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CAPÍTULO I

Rania não se lembrava realmente de ter usado outro sobrenome além de Daddario, ou de ter morado em outro lugar que não fosse em Atenas, embora tivesse viajado muito durante os primeiros cinco anos de vida. Sobre o seu verdadeiro pai, só sabia que ele era um artista, aliás excelente, a julgar pelo retrato de sua mãe que Richard conservara mesmo depois de ela os ter abandonado também. Karen Romaniz, a mãe, era escultora, e Rania herdara parte do talento de ambos, embora fosse melhor pintora do que escultora na verdade.

Aos cinco anos de idade, a vida de Rania começou a mudar. Foi quando seu pai abandonou a família. Era difícil lembrar se tinha sentido a falta dele; lembrava-se apenas de que tanto ele quanto sua mãe pouco se preocupavam com ela.

Só com sete anos, quando sua mãe se casou pela segunda vez, com Richard Daddario, é que Rania aprendeu o que significava o amor e a afeição da pessoas adultas. Dez anos mais velho do que sua nova esposa, e viúvo, Daddario dedicou a ela o mesmo amor generoso que oferecia a seu próprio filho pequeno. E durante os onze anos seguintes Rania desempenhou, feliz, o papel de irmã mais velha.

Daddario a adotara legalmente logo depois de se casar com sua mãe, por isso é que ela não se lembrava de ter possuído outro sobrenome além deste. Ele também era escultor, mas achava que a família vinha sempre em primeiro lugar, por isso Rania e seu meio-irmão, Luke, tiveram uma vida tranquila e feliz.

Quando Karen os deixou, apenas quatro anos depois do casamento, uma grande tristeza apoderou-se de Daddario. Rania, no entanto, com onze anos na época, mal sentira a falta dela. Na verdade, o abandono de sua mãe lhe causou muito menos trauma do que a morte recente de Richard. Ele havia sido um homem carinhoso e muito bom, e sua ausência abalou profundamente Rania. Mas ela era jovem, tinha só dezessete anos, e ninguém podia ficar se lamentando a vida inteira. Embora a dor da perda ainda a atormentasse, tentou encarar a vida com um pouco mais de otimismo.

E foi então que tia Summer lhe deu a notícia que a deixou transtornada: como Rania e Luke ainda eram considerados muito jovens, Daddario resolvera que, caso morresse, os dois seriam entregues aos cuidados da família Magnus, o primo que morava em Atenas.

Rania ficou para morrer quando soube da notícia, pois não queria deixar Serifos. Sair da ilha?... Isso era uma loucura!... Serifos é uma ilha nas Cidades Ocidentais, conhecida pelas suas antigas torres, castelos, mosteiros e a capital de Hora, intocada de branco. A ilha tem um total de 72 praias. Entre as mais populares estão a praia Psili Ammos, a praia de Ganema, a praia de Vaya e a praia de Lividakia. Entre os edifícios mais proeminentes da ilha encontra-se o Mosteiro de Moni Taxiarchon, construído no século XIV. Também se pode visitar a Torre Branca, os restos de uma antiga torre de vigia no topo de uma colina. A ilha é popular entre os mergulhadores e existem várias empresas que oferecem passeios de mergulho. Isso seria outro grande golpe para ela, depois da morte de Papa, que era como chamavam Daddario.

Agora, sentada à sala de sua casa, em companhia do irmão e de tia Summer, todos à espera de Aléxandros Magnus, Rania se sentia inquieta e infeliz. Percebendo-se observada, olhou à sua volta.

— Ainda vai demorar muito, tia Summer?

— Não,... Não se inquiete tanto assim.

Rania voltou o olhar para a janela, mas seus pensamentos estavam longe. Por duas vezes, no ano anterior, Papa havia dito que precisava encontrar-lhe um marido. Rania ainda não pensava em casamento, embora já tivesse quase completando dezoito anos, idade em que as garotas da ilha, se não estivessem casadas, pelo menos já sabiam com certeza quem seriam os seus maridos.

Talvez, assim como entregara a sua tutela ao primo de Richard, Papa também tivesse confiado a ele a tarefa de arranjar um marido para Rania. Ela virou-se quase bruscamente, procurando afastar essa ideia.

— Ele não devia estar tão atrasado, já que tem o seu próprio barco e não depende da balsa — queixou-se ela irritada.

Summer limitou-se a sorrir e Rania voltou a olhar pela janela. Sentia-se como uma colegial, ali com Luke, ambos vestidos com trajes de domingo, à espera do primo que vinha de Atenas. Tia Summer havia insistido em que eles se apresentassem bem-arrumados para que o tutor ficasse impressionado. Pois se tratava de uma família muito importante dentro da sociedade grega.

Rania detestava aquelas formalidades, especialmente a antiquada saia preta e o coque preso à nuca. Aquela situação fazia crescer um sentimento hostil para com o primo de Daddario, que chegaria a qualquer momento.

Ele que não pensasse que ela era uma criança, como Luke. Tinha quase dezoito anos e não submeteria a sua vida às decisões arbitrárias de um homem que lhe era quase um estranho.

Rania lembrava muito bem da primeira visita que a família Magno fizera a Serifos. Tinha catorze anos na época e a chegada da grande lancha no pequeno porto da ilha causara muito tumulto. O próprio Nikolas Magnus, o patriarca da família Magnus também fora alvo de grande interesse, pois caminhava pelo cais com tanta autoridade que mais parecia o dono de toda a ilha.

Naquela época Rania não entendera a razão daquela visita já que, com exceção de Summer, nenhum membro da família de Magnus jamais colocara os pés na ilha. Mas agora percebia tudo. Papa com certeza já sabia que não teria muito tempo de vida e resolvera assegurar o destino de Luke e o dela.

Aos catorze anos de idade, Rania já se sentia adulta e Nikolas conseguiu humilhá-la com a sua atitude distante e arrogante. Com certeza ele não aprovava a maneira como ela fora criada e nem a indulgência de seu padrasto para com as crianças. Após a partida de Nikolas, ao comentar o fato com Richard, ele simplesmente deu uma risada e disse para ela não se preocupar, pois seu primo era bom. Muito conservador, talvez, e que seus filhos, apesar de suas poucas idades eram bem parecidos com o pai, e que eles eram uma família generosa e muito rica.

Nunca mais se encontrou com Nikolas Magnus, como com nenhum membro de sua família novamente e agora, sentada ali naquela cadeira, esperando por um dos seus filhos, pensava na ironia do destino que a colocava nas mãos daquela família que nunca lhe demonstrara a menor consideração e que, com certeza, reprovava todas as suas atitudes.

— Quanto tempo mais, tia Summer? Ele está atrasado!

— Com certeza deve haver alguma razão para isso, minha querida, não fique impaciente. Ele chegará logo.

— Não pense a senhora que eu queira vê-lo novamente. — Replicou Rania. — Não gostei dele na última vez em que esteve aqui e tenho certeza de que ele também não gostou de mim. Aliás, isso ficou claro!

— Rania, querida, a última vez que Niko esteve aqui foi no enterro do seu pai, há dois meses. — Summer lembrou-a. Depois acrescentou com um leve tom de censura: — E você não o viu naquela ocasião. Ou se esqueceu disso.

— Eu não vi ninguém... — Concordou Rania, com os olhos distantes. Era muito fácil lembrar-se daquele dia terrível em que Papa fora enterrado no pequeno cemitério da ilha. Como estivesse muito indisposta, tinha preferido ficar em seu quarto, apesar dos invariáveis comentários dos parentes e amigos. Summer tomara conta de tudo, paciente e compreensiva como sempre. — Não estou falando desta última vez, mas da anterior. — Insistiu. — Não gostei dele e não espero mudar de opinião.

Rania achou que a tia podia estar certa, mas duvidava de que Rania percebesse como ela se sentia em relação ao homem por quem estava esperando. Summer era mais idosa e muito abnegada às vezes. Era viúva de um tio de Richard e viera gentilmente cuidar do sobrinho e dos filhos dele depois que a mãe de Rania os abandonou. Ela nunca tivera filhos e gostava muito das duas crianças.

— É que eu sei que não posso esperar muito desse encontro. — Insistiu Rania. — Ele não tentou esconder sua opinião a meu respeito na primeira vez em que esteve aqui, e agora que vai ser o nosso tutor... — Encolheu os ombros. — Ele não se importaria tanto se eu fosse grega, mas acho que nunca aprovou o fato de Papa ter adotado uma estrangeira.

— Oh, Rania, querida! — Summer fitou-a com preocupação. — Você não é grega de nascimento, mas o é por amor, e tenho certeza de que Niko não é tão severo assim, para dar importância a esse fato.

— Talvez não.

— Você até fala grego. — Observou Summer. — Além disso as pessoas mudam conforme o tempo passa e também as aparências podem acabar nos enganando.

Por um momento os lábios de Rania tremeram, pois sentiu novamente aquela terrível sensação de perda. Cruzou os dedos no colo, odiando aquela saia preta.

— Todos os dias Papa conversava um pouco em inglês comigo, pois dizia que eu nunca deveria esquecer as minhas origens. — Suas mãos estavam trêmulas e Rania apertou-as com mais força, engolindo seco, pois não queria mais chorar. — Eu queria ter nascido aqui, tia Summer, assim não me sentiria uma estrangeira.

O brilho do sol através da janela aberta dava a seus cabelos um reflexo aveludado, e sua diferença das outras garotas da ilha nunca parecera tão acentuada. Sua mãe havia sido muito bonita, mas as feições de Rania tinham a perfeição clássica mais frequentemente associada às antigas deusas da Grécia, seu país de adoção.

— Você se sente mesmo como uma estrangeira? — Perguntou Summer gentilmente e Rania meneou a cabeça, sem fitá-la.

— Só quando lembro da maneira como aquele homem... Como o primo Nikolas olhou para mim.

— Você tem imaginação demais, menina. — Summer repreendeu-a gentilmente. — Tenho certeza de que Niko ficou encantado com você, como todos nós. Ele é um homem severo, eu sei, mas não é tão rude e injusto quanto você parece pensar.

— Talvez. — Rania não estava convencida e olhou para Luke. — Você se lembra dele, Luke? Da primeira vez em que ele esteve aqui?

Luke estava com doze anos, era alto e magro para a idade e seu sorriso lembrava muito o do pai.

— Acho que eu gostei dele. Mas eu achei foi que o filho dele, o Aléxandros se sentia deslocado aqui. Até mesmo parecia distante e triste. Sei lá... Pode ter sido só impressão minha. Por causa da morte do Papa... — Disse Luke e Rania fitou-o, sem acreditar no que ouvira.

— Você teve medo dele. — Afirmou ela. — Você chegou a dizer que o achava cruel.

— Eu não passava de uma criança boba. — Luke franziu as sobrancelhas. — E não tive medo dele, Rania, eu gostei muito dele. Principalmente do Alex.

Rania engoliu a resposta que já estava pronta em seus lábios, ao perceber o olhar de Summer.

— Acho melhor esquecerem as impressões passadas. Não devemos tirar conclusões precipitadas das pessoas. — Aconselhou pensativa. — Devem ser educados e encantadores quanto eu sei que vocês dois sabem ser. Esta situação não é fácil para vocês, mas lembrem-se de que também não deve ser fácil para a família Magno também, tornar-se, de repente, tutor de dois jovens que nutrem um certo ressentimento para com eles. E não se esqueçam de que, afinal de contas, não foi eles quem decidiram isso.

— Acho que não, mas... — Admitiu Rania com relutância; por causa de Summer, devia esforçar-se para aceitar a situação com o máximo de tranquilidade possível. Luke não se opunha a isso, pelo menos no momento, e ela não queria parecer teimosa e mal-educada. Impulsiva como sempre, atravessou a sala e abraçou a tia com um misto de saudade. — Serei um anjo, tia Summer. Prometo!

— Querida, seja só você mesma.

— Ele está chegando! — Luke levantou-se. — Rania, ele parece ainda mais alto do que eu me lembrava e... Você acha que ele é mesmo tão severo quanto parece? Espera não é o Nikolas, mas o Aléxandros.

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