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CAPÍTULO VI

Pétros Magnus

Quando se afastou, Pétros virou a cabeça e olhou para Rania novamente, quase chegando a piscar para ela. Rania sorriu. Olhou então à sua volta e, inesperadamente, descobriu que estava sendo observada por outra pessoa.

Provavelmente era uma coincidência, mas parecia que alguém, perto do mercado, a olhava intensamente. Era um homem, parado perto de algumas árvores.

Era alto e magro, evidentemente não queria que ela o notasse, pois virou a cabeça ao perceber que Rania o vira. Com as mãos enfiadas nos bolsos e a cabeça baixa, ele se afastou e logo se perdeu no meio das pessoas; mas aqueles poucos segundos bastaram para que ela tivesse a forte sensação de que o conhecia.

— Algo errado? — Perguntou Aléxandros.

Ela negou com a cabeça, concluindo que provavelmente aquele homem era algum artista que conhecera na comunidade em Serifos.

— Nada... — Garantiu ela, mas notou que Alexandre estreitou os olhos levemente, como se não acreditasse nisso.

— Você achará mais fácil fazer as compras sem a presença de meu irmão Pétros. — Assegurou-lhe, antes de consultar o relógio. — Podemos esperá-las dentro de duas horas, tia Summer? — Perguntou e, depois de Summer assentir, voltou-se para Rania novamente, surpreendendo-a com a suavidade de seus olhos. — Sei que você vai se divertir, mas não vá esbanjar muito dinheiro, combinado? — Brincou ele.

— Oh, não, claro que não. Eu... — Prometeu ela, perguntando-se por que, quando ele sorria daquela maneira, era tão difícil lembrar de quanto às vezes o odiava.

— Até daqui duas horas, Any. — Disse ele a olhando profundamente.

Foi Summer quem sugeriu que Rania ficasse com um dos vestidos novos, mas ela suspeitava de que a ideia fosse de Aléxandros. Provavelmente, sob a orientação dele, a tia a incentivara a comprar, além de vestidos, calçados e peças de lingerie. Quando Rania se olhou no espelho da loja, sentiu-se melhor, mais preparada para conhecer o resto da família.

— Não é lindo por aqui? — Perguntou Summer mais tarde, quando o táxi percorria uma rua ladeada por árvores e diversos jardins.

Vendo a expressão feliz e ansiosa de sua tia, Rania não pôde deixar de concordar.

— É encantador realmente. — Respondeu, desejando enfrentar a situação com a mesma alegria de Summer.

— Oh, Rania, querida! — Summer apertou-lhe a mão por um momento, procurando tranquilizá-la. — Você não tem nada a temer. Está tão bonita com esse vestido, que todos vão adorá-la no momento em que a virem. Esse tom de perolado combina com você. — Então o táxi parou e o motorista lhes abriu a porta. — Vamos, menina, chegamos!

Como a maioria das outras casas, a dos Magnus era protegida por um muro alto. O jardim interno deixou Rania encantada.

Pétros Magnus veio correndo recebê-las. Seus olhos brilharam ao ver Rania com o vestido novo. Dirigiu-lhe um sorriso irresistível.

— Tia Summer! Rania!

Cumprimentou-as com entusiasmo, como se não as tivesse encontrado há duas horas, e abraçou-as e beijou-as tão efusivamente quanto antes. Talvez com maior intensidade, pois segurou a cintura de Rania com firmeza enquanto a beijava. Depois se colocou entre as duas e deu um braço a Summer e pegou a mão de Rania.

— Seja bem-vinda, prima de novo. — Sussurrou ele. — Aléxandros acha que você é muito tímida para nos conhecer a todos de uma só vez, mas tia Aretha e tio Argus estão aqui, além de mamãe, naturalmente.

Rania não entendeu por que ele fez uma careta ao mencionar a presença de sua mãe, e isso a deixou um pouco inquieta, pois não sabia absolutamente nada sobre eles. Tarde demais desejou ter feito perguntas a tia Summer. A viagem fora tão inesperada para ela que não tivera tempo de se acostumar à ideia. Só lhe restava torcer para que alguns Magnus fossem como Pétros e não como Aléxandros.

Vendo a casa, imensa, Rania deu-se conta de que seu padrasto descendia de uma família muito bem situada economicamente. Muito mais do que ela imaginara! Depois de atravessarem o grande jardim florido, Pétros levou-as para uma espaçosa sala de estar elegantemente mobiliada.

Rania notou vagamente a presença de quatro ou cinco pessoas na sala, mas ficou surpresa ao perceber que gostou quando Aléxandros se aproximou para recebê-las.

Os olhos dele registraram imediatamente seu vestido novo, mas foi impossível saber a opinião de Alex. Luke, ela notou, estava igualmente bem vestido, com um terno escuro e camisa branca.

— Você aproveitou a tarde? — Perguntou Aléxandros.

— Sim... — Respondeu Rania.

Summer foi cumprimentar seus familiares e Aléxandros tomou Rania pelo braço, para fazer as apresentações.

— Não precisa ficar com essa cara de quem está prestes a ser jogada aos leões ou lutar contra um gladiador. — Murmurou ele. — Esta é a sua família agora, Rania, e ninguém vai devorá-la! — Passeou os olhos sobre ela rapidamente, notando como o tecido leve do vestido marcava as curvas de seu corpo. — Possivelmente tia Summer não levou em conta que você não tem um corpo de moleque quando permitiu que você comprasse esse vestido. — Acrescentou e ela enrubesceu.

— Pensei que esse vestido ficasse bem em mim. — Sussurrou Rania.

— E fica com toda certeza. — Concordou ele. — Mas o efeito que causa é maior do que o que convém para uma jovem da sua idade. — Rania queria protestar, mas ele havia parado em frente a uma poltrona, onde estava sentada uma velha senhora. — Mamãe, esta é Rania... — Disse ele, ainda segurando-lhe o braço, como se tivesse medo que ela saísse correndo dali.

— Rania, esta é minha mãe, que você chamará de tia Rhea. Enquanto apertava a mão da velha senhora, Rania notou que Rhea Magnus era mais morena do que o resto da família. O rosto bastante anguloso dava-lhe um ar severo, mas seus olhos e seu sorriso eram doces.

— Uma bonita jovem com certeza. — Disse ela e Rania ficou surpresa ao ouvi-la falar o grego com um leve sotaque. Sua surpresa foi notada, pois a sra. Magnus estendeu-lhe a mão e deu-lhe um tapinha leve no rosto. — Você está intrigada, não é? — A matriarca olhou para Rania e meneou a cabeça.

— Eu sou Brasileira, minha jovem, Alex não lhe contou? Você tem dezessete anos, não é? Que idade maravilhosa! — Continuou ela, pegando uma mecha de cabelos de Rania e deixando-a correr por entre os dedos. — E você é tão bonita, minha jovem.

— Eu sou americana na verdade. — Disse Rania, sentindo o olhar de desaprovação de Aléxandros. — Sei que Aléxandros diz que agora eu sou grega, mas não se pode mudar a nacionalidade de uma pessoa com palavras.

— Sua aluna questiona os seus ensinamentos. — Disse Rhea ao filho, com certa dose de satisfação. — Você não deve ter sido muito convincente querido.

— Minha aluna é muito teimosa!... — Respondeu ele, tomando novamente o braço de Rania. — Com licença, mamãe, é melhor irmos conhecer os outros.

Quando se afastavam, Rania virou a cabeça e percebeu o brilho dos olhos de Rhea Magnus. Teve a certeza de que podia contar com a mãe de Aléxandros como amiga e aliada, e começou a se sentir melhor.

Tia Aretha e o marido, Argus, foram gentis e agradáveis; acolheram Rania muito bem, exatamente como Aléxandros dissera. Portanto, o encontro não foi a provação que Rania havia imaginado.

Na manhã seguinte, logo após terminarem de tomar o café da manhã, um jovem criado trouxe o telefone para o terraço e informou Aléxandros de que era um chamado para ele.

— Linus... — Disse Aléxandros, depois de desligar o aparelho, em resposta ao olhar interrogativo de sua mãe. — Ele está impaciente e gostaria que fôssemos lá hoje, o mais depressa possível.

— Isso é natural, meu filho. — Comentou Rhea Magnus e encarou Rania por um momento. — Vão todos, não é?

— Claro. — Concordou Aléxandros, embora estivesse claro que o telefonema havia precipitado uma visita que ele preferia protelar. — Eu tinha pensado em talvez amanhã...

— Não é possível, Alex... — Insistiu a mãe. — Se Linus pediu, tem que ser agora. Como você poderia recusar?

— Não posso, claro. — Entretanto, era óbvio que ele estava bastante perturbado com o telefonema. Era raro ver Aléxandros ter que fazer algo que preferia não fazer. — Rania...

— O que foi, Aléxandros? — Perguntou ela, depois de um longo silêncio.

— Nós vamos fazer uma visita a outros membros da família. Você, Luke e tia Summer, se ela quiser. — Summer estava numa conversa animada com Aretha e Argus, mas levantou a cabeça ao ouvir o seu nome. — Era Linus ao telefone. — Explicou Aléxandros, mordendo o lábio. — Ele gostaria que nós fôssemos até lá agora, tia. A senhora vai conosco?

— Sim, claro que irei, Alex... — Respondeu Summer.

Sua voz soou gentil como sempre, mas havia algo em seus olhos que Rania nunca tinha visto antes.

Menos de meia hora depois, quando saíram no carro de Aléxandros, o mesmo leve brilho de apreensão continuava presente nos olhos de Summer.

A casa de Linus era moderna e branca. De tradicional só o muro e o jardim interno. Quando começaram a subir a alameda que atravessava o jardim, dois garotinhos vieram correndo e abraçaram as pernas de Aléxandros.

Aléxandros devia ser um visitante querido, pois os dois garotos colaram-se às suas pernas, falando ao mesmo tempo, rindo e brigando para saber quem contaria a ele algo que os dois estavam ansiosos para dizer. Como não podia prosseguir, Aléxandros pegou as crianças, uma em cada braço, e carregou-as pela alameda até a casa.

Um pouco antes de chegarem apareceu uma jovem, puxando os longos cabelos pretos para trás e parecendo nervosa.

— Alex! Seja bem-vindo! Entre, entre. — Ela levantou a cabeça para os beijos habituais, depois fez um ar de quem pede desculpas enquanto apontava a entrada da casa. — Eu devia ter ficado aqui para impedir que os meninos o sujassem assim. Desculpe-me.

— Oh, por favor, não peça desculpas. — Disse ele com um de seus raros sorrisos. — Fico lisonjeado, Raíssa, crianças nem sempre me recebem tão bem. — Por alguma razão que Rania não compreendeu, ele fitou-a ao dizer isso e ela evitou o seu olhar. Depois ele se virou para Summer, que ainda parecia um pouco agitada. — Tia Summer, a senhora não conhece Raíssa, não é? E estes são os dois filhos de Linus, Hector e Richard.

O nome familiar fez com que Rania sentisse um aperto no coração, mas antes que pudesse pensar que talvez Richard era um nome muito comum na Grécia, foi a sua vez e de Luke serem apresentados. Depois Aléxandros olhou para a jovem e ergueu as sobrancelhas interrogativamente.

— Ele está muito agitado. — Disse ela em voz baixa e nervosa. — Entendeu, Alex?

Algo naquela visita perturbava Rania, mas no momento ela não conseguia saber o que era. As crianças eram encantadoras, a mãe delas amável e tímida, mas seu coração começou a bater acelerado assim que entraram na casa.

A decoração da casa era tão moderna quanto a sua fachada, além de confortável e acolhedora. Haviam acabado de entrar quando um homem saiu de um cômodo à esquerda. Ao vê-lo, o coração de Rania quase parou de bater.

Ela não percebeu se Luke teve ou não o mesmo impacto, pois não conseguiu tirar os olhos do homem à medida que ele se aproximava para cumprimentá-los. Na penumbra do cômodo, por um momento pareceu que era Papa vindo na direção deles.

Era mais jovem e mais magro, com cabelos pretos encaracolados em vez da calvície familiar, mas com o mesmo sorriso terno, deixando ver os dentes escurecidos por fumar cigarros fortes demais. Foi apenas uma impressão, claro, que se desfez no instante em que ele chegou onde estava mais claro. Mas o impacto causado por aqueles poucos segundos foi forte demais.

— Sejam bem-vindos! — O homem levou-os para uma sala espaçosa, cujas janelas davam para o terraço e o jardim. Abraçou Summer e beijou-a afetuosamente, depois a instalou numa poltrona. — É tão bom vê-la novamente, tia... — Disse ele, ainda segurando as mãos de Summer. — A senhora está bem?

— Estou, sim. — Garantiu Summer e observou-o por um momento. — Vejo que você prosperou e gostei de conhecer sua esposa e seus filhos.

— Sim. — Ele deu um tapinha nas mãos dela e meneou a cabeça. — Eu queria tanto ter estado lá quando... — Encolheu os ombros largos. — Eu estava na América, a negócios, tia Summer, não teve como eu voltar a tempo?

— Ele teria compreendido. Não se preocupe com isso afinal. — Disse Summer. Rania concluiu que falavam de seu padrasto.

— Espero que sim. — Falou ele pensativo e virou-se para os outros convidados. Olhou intensamente para Rania, mas desviou o olhar quando Aléxandros falou.

— Este é Luke, Linus. — Ele aproximou Luke de Linus e por um momento pareceu hesitar em continuar. Linus, porém, estendeu a mão para Luke, antes mesmo que terminassem as apresentações. — Luke, este é Linus Magnus. A mãe dele foi a primeira esposa de seu pai, portanto ele é seu meio-irmão. Você entendeu?

Aléxandros parecia estar escolhendo as palavras cuidadosamente, e devia estar mesmo, já que Rania também se sentia perplexa. Nunca, em todos aqueles anos em que estivera ao lado dele e em que o amara mais do que a seu próprio pai, Richard Daddario Magnus mencionara a existência de outra família. Não era a sua existência que a deixava surpresa, mas o fato dele tê-la mantido em segredo. Isso lhe dava a sensação de ter sido enganada.

Mas como a situação de confronto era entre Luke e Linus Magnus, Rania teve tempo para recuperar sua presença de espírito. Até mesmo Aléxandros parecia esperar a reação do garoto com a respiração suspensa. Lembrando-se de que nas épocas de crise e de dúvidas eles sempre se voltavam para tia Summer, Rania esperou de Luke a mesma atitude.

Em vez disso, ele se virou para Aléxandros e foi impossível saber se o brilho de seus olhos era de alegria ou das lágrimas prestes a caírem.

— Eu tenho um irmão? — Perguntou ele e Aléxandros assentiu.

— Seu pai foi casado antes com outra mulher e tinha uma família... — Aléxandros falava calma e persuasivamente. — Você vai gostar de ter irmãos mais velhos, não é, Luke?

Aléxandros estava ansioso, Rania percebeu, e ficou mais confusa ao pensar que, pelo menos por lei, aquele homem que se parecia tanto com Richard era também seu irmão. Mas Luke aceitou a súbita mudança em sua vida, pois começou a sorrir.

— Acho que vou gostar e muito. — Concluiu ele. — Vou gostar de ter um irmão, é algo que sempre quis! — Virou-se para Rania, acreditando que ela estivesse tão feliz quanto ele, e exclamou. — Nós temos um irmão, Any, e não sabíamos!

Rania concordou e sorriu, reprimindo firmemente a sensação de que estavam mais distantes um do outro do que jamais haviam estado. Aléxandros puxou Luke para um lado e pediu que ela se aproximasse.

— Rania é a filha adotiva de Richard. — Disse ele, e mais uma vez os olhos de Linus Magnus brilharam de satisfação.

— Rania. — Ele segurou-a pelos ombros e sorriu quando a abraçou e beijou no rosto. — Seja bem-vinda, irmãzinha. — Disse ele, fitando-a e sorrindo. — Seja bem-vinda e seja muito feliz! — Ele observou-a por mais um momento, depois meneou a cabeça lentamente. — Se você for parecida com a sua mãe, minha jovem, asseguro-lhe que meu pai foi um homem de muita sorte.

Rania sentiu-se sufocada pela emoção, sabendo que, por alguma razão que ela própria ainda desconhecia, aquele homem não tinha visto o pai, pelo menos desde que ele se casara com sua mãe. Era difícil entender por que Richard, que ela pensava ter conhecido tão bem, vivera separado de seu outro filho, quando gostava tanto de crianças.

— Você acha tudo isso muito confuso? — Perguntou Linus. — Eu também. E deve ser um choque de repente descobrir que se tem três irmãos em vez de um só.

— Três? — Ela fitou-o, lembrando que Aléxandros mencionara a palavra "irmãos'', momentos antes.

— Somos dois filhos do primeiro casamento. — Explicou Linus. — Meu irmão Jason mora na Califórnia.

— Nos Estados Unidos? — Interrompeu Luke animado.

— Faz cinco anos exatamente. — Respondeu Linus. — Eu tenho algumas fotografias dele, se você quiser ver.

— Oh, eu gostaria muito, por favor! — Disse Luke sem hesitação e seguiu Linus e as duas crianças.

Ele tinha aceitado muito bem os seus novos parentes, e isso era bom, mas Rania não conseguia reprimir inteiramente a forte sensação de perda que isso lhe causava.

Raíssa Magnus disse que ia fazer um café e, quando foi para a cozinha, Summer acompanhou-a. Quando Rania ia fazer o mesmo, Aléxandros chamou-a.

— Venha comigo até o jardim, por favor. — Ele falou em voz baixa, como se não quisesse distrair o pequeno grupo que estava num canto da sala, debruçado sobre uma pilha de fotografias.

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