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Capítulo 25

Voltamos ao palácio e seguimos direto ao salão de festas. O mesmo onde foi realizado o baile com a família das convocadas e que infelizmente houve o ataque, mas hoje à noite seria diferente. Estávamos em segurança e tudo ocorreria com perfeição.

O salão estava todo decorado com as mesmas tulipas vermelhas da entrada, que eram o símbolo do palácio. Mesas com doces, salgados e comida estavam dispostas por ali e algumas criadas passavam servindo bebidas diversas aos convidados. Minha mãe havia passado a tarde orientando as criadas para que tudo estivesse perfeito.

Uma boa quantidade de pessoas já circulava pelo local e sorriram assim que entramos no salão, fazendo uma singela reverência. Percebi Mabel ansiosa ao meu lado e segui seu olhar encontrando sua família mais ao longe. Ela me olhou como se pedisse permissão e obviamente assenti concordando. Sabia que devia estar morrendo de saudade.

Com calma nós andamos até eles. Sua avó imediatamente abriu os braços a recebendo carinhosamente. Mabel soltou minha mão e a abraçou emocionada. Já eu permaneci no mesmo lugar apenas como espectador. Queria dar alguma privacidade.

Quando as duas finalmente se separaram Mabel se virou para o avô, que tinha um olhar emocionado.

Passarinha... — Sorriu e percebi seus olhos meio marejados.

Era visível o quanto os dois eram ligados. Acho que pelo fato de Mabel ter perdido os pais muito cedo, os avós foram o seu alento e de alguma forma eu era grato por isso. Por terem cuidado de Mabel tão bem.

— Vovô. — Sussurrou e as lágrimas já rolavam por sua bochecha.

Os dois se abraçaram apertado e ficaram assim por alguns minutos. Era uma cena bonita de se ver.

— Eu disse a você, "Às vezes certas coisas acontecem na nossa vida que a gente não entende o porquê passarinha, mas é porque lá na frente tem algo para você, você só não consegue ver, ainda." Seu avô a lembrou.

— O senhor estava certo. — Mabel afirmou sorrindo — Tinha algo, — Concordou me olhando — O amor! — Completou pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos.

— Senhor Fischer. — Cumprimentei apertando sua mão — Senhora... É um prazer tê-los aqui. Sintam-se muito bem-vindos. — Beijei o dorso da mão dela.

— Nós que agradecemos alteza. — Fez uma pequena reverência.

— Não precisamos mais disto agora, não é? Somos praticamente da mesma família. — Sorri e o senhor assentiu concordando.

— Estou muito feliz e honrado com isso. — Confessou.

— A honra é minha em ter pessoas tão boas na família. — Afirmei ainda sorrindo — Mabel é a mulher da minha vida, não tenho dúvidas disso.

Beijei os cabelos dela carinhosamente e recebi seu lindo sorriso. Era mais do que evidente sua felicidade, pois seus olhos estavam brilhando.

— Com licença, — Meu pai chamou a atenção chegando até nós acompanhado da minha mãe — Desculpem interrompe-los.

— Imagina. — John negou.

— Gostaríamos de cumprimenta-los pela linda neta que têm. — Minha mãe explicou sorrindo enquanto olhava para Mabel — Tenho certeza que nosso filho fez uma ótima escolha.

— Obrigado senhora. — John agradeceu sorrindo — Ela é nosso maior bem. Mabel e Samantha são nossas pedras preciosas.

— Por falar nisso onde está Sam? — Mabel perguntou olhando para os lados a procurando.

— Ela disse que ia conversar com uma amiga... — Seu avô explicou.

— Ela está segura. — Sussurrei perto do seu ouvido.

Com certeza estava lembrando do dia em que Samantha havia saído do salão e houve o ataque, mas isso não aconteceria hoje e nem nunca mais.

Mabel assentiu concordando e sorriu levemente. Aproveitei que meus pais estavam conversando com os avós dela e pedi licença para começarmos a circular pelo salão.

— Está linda princesa. — Uma mulher de meia idade a elogiou sorrindo gentilmente.

— Obrigada. — Mabel agradeceu — A senhora também está muito elegante.

Todos estavam sendo simpáticos e cordiais. Mabel recebia elogios o tempo todo e era mais do que merecidos já que estava maravilhosa. Em certo momento nos encontramos com rei Maycon e rainha Margarida.

— Parabéns Mabel. — Margarida sorria abertamente.

— Estamos felizes pelo casal. — Rei Maycon confessou dando um pequeno beijo em sua mão — Lorenzo é um bom homem e merece uma boa mulher.

— Obrigada. Espero corresponder a todas as expectativas. — Mabel agradeceu.

— Ah aí está... Venha aqui filha! — Margarida chamou olhando para trás de nós.

Então antes que nos virássemos Bianca já estava a nossa frente, ao lado de sua mãe.

— Mabel, — Cumprimentou — Meus parabéns.

— Obrigada Bianca, gentileza sua. — Agradeceu sorrindo levemente.

— Então, vocês ficam até quando conosco? — Questionei.

— Até amanhã após o café, — Margarida respondeu com um pequeno sorriso — Mas nós voltamos para o casamento, é claro.

— Claro. — Concordei sorrindo mais — Será em breve, o mais rápido possível. — Olhei para Mabel.

Estava ansioso por isso. Já podia imagina-la com um lindo vestido branco. Seus cabelos morenos contrastando com o véu. Linda!

— Sua mãe já quer começar os preparativos, estivemos conversando. — Margarida comentou visivelmente animada.

— Também quero que comecem logo. — Confessei piscando para Mabel que revirou os olhos, mas acabou dando uma risada baixa.

— Mas ainda temos algum tempo, não é? — Bianca comentou revessando o olhar entre eu e Mabel, com uma sobrancelha arqueada.

Bianca era persistente. Já havia deixado claro que o que tivemos foi há algum tempo e passou. Não tinha chance de acontecer novamente, pois estava completamente no passado. Será que era difícil simplesmente entender e seguir em frente?

— Nossa ansiedade é que não tem tanto tempo. — Mabel brincou, mas percebi a indireta.

— Casal apaixonado é assim mesmo. — Rei Maycon comentou tocando meu ombro em sinal de camaradagem.

— Com certeza. — Concordei dando uma risada baixa — Bom, nós vamos andar mais um pouco... Até. — Me despedi e Mabel sorriu fazendo um pequeno aceno de cabeça.

Nos conduzi pelo salão todo apresentando-a formalmente como princesa a várias pessoas, além de noiva e futura esposa. Meu orgulho ao pronunciar essas palavras era mais do que visível.

— Cansada? — Sussurrei perto do seu ouvido.

— Um pouco. — Confessou sorrindo de canto.

Paramos perto de uma das mesas de salgados e peguei um deles, oferecendo a Mabel. Segurei sua cintura e a puxei para mais perto. Ela levantou os olhos e nos encaramos intensamente por alguns minutos.

Mabel era maravilhosa e nunca me cansaria de dizer isso. Tive muita sorte em conhece-la. Não sei se foi o destino ou o acaso, só sei que agradeço a quem quer que seja o responsável.

— O que foi? — Questionou.

— Só admirando a linda mulher que tenho nos braços. — Confessei sorrindo de canto.

— Pois eu tenho o homem mais elegante e charmoso que poderia desejar. — Afirmou enquanto subia as mãos pelo meu peito e arrumava a gravata.

— Eu te amo. — Confessei fazendo com que me olhasse.

— Também te amo. — Sussurrou sorrindo.

— Eu disse que logo tudo acabaria e ficaríamos juntos. — Lembrei a encarando intensamente.

— Para sempre. — Completou.

— Sempre. — Repeti oferecendo meu dedo mindinho.

Mabel deu uma risada baixa e engatou nossos dedos em uma promessa silenciosa. Em seguida a puxei para mais perto e busquei sua boca.

— Então princesa... Pronta para ser a esposa do futuro rei de Thompson? — Sussurrei com meu rosto a milímetros do dela.

— Estou pronta para ser sua esposa, — Sussurrou afirmando — Do meu Alexander.

Sorri feliz com suas palavras. Era isso que queria, ser o seu Alexander.

Ma Belle. — Sussurrei beijando sua testa.

— Desculpe interrompe-los. — Uma voz perto de nós chamou a atenção.

Viramos e encontramos com minha mãe, que nos olhava meio constrangida por interromper.

— Oi mãe. — Cumprimentei.

— Vou roubar sua noiva por alguns minutinhos. — Avisou sorrindo gentilmente — Posso?

— Só porque é a senhora. — Brinquei a fazendo dar uma risada baixa.

Beijei sua mão onde estava o anel e então minha mãe engatou seu braço no de Mabel levando-a dali.

Aproveitei para ir até meu pai. Ele estava conversando com alguns senhores que sorriram me parabenizando mais uma vez pela linda princesa, e agradeci sorrindo. Sim eu era um homem de sorte, sabia disso.

Fiquei alguns minutos com eles, mas de vez em quando meus olhos insistiam em procurar por Mabel, que ainda estava com minha mãe e as duas amigas. Lembrava delas e eram da época de sua convocação. Também lembrei de Alisson e sua amizade com Mabel, e imaginei que seria como a delas.

Quando não aguentei mais esperar, pedi licença ao meu pai e segui em direção as senhoras. Parecia bobeira, mas já estava com saudades. Será que isso era normal?

— Olá. — Chamei a atenção das quatro mulheres.

— Filho. — Minha mãe sorriu animada.

— Vim roubar essa linda morena. — Expliquei brincando e fazendo com que todas dessem risada.

Mabel veio até o meu lado e enlacei sua cintura, a puxando para perto. Senti seu perfume já familiar de lavanda e sorri mais abertamente.

— O amor é tão lindo. — Uma das senhoras comentou.

Dei risada e assenti concordando. Sim, o amor é lindo e Mabel mais ainda. Pedi licença a elas e segui com Mabel até onde seus avós estavam. Nos sentamos junto deles e conversamos amenidades.

Sabia que o avô dela, John, trabalhava cuidando de jardins e começamos a falar sobre isso. Queria saber mais da vida de Mabel antes do palácio e essa convocação. Além de que eles eram parte da família agora, então nada mais natural do que saber mais sobre os Fischer.

— Os doces de Bel são maravilhosos. — Susan comentou sorrindo.

— Vovó. — Mabel a repreendeu negando com a cabeça, um pouco constrangida com o elogio.

— Vou querer prova-los um dia. — Admiti vendo seu rosto corado — Sei que não precisa cozinhar, afinal temos várias cozinheiras no palácio, mas adoraria isso.

— Não são tão bons quanto os daqui. — Negou dando de ombros.

— Aposto que são melhores. — Sussurrei encarando seus olhos.

Mabel negou com a cabeça novamente e mordeu o lábio. Sorri e beijei sua bochecha.

Mais tarde nós voltamos a circular pelo salão. Algumas pessoas começavam a ir embora, afinal já era tarde. Sabia que Mabel deveria estar cansada, então pedi se queria se recolher.

Nos despedimos de sua família e dos meus pais, e subimos até seu quarto. Logo Mabel estaria no terceiro andar, o real. Samantha insistiu para dormir ali e Mabel cedeu ao pedido.

Quando estávamos a sós no corredor segurei sua mão e beijei seus dedos carinhosamente. Ela sorriu e tocou meu rosto.

— Não vejo a hora de não me separar mais de você. — Confessei.

— Já chegamos até aqui, só mais um pouco. — Tranquilizou-me.

Assenti concordando e cheguei mais perto ainda dela. Mabel mordeu o lábio e subiu os braços, enlaçando meu pescoço.

— Você está tão, mais tão linda. — Sussurrei a encarando — Poderia passar minha vida toda aqui, só te olhando. — Completei beijando seus lábios delicadamente.

— Não tenho nenhum outro compromisso. — Brincou devolveu o selinho.

Sorri mais enquanto buscava seus lábios novamente, beijando lentamente.

— Vou deixar você descansar. — Sussurrei.

— Nos vemos amanhã? — Questionou.

— Amanhã, — Afirmei beijando sua testa — Depois de amanhã, — Beijei seu nariz — E depois, — Beijei sua bochecha — E sempre. — Completei beijando seus lábios.

Me afastei ainda um pouco relutante e a olhei novamente, suspirando baixo. Virei e segui pelo corredor até a escada, subindo ao terceiro andar.

Meus instintos diziam para voltar, mas sabia que não era possível, ainda mais com Samantha no quarto de Mabel. O que ajudava era saber que seria assim por pouco tempo, pois logo as noites seriam acompanhado e da melhor maneira possível.

Entrei no quarto e segui direto ao banheiro. Tirei a roupa e liguei o chuveiro. Deixei a água cair em meu corpo e fechei os olhos aproveitando a sensação. Minha alma parecia mais leve, pois finalmente tinha acabado e tudo estava em seu devido lugar. Não podia estar mais feliz e realizado.

Sai do banho e me sequei, indo ao closet. Vesti o calção do pijama e voltei ao quarto, me deitando preguiçosamente na cama. Fechei os olhos e senti a brisa que vinha da varanda. Ela estava aberta e o ar fresco entrava refrescando o quarto. Assim, com essa paz interior, finalmente peguei no sono.

***

Terminei de abotoar a camisa social e ajeitei mais ou menos os cabelos em frente ao espelho do closet. Estava ansioso para descer ao café e encontrar Mabel. Essa noite sonhei com cabelos morenos e lindos olhos cor de mel. Não lembro detalhadamente, mas sei que eles estavam lá.

Voltei ao quarto e peguei meu blazer. Hoje estava menos formal, afinal não tínhamos nenhuma ocasião que pedisse algo a mais. Sai do quarto e segui pelo corredor até o quarto dos meus pais. Bati na porta e não tive resposta.

— Seus pais estão no jardim senhor. –— Uma das criadas que passava com toalhas limpas nos braços parou e me avisou.

— Obrigado. — Agradeci sorrindo.

Desci ao primeiro andar e segui ao jardim. Dei a volta no palácio, cumprimentando alguns guardas pelo caminho, até finalmente ver a tenda mais ao longe. Com certeza minha mãe havia pedido para ser montada, já que tínhamos visita e o dia estava ensolarado.

Caminhei com calma e quando já estava a alguns poucos metros vi rei Maycon e sua esposa já a mesa, assim como Bianca. Victor também estava sentado e ao seu lado Sam. Ela parecia discutir alguma coisa com ele, que apenas ria. Meu pai estava a cabeceira da mesa e a sua direita minha mãe. A esquerda os avós de Mabel, mas não havia sinal dela.

— Bom dia. — Cumprimentei chamando a atenção.

— Bom dia querido. — Minha mãe sorria abertamente — Dormiu bem?

— Sim, muito bem. — Afirmei e ela assentiu concordando.

Sentei a mesa e logo uma criada já servia meu copo com suco e depois um pouco de café em uma xícara. Peguei uma torada e passei manteiga, dando uma generosa mordida.

Meu pai conversava com o avô de Mabel e percebi feliz que eles haviam se dado bem. Já minha mãe conversava com Margarida e Susan.

Desviei os olhos e ocasionalmente cruzei com os de Bianca, que me observava atentamente. Dei um pequeno sorriso e rapidamente voltei à atenção para Victor e Samantha que pareciam discutir.

— Bom dia. — Ouvi a voz já conhecida.

— Querida, — Minha mãe a cumprimentou sorrindo — Bom dia. Sente-se.

Levantei rapidamente e peguei a mão de Mabel, levando aos lábios e depositando um delicado beijo.

— Bom dia, minha princesa. — Sussurrei sorrindo.

— Bom dia, meu príncipe. — Retribuiu o sorriso.

— Dormiu bem? — Questionei tocando seu rosto.

— Dormi sim, — Concordou ainda sorrindo — E você?

— Só dormiria melhor se fosse com você. — Sussurrei a olhando intensamente.

Vi com prazer seu rosto ganhar um tom rosado e comemorei internamente.

— Vocês são tão lindos. — Sam comentou chamando a atenção.

Segurei a mão de Mabel e a puxei para a cadeira vaga ao meu lado. Em seguida sentei novamente e uma criada apareceu lhe servindo café. Mabel agradeceu e pegou algumas torradas.

— Estava conversando com sua adorável avó Mabel... Hoje mesmo começamos os preparativos do casamento. — A rainha anunciou sorrindo visivelmente animada.

— Será um lindo casamento. — Susan concordou.

— Duvido que seja mais lindo do que a noiva. — Peguei a mão de Mabel e beijei o dorso.

— Você me dá diabetes. — Victor comentou chamando nossa atenção.

Vi Mabel olha-lo de forma nada amigável, recebendo como resposta uma risada zombeteira e uma piscada marota, que me fez bufar baixo. Ele que não começasse novamente com as gracinhas, afinal agora éramos oficialmente noivos e Mabel seria minha esposa em breve.

— Não seja implicante. — Samantha resmungou.

— E você não seja nanica. — Rebateu.

— Não fale assim com minha irmã. — Mabel o repreendeu e Victor revirou os olhos voltando a comer de sua torta.

— Meninos vamos manter a calma. — Minha mãe interveio tentando apaziguar as coisas, mas percebi que se divertia com a situação.

Tomamos nosso café com a rainha falando animada sobre seus planos e ideias para o casamento. Susan vez ou outra dava alguma opinião e Mabel apenas ouvia, sorrindo com a animação delas.

Quando terminei meu café, virei ficando meio de lado na cadeira e consequentemente um pouco de frente para Mabel. Segurei uma pequena mexa de seu cabelo e fiquei brincando distraidamente. Uma brisa leve circulava pelo jardim e trazia seu perfume.

— Bom, queríamos adiar ao máximo nossa partida, mas... O dever nos chama. — Rei Maycon comentou enquanto já se levantava junto com a esposa.

Bianca olhou imediatamente para os pais e em seguida para eu e Mabel. Todos na mesa levantaram e nós nos despedimos do casal e sua filha.

— Nos vemos em breve Bianca. — Peguei sua mão e dei um pequeno e rápido beijo.

Acompanhamos com os olhos os três se afastando e assim que eles já haviam ido virei para Mabel. Ela também os observava e apertei sua mão gentilmente chamando a atenção. Mabel sorriu e beijei sua testa carinhosamente.

— Preciso ajudar meu pai com algumas pendencias, — Avisei suspirando baixo — E provavelmente minha mãe irá ocupa-la com coisas sobre o casamento.

Precisava terminar um relatório que começamos ontem à tarde. Jony tinha deixado algumas folhas com planilhas de contratos e precisávamos organiza-las.

— Nos vemos mais tarde? — Questionou entrelaçando nossos dedos.

— Óbvio. — Concordei sorrindo — Um passeio no jardim antes do jantar? — Sugeri arqueando uma sobrancelha.

Seria bom passarmos um tempo sozinhos. Já tinha planos de roubar vários beijos e essa possibilidade me animava muito.

— Acho uma ótima ideia. –— Concordou.

— Combinado então. — Confirmei a beijando demoradamente — Até mais, Ma Belle. — Sussurrei.

— Até. — Sussurrou.

Relutante me afastei e segui com meu pai que esperava pacientemente. Sorri como forma de pedido de desculpas e ele colocou a mão em meu ombro em sinal de conforto. Devia estar na minha cara o quanto era difícil deixar Mabel, por minúsculo que fosse o tempo.

Suspirei baixo e olhei para o lado, onde estava Victor e John. Fiz um pequeno aceno de cabeça a ele que correspondeu ainda meio tímido.

Seguimos para o palácio e fomos ao escritório. John sentou em um sofá que tinha no canto e ficou nos observando em silêncio enquanto trabalhávamos.

Seria bom ocupar a mente. Sabia que minha mãe e Verônica iriam sequestrar Mabel por um bom tempo com as coisas do casamento. Então só me restava trabalhar para ver se o tempo passava mais rápido e a noite chegava logo.

***

Minha manhã tinha sido bem movimentada. Meu pai estava determinado em me passar tudo sobre a província. Já sabia muita coisa, afinal desde sempre o acompanhei em reuniões. Além de que fazia os relatórios e planilhas, mas agora ele estava mostrando acordos, gestões e alianças com mais detalhes. Logo a coroa seria passada e meu pai queria ter certeza de que eu estaria preparado.

Olhei no relógio em meu pulso e notei que já estava quase na hora do almoço. Tinha visto Mabel somente no café da manhã e confesso que estava com saudades. Por isso pedi licença ao meu pai dizendo que precisava de um tempinho antes de ir ao salão. Ele concordou e rapidamente sai do escritório, subindo ao segundo andar.

Toc Toc. — Falei enquanto abria minimamente a porta do quarto de Mabel.

Ela sorriu já sentando na cama e foi impossível não retribuir. Meu coração se aquecendo imediatamente.

— Perdi meu lindo Romeu que entrava pela varanda? — Brincou.

— Se quiser posso fazer isso. Espere! — Virei já pronto para sair.

— Bobo. — Desdenhou jogando um travesseiro em minha direção.

Dei risada enquanto me abaixava e o pegava. Entrei mais no quarto e fechei a porta. Sentei a beirada da cama e peguei suas mãos, beijando-as delicadamente.

— Como você está? — Sorri.

— Bem e você? — Entrelaçou nossos dedos.

— Melhor agora. — Confessei aproximando nossos rostos.

Mabel se inclinou para frente e encurtou a distância, finalmente colando nossos lábios. Ouvi seu suspiro baixo e aproveitei para invadir sua boca com minha língua. Minhas mãos foram para sua perna enquanto nos beijávamos avidamente.

Mabel gemeu baixo e senti suas mãos em meus cabelos, puxando-os levemente. Esse era um daqueles beijos perigosos, em que sempre tínhamos que tentar nos controlar.

— Isso fica cada vez mais difícil. — Confessei assim que nos separamos.

Mabel deu uma risada baixa e assentiu concordando. Sua respiração ainda estava um pouco descompassada pela intensidade do nosso desejo.

— Então como estão às coisas, os preparativos? – Questionei realmente interessado.

Sabia que Mabel havia passado o dia nisso. Verônica e minha mãe eram bem persistentes quando queriam e estavam especialmente animadas com tudo isso. Meu pai mesmo disse que a rainha não conseguia falar em outra coisa que não fosse o casamento.

— Estão indo bem. Sua mãe e Verônica têm ótimas ideias. — Sorriu tranquilizando-me.

— Mas e você? É o seu casamento Mabel. — Enfatizei a lembrando do óbvio — Está como você quer? — Questionei.

Queria que esse casamento fosse do jeito que Mabel sempre sonhou, mas sabia que ela tinha um coração mole demais e era capaz de deixar que decidissem todas as coisas apenas para vê-las felizes.

— Sim, está. — Concordou sorrindo para me tranquilizar — Só preciso que você esteja em frente ao altar me esperando e será perfeito.

— Não seria louco de não estar. — Me inclinei e beijei seus lábios rapidamente.

Subi na cama e me recostei à cabeceira. Abri os braços em um convite silencioso e Mabel sorriu. Ela se deitou no meio das minhas pernas, com a cabeça em meu peito. A envolvi com um dos braços e com o outro comecei a acariciar seus cabelos.

Deixei seu perfume suave me envolver e fechei os olhos começando a cantarolar baixo uma cantiga, a mesma que minha avó Lívia costumava cantar quando era pequeno. Alguns minutos depois ouvi sua respiração mais pesada e ritmada, e me inclinei vendo que Mabel dormia tranquilamente.

Deixei que descansasse por algum tempo. Estava sendo tão corrido para ela quanto para mim, mas logo as coisas estariam acertadas e poderíamos descansar, juntos.

...

Mais tarde acordei Mabel com vários beijos no rosto e avisei que estava na hora do jantar. Juntos nós descemos ao salão das refeições, onde Victor e Samantha já estavam sentados à mesa.

— Vocês poderiam fingir ser adultos? — Mabel os repreendeu já que aparentemente os dois trocavam elogios.

— Ele me provoca. — Sam acusou.

— Você que dá bola. — Victor debochou dando de ombros e sorrindo de canto.

Neste momento os avós de Mabel entraram no salão e ela imediatamente foi até eles. Logo meus pais também apareceram e seguiram aos seus lugares.

Quando todos estavam acomodados o jantar foi servido. Nós comíamos com calma, uns conversando com os outros, como uma grande família.

Olhei para Mabel e percebi que ela observava as pessoas na mesa, parecendo pensativa.

— Tudo bem? — Sussurrei e toquei sua mão.

— Só estou feliz. — Explicou.

Também estava feliz com minha nova e aumentada família. Algo me dizia que o futuro prometia muitas coisas e estava ansioso por isso.

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