Capitulo 7 - Zoey
Ontem eu havia discutido com a insuportável da Ella. Se existia uma coisa que me deixava nervosa era esse tipo de vadia querendo se vangloriar de nada, ela rastejava pelo príncipe e ele sempre dizia coisas horríveis a ela, e ela ainda tinha a coragem de se achar porque mora no castelo e cresceu junto com o príncipe. Aparentemente nada do que ela passou com ele deu muito certo, ele parecia nada interessado nela.
Quanto a mim eu estava na minha como sempre, aposto que ver o príncipe sem camisa tinha sido muito mais do que muitas haviam feito, meu próximo jogo queria tirar a calça, queria ver se as pernas estavam tão deliciosas quanto os braços. Eu ri com esse pensamento, todas nesse salão estava jogando seu próprio jogo o meu só era um pouco mais pesado, sabia que algumas já estavam apaixonadas pelo príncipe, pude ver o olhar besta de Lexy e reparei que ela fora tornando-se mais azeda com o passar do tempo. Ela foi a primeira a sair com o príncipe e até agora ficou apenas nesse encontro. O que ele tinha que fazia com que todas suspirassem por ele? Eu acho que havia sido vacinada desse vírus “Paixonites Príncipes Shaloms”, nossa como eu era boba às vezes.
Às vezes eu conversava com as outras, mas conversar e confiar era outra história.
Aquela tarde todas foram para o salão e eu fui até a biblioteca, tínhamos um relatório para entregar e eu ainda não havia terminado o meu e eu sabia o quanto a senhora Ambers era exigente, tentei achar algo que me ajudasse e quando notei, tinham cinco livros em cima da mesa ao lado das minhas anotações.
Estava trabalhando quando notei que alguém havia entrado na biblioteca.
- Desculpe eu não queria incomodá-la – ele disse.
- Sem problemas – dei de ombros e voltei a procurar informações para meu relatório e ele sentou de frente para mim.
- Posso falar com você? – ele pediu.
Fechei meu livro e encostei na cadeira.
- Fale – eu disse a ele.
- Sobre o nosso encontro, poderia deixar isso no anonimato?
- Como assim?
- Sabe eu não quero que as outras saibam que ficamos quase nus aqui – ele disse meio nervoso.
- E porque eu diria qualquer coisa? – eu perguntei a ele com um riso sarcástico.
- Não sei, mas eu soube que espalharam que eu beijei algumas das selecionadas.
- Sim elas gostam de dizer essas coisas para nos diminuir – eu disse.
- Bom eu não quero que pensem que o nosso jogo vai funcionar com qualquer uma – ele disse corando.
- Príncipe Shalom, eu não estou nem aí para as outras. Estávamos nos divertindo certo?
- Acredito que sim – ele disse vermelho como seus cabelos.
- Isso que importa – eu disse dando de ombros.
- Não vai contar então? – ele perguntou esperançoso.
- Não, vou manter como nosso segredinho – eu disse me inclinando para ele sorrindo.
- Bom vou deixá-la estudar – Ele disse sorrindo e levantando.
Eu não disse nada e abri meu livro, e ele voltou.
- Não pense que eu sou um canalha safado – ele me disse e eu levantei os olhos para olhar para ele.
- Não penso, porque se fosse teríamos ido até o fim do jogo – eu disse com um sorriso sedutor nos lábios.
- O próximo jogo me avise para ir com mais peças de roupa – ele disse rindo.
- Eu irei apenas de lingerie – respondi a ele e ele corou o que me fez rir.
- Então terei que deixar você ganhar – ele disse.
- Sim e eu irei vê-lo nu – eu ri quando ele ficou ainda mais sem graça.
- Porque quer tanto me ver nu?
- Curiosidade – eu disse rindo.
- Sou apenas um homem como outro qualquer – ele disse.
- E o que o leva a crer que eu tenha visto outro homem nu antes?
- Eu não sei... – ele pareceu pasmo.
- Deveria me sentir ofendida, mas não. Eu não vi outro homem pelado – eu disse rindo.
- E porque tem que ser eu?
- E perder a oportunidade de ver os instrumentos reais? – eu respondi com uma pergunta rindo.
- Você está me deixando sem graça.
- Eu sei estou fazendo de propósito – eu respondi.
- Pois se apronte senhorita hoje à noite iremos sair.
- Qual jogo quer jogar? – perguntei com malicia.
- O meu, você irá conhecer o meu jogo – ele disse com um sorriso torto e eu dei de ombros.
- Onde quer que eu te encontre?
- Eu pego você no seu quarto – ele respondeu.
- Que seja – eu disse voltando minha atenção para o livro.
- Até mais tarde – ele disse e saiu da biblioteca.
Eu não entendi o que ele queria, mas eu usaria pouca roupa estava afim de ver a cueca real, apenas pela satisfação de tê-la visto, mesmo que eu nunca me casasse com ele, eu poderia dizer aos meus filhos “Eu vi a cueca do príncipe”. Eu ri com esse pensamento e voltei minha atenção ao meu relatório, antes de escurecer eu havia terminado, guardei os livros que estavam na mesa e escutei a voz de Ella então me escondi no corredor de livros que eu estava.
- Own você é tão fofo John – ela disse com uma voz tão doce que deu-me enjoo apenas de escutar.
- Eu seria tudo que você quisesse que eu fosse Ella – escutei uma voz masculina e eu não ousei olhar.
- Você já é tudo que eu quero John-John – ela disse com a mesma falsa doçura.
- Vamos embora Ella, eu posso comprar uma casa para nós e viveremos felizes – ele disse a ela e escutei sons de beijos.
- Não posso, sabe que estou na seleção para juntar dinheiro para nós não sabe? – ela disse fazendo beicinho.
- Eu tenho mais que o suficiente – ele disse.
- A, mas viveremos como reis – ela disse.
- Mas aqui é perigoso Ella, não podem nos ver – ele disse com urgência.
- Ninguém vem a esse lugar inútil – ela disse.
- Claro que vem – ele disse.
- O perigo é um agravante do nosso amor – ela disse com um risinho.
- Vou ao seu quarto de madrugada – ele disse e escutei beijos.
- Estarei esperando ansiosa e contarei os minutos – ela disse com um risinho e eles saíram.
Mas que merda era essa? Ella estava dando uns amassos em outro cara? Talvez essa fosse a deixa para tirar essa biscate da jogada.
Esperei um bom tempo até sair do meu esconderijo e me dirigir para meu quarto. Quando cheguei avisei as minhas criadas que tinha um encontro com o príncipe e que vestido gostaria de usar.
Duas horas depois eu estava usando um vestido preto com as costas nuas, meus cabelos soltos como sempre brincos de perolas e um colar de pérolas como o vestido já era um pouco safadinho demais coloquei luvas pretas e um bracelete por cima das luvas.
Escutei uma batidinha na porta e fui atender.
- Uau – ele disse ao me ver e eu dei uma voltinha.
- Gostou?
- Vocês esta incrível – ele disse sorrindo me estendendo o braço.
-O que acha de strip pocker? – Eu sugeri.
- Ei, já disse será o meu jogo com as minhas regras – ele disse sorrindo.
- Espero que seja excitante.
- Será! – ele prometeu me conduzindo.
Ele me levou até o jardim, e eu achei interessante não sabia que o príncipe era tão safadinho.
Chegamos até um canto afastado no jardim onde havia uma toalha estendida com uma garrafa de vinho e uma cesta.
- O que é isso? – eu perguntei.
- Nosso jantar – ele disse sorrindo.
- Pensei que fossemos jogar.
- Faz parte, primeiro vamos comer e beber depois vamos ao meu jogo – ele deu um sorriso e eu fiquei feliz.
Ele estava sendo muito safadinho!
Comemos uns lanches que ele havia trazido para nosso jantar, ele abriu o vinho e abriu sorrindo.
- Jogo da verdade, você e eu, mas cada vez que um tiver que pagar terá que beber um gole de vinho.
- Não entendi – eu não estava entendendo onde ele queria chegar.
- É a minha vez você me faz uma pergunta e eu posso responder a verdade ou beber um gole de vinho – ele disse sorrindo.
- Então eu faço a primeira pergunta?
- Sim o que quiser perguntar – ele disse sorrindo.
- Quantas garotas já beijou na sua vida?
- EU beijei uma, outras quatro me beijaram – ele disse sorrindo deixando o vinho no meio – E você? Quantos cara já beijou?
Eu peguei a garrafa e tomei um gole, ele riu.
- Minha vez, você é virgem?
- Sim, eu não acho que seria justo já que vocês tiveram que se guardar eu me guardei.
Ele disse meio vermelho, ele era bem certinho.
- E você?
- Você não afirmou que somos todas virgens?
- Às vezes é difícil acreditar nisso.
- Por quê?
- Sua linguagem corporal.
- Sou uma biscate na linguagem corporal?
- Não! Não é isso, mas você tem um jeito bem diferente e tem uma mente aberta para essas coisas – ele disse.
- Só porque você disse isso, vai ficar na dúvida – peguei a garrafa e bebi um gole - Você já bebeu antes?
- Não! E você?
- Sim – Pela primeira vez eu respondi uma de suas perguntas o que o fez sorrir – Você gosta da Ella?
- Não! – ele respondeu apressado – Você toca algum instrumento musical?
- Sim, porque a Ella ainda está na Seleção?
Ele pegou a garrafa e tomou um gole.
- Qual instrumento você toca?
- Bateria, você sabe tudo de desagradável que ela tem feito?
Ele tomou outro gole da garrafa.
- Porque não troca de assunto?
- Porque eu vi Ella dando uns amassos em um rapaz chamado John na biblioteca – eu disse.
- Por favor não conte a ninguém.
- Como assim? Ela pode ser expulsa se eu disser.
- Não é apenas isso a punição será severa e o John é meu amigo – ele disse desesperado.
- Então Ella continuará seu reinado de bizarrices porque está dando uns pegas no seu amigo?
- Não é apenas isso, ele gosta dela.
- Mesmo assim, eles estão infringindo as regras.
- E desde quando você se importa com as regras?
- E desde quando você não é o bonzinho?
- As coisas com a Ella são muito complicadas...
- Para nós também – eu disse enfrentando ele.
- Até onde você chegaria por um amigo?
- Eu não tenho amigos – eu respondi seca.
- E porque não?
Tomei um gole do vinho e ele me olhou.
- Você é capaz de nos deixar padecer por causa do seu amigo?
- Você não entende.
- Então explique.
Ele tomou mais um gole do vinho.
- Só guarde esse segredo por favor – ele pediu.
- Quer saber? Você me deve uma – eu disse bebendo o restante do vinho.
- Obrigado, você sabe o que aconteceu durante a última seleção quando pegaram uma selecionada traindo o príncipe?
- Eles foram presos?
- Foram açoitados em praça pública e meu avô fez com que eles fossem rebaixados até o pior nível que poderia a casta oito – ele disse um pouco sombrio.
- Entendo porque quer que mantenha o segredo, mas poderia mandar ela para casa, assim eles poderiam ficar juntos...
- E você acha mesmo que ela gosta dele?
- Na verdade não ela me pareceu meio falsa em suas palavras – eu respondi lembrando a forma como ela falava.
- Ela vai manter meu amigo na palma de sua mão e depois irá despedaçar ele – ele disse infeliz.
- Um otário seu amigo em?
- Ele está apaixonado por ela, ele sempre esteve.
- Amor é para os trouxas – eu comentei.
- Não acredita no amor?
- Deveria? Ele traz dor e sofrimento.
- Acha que não poderia me amar? – ele perguntou e eu tentei tomar mais um gole do vinho, mas havia acabado.
- Poderia, mas exatamente por isso estou mantendo nossa relação como um jogo – eu respondi e ele sorriu.
Não falamos mais nada guardamos as coisas e voltamos ao palácio, ele queria me levar até meu quarto, mas eu não quis. Eu queria manter minha sanidade.
Me apaixonar pelo príncipe Shalom seria muito fácil, mas seria muito difícil não sair dessa paixão machucada. Então resolvi que me manteria em cima do muro e guardaria seu segredo.
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