E viveram felizes para sempre; extra
e não é que o bônus veio?? kkkkk tomei vergonha na cara e escrevi. Ficou bem simples e boiolinha, mas eu acho que combina com a vibe da fic.
deixo já avisado que o smut não será narrado, queria que a fic fosse fluffy e vai continuar assim, nada de safadeza aqui meus bebes kkkk mas pode ir lá no meu perfil que tem algumas pwp que podem te agradar.
enfim, deixo pra falar mais lá no final. Boa leitura!
Jeongguk estava visivelmente ansioso e qualquer um perceberia aquilo apenas ao vê-lo olhar preocupado para as roupas de seu guarda-roupa como se estivesse em um enorme impasse consigo mesmo. Jihyo estava deitada de bruços na cama do pai, com a cabeça apoiada nas mãozinhas enquanto assistia o pai fuçar suas roupas a procura de algo que ela não saberia dizer o que é.
Mesmo não entendendo nada, ela queria ajudar, agradeceu mentalmente quando seu tio Jimin entrou no quarto e viu quando o baixinho bufou ao olhar para Jeongguk.
— Ainda não se arrumou? Vão se atrasar? — Jimin perguntou confuso, olhou para Jihyo e viu que a garotinha já estava prontinha, com sua jardineira azul bebê por cima de uma camisetinha amarela. Adorável.
Jeongguk por outro lado, ainda usava a calça moletom e o peitoral livre de qualquer camisa, tinha acabado de sair do banho há minutos atrás e até o momento não tinha decidido o que iria usar.
Quando percebeu a presença do amigo no quarto, formou uma cara sofrida.
— Jimin-ah, me ajuda. Eu não tenho nada de bom 'pra usar. — Jimin franziu o cenho quando olhou para dentro do armário e viu as várias opções que o moreno tinha ali.
— Como não tem? Use qualquer coisa, Jeongguk. Parece até que está se arrumando para um encontro. — assim que terminou de falar abriu a boca em entendimento, levando em consideração o quanto Jeongguk ficou vermelho com sua simples fala, ele já tinha sacado tudo. E aquilo resultou em um sorriso ladino. — Oh, agora tudo faz sentido.
Jeongguk engoliu em seco constrangido.
— Calado, Jimin. — o Park deu risada se jogando na cama ao lado da pequena que gargalhou pelo corpo ter pulado um pouco com o impacto do corpo do mais velho.
— O que foi? Eu não estou te julgando, até entendo na verdade. Demorou quanto tempo mesmo? Uma semana para que ele finalmente ligasse? Deus, você estava quase surtando. — revirou os olhos então sorriu todo bobo para Jihyo enquanto curvava para beijar a bochechinha gorda da menininha esperta e sorridente. — E ninguém aguenta um papai surtado, não é Ji?
— Eu não sei o que é surtado, oppa. — respondeu, Jimin estalou a língua no céu da boca enquanto acariciava a franjinha adorável da menininha, era tão sortudo por ter sido um dos escolhidos para ser padrinho daquela preciosidade.
— Olhe para o seu pai que você vai entender rapidinho.
Jeongguk que ouvia tudinho revirou os olhos. Confessava que estava surtando um pouquinho sim, mas não era para tanto. Desde que Taehyung pediu seu número na porta de sua casa, Jeongguk esperou a ligação, todos a sua volta estavam de prova no quanto ele esperou, mas uma semana se passou e a ligação não veio. Ele pensou na possibilidade do Kim ter perdido seu número, ou até mesmo ter perdido o interesse em si, talvez tivesse percebido que se envolver com um homem que já possuía uma filha era demais. Não queria pensar naquilo, tinha mesmo gostado de Taehyung, mas foi inevitável.
Então no sábado a ligação veio, e com ela um convite que deu início aquele surto inicial que estava tendo naquele momento. Taehyung tinha convidado Jeongguk e Jihyo para tomar sorvete, a garotinha faltou pular de alegria, é claro, ganhara ponto com ela no exato momento que citou a palavra 'sorvete'. Já Jeongguk estava preocupado, fazia muito tempo desde a última vez que saíra com alguém, embora aquilo não fosse um encontro propriamente dito, ele estava nervoso.
Jimin percebeu aquilo, pois suspirou e se levantou da cama, se aproximou do moreno e tocou seu ombro.
— Não pense demais, eu sei que está pensando demais. Não conheço esse Taehyung, mas se a Jihyo gosta dele, então deve ser uma boa pessoa. Ele parece gostar dela, ele também parece gostar de você, não pense que vai dar tudo errado sem ao menos ter tentado. — falou como se tivesse lendo todos os pensamentos e inseguranças do moreno, Jeongguk achava assustador o fato de Jimin sempre parecer conseguir ler sua mente, pois ele sempre dava os conselhos perfeitos.
Jeongguk sorriu tímido.
— Eu realmente gostei dele, hyung. Espero que dê certo. — Jimin sorriu carinhoso.
— Você sabe, se ele for igual aqueles babacas que querem apenas seu corpinho, eu posso dar um jeito nele rapidinho. — falou e Jeongguk deu risada assentindo. — Eu não estou brincando, ninguém brinca com os meus bebês. Você e a Jihyo são meus nenéns e nenhum filho da p-
Jeongguk arregalou os olhos, se apressando em tapar a boca do mais velho enquanto se voltava para a filha, temendo que ela tivesse ouvido as besteiras que o padrinho falava, mas a garotinha estava entretida demais no celular de Jeongguk que ele tinha deixado jogado no colchão. Olhou repreensivo para Jimin que sorriu culpado.
— Desculpa... — falou então se aproximou para sussurrar — Mas se ele se mostrar um filho da puta, eu não vou medir a força do meu soco.
Jeongguk revirou os olhos antes de olhar para seu hyung de cima a baixo com desdém, então riu soprado.
— Primeiro você tem que crescer, Jimin-ssi. Um soco no joelho dele não vai ter muito impacto. — Jimin abriu a boca ultrajado.
— Ora seu-... — falou indignado com o sorriso petulante do mais novo. — Eu aqui pronto 'pra te defender e você me ofendendo. Não vou mais ajudar a escolher a roupa também.
Jeongguk gargalhou, ignorando os protestos de Jimin, ele o abraçou por trás, impossibilitando-o de fugir de seu aperto.
— Perdão, hyung, perdão.
Jihyo percebendo a interação do pai e do padrinho, sorriu grande saindo da cama com cuidado, para só então correr até os adultos para participar da brincadeira. Adorava bagunça e não podia ver ninguém se divertindo que também queria participar. Jeongguk a pegou no colo e deixou um beijo estalado na bochecha gorda arrancando uma risada gostosa da menininha. Olhando para aquele sorriso, Jeongguk tinha apenas uma certeza na vida e era a filha.
Gostara sim de Taehyung, mas se não desse em nada, ele superaria, Jihyo o ajudaria com isso.
(...)
Jeongguk não sabia, mas Taehyung estava quase entrando em colapso por conta daquele "encontro", se não fosse por Yoongi, provavelmente ele tinha desistido e deixado pai e filha o esperando. Mas com muitos incentivos do melhor amigo e sua ajuda na escolha da roupa perfeita, ele tomou coragem para ir ao lugar marcado.
O lugar marcado em questão era uma sorveteria perto da escola, Taehyung gostava de lá porque tinha um clima muito familiar, as paredes eram de cores neutras, variando entre o rosa e o azul, as mesas redondas espalhadas e encostadas nas janelas ficavam as mesas maiores com quatro cadeiras, todas seguindo o mesmo estilo de creme. Ele gostava de ambientes assim, e sentia-se bem assistindo as famílias se divertindo, assim como as crianças que tinham um espaço especial no canto da sorveteria, onde havia vários brinquedos para as distraírem.
Achou que seria um lugar perfeito para estar com Jeongguk e Jihyo, provavelmente eles já conhecessem aquele lugar, mas não fazia mal.
Sua ansiedade fez com que chegasse um pouco adiantado do horário combinado, mas ficou aliviado por ter um tempo para se acalmar. Não era um cara tímido, tinha orgulho do quão decidido ele era, se estava interessado em alguém, ele não fazia rodeios, mas com Jeongguk era diferente, ele ficava nervoso apenas com a possibilidade de encontra-lo em instantes. Estranho, mas não ruim. Era uma sensação gostosa que sentia no peito, e saber que ele viria acompanhado da adorável Jihyo melhorava mais ainda seu humor, e suas expectativas aumentavam gradativamente.
Sentado em uma das mesas ao lado da janela, Taehyung prendeu a respiração por um segundo quando viu o homem no qual tinha se encantado entrar na sorveteria segurando a mãozinha pequena da filha que pulava e apontava animada para os sorvetes, ansiosa para se lambuzar na sobremesa. Foi Jeongguk o primeiro a encontra-lo, e quando fez sorriu tímido, acenando levemente. Jihyo percebendo o gesto seguiu o olhar do pai, e quando reconheceu Taetae, o professor preferido, soltou a mão do pai e correu até o Kim com um sorriso enorme.
— Tio Taetae, tio Taetae.
Taehyung se levantou apenas para pegar a garotinha que corria em sua direção, no colo. Sorrindo apaixonado quando sentiu os bracinhos lhe abraçarem pelos ombros.
— Tudo bem, princesa? — Jihyo assentiu rapidamente, a cabeça subindo e descendo adoravelmente. Sorrindo, ele observou a roupinha que ela usava naquele dia. — Uma princesinha muito bonita. Que roupa linda.
Jihyo sorriu ainda mais, arreganhado o sorriso banguela, deixando Taehyung todo derretido. Jeongguk estava se aproximando quando ouviu a resposta da menina.
— Foi o papai que me arrumou, tio Taetae.
Taehyung fingiu um olhar chocado, sorrindo para Jeongguk que observava a interação meio abobado, o Kim realmente tinha um poder com as crianças.
— Oh, verdade? Ele tem muito bom gosto. — falou e Jeongguk sorriu quando recebeu um olhar do mais velho. Então Taehyung se voltou para Jihyo. — 'Tá animada para escolher um sorvete, princesa?
Sorriu quadrado quando a garotinha assentiu freneticamente e batia palmas animada.
— Ah, então já quer ir ver os sabores? — perguntou, fazendo uma voz engraçada, exagerando na animação. Jihyo soltou uma risadinha confirmando então Taehyung a colocou no chão. — Pode escolher o que quiser. Tudo por conta do Tio Tae.
Jihyo olhou para Jeongguk como se esperasse sua autorização e apenas saiu correndo para o balcão onde vários sabores estavam em exposição quando ele acenou em concordância. Sorrindo ladino, Jeongguk olhou para Taehyung, percebendo como ele sorria bobo para a garotinha que parecia estar no paraíso olhando todo aquele sorvete.
— Então...
— Nem pensar, Sr. Jeon. — Taehyung o interrompeu, sabendo o que ele ia falar, sentando-se no lugar que estava anteriormente, esperou que Jeongguk fizesse o mesmo na cadeira a frente. — Eu convidei, eu pago. Sem discussão.
Jeongguk soltou uma risada soprada.
— Que tal entrarmos em um acordo, meio a meio? — perguntou petulante, Taehyung cerrou os olhos desconfiado, mas no fim acabou sorrindo concordando.
— Agora entendi porque a Jihyo é tão persuasiva. — murmurou.
Jeongguk olhou para baixo, apenas para esconder o sorriso tímido que ameaçava aparecer, então cruzando os braços em cima da mesa, se curvou para se aproximar um pouco mais do professor.
— Deixa eu contar um segredo... uma vez eu falei 'pra ela que com o rostinho fofo dela, ela conseguiria o que quisesse. Um enorme erro, porque ela usa isso sempre ao favor dela quando quer alguma coisa, ou quando apronta e quer se livrar. — falou e sorriu quando Taehyung riu alto ao imaginar a chantagem que a garotinha faz para os adultos a sua volta, inevitavelmente se lembrando do fatídico dia em que ela inventou uma dor de barriga apenas para ser levada para casa.
Olhou para onde a garotinha estava, Jihyo pulava para conseguir falar com a atendente que lhe dava toda a atenção do mundo, respondendo todas as suas perguntas.
— Ela é muito esperta. — falou e Jeongguk olhou para a filha com amor, sorrindo como o pai bobão que era. Tinha tanto orgulho daquele bebê espoleta.
— Ela é sim... — voltou a olhar para o Kim. Naquele dia ele usava uma camisa de botões branca, mas não tinha um suéter como na primeira vez que o vira, usava uma calça de linho bege que moldava a cintura do mais velho perfeitamente, o óculos de armação quadrada e preta se fazia presente, assim como o cabelo castanho que caia liso na sua testa, deixando-o mais jovem do que realmente era. — Ela ficou muito animada quando você ligou.
Taehyung lhe encarou um tanto surpreso com a confissão. Então sorriu.
— Só ela? — perguntou abusado, sorrindo satisfeito quando Jeongguk lhe encarou sem saber como responder.
— Eu também, não sabia se iria ligar. — um pouco envergonhado por estar confessando aquilo, Jeongguk encarava suas mãos juntas em cima da mesa com noção que tinha toda a atenção de Taehyung em si. — Um pouco paranoico da minha parte, confesso. Mas até imaginei que você tivesse desistido. Não que eu fosse te culpar, se fosse o caso, não seria a primeira vez.
— Como assim? — Taehyung perguntou confuso, não imaginaria quem seria doido de desistir de um encontro com aquele homem. Jeongguk suspirou enfim lhe encarando.
— Aparentemente ter uma filha não é um atrativo para um parceiro em potencial. — riu soprado, sem humor. Era vergonhoso admitir que já levou bolo pois a pessoa descobriu de última hora que ele possuía Jihyo, como se ela fosse um fardo muito pesado para carregarem, algo inaceitável. Era uma criança, não um dragão de sete cabeças.
Entretanto, Taehyung pensava diferente. Ele se orgulhava da família que fora criado, da maneira que foi ensinado, e cresceu desejando tudo que cresceu vendo, seus pais estavam juntos até hoje, felizes e apaixonados, possuíam três filhos, todos bem crescidos, dois deles já possuíam também suas famílias, Taehyung era o único que ainda não tinha seguido aquele caminho, mas ele desejava, ah como desejava.
Desejava encontrar uma pessoa especial, e com ela construir uma família, amava criança e se tivesse uma que o chamasse de pai então? Nossa, seria perfeito. Seria cedo para pensar em algo assim, mas Taehyung não conseguia evitar imaginar que Jeongguk tinha tudo que ele sempre sonhou.
Coçou a garganta brevemente então imitou o gesto de Jeongguk ao se curvar na mesa, a ação fez com que os dois ficassem mais próximos do que o aceitável.
— Jeongguk, eu conheci Jihyo antes de conhecer você. Então tecnicamente me apaixonei primeiro por ela, antes de me encantar pelo pai dela. — murmurou divertido, Jeongguk abriu a boca surpreso, Taehyung riu levemente. — Eu não sou como as pessoas que você conheceu. Se me der uma oportunidade eu posso te provar isso.
Jeongguk podia sentir as bochechas quentes com a aproximação exagerada do mais velho, estavam tão próximos que ele podia sentir o calor que ele emanava, mordendo o lábio olhou para baixo, não suportando manter o contato visual. Entretanto, não só suas bochechas estavam quentes, seu coração também estava em chamas, completamente rendido por aquele professor encantador e até um pouco estranho.
Então sorrindo levantou o olhar, se concentrando nos olhos do mais velho que lhe fitavam de maneira tão determinada que não houve qualquer indicio de que iria se arrepender daquela decisão.
— Tudo bem.
Antes mesmo que Taehyung pudesse responde-lo, Jihyo apareceu na mesa toda feliz falando que tinha feito finalmente seu pedido, voltando a se encostarem na cadeira os dois adultos se entreolharam, Taehyung com um sorriso ladino e Jeongguk envergonhado pela situação anterior, ele ajudou a filha a se sentar ao seu lado enquanto a garotinha engatava em uma conversa com o Kim, algo relacionado a sorvetes de morango e chocolate, e porque o de morango ganhava de lavada.
Jeongguk pediu apenas uma casquinha com duas bolas de flocos e cobertura de chocolate, já Taehyung pediu um pratinho com três bolas com sabores diferentes, todos enfeitados de maneiras diferentes, os adultos pareceram estupefatos quando o pedido da garotinha chegou, um potinho com duas bolas de morango, havia jujubas, granulados, canudinhos comestíveis e tudo que faria a barriga da criança doer assim que chegasse em casa, Jeongguk até podia ver o trabalho que ela daria.
Entretanto não conseguiu brigar quando viu os olhinhos brilhando para aquela bomba calórica, como se fosse o El Dorado, o seu paraíso particular. Ela estava feliz, e ele estava feliz vendo como ela ficava ao lado de Taehyung, sentindo-se mais maravilhado ainda ao ver como o Kim olhava para sua filha, como se fosse uma pedrinha preciosa.
A tarde foi movida a risadas entre os três, Taehyung fingindo estar bravo quando Jihyo roubou um pouquinho do seu sorvete, então iniciaram uma batalha de quem roubava mais do outro, é claro que a pequena Jihyo ganhara. Jeongguk apenas assistia tudo dando risada e com a câmera do celular apontada para os dois gravando o momento.
— Papai! — chamou Jihyo já levantando a colherzinha para o alto. — Foto, papai.
Rindo, Jeongguk capturou o momento, então olhou para Taehyung que sorria entretido para a garotinha.
— Quer tirar uma com o tio Tae? — perguntou, Jihyo faltou pular da cadeira para ir correndo até o outro lado da mesa, Taehyung não gostava muito de fotos, mas fez aquele esforço ao pega-la no colo e sorrindo grande assim como a garotinha fazia. — Ficou muito boa, te mando depois, Tae.
— Sem problema. — falou sorrindo divertido quando Jihyo não desceu do seu colo, voltou a comer despreocupadamente mal se importando onde estava, na verdade estava mais confortável que a cadeira dura. — Vocês gostam de tirar fotos?
Jeongguk sorriu assentindo.
— Um costume que peguei da Jiyeon, mãe da Jihyo. Ela adora tirar fotos, e quando a Jihyo nasceu ela costumava tirar uma a cada mês dela, ela queria fazer um álbum para cada ano de vida, como uma linha cronológica. As fotos iriam contar a história dela literalmente. — explicou sorrindo, Jiyeon era um pouco doidinha, mas se lembra de ter ficado animado com aquela ideia tanto quanto ela. — Jihyo ficou viciada em fotografia graças a isso. Não vou me surpreender se for isso que ela irá querer fazer quando crescer.
— É um costume fofo. — falou Taehyung ajudando Jihyo a limpar as bochechas que estavam lambuzadas de sorvete. — Fico feliz de fazer parte do álbum, então.
Jeongguk sorriu, olhando todo bobo para Taehyung cuidando da garotinha.
— Não tem como não fazer.
Assim que falou, Taehyung lhe encarou e sorriu quadrado, se aquilo significava que ele apareceria em mais fotos então ele estava feliz para caramba. Feliz com a expectativa em alta, Taehyung voltou a dar sua atenção a Jihyo, enquanto os dois brincavam Jeongguk sorria, pois aparentemente Jimin não precisaria dar um soco nesse aqui. Estava tudo caminhando para acabar com um "felizes para sempre".
(...)
Taehyung estava apaixonado, e não precisava ser um grande observador para perceber aquilo. Yoongi podia dizer com certeza sobre isso, porque não havia outra explicação para ele estar encarando com um sorriso bobo o celular e ignorando completamente o que ele falava na cara dura.
Tinha ido com toda sua boa vontade ao apartamento do amigo, decidido a preparar um jantar reforçado pois tinha certeza que ele não tinha se alimentado direito o dia todo. Também queria falar sobre o carinha que tinha conhecido enquanto comprava um jornal em uma banquinha, nunca achou que ter esse costume de velho lhe traria algum benefício, mas trouxe e queria compartilhar com o melhor amigo aquele milagre do universo. Claro que isso iria acontecer que se não tivesse sido ignorado desde que chegara, aparentemente algo no celular era bem mais interessante.
Chegando por trás no sofá, Yoongi espiou por cima dos ombros do Kim e pôde ver com clareza que ele encarava com tanto afinco uma foto. Nela Taehyung tinha uma criança em seu colo com o rosto todo lambuzado e um sorriso travesso nos lábios, mas também havia outro rapaz, sentado ao seu lado e sorrindo abertamente para foto, mostrando o sorriso adorável tão semelhante ao da criança. Não precisava ser um gênio para saber quem eram aqueles.
Taehyung não se calou um só segundo desde que conhecera aquele rapaz, quando suas falas entusiasmadas eram focadas apenas na garotinha, ele até suportava, mas pareceu aumentar ainda mais quando se encantou também pelo pai da criança. Não aguentava mais.
— Porra, você 'tá muito apaixonado. — falou assustando Taehyung que pulou no sofá se apressando em bloquear o celular.
— O q-que? — se atrapalhou todo, corado dos pés à cabeça enquanto Yoongi se sentava ao seu lado no sofá. Ele apontou para o aparelho nas mãos do Kim.
— Esses são os famosos Jeongguk e Jihyo? — perguntou então Taehyung suspirou voltando a ligar o celular para mostrar a foto ao mais velho enquanto assentia. — Ele é bonito mesmo, achei que você estava exagerando como sempre faz só porque 'tá caidinho pelo cara.
Taehyung lhe fitou ultrajado.
— Vou te ignorar, estou muito feliz para me afetar com suas palavras. — Yoongi deu risada.
— Seja sincero, vai. Está apaixonado, né? — perguntou de sobrancelhas arqueadas, Taehyung soltou os ombros e formou um biquinho enquanto apontava de maneira indignada para o celular.
— Olhe 'pra eles, como eu não me apaixonaria? — suspirou encantado, Yoongi rolou os olhos, mas no fim acabou sorrindo, pois no fundo gostava de ver seu dongsaeng feliz daquele jeito. — Ai Yoon, foi perfeito minha saída com eles, Jihyo é tão adorável, quando eu me sentia sem jeito ela parecia adivinhar e sempre vinha com alguma coisa para me deixar a vontade. Ela é... ela é... nossa, eu sou completamente encantado por aquela garotinha.
Yoongi sorriu apoiando o cotovelo nas costas do sofá enquanto se virava para o mais novo.
— E quanto ao pai? — riu soprado quando Taehyung suspirou apaixonado.
— Ele é maravilhoso, Yoon. Adorável, um pai admirável, você tinha que ver como ele olha para a filha, como se fosse o mundo dele. Ela podia estar simplesmente existindo e ele ainda olhava para ela todo bobão, e eu olhava bobão para os dois. — deu risada sendo acompanhado por Yoongi, então quando a risada cessou, Taehyung pegou nas mãos do amigo. — Yoon, eles são tudo que eu sempre sonhei minha vida toda, ele é perfeito, Jeongguk é... nossa, eu realmente não consigo acreditar que exista pessoas que são capazes de jogar fora a oportunidade de conviver com aqueles dois, não consigo aceitar.
— Azar o deles, sorte a sua. — murmurou divertido, sorrindo quando Taehyung deu risada.
— Realmente, fui muito sortudo. — suspirou virando o celular para si apenas para encarar a foto. Parecia uma foto de família, e aquele pensamento fez borboletas se agitarem no seu estômago. — Já faz alguns dias, será que eu deveria ligar?
Perguntou incerto, Yoongi deu de ombros.
— 'Pra que esperar? Você já falou que ele parece um pouco inseguro, por conta de relacionamentos passados, talvez ele apenas não tenha ligado antes por insegurança. Se você decidir também ficar inseguro, essa 'bagaça não vai andar para frente, meu amigo.
— Você tem razão. — murmurou então se levantou agitado enquanto o celular pronto para fazer a ligação.
Entretanto antes que ele pudesse discar um único número, o celular começou a tocar e ele quase caiu para trás ao ver o nome de Jeongguk na tela. Desesperado olhou para Yoongi que tinha o cenho franzido, não entendendo para que tanto alarde.
— Atende, meu filho. — Yoongi exclamou do sofá, indignado com a lerdeza do Kim. Meu Deus, ele morreria solteiro daquele jeito.
Assentindo várias vezes para extravasar a ansiedade, Taehyung atendeu a chamada antes que Jeongguk desligasse, então olhando aflito para o seu hyung levou ao ouvido.
— O-oi Jeongguk, que surpresa. — exclamou e viu quando Yoongi tapou o rosto como se sentisse vergonha alheia. Jeongguk riu do outro lado da linha.
— Esperava que eu não ligasse? Você não fez então decidi tomar a iniciativa dessa vez. — respondeu. — Fiz mal?
Taehyung arregalou os olhos.
— Não, não. Fez certo, muito certo, certíssimo. Na verdade, eu iria ligar 'pra você agorinha. — falou desesperado, ouviu a risada melodiosa do Jeon do outro lado da linha e bem ao fundo Jihyo gritando chamando-o.
— Sério? Pode falar primeiro então.
Taehyung olhou para Yoongi em uma pergunta muda do que falaria em seguida. Yoongi suspirou decepcionado, Taehyung nunca precisou de ajuda para flertar com ninguém, mas parecia um adolescente quando se tratava de Jeongguk.
— Chama ele 'pra sair, criatura. — sussurrou irritado. Taehyung assentiu.
— Err... eu queria saber se você... se você está disponível nesse sábado? Poderíamos sair de novo, com a Jihyo, é claro. — falou e recebeu um joinha do Min jogado no sofá.
— Uau, eu liguei justamente para te fazer um convite, acho que estamos ligados, hyung. — brincou timidamente, Taehyung podia imaginar o sorriso fofo que ele fazia naquele momento. — Jihyo vai passar o fim de semana com a mãe e o padrasto em Jeju. Estava pensando se você gostaria de jantar comigo, aqui em casa mesmo, não sou lá o melhor cozinheiro do mundo, mas sei fazer um cozido maravilhoso.
Taehyung olhou para o celular então para Yoongi no seu sofá e imediatamente começou a divagar ao se imaginar sozinho com Jeongguk. Tanto pensou que Jeongguk começou a chama-lo ao não receber respostas e ele só percebeu segundos depois.
— Tae? Você está me ouvindo? — perguntou preocupado, Taehyung piscou desperto.
— E-estou sim, quero dizer... eu adorei a ideia. — limpou a garganta, ignorando o olhar cínico e afiado que Yoongi lhe enviava naquele momento.
— Sério? Que bom, quando Jihyo voltar de viagem então podemos marcar outra coisa, tudo bem?
— Claro, claro. — ouviu mais uma risadinha no outro lado.
— Então combinado, hyung. 8h está bom 'pra você?
— Está perfeito. — respondeu no automático.
— Então nos vemos sábado, até hyung!
Quando a chamada foi encerrada, Taehyung pareceu finalmente ter entendido o que tinha acontecido. Jeongguk ligou convidando-o para um jantar, sozinhos. Ele já estava surtando em antecedência. Adorava a companhia de Jihyo, mas a possibilidade de ficar sozinho com Jeongguk também era muito atrativa, havia chances reais de acontecer alguma coisa mais... intima. O máximo que chegou a avançar foi um beijo na bochecha do Jeon quando deixou os dois em casa. Só Deus sabe o quanto desejou avançar mais um pouquinho, mas sabia que não era o momento certo.
— Tadinho, desaprendeu a flertar. — Yoongi zombou acordando-o de seus devaneios surtados. — Quem diria que você tem vergonha na cara, Jeongguk realmente é um santo, te deixou tímido.
— Yoon... — murmurou ignorando as provocações do mais velho. — Ele me chamou para a casa dele.
Falou um pouco desacreditado. Yoongi sorriu orgulhoso.
— Isso é ótimo.
— Sozinhos, Yoongi. Vamos jantar sozinhos.
— Melhor ainda.
— Yoongi... — murmurou sofrido, a voz saindo manhosa como a de uma criança pedindo colo, Yoongi fez uma careta desacreditada.
— Não acredito que desaprendeu também o que fazer com um cara quando estão sozinhos, meu Deus, Taehyung. — Taehyung revirou os olhos.
— Aish, nem sei porque sou seu amigo.
— Porque eu sou o único que aguenta seus surtos. — rebateu e Taehyung quis devolver a provocação, mas não encontrou nada a altura. Ele era realmente o único que sempre está ali para ouvir suas besteiras e rir de suas histórias doidas, sua preferida era quando Taehyung contava sobre os flertes que recebe das professoras na escolinha.
— Que seja. — murmurou sem argumento. — E você é o único também que vai me ajudar com a roupa para meu encontro.
— Taehyung, estamos na terça-feira.
— Quero adiantar as coisas, vem. — puxou o amigo baixinho do sofá e o arrastou para o quarto. E mesmo que Yoongi fizesse uma cara azeda, ele ajudaria porque era um ótimo hyung e isso nem Taehyung podia negar.
(...)
As mãos suando eram um sinal claro que estava entrando em estado de pânico, Jeongguk passara a tarde toda se preparando para aquela noite, não conseguia negar que queria que tudo saísse perfeito. Deus, fazia tanto tempo desde a última vez que teve um encontro, nem se lembrava mais com quem foi ou como foi, a única certeza era que tinha sido um fracasso.
O nervosismo aumentou ainda mais, e se desse tudo errado novamente? Havia realmente gostado de Taehyung e queria que daquela vez desse certo. Depois de Hoseok, não encontrara pessoa mais gentil e que parecia adorar Jihyo como Taehyung adorava, como podia deixar passar aquela oportunidade? Ele tinha que ao menos tentar.
8h em ponto a campainha tocou, como se o Kim já estivesse parado em frente a porta há tempos apenas esperando os ponteiros pararem no horário combinado. Nervosamente, Jeongguk passou as mãos na calça jeans que usava para tirar o excesso de suor então abriu a porta forçando um sorriso calmo, muito longe do que realmente sentia.
E se fosse possível, a expectativa para aquela noite apenas aumentou ao encarar o mais velho parado em sua porta usando uma calça jeans preta, camisa branca por baixo de jaqueta jeans azul. Era estranho não o ver com suas calças sociais, suéteres e o óculos quadrado no rosto, Jeongguk estava tão embasbacado com tamanha beleza que não percebera quando o mais velho sorriu divertido.
Piscou desperto.
— Desculpe, hyung. Mas é que... uau. — murmurou olhando-o de cima a baixo, Taehyung sorriu ainda mais, também o analisando todo antes de voltar a encara-lo, não sem antes aproximar um passo à frente.
— Eu é quem deveria ter essa reação... — se aproximou de forma abusada então sorrindo ladino tocou a cintura alheia deixando um beijo casto na bochecha corada do mais novo. — Cada vez que te vejo parece ainda mais bonito, Jeonggukie.
Mordendo o lábio, Taehyung se afastou apenas para ter deslumbre da pele corada de Jeongguk, então o moreno abaixou o olhar e sorriu.
— Vamos entrar.
E correu para dentro deixando um Kim sorridente para trás com o trabalho de fechar a porta.
Encontrou o moreno na sala e se surpreendeu com a luz baixa, dava um clima romântico que Taehyung realmente não esperava, mas estava impressionado. Havia dois pratos na mesinha de centro, duas taças e uma garrafa de vinho, assim como uma travessa com o cozido que Jeongguk prometera. Estava tudo tão bonito e doméstico que Taehyung sorriu assim que se aproximou e Jeongguk ofereceu uma taça de vinho.
— Esse cozido parece delicioso. — elogiou enquanto observava ele se sentar no sofá, fez o mesmo tomando o lugar ao seu lado. — Espero que o gosto seja melhor que o seu chá.
Brincou e Jeongguk rolou os olhos com um sorriso nos lábios.
— Não vai esquecer isso? — Taehyung negou divertido. — Meu chá é gostoso, okay?
Taehyung deu de ombros, tomando um gole de seu vinho.
— Não sei não, prefiro acreditar na palavra da Jihyo. — murmurou e Jeongguk deu risada.
— Aish, vocês dois... — resmungou e Taehyung riu do biquinho inconformado do mais novo. Observou o Jeon servi-los todo prestativo. — Pelo menos nisso aqui eu me garanto.
Colocou o prato em frente ao Kim e esperou pacientemente que ele experimentasse, então quando Taehyung lhe olhou arqueou as sobrancelhas, em uma pergunta muda de como estava.
— Está perfeito, Jeonggukie. — elogiou divertido, Jeongguk sorriu orgulhoso e satisfeito para só então começar a comer.
Jeongguk não poderia estar mais aliviado por Taehyung ser um cara fácil de conversar, o jantar foi regado a conversa e risada, e para sorte de Jeongguk, Taehyung nunca deixava o clima esfriar, sempre que sentia que a conversa estava morrendo ele surgia com algo. Jeongguk estava fascinado por aquele professor e agora entendia perfeitamente toda aquela admiração que sua filha sentia pelo rapaz, era impossível não se apaixonar.
Nem parecia que Taehyung estava surtando umas horas antes daquele encontro, ele sabia bem camuflar a timidez e ansiedade com sua confiança. A noite fora maravilhosa para ambos, funcionavam bem juntos e admitiam isso. Jeongguk é o tímido que gosta de ouvir e apenas reagir as histórias do mais velho, já Taehyung sempre foi o tipo que falava pelos cotovelos e não possuía filtro.
Quando já passava da meia-noite, os dois rapazes estavam no jardim da casa do Jeon, era um espaço extenso onde Jihyo podia correr sem se preocupar com nada, na grama ainda era possível ver brinquedos da garotinha jogados e ao longe uma casinha um pouco maior que ela, onde ela passava a maior parte da tarde fazendo chazinhos para seus ursos. Tudo naquela casa tinha alguma coisa de Jihyo, tudo nela gritava "família" e Taehyung não podia estar mais confortável ali dentro, quase como se já vivesse ali desde sempre.
Estavam um do lado do outro enquanto terminavam mais uma taça de vinho, Jeongguk até conseguia se sentir mais solto por conta do álcool no sangue.
— Sabe... — foi Taehyung a quebrar o silencio confortável que estavam, o céu estava estrelado, a noite estava linda e parecia que tudo estava andando justamente para onde deveria. Jeongguk lhe encarou curioso. — Meu sonho desde que terminei o ensino médio sempre foi trabalhar como professor, mas eu fiquei um bom tempo com o pé atrás porque não sabia se saberia lidar com crianças.
Deu um risinho, Jeongguk o acompanhou, mas logo se calou deixando-o terminar.
— Minha mãe trabalhava em uma creche na época e um dia me ofereci para ajudá-la. — respirou fundo e soltou uma risada soprada. — Nossa, eu lembro exatamente como me senti assim que vi aqueles pestinhas correndo na minha direção, primeiro foi medo, porque vamos combinar, eles dão um pouquinho.
Jeongguk assentiu rindo. Quando Jihyo ainda era um bebê lembra-se de constantemente sentir medo; medo de machuca-la porque ela parecia uma bonequinha de porcelana que um toque brusco poderia quebra-la a qualquer momento; medo de não ser um bom pai quando ela chorava no meio da noite e ele não conseguia acalma-la; medo de não saber o que fazer quando ela machucava o joelho e vinha correndo chorando pedindo colo, medo de não saber como protege-la de tudo que pudesse machuca-la.
Esse serzinho vivia quase sempre matando Jeongguk do coração, deixando-o constantemente com medo de errar.
— Depois senti amor, eu realmente não sei como explicar, mas eu senti que deveria seguir com aquilo se eu quisesse ser feliz e hoje aqui estou eu. — brincou e Jeongguk.
— Bom, basicamente é tudo que você sente quando se torna pai. — falou e Taehyung lhe encarou confuso. — Você morre de medo de começar a ser responsável por alguém além de você, você tem medo de não ser suficiente, tem medo de fracassar e por um mínimo de segundo você pensa em desistir, porque acha que não vai dar conta. Mas então ela sorri 'pra você e como um clique você começa ter força 'pra continuar, você sabe que vai ser compensado porque não existe nada no mundo que vale mais a pena que aquela criaturinha.
Taehyung estava olhando-o de maneira indecifrável, Jeongguk, entretanto, não percebia, estava divagando em seus próprios pensamentos acerca da filha e como ela fazia-o passar por uma montanha de emoções. Também não percebeu quando Taehyung pegou as duas taças e colocou em cima da mesa de jardim que possuía por ali.
Então em um gesto súbito, Jeongguk sentiu o próprio braço ser puxado, então o corpo levar um choque com o de Taehyung, nem ao menos teve tempo de saber o que estava acontecendo, pois logo sentiu uma das mãos grandes do Kim lhe segurar pela nuca e a outra pela cintura. Ele estava o beijando e demorou cerca de 4 segundos para que Jeongguk decidisse também se entregar ao ósculo.
De maneira inconsciente, levou as mãos também para os cabelos do mais velho enquanto sentia a língua do Kim invadir sua boca a procura de mais contato. O beijo possuía gosto do vinho que tomavam minutos atrás, mas também havia outro gosto misturado, algo doce e viciante que Taehyung não se importava de virar dependente.
O beijo apenas cessou quando o ar faltou, lentamente separaram os lábios, sentindo-os grudarem quase como se não quisessem nunca ficar longe um do outro, então abriram os olhos, percebendo a proximidade exagerada dos rostos, ambos sorriram.
— O que foi isso? — Jeongguk sussurrou timidamente, as mãos caindo envergonhadas nos ombros alheios. Taehyung umedeceu os lábios antes de responder.
— Eu achava que estava me apaixonando por você, Jeongguk... — murmurou baixinho, não se surpreendendo quando o moreno arregalou os olhos de corça. Sorriu entretido. — Agora ouvindo você falar aquilo, eu tenho certeza.
Jeongguk não sabia o que dizer, o que ele poderia falar afinal? Que também estava apaixonado? Estava na cara assim que colocou os olhos naquele professor pela primeira vez.
Não sendo necessários palavras, dessa vez foi Jeongguk a puxa-lo para mais um beijo, dessa vez mais intenso que o primeiro. Estavam tão imersos naquele beijo que Taehyung não percebeu o corpo ser empurrado para dentro da casa, e subitamente ser jogado no sofá, só notou onde e o que estavam fazendo quando o beijo cessou e no mesmo instante um corpo se sentou no seu colo, voltando a colar seus lábios de maneira calma. Não tinha porque terem pressa, tinham o fim de semana todo para aproveitarem a presença um do outro.
Enquanto retirava a jaqueta com a ajuda de Jeongguk, sentiu algo cutucando suas costas então parou o que estava fazendo para que tirasse o seja lá o que fosse. Afundou a mão no espaço do sofá e quando puxou de volta ouviu a risada melodiosa de Jeongguk. Era um livro de contos de fadas da Jihyo que provavelmente tinha colocado ali para levar consigo na viagem, mas esquecera.
Se entreolharam, então riram juntos, Jeongguk colocou o livro na mesinha de centro e voltou a beija-lo. Quando se livraram das roupas ainda na sala e Taehyung o levou no colo até o quarto, eles sabiam que o que aconteceria naquela noite não poderia nunca ser narrado em um dos livros de contos de fadas.
(...)
Dois meses depois...
Jeongguk estranhou quando saiu do banho e não encontrou o namorado deitado na cama de casal de seu quarto, confuso colocou apenas a calça do pijama e saiu a procura do amado pela casa. Ainda no corredor ouviu barulhos de risadas e soube na mesma hora de onde vinha.
Vagarosamente, andou até a porta entreaberta do quarto da filha e espiou entre a fresta. Sorriu todo bobo quando viu Taehyung deitado na cama infantil — o corpo sendo maior que a cama —, e Jihyo ao seu lado com a cabecinha em seu peito ouvindo atentamente o padrasto lendo sua historinha noturna. Ele fazia vozes diferentes para cada personagem e isso arrancava risadas gostosas da garotinha.
Nem sempre Taehyung dormia ali, mas estava quase se mudando, porque já estava virando rotina imagens como aquela que Jeongguk presenciava. Jihyo também estava se apegando de maneira preocupante, quando o agora Taetae oppa não dormia ali, ela passava a noite toda importunando Jeongguk até que ele a colocasse em uma ligação com o Kim. Só então ela dormia como o anjinho que era.
Os Jeon estavam completamente apaixonados por Taehyung e já não conseguiam mais se imaginarem longe dele.
Jeongguk ficou ali observando sua menininha se aninhar ao corpo grande do Kim e dormir tranquilamente antes mesmo de ouvir o famigerado 'felizes para sempre', Taehyung ainda ficou um bom tempo no quarto apenas afagando os cabelos pretinhos da garota até que tivesse certeza que ela não acordaria. Jeongguk voltou para o próprio quarto e se deitou na cama a tempo de Taehyung também entrar no cômodo com um sorriso mínimo nos lábios.
— Você deve estar cansado do trabalho e mesmo assim foi lá fazer a vontade dela. — falou quando viu Taehyung se jogar ao seu lado e virar o corpo apenas para abraça-lo meio desajeitado. O sorrisinho cansado se fazia presente.
— Não é nenhum sacrifício, eu adoro ler 'pra ela. — murmurou, a voz saindo sufocada por estar com o rosto afundado no pescoço branquinho do mais novo. — E não é como se eu não fizesse isso o dia todo também.
Deixou um beijinho no pescoço do moreno. Jeongguk respirou fundo dando-se por vencido.
— Já estou me sentindo trocado pela minha filha. — brincou, sentiu quando Taehyung se arrumou na cama até que estivesse parcialmente deitado no peitoral de Jeongguk, ele ria com o drama do moreno. — Ela nem me pede mais 'pra ler pra ela, agora só quer o Taetae.
Taehyung ergueu a cabeça para encara-lo e riu ao encontrar a carinha de falsa irritação. Ele não ficava magoado de verdade, talvez de orgulho ferido sim, mas não triste.
— Você ainda é o papai bobão. — murmurou tentando consola-lo, deixou um beijinho no peitoral nu do namorado. — Eu sou o tio fofo que sabe contar as histórias de uma maneira mais legal.
— Metido... — sussurrou alto o bastante para ser ouvido, Taehyung riu mais uma vez, dessa vez ele se levantou o bastante para capturar o biquinho do mais novo com seus lábios. Jeongguk desmanchou na mesma hora.
— Eu adoro a Jihyo... — divagou baixinho sem um motivo aparente. Jeongguk sorriu.
— Ela também te adora. — falou e sentiu quando Taehyung sorriu grande contra a pele do seu pescoço. — Você tirou a monotonia das histórias dela. E você é apaixonante, claro que ela também cairia por você.
Taehyung se levantou e encarou o mais novo com um sorriso feliz no rosto, o professor usava um pijama já não mais usado de Jeongguk, a blusa ficava um pouco maior que seu corpo e a calça moletom um pouco larga, por conta da diferença de corpo entre eles, mas não era grande coisa. No rosto, ele usava o tão característico óculos de armação quadrada.
— Então você acha que ela está feliz com a minha presença na vida de vocês? — perguntou ansioso, assim como Jeongguk, ele também presava muito pela opinião da pequena, podia ter seu afeto, até ser seu professor preferido na escolinha, mas conviver 24h por dia, começar a fazer parte da vida dela talvez seja uma coisa bem diferente, e ele estava um pouco inquieto sobre isso.
Entretanto, Jeongguk sorriu divertido, lembrando-se das conversas que teve com a filha sobre o assunto, ela com certeza era a principal apoiadora da presença de Taehyung na vida deles, Jihyo adorava Taehyung e a peculiaridade de ter três pais a divertia e a fazia se sentir um máximo entre as coleguinhas.
Jeongguk se curvou apenas deixar um beijinho na bochecha do mais velho.
— Não se preocupe com isso. Ela deixaria claro se fosse esse o caso, minha menininha é bem transparente caso não tenha percebido. — falou e Taehyung assentiu sorrindo aliviado. Jeongguk acariciou a nuca do Kim. — Vamos dormir, esquece isso.
Ambos se levantaram apenas para puxar a coberta da cama então se deitaram, entretanto, antes que pudessem desligar as luzes, notaram uma pessoinha na porta do quarto, segurando um ursinho e com a carinha sonolenta. Jeongguk se sentou imediatamente.
— Oi querida, não consegue dormir? Está sentindo alguma coisa? — perguntou atencioso, a garotinha entrou no quarto lentamente e fez biquinho.
— Deixa eu dormir com o papai e o tio Taetae? — perguntou baixinho, os adultos se entreolharam então sorriram, incapazes de dizer 'não' àquela criaturinha.
Abriram espaço entre eles no mesmo instante.
— Vem aqui, meu amor.
Jihyo sorriu contente, se forçando a subir na cama sozinha pelo lado do Taehyung, mas no fim precisou de ajuda do Kim, fora colocada entre eles e feliz ela deitou entre os homens grandes. Jeongguk e Taehyung observavam a criança dormir assim que colocou a cabecinha no travesseiro então sorrindo se olharam. Foi Jeongguk a se esticar para apagar o abajur.
Naquela noite a pequena Jihyo teve um sonho mágico, onde o Príncipe Gguk e o Príncipe Taetae se casavam em um belo castelo, ela era uma fadinha mágica que tinha feito a cerimonia e para sua alegria, viveram felizes para sempre.
Fim
(...)
eai kkkk
gostaram? espero que sim
enfim, foi 7.400 palavras de pura boiolice, ouvi um amém?? por isso, a unica coisa que eu peço é um votinho pra me deixar feliz e talvez um comentário .
até a próxima, e leiam minhas outras fanfics, talvez alguma chame sua atenção, ajudem essa pobre autora kkkk
beijinhos!!
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