temos um ao outro.

— Me promete?

— Te prometo, linda.

A sua promessa foi selada com um beijo carinhoso com o gosto das nossas lágrimas salgadas.

O universo finalmente olhou por nós e com toda certeza quis dar um pouco de paz para nossa vida. Já estava escrito no destino a nossa história e a bisa Maria, apenas confirmou.

O meu futuro se concretizou, os meus sonhos se realizaram e foi assim que a nossa história apenas começou.

O fim nem sempre é o final, mas sim o recomeço.

FIM OU NÃO???

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