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CAPÍTULO VIII


Rania fez o melhor que pôde para não deixar que ninguém, além de Aléxandros, percebesse quanto ela fora afetada pelas mudanças ocorridas desde a morte de seu padrasto. Ainda não havia recebido a resposta de seu pedido para voltar para sua casa na ilha Serafos, mas achava que, qualquer que fosse a decisão final dele com relação a seu futuro, eles voltariam para a ilha, pelo menos por algum tempo, até que tudo estivesse arranjado.

Luke estava extremamente excitado com toda a situação. Subitamente seu horizonte havia se alargado mais do que imaginara em seus sonhos mais loucos, e ele não podia ser culpado por aproveitar isso ao máximo. Parecia não notar que Rania correspondia menos do que habitualmente a seu entusiasmo, provavelmente porque agora eles dependiam menos da companhia um do outro e estavam mais distantes.

Com Luke absorvido pelas novidades, Pétros tratou de monopolizar Rania. Algumas manhãs depois que eles haviam chegado, foi ele quem deu a ideia de fazerem um passeio. E pareceu surpreso quando Rania, levando a sério a sua pergunta sobre onde iriam, sugeriu outras ilhas em torno de Atenas. Evidentemente Pétros esperava que a escolha ficasse a seu cargo.

A ingenuidade de Rania era estranha para ele, assim como a sofisticação de Pétros para ela. Quando consultada, pensou rapidamente nos nomes dos lugares de que já ouvira falar em Atenas e se lembrou de algumas ilhas com ruínas antigas. E nem lhe passou pela cabeça que Pétros tinha feito a pergunta por pura delicadeza.

— Ruínas?— Perguntou Pétros.

— Papa falava muito sobre essas ruínas e eu sempre tive vontade de conhecê-la. — Rania fitou-o incerta, não compreendendo a expressão de descontentamento do rapaz. — Isto é, se você não se importar, Pétros.

— Contanto que você vá comigo, eu realmente não me importo com o lugar, então está combinado vamos em Acrópole... — Disse ele. — E nem vamos precisar sair de Atenas.

Quando se juntaram ao resto da família para tomar o café da manhã e Aléxandros ficou sabendo sobre o passeio, os planos de Pétros foram modificados.

— Vocês vão levar Luke, não é? — Aléxandros colocou isso como um fato indiscutível, não como uma pergunta. Rania não teve dúvidas de que ele queria dizer que não seria permitido que ela e Pétros fizessem aquele passeio sozinhos. — Tia Summer não pode ir com você, porque vou levá-la para visitar uma velha amiga. Tia Aretha e tio Argus têm outros planos, assim tem que ser Luke.

— Não sei por que alguém precisa ir conosco. — Objetou Rania, aborrecida. — Não preciso que ninguém nos acompanhe numa visita às ruínas, Aléxandros. Eu não sou um bebê!

Rania ouviu um leve suspiro de tia Summer e ficou irritada, mas Aléxandros foi tão inflexível quanto ela esperava que ele fosse.

— Se você fosse um bebê, eu ficaria menos preocupado. Mas como você mesma diz, não é um bebê, e Pétros já goza de uma certa reputação entre as jovens bonitas desta cidade. Se as famílias dessas jovens não se preocupam com a reputação delas, eu não tenho nada com isso. Mas você está sob os meus cuidados e, levando Luke, estará impedindo que possa surgir qualquer boato a seu respeito. Ou acha que por ser o meu irmão você deve confiar completamente nele, ou nem pensou que você o conheceu apenas a uma semana. Tem certeza que de cara confia em sair com um homem sozinha para lugares remotos.

Rania achava que a tia Summer estava de acordo com a decisão de Aléxandros, mas era difícil saber com quem Rhea Magnus concordaria. Tia Aretha e o marido nem sonhariam em manifestar uma opinião. Rania não compreendeu também a sua própria reação. Sentia-se ressentida pela interferência de Aléxandros, pela restrição à sua liberdade de escolha, mas ao mesmo tempo, isso lhe dava uma curiosa satisfação.

— Nós já conversamos sobre tudo isso, Rania. — Lembrou-a Aléxandros.

Ele não levantara o tom de voz uma única vez, mas era inabalável em sua decisão. Mesmo assim, Rania não conseguiu evitar uma última tentativa.

— Nós vamos a Acrópole... — Disse ela. — Papa falou que esse é um lugar que atrai muitos turistas, haverá muitas pessoas por lá.

Aléxandros abaixou a cabeça e fechou os punhos.

— Mesmo assim Luke irá com vocês. — Insistiu Aléxandros calmamente. — Lembro que você disse que os dois haviam descoberto um templo na ilha, portanto os dois se interessam por arqueologia, certo, Luke? — Luke concordou, embora deixasse claro que não estava satisfeito com a perspectiva de bancar a dama de companhia de sua irmã mais velha. — Ótimo! Tenho certeza de que vocês aproveitarão o passeio.

— Visitar ruínas com uma babá ao lado não era o que eu tinha em mente. — Resmungou Pétros.

— Tenho certeza de que não era, mesmo irmãozinho. — Concordou Aléxandros. — E por saber exatamente o que você tinha em mente é que Luke vai com vocês. E se Rania escolheu Acrópole, é porque quer ir para lá, portanto estou certo de que você não vai querer mudar os planos e desapontá-la, Pétros.

Percebendo-se derrotado, Pétros pediu desculpas. Mas, ao se levantar da mesa, sorriu maliciosamente para o irmão.

— Você está tão certo de que ela ficaria desapontada? — Perguntou ele.

Virando-se rapidamente para Aléxandros, Rania viu que ele comprimiu os lábios antes de responder, friamente.

— Talvez não. Mas eu tenho pontos de vista menos liberais do que os seus, Pétros, e por acaso sou o tutor de Rania, o que talvez seja uma sorte para ela!

Aléxandros deu as costas e saiu irritado, deixando todos em silêncio. Seu irmão a cada dia estranhava a sua atitude ao ponto de começar a ficar preocupado com o destino e com os possíveis acontecimentos do futuro.

Por sugestão de Pétros, eles levaram uma cesta de piquenique. Quando saíram, Rania estava começando a se sentir animada com o passeio, ansiosa pelo que iam ver. O brilho dos olhos de Pétros indicava que ele tinha recuperado o bom humor, resolvendo aproveitar ao máximo o passeio. Luke parecia conformado. Ao contrário de Rania, ele aprendera a não discutir com o seu tutor. Quando Pétros colocou a cesta de piquenique ao lado do garoto, no banco traseiro do automóvel, cutucou-lhe as costas e piscou um olho.

— Tenha calma, primo! — Disse-lhe, sentando no banco do motorista. Sorriu então para Rania e ligou o motor do automóvel. — Nós temos que passar em um lugar no caminho, mas não vai demorar muito.

Rania achou familiar o caminho que estavam percorrendo e, quando Pétros estacionou, percebeu que haviam chegado à casa de Linus. Ele desceu, murmurou algumas desculpas antes de se afastar e voltou alguns momentos depois, parecendo muito satisfeito consigo mesmo. Abrindo a porta traseira do carro, olhou para Luke.

— Conversei com Raíssa agora mesmo. — Disse-lhe. — Ela falou que Linus vai levar os garotos para assistirem a um jogo de futebol mais tarde. Você não prefere assistir ao futebol em vez de ir para Acrópole, Luke?

Rania virou-se rapidamente e notou uma expressão de rebeldia no rosto de Luke.

— Luke! — Ele encolheu os ombros e ela apelou para Pétros, embora não tivesse esperanças. — Pétros, não podemos fazer isso, não quando...

— Ora! — Ele fez um gesto de indiferença, rindo enquanto se afastava para que Luke saísse do carro. — Cada um dedica aos seus próprios prazeres, prima! Sei que Linus ficará encantado em levá-lo para assistir ao futebol, e não preciso perguntar a Luke o que ele prefere fazer.

— Futebol! — Exclamou eufórico o garoto, evitando olhar para Rania quando desceu do carro.

Luke sabia muito bem por que Aléxandros tinha mandado que ele os acompanhasse, mas naquele momento parecia disposto a correr o risco de desafiá-lo para ir ao futebol com Linus. No íntimo, Rania não conseguia culpá-lo. Mas sabia quanto Aléxandros ia ficar furioso caso soubesse que fora enganado, e tinha a sensação de que era muito provável que ele viesse a descobrir.

— Aléxandros vai ficar furioso, Pétros. — Disse Rania, mas ele riu, acenando para Luke antes de ligar o motor do automóvel.

— Só se ele descobrir. Não se preocupe. Temos o dia inteiro para nós e, na volta, pegaremos Luke. Ninguém vai desconfiar.

Embora não estivesse tranquila, Rania recostou-se no banco. Não era tão ingênua a ponto de supor que Pétros se livrara da companhia de Luke simplesmente porque estava ressentido com uma ordem de Aléxandros. Tinha pouca experiência com os homens, mas não havia dúvidas sobre o que Pétros tinha em mente; seu sorriso satisfeito falava por si só quando tomaram a estrada para Acrópole.

Para chegar à ruínas, era preciso fazer uma boa caminhada a pé. Estavam subindo uma ladeira quando Pétros se queixou.

— Há tantas maneiras melhores de se passar um dia agradável! — Passou, então, a cesta de piquenique para a outra mão.

— Eu sempre tive vontade de vir aqui. É como se eu já tivesse vindo aqui antes. Eu sempre sonhei com esse lugar... — Rania sorriu para ele. — E não é possível que você já esteja cansado, Pétros.

Ele não respondeu. Subiram para olhar as ruínas de Acrópole. Rania achava inacreditável que pudessem estar diante de uma cidade que existia há muitos anos. O folheto em suas mãos lhe dizia alguns dados interessantes sobre os arredores. A Acrópole de Atenas foi construída entre 450 a 330 aC sobre as ruínas de construções mais antigas. O sítio arqueológico possui quatro das mais importantes obras primas da arte grega clássica: O Partenon, o Propileu, o Erecteion e o templo de Atena Nike. Em grego, Acrópole significa "cidade no topo".

Havia no passado um mercado e templos para os vários deuses, embora as paredes da maior parte das construções estivessem com pouco mais de meio metro de altura. A rua principal, de pedras largas, terminava num templo em ruínas, com pouco mais de seis colunas.

Era um lugar muito tranquilo e Rania fechou os olhos por um momento para ouvir melhor o suave gemido do vento nos pinheiros e o canto dos pássaros. O leve murmúrio das outras vozes era tão distante que não perturbava. Sentiu-se agradavelmente relaxada.

E de repente ela se viu correndo descalças pelas ruas feitas de pedras, estava feliz correndo de mãos dadas com um homem, um guerreiro alto e forte, ambos estavam indo em direção a um cavalo. Abriu os olhos e ficou curiosa com a visão, imaginou que poderia estar imagiando coisas por causa dos muitos romances que leu ao longo de sua vida e principalmente pela atmosfera do lugar.

Estava feliz por ter persuadido Pétros a levá-la até Acrópole e sorriu quando abriu os olhos e fixou-os mais uma vez nas seis colunas que coroavam o alto da colina. Havia alguém entre elas; um homem alto e curiosamente familiar. Com um sobressalto, ela se lembrou de tê-lo visto antes: era o homem que, no cais, no dia de sua chegada, parecia ter ficado observando-a. Rania deu um gemido involuntário, pois ele ainda lhe parecia vagamente familiar, embora não conseguisse saber de onde o conhecia.

Pétros virou-se rapidamente quando ouviu o seu gemido, mas o homem desapareceu num instante. Era curioso como aquela figura lhe parecia familiar, embora Rania pudesse jurar que nunca o tinha visto antes daquela primeira vez no cais.

— Rania? — Pétros pegou sua mão e ela virou-se rapidamente e sorriu para ele. — O que aconteceu?

Ela olhou mais uma vez para o topo da colina, depois meneou a cabeça, convencida de que era uma mera coincidência. Ou talvez o homem fosse mesmo um membro da colônia de artistas de sua ilha, o que justificaria o fato de ele lhe ser familiar. Fosse o que fosse, não tinha importância. Eles não estavam sozinhos nas antigas ruínas, apesar de toda aquela paz e tranquilidade.

Pétros ainda a fitava com curiosidade e ela se apressou em explicar o que havia acontecido.

— Por um momento eu vi alguém parado ali, no topo da colina, foi só isso.

— Era alguém que você conhece?

— Não, mas ele me assustou.

— Oh, entendo! — Pétros riu e segurou-a pelo braço ao descerem os degraus. — Você está imaginando aparições dos deuses antigos! Bem, cuidado, priminha, você sabe como eles agiam com as mulheres bonitas! — Pétros deslizou a mão pelo braço dela e envolveu seus dedos num aperto firme. — Se você tivesse deixado que eu a levasse para uma praia calma qualquer, onde poderíamos ficar sozinhos em vez de corrermos o risco constante de sermos perturbados pelos turistas, você nem teria sonhado em ser raptada pelos deuses!

— Estou muito bem aqui, obrigada. — Disse ela, sorrindo. — Acrópole é exatamente como Papa dizia e eu estou contente por ter vindo. Além disso, não consigo imaginar um lugar mais romântico para o nosso piquenique, você consegue?

— Facilmente! — Pétros olhou para um casal que caminhava por ali e, por um momento, sua semelhança com Aléxandros, sobretudo quando erguia as sobrancelhas ao desaprovar alguma coisa, foi vagamente desanimadora para Rania. Ele se sentou encostando numa pedra e acrescentou. — Este é o lugar favorito dos turistas, Rania. Vamos estar cercados por eles o tempo todo.

— Bem, eu não me importo! — Rania começou a tirar o almoço da cesta e Pétros não fez o menor esforço para ajudá-la. Depois de preparar tudo, examinou-o disfarçadamente. Apesar de sua professada liberalidade, Pétros Magnus era bastante conservador quando lhe convinha. Rania sorriu. — Estou muito grata por você ter me trazido aqui, Pétros. De verdade.

— Até que ponto você está agradecida, Rania? — Perguntou ele, depois de fitá-la por um momento, em silêncio.

2277 Palavras

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