Capitulo 1
Capitulo 1
Eu faria dezenove anos em algumas semanas e não se falava em nada além da maldita seleção, Johnny Woodwork, meu amigo de infância havia tornando-se um guarda do castelo, ele só falava sobre como era emocionante ser guarda e como haviam sido seus treinos, e eu sabia que ele apenas quis ser guarda mesmo era para impressionar a Ella Leger filha do comandante Leger, ele era apaixonado por ela desde que tínhamos uns treze anos, e ela tinha a irritante mania de ficar correndo atrás de mim, eu não queria nada com ela, eu estava fadado à seleção e mesmo se não estivesse John era meu amigo jamais faria isso com ele.
Eu estava na biblioteca quando ela entrou batendo a porte e quase me matando do coração.
- Oiiiii – Ela disse sorrindo. Ella era muito bonita tinha os cabelos escuros, os olhos claros um sorriso lindo, mas na boa? Era apenas isso e eu queria muito mais do que apenas beleza.
- Oi Ella, quase me matou do coração. Não faça mais isso – Eu disse voltando ao meu livro.
- O que está fazendo? – Ela sentou-se de frente para mim deixando seu decote evidente, ela estava quase enfiando os peitos na minha cara, por menos que eu me sentisse atraído por ela isso era covardia, porque desde que ela havia adquirido seios ela tinha essa irritante mania de usar decotes e quase enfiá-los na minha cara.
- Estou cozinhando não vê? – Eu disse com sarcasmo voltando a atenção ao meu livro.
Eu havia me tornado bem sarcástico. Sempre que possível eu ia para a Noruécia ver a Kath minha irmã. E ela era tipo a rainha do sarcasmo, aliás meu cunhado era tão sarcástico quanto ela, eles eram uns tarados, mas eu gostava muito deles.
- Nossa Shal, porque está sendo tão mal? – Ela disse fazendo beicinho.
- Ella eu estou tentando ler, e para isso preciso me concentrar e você ficar aqui esfregando seus peitos na minha cara e falando um monte de bobeiras eu não vou ler – Eu disse olhando sério para ela.
Sim eu fui rude, mas com Ella ou eu era rude e direto ou ela não entenderia. Sem contar que eu a conhecia a tanto tempo que eu podia falar qualquer coisa a ela.
Ela sorriu e debruçou-se na mesa deixando-os mais evidentes e eu rolei os olhos para elas.
- Você gosta dos meus peitos então? – Ela disse sorrindo e debruçou-se na mesa deixando-os mais evidentes e eu rolei os olhos para elas.
- Se manda Ella.
- Posso mostrar eles para você se você quiser ver – Ela disse oferecida.
- Ella por favor, não seja tão promiscua? – Era irritante como ela podia ser tão oferecida.
- Vamos Shal eu gosto de você desde sempre!
- E quanto ao John?
- O que tem ele? – Ela perguntou torcendo o nariz.
- Ele gosta de você desde sempre também! – Eu respondi bravo.
- E você? – Ela quis saber.
- Eu vou ter minha seleção em breve então estou fechado para balanço – Eu disse tentando fazer piada.
- Pois eu vou participar da seleção você verá, e eu vou ganhar. Um dia Shalom você será o meu príncipe – Ela disse com determinação, levantou-se fez uma reverencia e saiu rindo.
Eu rolei os olhos, tudo que eu menos queria era ela na minha seleção, porque se ela entrasse eu teria que dar-lhe uma chance e isso poderia machucar meu melhor amigo John.
Eu perdi a vontade de ler o livro, guardei-o na prateleira e fui atrás de John, o encontrei parado na entrada do castelo.
- Soldado Woodwork, posso falar com você? – Perguntei e o soldado ao seu lado assentiu e ele veio comigo até um canto.
- Estou de serviço Shal – Ele disse baixo.
- É eu sei, mas a Ella disse que irá participar da seleção.
Ele pareceu triste.
- Porque ela faz essas coisas? Eu queria tanto que ela gostasse de mim – Ele disse.
- Eu também, assim ela me deixaria em paz.
- Mas se ela entrar o que pretende fazer?
- Eu não sei John, mas quero que pense sobre isso, já pensou em tentar gostar de outra garota?
- Claro que não, Ella é demais, linda e divertida, alegre e...
- Sem conteúdo? Oferecida? – Eu o interrompi com o meu ver de Ella.
- Ela não é assim – Ele disse ofendido e eu ri.
- Para mim ela é.
- Bom você pode eliminá-la logo de cara – Ele sugeriu.
- Ela mora aqui, ela vai infernar a minha vida cara – Eu disse desconsolado.
- Vou pensar em uma saída se ela for sorteada. Quero dizer será um sorteio certo?
- Sim, meu pai me garantiu que seria um sorteio – Eu disse, era verdade meu pai havia me contado que meu avô escolheu as participantes dele, mas que para mim seria do jeito certo seria sorteio.
- Existem milhares de participantes Shal, as chances dela ser sorteada são mínimas. Relaxa amigo vou voltar ao meu posto com licença – Ele disse se aprumando e saindo.
Verdade eu não deveria me preocupar com isso, seria um sorteio e as chances seriam pequenas. Pedi aos meus pais para ir a Noruécia antes do meu aniversário de dezenove, queria passar uns dias com Kath já que eu havia ficado no norte há uns meses atrás com Ambe. Amberly e Antony depois de voltarem da lua de mel a anos atrás resolveram consertar os problemas que o tio de Antony havia criado no norte com sua ambição, e como era a terra natal dos pais de Antony eles reformariam a cidade, já que eles ainda não reinariam Illéa eles decidiram lidar com uma cidade caótica antes de lidar com um país, sem contar que queriam privacidade. No castelo de Illéa morávamos eu, minha mãe e rainha America, meu pai rei Maxon e meus irmãos mais novos Grace, que era doce e meu irmão Lucky que era uma criança agitada os dois no auge de seus sete anos eram terríveis, claro que Lucky sempre seria o mais terrível.
Assim eu parti para a Noruécia, queria me livrar um pouco da Ella e queria alguns conselhos para a seleção, lidar com trinta e cinco garotas estava me deixando sem sono.
**********+**********
Eu estava na Noruécia e eu gostava muito de ficar por lá, não existia a pressão da seleção e nem Ella para encher meu saco, John com seu amor impossível, Ivy correndo atrás do John. Veja que confusão Ivy Leger gostava de Johnny Woodwork que gostava de Ella Leger que gostava de mim e eu estava pouco me importando com qualquer uma das duas. Eu estava cansado de tudo isso e pensar na seleção não me ajudava.
Na Noruécia eu havia visto a primeira rosa azul e era simplesmente fascinante, ela era difícil de ser vista e necessitava de mudanças genéticas e era exatamente isso que eu vinha fazer aqui, adorava fazer experimentos. Passava o dia fazendo meus experimentos e Katherine passava o dia fazendo o que rainhas fazem, e eu n faço ideia do que elas fazem mas pouco me importa.
Phillip estava sempre no escritório cercado por parlamentares ministros e todos esses engravatados, assim eu tinha paz e sossego para fazer o que queria fazer. Katherine não se importava em ficar no meu pé ela tinha coisas mais importantes a fazer, jantávamos os três juntos, falávamos de coisas irrelevantes. Kath foi resolver um detalhe de sei la o que, que ela estava fazendo e eu e Phillip fomos para a sala de estar, ele ligou a TV no jogo e estávamos assistindo. Olhei em volta e percebi que estávamos sozinhos, Phillip vendo TV como uma pessoa normal nem dava para perceber que ele era o rei, ele estava literalmente largado em um sofá.
- Phillip o que eu vou fazer com trinta e cinco garotas? – Perguntei a ele aflito.
- Um harém! – Ele disse rindo e eu rolei os olhos.
- Sério como vou separar as interesseiras das que gostam de mim?
- Mais fácil você decidir as que você mais gosta e conquista-las – Ele disse.
- Mas e se eu falhar?
- Você será um mané, mané – Disse Katherine entrando e pegando a conversa na metade.
- Kath o assunto é sério aqui – Eu disse sério esperando que ela se retirasse, mas ela meramente sentou-se no colo de Phillip e me olhou com aquele olhar de desafio.
Era impressionante como esses dois as vezes pareciam pessoas normais.
- Ah qual é? Desfaça essa cara de bunda, estamos em um momento de descontração eu não preciso bancar comportada, já faço isso o dia todo – Ela disse mostrando a língua para mim.
- Katherine como você pode ser a rainha da Noruécia se você é tão... tão... – Eu realmente n sabia o que dizer.
- Doida? Maluca? – Disse Phillip rindo.
- Vou te mostrar quem é doida – Ela disse olhando para ele com um sorriso malicioso nos lábios.
- Ah por favor, arrumem um quarto.
- Certo, até amanhã Shal, beijos me liga – Ela disse levantando-se e puxando Phillip que estava rindo.
- Onde você aprende esse linguajar? – Perguntei rindo.
- Vegan casou-se com o primo do Phil, Higor. A vejo com certa frequência – Ela riu e eles saíram da sala.
Era incrível que mesmo com esse jeito desleixado e irreverente a Katherine fosse uma rainha maravilhosa, ela era uma boa rainha e o rei Phillip era o que todos diziam "o melhor em anos". O bom da Noruécia é que eu podia sair na rua, eu podia visitar as cidades porque não era conhecido, não uma celebridade como era em Illéa, então eu podia saber a opinião das pessoas e era essa, a rainha Katherine era alegre e vivaz, ela ajudava em várias obras sociais e era conforme eles diziam o alicerce do rei Phillip, afinal até por fotos você podia ver como aqueles dois se amavam. Claro que em ambientes formais Katherine era totalmente diferente, mas era bom saber que a coroa não havia mudado ela tanto que ela deixará de ser quem era.
Naquela manhã Katherine estava dando ordens sobre nossa viagem, minha estada na Noruécia estava ao fim, eu deveria voltar a Illéa para meu aniversário e começar a seleção. Me joguei no sofá e ela riu.
- Está preocupado? – Ela disse fazendo um check list, estávamos na sala de estar e ela havia mandando os criados arrumarem as bagagens no carro que partiríamos esta tarde.
- Katherine eu preciso escolher uma garota dentre trinta e cinco, se eu estou com medo? É brincadeira? – Eu estava desesperado.
- Já pensou em pedir conselhos ao papai? Antony? – Ela perguntou verificando se todos os presentes que estava levando estavam em uma bagagem.
- Antony? Quantas mulheres Antony teve? Loser total aquele ali – Eu comentei mal humorado, Antony apenas teve Amberly e foi aquele amor predestinado e todo meloso Katherine desatou a rir.
- Ai meus sais, tomara que nunca me ouçam dizer isso, mas o Antony não é loser ele apenas apaixonou-se por nossa irmã e ela sempre foi única – Ela disse quando parou de rir.
Eu rolei os olhos e ela voltou a ter um acesso de riso.
- Não é que eu não gosto dele, mas que experiência ele tem com garotas?
- Bom ponto – Ela disse ainda rindo.
- Tentei falar com seu marido, mas você não desgruda dele...
- E porque meu marido?
- Porque ele era pegador, ele sabe das coisas – Eu disse sorrindo.
Ela torceu o nariz e então deu de ombros.
- Faz assim beija todas elas e depois as melhores ficam, as ruins você elimina – Ela disse dando de ombros.
- Katherine! Eu sou um cavalheiro, não farei algo assim, além do mais eu... – E eu não completei a frase.
- Você o que? – Ela quis saber e eu corei e olhei pro lado – A não! Você está brincando, certo? Shal, você nunca beijou uma garota antes? – Ela perguntou fazendo tanto escândalo que me senti culpado.
- Qual o problema?
- Em que maldito mundo você vive rapaz? Até a Amberly na sua idade já havia beijado a eras! Você bateu record do santo na família – Ela disse rolando de rir no sofá.
- Ei! O papai deu seu primeiro beijo na seleção, eu achei que seria apropriado – Eu disse tão vermelho q estava com calor.
- Papai joga no time dos santinhos também, mas ele foi meio safadinho, mamãe disse que ele deu uns pegas nas selecionadas que aliás ela pegou ele dando uns amassos daqueles da Celeste uma amiga da mamãe que morreu.
- Vamos parar de falar de beijos e amassos? Eu quero que meu primeiro beijo seja especial!
- Nossa eu não me lembro mais do meu – Ela disse pensativa e Phillip entrou.
- Não lembra do que? – Ele disse beijando sua testa.
- Meu primeiro beijo amor, eu não me lembro quando e com quem foi – Ela disse.
- Hmm bem que você podia não ser safadinha e ter sido comigo não é? – Ele disse sério.
- Digo-lhe o mesmo – Ela riu e ele rolou os olhos – E você não gosta que eu seja safadinha? – Ela perguntou fazendo beicinho e ele sorriu, mas antes que ele respondesse eu resolvi interromper.
- Ei alô? Mudar de assunto certo? – Eu disse se não eles começariam com todas as indiretas sexuais.
- Já sei Shal, olha vou encarnar a Ambes – Ele se arrumou toda no sofá e fez uma careta – "Siga seu coração".
E ela desatou a rir.
- Você é tão besta Kath – Eu disse a ela.
- Mas é isso, siga seu coração Shal, porque ele é enorme e eu sei que vai se dar bem – Ela disse sorrindo.
- Shal, primeiramente veja as prioridades o que você espera em uma mulher, as que não atenderem nenhum dos requisitos, você não fica com ela – Disse Phillip.
- Parece bom – Eu disse.
- Parece bom almoçarmos também e depois nos trocar para partir certo? – Disse Kath levantando-se e pegando mão de Phillip.
Às vezes eu me sentia um intruso na lua de mel interminável desses dois, como depois de seis anos de casados parecia um mês?
Jantamos e nos trocamos para voltar a Illéa, chegaríamos amanhã, no dia da minha festa e eu dormiria ou pelo menos tentaria dormir no avião. Havia passado duas semanas na Noruécia e eu agora era hora de voltar e assumir que a Seleção estava aí e eu não teria mais como escapar, depois do meu aniversário começaria a seleção.
Chegamos ao aeroporto e me sentia doentio, Katherine me deu um abraço e entramos no avião, ela foi ao lado do marido e eu fiquei sozinho remoendo minhas inseguranças, e se todas fossem como Ella? E se todas fossem detestáveis? E se eu não gostasse de nenhuma? E se eu gostasse de todas? Eu não poderia tem um arem.
Quando dei por mim já estávamos de volta a Illéa, eu dormi? Sabe quando você dorme e nem percebe que dormiu porque sua cabeça te atormenta com pensamentos e parece q não dormiu? Acho que acabou de acontecer.
De volta ao castelo de Illéa eu me sentia verde, Amberly me abraçou assim que eu entrei.
- Feliz aniversário Shal – Ela disse feliz.
- Obrigado – Eu disse me sentindo doentio e cumprimentei Antony que estava ao seu lado com um aperto de mão.
- Ahhhhhhhhh – Deu um gritinho Katherine ao entrar e ver Amberly.
- Contenha-se Katherine – Ela disse sorrindo e elas se abraçaram.
- Olha só estamos em família então não preciso ser formal – Respondeu Katherine rindo.
- E seus filhos Kath? – Perguntou Amberly.
- Tenho tempo ainda para pensar nisso, por hora estou curtindo meu marido – Ela disse rindo quando Phillip entrou e cumprimentou todos.
- E o Josh? – Perguntou Katherine.
Amberly tinha um filhinho de três anos Joshuel Maxon Illéa, mas Katherine se recusava a ter filhos ainda ela dizia que era jovem ainda.
- Com a mamãe – Disse Amberly sorrindo e pegando a mão de Antony.
- Apresentações a parte com licença vou me trocar – Eu disse azedo.
- O que houve Shal? – Perguntou Amberly.
- A Seleção – Respondeu Katherine dando de ombros.
Eu os deixei para trás estava farto de todos acharem bobagem a seleção.
Entrei em meu quarto pedi a Will meu assistente para preparar meu banho e me joguei na cama, era impressionante como elas achavam que seria fácil.
Tomei um banho e me vesti, peguei a primeira gravata que veio em minha mão quando estava saindo encontrei minha mãe na porta do meu quarto, linda em um vestido claro.
- Está nervoso querido? – Ela perguntou e eu tive vontade de dar-lhe uma má resposta, mas seu sorriso me desencorajou. Porque diabos todos tinham a coragem de me perguntar isso?
- Estou morrendo mamãe – Eu disse a ela e ela sorriu e arrumou minha gravata.
- Não se preocupe, pedi a seu pai para falar com você sobre a seleção, ele já passou por isso e não há ninguém melhor que ele para falar com você sobre isso.
- Obrigado mamãe, porque é sério eu estou surtando – Eu disse desesperado.
- Vai dar tudo certo meu amor. Aliás feliz aniversário – Ela disse me entregando um pacote.
Eu abri era um exemplar raro do título "Mil Ervas", ela sabia como eu era curioso e como gostava de desbravar os temas literários.
- Eu amei mamãe obrigado! – Eu disse abraçando ela.
- Sabia que gostaria.
- Olha só o homem do momento – Disse meu pai chegando até nós e me abraçando.
- Não fale assim papai – Eu disse corando.
- Mas é a partir de amanhã você será o assunto do país – Ele disse feliz.
- Maxon! Ele está nervoso com isso.
- A desculpe, é verdade no começo sentimos esse friozinho na barriga mesmo – Ele disse.
- Pai eu não sei o que fazer – Eu tentei não parecer tão desesperado quanto estava.
- Olha tenha calma eu já te contei toda a minha história na seleção, você precisa ter calma, tentar conhecer todas as participantes as preferidas as que você perceber que não gosta você elimina. No final tudo dará certo e você terá passado por uma experiência maravilhosa e conhecerá uma mulher incrível – Ele terminou olhando com admiração para mamãe.
- E o mais importante não enrole muito com as participantes, como seu pai fez – Ela disse.
- Bobagem leve o tempo que quiser, a decisão é sua e no final como dizem você é o prêmio – Ele disse sorrindo.
- Te apoiaremos na sua decisão – Minha mãe disse passando a mão em minhas costas.
- A sim, feliz aniversário filho – Disse meu pai me entregando uma caixa de abotoaduras novas e eu olhei para ele e ri.
- São para dar sorte, são as que eu ganhei do meu pai quando fiz dezenove, e bom eu tenho sua mãe, espero que te traga sorte como eu tive – Ele disse sorrindo e eu o abracei.
- Obrigado papai!
Herança de família sempre foi algo muito apreciado por mim. Me sentia mais corajoso quanto a seleção, que venha então!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro