Capítulo - 18
HELLO MEUS BROTOS ☘️
A ANIVERSARIANTE SOU EU, MAS QUEM GANHA ORESENTE É VOCÊS.
Sei que estão bem ansiosos para a maratona, eu também estou para saber o que acharam.
Foi prometido 3 capitulos, só que infelizmente por problemas pessoais tive que mudar a maratona para 2, espero que entendam e não me odeiam.
Surtem muito, comentem muito e se divirtam MUITO...
Maratona (1/2)
Querido, você me conquistou
Eu não prefiro nenhum outro lugar
Do que seus braços à minha volta
Para frente e para trás, me balance, yeah
Então eu me rendo
Para cada palavra que você sussurra
Cada porta que você entra
Vou deixá-lo entrar
Hey garoto, eu quero ver se
Você aguenta com uma garota como eu
Hey garoto, eu realmente quero estar com você
Porque você faz meu tipo oh na na na na
Eu preciso de um garoto que saiba assumir o controle
Procurando por um cara que se esforce
What' s My Name? - Rihanna (feat. Drake)
A luz do sol entra pela fresta da cortina escura do quarto do Yan. Ainda é uma dúvida para mim se tudo o que aconteceu ontem foi real, ou apenas um sonho. Se estou sonhando, não quero acordar.
A intensidade corre por nossas veias e não sei se sou capaz de me recuperar depois de tudo isso.
Só transei com dois homens na minha vida. Michael foi o primeiro e o pior de todos, não conseguia sentir nada, era rápido demais e nunca cheguei ao orgasmo. Depois teve um colega de trabalho, ficamos muito bêbados, depois disso não lembro de mais nada e acredito que nem ele, pois no outro dia fui questionada do que havia acontecido. Só sei que transamos por que acordamos pelados e vi resquícios do ato.
Nunca disse que sou santa, minha mãe sabe da maioria das minhas aventuras. Já beijei muitas pessoas e fui irresponsável algumas vezes, mas absolutamente ninguém fez nada igual o Yan fez comigo.
Seu beijo me deixa sem fôlego, deixando-me viva novamente e eu não consigo explicar direito, mas acho que estou ficando viciada por eles, todo momento eu quero beijá-lo só para sentir o que ele me proporciona.
Yan tem uma pegada surreal, sua mão é grande,macia e quente, seus dedos são longos e me proporcionaram a melhor sensação da minha vida. Eu me masturbar é uma coisa, porém ter seus dedos me fodendo como se fosse a sua última missão na terra, foi surreal… Yan sabe direitinho como usar as mãos.
Yan me desnorteou completamente, me deixando mais leve, com gosto de quero mais e bem empolgada para descobrir o que ele é capaz com seu pau. Se com as mãos ele é incrível, me recuso acreditar que não saiba usar o Narutinho.
Que de pequeno não tem nada. Porra é enorme e isso só me deixa mais animada para ter essa experiência. Nunca vi um tão grande quanto.
Chuto que tenha uns dezesseis centímetros.
Preciso medir
merda a curiosidade ainda vai me matar.
Vou deixar uma nota mental que antes de morrer preciso medir o pau do afilhado dos meus pais.
Passei os últimos anos me perguntando se o problema era comigo por não conseguir gozar com outra pessoa, mas depois que comecei a conhecer meu corpo tirei cinquenta por cento dessa possibilidade da minha cabeça. Agora que tive uma experiência sexual com Yan, tirei o resto dos cinquenta.
Não tem nada haver comigo. Verdade seja dita, Michael que é escroto, só quer saber do seu próprio prazer, soca fofo e tem uma ejaculação precoce.
Só de pensar nesse cara me dá raiva. Não sou mais aquela garotinha que foi ingênua em ver que ele é um psicopata do caralho.
Juro que se ele aparecer na minha frente com mais alguma gracinha eu acabo com a vida dele.
O sol está incomodando, abro os olhos e me deparo com a escuridão das bolotas de Yan que me fitam cautelosamente. Não estava esperando por isso, então fiquei meio desconcertada.
Quanto tempo ele está aqui me olhando?
Pisco várias vezes para ter certeza do que estou vendo. Yan passa seu dedo pelas minhas sardinhas e dá um sorriso lindo. Daquele que molha calcinha e deixa a mulherada louca.
Odeio o efeito que ele tem sobre mim.
— O que está fazendo? — questiono.
— Você tem dez pintinhas misturadas com as sardas espalhadas pelo rosto — sua expressão é serena, calma como esta manhã de domingo.
— Como sabe disso?
— Eu contei enquanto estava dormindo — diz como se fosse óbvio.
Pois não é óbvio. Nunca nos meus sonhos mais doidos imaginaria que Yan ficaria velando meu sono, diferenciando as pintas das minhas sardas e ainda contá-las.
Faz tempo que não vejo esse seu lado fofo, estou ficando seriamente assustada. Não posso negar que não esteja gostando. Porque estou amando.
Yan continua me admirando com seus olhos escuros, suaves, mais quentes como o inferno e isso é impressionante. Como Yan pode ter esse dois lados? E eu gosto dos dois.
Mas é inegável não estranhar.
O grandão está de lado me permitindo ter uma visão bem interessante do seu corpo tatuado, magro e grande. Olhos inchados e pequenos por ter acordado recentemente e o cabelo muito liso todo desgrenhado.
Tenho a visão mais maravilhosa do mundo.
Preciso me controlar diante dele, mas eu falho nessa missão, meu corpo se atrai por tudo do Yan, até os mínimos detalhes, como suas veias saltadas dos braços.
— Vou para o meu quarto — corto meus pensamentos de uma vez por todas.
— Por que? — questiona com a sobrancelha franzida.
— Não tem um motivo… apenas vou para meu quarto — desconverso e me levanto.
Porém sou parada por mãos grandes e com veias saltadas que agarram minha cintura para ficar colada no seu peito.
— Quero ficar mais um tempo com você aqui, te olhando, sentindo seu cheiro de lavanda que faz lembrar seu perfume de anos atrás. Aliás, é o mesmo? — pergunta alisando meu cabelo. Apenas assinto atônita com suas palavras. — Fica comigo?
Um lado me fala para aceitar e não se importar com nada, mas o outro fala para ir com mais calma. Intensidade demais pode acabar de uma hora para outra. Não quero que isso aconteça, eu quero viver toda essa intensidade para sempre.
— Já disse que não estou acostumada com esse seu lado. Por favor, vamos fazer as coisas devagar — sugiro.
— Tudo bem — sorri compreensível— Quer passear? Preciso comprar a sua base e uma para mim — pisca o olho.
Tô toda derretida. Merda.
— Vou me arrumar — deixo um beijo na sua bochecha.
Só para fazer Yan surtar, passo por cima do seu corpo com a minha raba virada na sua cara.
— Maldita — dá um tapa na minha bunda que provavelmente vai ficar vermelho.
Diga-se de passagem, que eu amei essa selvageria. Lanço um sorriso malicioso e fujo igual o diabo foge da cruz, porque seus olhos não estavam tão serenos depois de minha leve provocação.
Tiro o tempo que preciso para ficar apenas com meus pensamentos e demoro um pouco mais do que o necessário. Faço a depilação, lavo meu cabelo, esfolheio a minha pele, faço meu skin care diário e ainda escolho meu look. Aproveito para fazer bastante conteúdo dos meus cuidados.
Dias atrás fechei uma parceria com uma loja de roupa daqui de Nova York, alimentando cada vez mais minha blogueira interior. Como vou sair, já posso aproveitar e fazer a publi com as peças que me mandaram.
Escolho uma mini saia branca, bem colada com dois botões grandes na frente e zíper frontal. Junto com o cropped branco, canelado, manga longa com recortes. Completei o look com uma bota na cor bege de cano longo vindo até acima do joelho e salto fino, com uma mini bolsa de ombro da mesma cor. Meu cabelo está solto, bem definido e quase seco, fiz uma maquiagem bem elaborada, mas nada muito extravagante.
Estou maravilhosa e já tenho até o pensamento de como vai ser a publi. Acredito que minha ideia vai trazer muitas curtidas e comentários.
Desço as escadas na espera de encontrar Yan já pronto. O mesmo está na cozinha tomando sua bebida favorita. Café amargo que combina muito com ele. Não é nenhuma novidade que ele esteja todo de preto.
Calça preta, camisa preta dentro da calça e uma bota preta. Que careta.
Porém não posso negar que ele fica bem gostoso com essas roupas, alimenta cada vez mais seu ar de Bad Boy. Porque ele tem que ser tão lindo?
— Quando você usar uma roupa colorida, vou ser a pessoa mais feliz do mundo — alfineto sorrindo irônica.
— Então, não vai ser nunca, querida — devolve com um sorriso sem mostrar os dentes. Chato. — Que roupa é essa Ravena?
O mesmo revira os olhos e termina de beber o líquido quente do seu copo descartável. Coitada de quem se casar com esse cara, não sabe nem fazer seu próprio café. Preciso convocar tia Maju e dar um puxão de orelha nela.
— Estou maravilhosa, né? — dou uma voltinha.
— Está... Perfeita pra caralho, mas não vai sair comigo com essa roupa — diz bravo.
— O que é isso? Ciúmes? — debocho.
— Vamos de moto Ravena, esse pedaço de pano não vai tampar a sua bunda — se aproxima e fica olhando fixamente para a minha mini saia.
— Claro que tampa, para com isso — sou ríspida.
— Não vou sair com você assim — nega com a cabeça.
— Você vai sim, querido. E ainda vai pagar meu almoço — lanço um beijinho no ar e vou em direção ao elevador. — Vai ficar aí me olhando?
Yan bufa, passa a mão no cabelo e pega outra chave ao invés da sua moto.
Resultado, vim com a mini saia lindíssima dentro da sua Land Rover. Yan está com a cara fechada, mas não me importo.
Tá pra nascer homem que vai mandar na roupa que eu visto. Coitado, vai ter que aturar minhas mini saias, cropped e vestidos colados.
Já estamos uns vinte minutos pegando o trânsito bem calminhos dessa cidade. O problema não é ficar no engarrafamento, o problema é ter que ficar todo esse tempo dentro do carro junto com um carrancudo que ficou com ciúmes da minha roupa.
— Credo, vou colocar uma música para espantar esse clima de velório — uso o painel e coloco uma para provocar Yan. A música What's My Name? da Rihanna começa tocar e faço questão de cantar para provocá-lo. — Hey, boy, I really wanna see if you. Can go downtown with a girl like me.
— Só não se esqueça que na outra parte, ela diz que quer muito estar com esse cara, porque ele é o tipo dela e sabe assumir o controle — Yan olha para mim com um sorriso debochado e lança uma piscada.
— Acha que o Narutinho aguenta uma garota como eu? — pergunto com ar irônico.
— Quer testar pra ver? — rebate sugestivo.
— Só marcar o dia e a hora, grandão — pisco para ele.
Yan gargalha sem acreditar na minha resposta. Ponto pra mim, fogos de artifícios explodem no meu interior. Passamos os outros vinte minutos sem conversar muito, apenas degustando as músicas da minha playlist.
O gosto do Yan é bem parecido com o meu, teve algumas que vi ele cantando baixinho e batucando os dedos no volante. Não posso negar, sua voz é incrível e ele tem potencial com a carreira musical.
Assim que pisamos dentro do shopping a primeira coisa que fiz foi pedir para Yan começar a me gravar. Minha ideia é fazer um mini vlog do meu dia no shopping com o look babadeiro.
O mesmo me grava sem reclamar pelos corredores, até chegarmos na loja da Sephora. Meus olhos brilharam no mesmo instante.
Merda, vou gastar o que não tenho. Se controla Ravena, é apenas a base que o Yan vai te dar.
— Olá, boa tarde. Gostariam de ajuda? — somos saudados por uma loira alta que não tira os olhos do Yan.
O idiota rapidamente abre o sorriso, dando mole pra loira oxigenada. Insuportável.
— Não, obrigada — agradeço e entrelaço minha mão na do Yan. Guio o mesmo para a sessão de bases.
— O que foi isso? — ele se escora no pilar ao lado da prateleira cheia de maquiagem.
— Do que você tá falando? — finjo estar ocupada procurando o meu tom.
— Gostei de ver sua versão ciumenta.
— Não estou com ciúmes, só quero terminar logo. Estou com fome — dou uma desculpa esfarrapada.
— Hurum — agora Yan tem um sorriso convencido nos lábios.
Porra Ravena. Agora ele vai ficar te atormentando o resto da sua vida com isso.
— Pega ali em cima pra mim ao invés de ficar me atormentando — peço do meu jeitinho bem simpática, só que não.
Yan logo me obedeceu, ficando bem próximo do meu corpo. Ele sempre foi alto desde criança, por isso saiu o apelido grandão. Só que agora o cara tá parecendo uma geladeira Eletrolux de duas portas.
Seus ombros são muito largos, seus braços são longos e pernas grandes. Tudo com músculo no seu devido lugar, bem natural. Acredito que ele faça academia ou algo do tipo, mas não para ficar bombando, apenas para manter o físico. Porque já vi o tanquinho dele e é uma perdição, meu espírito de dorameira vai a loucura.
Yan pega o frasco que pedi e entrega para mim. Seus dedos tocam nos meus suavemente. Sua mão grande com veias saltadas, tão bonita e tão másculo.
Estou ficando boba ao lado desse homem.
— Vou te contar um segredo, Ursinha — murmura e se aproxima olhando dentro dos meus olhos. — Meus olhos são apenas para a pessoa que está usando um pedaço de pano para tapar a calcinha, ela está me deixando louco pra caralho. Eu sou apenas seu, Marrentinha.
Como se essa declaração não fosse mexer com a minha cabeça, ele apenas dá as costas para mim e vai para outro setor da loja.
Ele não tem direito de fazer isso comigo, estou ferrada. Gosto tanto desse idiota, mas tenho medo do que possa acontecer.
Somos uma bomba relógio, alguma hora vai explodir.
Mas é aí que entram as dúvidas. E se explodir e eu não aproveitar? E se eu aproveitar e explodir? O que eu faço?
Tiro essas ideias da minha mente, termino de escolher o que eu quero e logo vou para o caixa passar a compra. Yan está próximo mexendo no celular.
Tava bom para ser verdade, até agora não tinha escolhido nada de mais. Porém não consegui resistir quando vi o novo lançamento do meu perfume favorito. Fizeram uma embalagem totalmente nova, edição especial de natal. É linda, assim como o preço que tem três dígitos.
Meu autocontrole foi forte, pois dei a sacola para a moça do caixa, só olhei tempo demais para a colônia, mesmo querendo muito comprar não coloquei nem a mão para passar vontade. Yan pagou tudo no seu cartão black, aproveitamos para almoçar no shopping e ele me ajudou com mais alguns conteúdos.
Passamos a tarde inteira batendo perna, entrando em loja e saindo de loja. Até que somos bem parecidos, Yan gosta de gastar dinheiro, comprou um tênis, um boné e um relógio em apenas quatro horas dentro daquele lugar.
Assim que chegamos, cada um foi para seu quarto, Yan quis me convencer de ficar com ele, mas eu precisava colocar meus pensamentos no lugar. Conversei com as meninas e dei uma resumida sem muitos detalhes do que aconteceu. Elas estão eufóricas e estão me apoiando para me entregar de corpo e alma ao Yan, Kimi é a mais feliz de todas ela adorou saber que vou ser a sua cunhada.
No entanto, ainda estou relutante. Preciso pensar.
— Se ficar pensando não vai ir trabalhar — me auto repreendo e vou para o banheiro.
Aos domingos o abismo abre, é um dos dias mais movimentados, pelo menos em compensação temos segunda e terça como folga.
Ainda estou no horário, dá tempo de tomar um banho tranquila, me arrumar e ir até o bar. Só que eu não contava que assim que abrisse o registro do chuveiro, não caísse nenhuma gota de água.
Tomei banho mais cedo e estava tudo bem, estranho não ter água no meu banheiro. Vou até o quarto do Eike e nada, no banheiro social nem sinal de água tem. Sem pensar duas vezes, bato no quarto do Yan, procurando respostas pelo que tá acontecendo.
— Yan, seu banheiro tem água? — pergunto com a minha mão na cintura.
— Isso é um sonho? — arqueia uma sobrancelha.
— Do que você tá falando? — franzo minha sobrancelha. Yan está com os olhos focados no meu corpo coberto apenas por uma toalha. — Presta atenção em mim, meus olhos estão aqui em cima — faço um sinal com a minha mão para ele focar no meu rosto, não no meu corpo.
— Ok, me desculpe. O que aconteceu? — sai do transe que entrou.
— Todos os banheiros estão sem água, o seu tem?
— Acho que tem, mas como assim tá sem água? — Yan pergunta sem entender.
— E eu lá sei, não tem água, nenhum sinal — dou de ombros. — Preciso ir trabalhar, vou tomar banho no seu banheiro.
Sem esperar pela sua resposta corro para o chuveiro e pela minha sorte tem água, vou com tanta sede ao pote que acabo me ferrando. Yan toma banho pelando, a água parece que foi fervida.
— Aiiii, que merda — grito escandalosamente.
— O que foi Ravena? — Yan aparece mais rápido do que o normal na porta do banheiro.
— Aaaaaah — me assusto com a sua presença e tento me tapar com meus braços.
— Desculpa — fala ao mesmo tempo que eu e fecha os olhos rapidamente — Desculpa, pensei que tinha acontecido alguma coisa — diz desesperado com os olhos ainda fechados.
— Quem toma banho tão quente desse jeito? — grito. — Que saco Yan, saí daqui.
Ele vira nos calcanhares e sai do banheiro igual diabo foge da cruz. Acelero meu banho para não acontecer nada parecido, que saio do banheiro enrolado na toalha, porque não trouxe minha roupa.
— Você mora em uma cobertura luxuosa e falta água em três banheiros do apartamento. Que merda de condomínio é esse? — pergunto ríspida para o cara de olhos pequenos no telefone.
— Me dá um tempo Ravena — diz assim que encerra a ligação. — Perguntei para o síndico ele me disse que a encanação que passa naqueles banheiros está com vazamento, então eles desligaram as bombas.
— O que isso significa?
— Dá para ir se trocar… não consigo raciocinar com você assim— reclama e bufa.
— Fala logo, não tenho tempo. Controla o Narutinho.
O olhar que ele lança para mim é capaz de fazer até o demônio ficar com medo. Yan vira de costas para mim.
Adoro ver ele perder a postura e como eu afeto ele.
— Não tem o que fazer, precisa ficar desligado até eles virem arrumar.
— Isso significa que eu não tenho mais banheiro?
— Tem o meu, ele não foi danificado, são ligações diferentes — diz ainda de costas, como se fosse óbvio.
Claro que é óbvio essa informação, mas é terrível. Não posso dividir o banheiro com ele, não dá.
— Então significa que não tenho mais banheiro — reforço.
— Ravena, estou te oferecendo o meu para usar — diz sem paciência.
— Não vou dividir o banheiro com você, isso está… fora de cogitação — rebato.
— Você. Não. Tem. Opção — fala pausadamente.
— Eu não acredito. Isso é um pesadelo — dramátizo.
— Se ficar andando pelo meu quarto de toalha, vai se tornar um pesadelo pessoal — debocha.
— Yan, eu preciso ter privacidade. Você sabe o que é isso? — berro irritada com com seu deboche e começo a andar de um lado para o outro.
— Mas que porra você quer que eu faça? — se vira para me olhar. — Já te ofereci dividir, você mora comigo, o que de pior tem nisso? Eu não acredito que está brigando comigo por uma coisa tão simples.
— Amanhã eu vou trazer todas minhas coisas pra cá, não adianta nem reclamar — me aproximo dele.
— Fique à vontade — sorri sem mostrar os dentes. — Porra Ravena, eu preciso muito te beijar, tipo agora.
Como estamos muito pertos nos encarando, concordo com minha mente nublada com a escuridão dos seus olhos. Yan me puxa pela cintura e me dá um selinho, mas logo se torna um beijo selvagem e eu não consigo pará-lo. Yan desce lentamente sua mão até a minha lombar e aperta com gosto minha raba, me fazendo arfar e gemer.
O contato do metal da sua boca me faz ficar com pensamentos inapropriados, um deles é pensar como seria sentir esse gelado se ele me chupasse. Se apenas com o beijo eu fico louca com esse piercing, imagine ele mamando, as jóias dos meus peitos se flexionando com a da sua boca.
Estou ferrada, só queria ter meu momento de privacidade, como vou ter assim? Já moro no mesmo lugar, Yan é mais fofo do que eu esperava e agora vou ter que viver constantemente no seu quarto.
A minha tentativa de ir com calma, não vai rolar. Eu não vou conseguir me controlar. Meu corpo clama pelo Yan só de estarmos pertos.
Parece que somos um ímã que se atrai.
Não importa se estamos brigando, ou se nós odiamos, no final termina sempre em pegação.
Das bem intensas e atrozes.
Isso não vai dar certo.
Porque o destino tinha que fazer isso comigo?
Só nos separamos quando não temos mais fôlego nos pulmões e hoje é a minha vez de terminar o beijo mordiscando seu lábio inferior. Yan solta um grunhido e faz questão que eu sinta o Narutinho ganhando vida.
— É assim que você me deixa com toda essa sua marra, barraqueira — murmurou acariciando meus cachos definidos.
— Bagunça meu cabelo e eu acabo com a sua vida — ameaço brincando, talvez nem tanto assim.
— Você ferrou com a minha cabeça, garota — sorri de lado.
— Não vou te dar o mesmo gostinho, estou firme e forte com meus pensamentos — dou de ombros.
— Então você é dessas? — arqueia a sobrancelha. — Quer sair por cima em tudo e quer ver os caras se arrastando nos seus pés?
— Na verdade eu prefiro que vocês me dêem a patinha, não gosto de cobras — jogo meus braços no seu pescoço.
— Ok, entendi. Quer ser a minha dona é?
— Pera, eu já não sou? — brinco.
— Você é impossível, garota — ele dá um tapa forte na minha bunda por cima da toalha. — Vai se trocar, vou te levar para o trabalho e eu não quero discussão — ordena.
— Vai me deixar pilotar?
— Não, nunca mais pilota a minha moto — fala sério.
Adivinhem…
Pilotei a moto dele para ir até o Abismo, batendo cem quilômetros por hora e o Yan teve quase um infarto.
Eu sou ou não a dona dele? Yan é meu cachorrinho muito bem adestrado e isso me deixa mais apaixonada por ele.
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