16 - A bruxa da cabana
No dia seguinte já me encontrava de prontidão a frente da floresta, estava esperando Elena que ficara de me levar até a cabana da bruxa. Confesso que estava assustada, mas eu preciso de respostas.
Sentada na raiz de uma árvore, admirei a natureza. O campo aberto era a coisa mais linda! Vários girassóis coloriram o ambiente. Inspirei o ar puro do campo olhando para a entrada da floresta a minha frente. Várias árvores preenchiam o lugar, e apenas uma trilha permitia a abertura entre os troncos.
— Cheguei! — Exclamou Elena me fazendo dar um pulo da raiz.
— Você me assustou! — Bato as mãos levemente no vestido verde água que eu estava usando. Estiquei a canela encarando a borda do vestido que batia um pouco acima de minha canela fazendo careta para a sapatilha branca que resolvi usar.
Vai sujar toda na floresta. Suspirei olhando para Elena.
— Vamos?
Elena arrumou seu óculos logo amarrando o cabelo em um coque, em seguida concordou com a cabeça me puxando para a floresta.
— Não foi fácil lidar com Conrad. – Murmurou minha amiga suspirando.
— O que ele fez?
— Conrad quis saber quem me mordeu... Ele mal olhou para meu cachecol, e o meu pulso com um curativo... Ele já sabia que algum vampiro havia tomado de mim. — Suas palavras saíram arrastada, com pesar.
Pulei uma raiz de árvore segurando a manga longa da blusa de Elena. A mesma usava um macacão jeans que facilitava sua trilha na floresta. Era para eu ter optado por algo do tipo, mas não consigo resistir aos meus vestidos.
— Conrad não deveria se meter em sua vida.
Elena piscou seguindo adianta enquanto falava:
— Concordo, porém... É complicado. Parece que ele se sente de alguma forma, responsável por mim.
Concordei com a cabeça.
— Sera que ele sabe que foi Drogo? — Cochichei apreensiva.
— Tenho certeza... — Dissera compartilhando do mesmo sentimento que eu. — Mas ele não vai machucar o Drogo, me assegurei disso.
Franzi o cenho com sua resposta. Abri a boca para perguntar como, porém Elena balançou a cabeça negativamente, como se dissesse que era melhor eu nem saber.
Respeitei minha amiga apressando a caminhada.
Alguns minutos se passaram, a floresta que carregava várias árvores a dentro, começará a dar espaço por um campo amplo, galhos carregavam garrafas com o tampão amarrado em uma fita vermelha. Como se aquilo fosse um aviso do que estava por vir...
— Estamos chegando... — Cochichou Elena segurando minha mão.
Meu coração se acelerou por algum motivo, quando dei mais um passo adentro do campo, senti uma leve pressão e o ar pareceu mudar, estava mais denso, mais difícil de respirar.
— Prossiga! — Minha amiga me encorajou, ainda agarrada em minha mão.
Continuamos andando, o ar espesso, a pressão fazia com que cada passo fosse mais difícil, um passo, dois... Três até que.
— Ah — Soltei o fôlego podendo enfim respirar.
A pressão se dissipou, o ar se tornou mais limpo, quando pisquei me dei conta do ambiente.
Flores davam vida aos campos. Um arco feito com ramas de árvore davam passagem para uma trilha, essa que se ligava a uma pequena cabana feita de madeira. Troncos de árvores estavam adiante, rodeando a cabana. Em cima dos troncos pude ver pequenas casinhas de feitas de pedras... Pedras naturais.
— Uau! – Exclamei soltando as mãos de Elena correndo arco adentro para ver melhor essas casinhas.
Era simplesmente lindas! Pedras de ametistas, obsidiana, e por ai vai formavam um pequeno chalé, era como se fosse feito para...
— Fadas! – A voz feminina completou meu pensamento.
Dei um pulo com o susto.
— Meu Deus! – Coloquei a mão no peito olhando para a mulher diante a mim.
Meus olhos se arregalaram ao ver tamanha beleza a minha frente... Era algo totalmente místico. Orelhas pontudas se destacavam segurando uma mecha do cabelo preto da mulher. Os olhos eram prateados, me arrepiei espiando dentro daquelas íris, parecia que ali havia um poder majestoso...
— Parece que você conseguiu passar! – Exclamou a mulher dando um passo em minha direção sem se importar com a minha reação perplexa.
— Quem é você? — A questiono analisando suas vestes verdes, no pescoço usava um aço musgo, o vestido era delicado, seda em formato de folha desciam até o meio de sua coxa.
A mulher inclinou a cabeça para o lado me olhando desde a sapatilha branca em meus pés até meus cabelos trançados pendendo para o lado.
— Sou Eloá. – Sorriu largamente estendendo sua mão. Analisei os ramos prateados que destacavam sua pele cor chocolate, os fios prateados faziam parte de sua pele, desenhavam sua mão, subiam pelo seu busto e terminavam em seu rosto.
— Esplêndida... — Murmurei em transe.
— Oras, parece que nunca viu uma Elfa da terra!
A mulher falou dando de ombros totalmente descontraída.
— Elfa? – Puxei o ar abismada.
Sim, eu sabia que poderia existir elfos, porém era apenas uma teoria, pois os mesmos se escondem tão bem que...
— O que quer aqui menina? – A voz de Eloá se tornou séria, assim como sua expressão ao me observar mais atentamente.
— Viemos atrás da bruxa da cabana! – Exclamou Elena aparecendo entre os troncos que carregavam as casinhas em cima de si.
Elena apertou o manual de sobrevivência em seu peito olhando atentamente para Elfa diante de nós.
— Pois me encontram. – O sorriso de Eloá se esticara.
Minha mente a essa altura era um completo caos. A confusão estava escancarada em meu rosto. Eloá parou, me olhou e então riu.
— As pessoas pensam que sou uma bruxa. Mas com as proteções da natureza, esse lugar está aberto apenas para os bons de coração. Vocês estão vendo a minha verdadeira essência. - Explicara a elfa nos olhando com aquele prateado cintilante. — Aqueles que vem atrás de respostas em prol do mau, encontram apenas o mau... Realmente, a bruxa da cabana, com sua casa feita de ossos e pele. A bruxa velha, tão velha quanto a própria morte.
Estremeci de medo. Elena havia se aproximando e tomado a minha mão.
— Então a sorte é nossa por termos lhe achado. – Dissera Elena mostrando coragem ao me puxar para perto da Elfa. — Mas onde está a bruxa? Queremos tratar com a bruxa.
Seu olhar segurou o prateado de Eloá. Que ofereceu um sorriso divertido para a minha amiga.
— Eu também sou essa bruxa. – Sorriu perversamente — Mas vocês não merecem esse meu lado. Se encontraram essa cabana, estão no caminho certo. O caminho justo. Vou dar a resposta que querem! Venham!
E assim, seguimos cabana a dentro.
Eu irei salvar Viktor. Irei salvar o príncipe das trevas desse poço a qual o mesmo se encontra, dessa loucura insana que o fez cair nas graças do mau.
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NOTAS AUTORAIS :
OLÁ AMORES 😙
Abaixo está a foto de ELOÁ
Personalidade: É um mistério até então.
Signo: Só o espírito da floresta que sabe!
Eloá é uma Elfa da terra. Ama a natureza e tudo que vem dela. Manipula ervas, e trabalha com pedras naturais. Eloá vive em uma floresta rodeada de magia e fadas. A bondade a atrai.
Vestes: Ama roupas leves que a deixa flexível. As cores favoritas de Eloá são marrom, dourado e verde.
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