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Capítulo 6 - Parte IV

Olivia abre os olhos com uma sensação de tontura e confusão. À medida que sua visão se ajusta, ela percebe que está no centro da vila, com vista do poço ao longe, com o corpo e braços amarrados a um poste de madeira. Sua amiga, Ana, também está presa ao lado dela. O som alto e caótico da multidão ecoa em seus ouvidos.

Enquanto luta para se recuperar do ataque que sofreu, Olivia começa a ouvir os gritos enfurecidos da multidão. Palavras de ódio e desprezo são atiradas em sua direção. Ela olha ao redor, tentando entender por que está sendo alvo de tanto ódio.

A palha embaixo de seus pés roça contra sua pele. Olivia sente o coração acelerar enquanto percebe que estão diante de um público que claramente acredita que ela é uma ameaça.

Olivia olha para Ana, seus olhos se encontram em busca de conforto e apoio. Embora amarradas e assustadas, há um entendimento silencioso que passa entre elas – elas não vão se render àquele ódio. Elas irão enfrentá-lo juntas. Com um aceno de cabeça, Ana lhe mostra que não está com medo, e sim, lutando contra uma causa que acredita ser correta.

Com coragem renovada, Olivia levanta a cabeça e encara a multidão gritando contra ela. Sua voz, às vezes trêmula, mas firme, quebra o silêncio:

— Pessoas! Eu não sei o que levou vocês a acreditarem que sou uma bruxa, mas eu garanto a todos que estou aqui para ajudar, não para prejudicar. Por favor, ouçam o que tenho a dizer!

Algumas pessoas do público se acalmam por um momento, curiosos com as palavras de Olivia. Mas em meio a multidão, uma voz alta se levanta:

— Mentira! Você é um perigo para todos nós! Não devemos confiar em você ou em qualquer um como você!

As palavras ecoam pela multidão, alimentando o ódio e o medo que flutuam no ar. Olivia sente um nó se formar em seu estômago, mas ela se mantém firme, impulsionada a superar essa adversidade.

Olivia olha para Ana, cujos olhos brilham com resiliência e apoio. Essa conexão entre elas é uma fonte de força, dando a Olivia a coragem para seguir em frente. Ela respira fundo e continua sua defesa:

— Olhem para Ana. Vocês a acolheram desde muito nova, e ela nunca levantou suspeitas para com a confiança de vocês. Eu entendo seus medos, entendo a desconfiança que muitos de vocês têm. Mas eu lhes imploro, olhem além das aparências e dos estereótipos. Sou apenas uma pessoa, assim como todos vocês, buscando uma chance de viver em paz e harmonia.

Silêncio paira no ar enquanto as palavras de Olivia ecoam no palco. Algumas pessoas parecem reflexivas, questionando suas crenças, enquanto outras permanecem resistentes e iradas.

De repente, Ana começa a falar:

— Vocês estão ouvindo? Essa jovem está correta. São vocês, a multidão, que estão com medo. E é o medo que os fazem julgar e condenar. Se realmente quiserem um futuro melhor, devem superar seus medos e dar uma chance para aqueles que desejam ajudar.

As palavras de Ana ecoam na multidão, causando um pequeno murmúrio de discussão entre as pessoas reunidas.

— Não deem ouvidos à elas! — o Reverendo aparece com alguns dos seus homens.

A multidão logo se aquieta e o assistem tomar o centro das duas mulheres.

— Elena! Se esse for seu verdadeiro nome... — ele caminha até Olivia. — Chega de mentiras! Quem é você? Diga à eles quem você realmente é!

— Meu verdadeiro nome é Olivia. Um nome que me foi dado por meu pai, como qualquer outro nome dado a uma criança. Não há nada sinistro ou maligno nele. Eu só desejo ser compreendida e ter a chance de me explicar antes de ser condenada injustamente. Escondi minha identidade porque sei que o meu nome não é bem-vindo em todos os vilarejos. E de onde vim, cristais não são um problema e não tem associações com bruxos!

O Reverendo olha para ela com desconfiança, mas decide continuar o debate.

— Olivia, você mentiu sobre seu verdadeiro nome, como saberemos agora que qualquer coisa que você diz é verdade? Você afirma ser uma pessoa pacífica, mas como podemos confiar em suas palavras? As histórias sobre sua natureza misteriosa estão em todos os cantos da vila. Não é seguro permitir que você e sua prima, se for mesmo sua prima, ou amiga Ana, permaneçam entre nós. Você mente, portanto, peca, e além disso, encontramos um colar satânico em sua casa. Acha que devemos confiar em você? — o Reverendo volta a olhar para o público. — Acha que devemos confiar nelas? — ele grita.

— Não! Não! — a multidão responde, enfurecida.

Olivia respira fundo, sabendo que precisa manter sua calma para responder de forma convincente. Sentindo-se cansada e desesperada por uma solução, ela fecha os olhos por um breve momento, buscando desesperadamente se conectar com Viktor. Ela sabe que sua única esperança é enviar-lhe um sinal e pedir sua ajuda nesse momento crucial.

Enquanto isso, Ana, percebendo a situação precária em que se encontram, assume a tarefa de defender Olivia e argumentar com o Reverendo. Ela começa a falar com uma voz calma, buscando persuadir o Reverendo e os outros presentes.

— Reverendo e cidadãos desta vila, peço-lhes que considerem a possibilidade de estarem cometendo um erro terrível. Olivia é minha amiga, e eu testemunhei sua bondade, compaixão e dedicação a esta comunidade. Ela não merece ser condenada injustamente. Exijo que lhe dêem a oportunidade de se defender e provarem sua inocência.

Enquanto Ana fala, a multidão começa a murmurar e alguns olhares de dúvida são direcionados ao Reverendo. Ele percebe que as palavras de Ana estão começando a causar impacto e decide ouvi-la.

— Reverendo, todos nós queremos justiça. Mas a justiça requer evidências e oportunidades iguais para todos. Olivia merece uma chance de mostrar que não é culpada. Não podemos permitir que o medo e os rumores governem nossas decisões.

A multidão começa a murmurar, alguns parecem reflexivos, enquanto outros permanecem resistentes. O Reverendo levanta a mão para acalmar a agitação e responde:

— Mas como podemos ter certeza de que vocês não são uma ameaça? Como provarão sua inocência diante dos olhos de Deus? Aquele colar que encontramos, vinha de uma lenda antiga sobre uma bruxa que os usou para se proteger dos ataques do vampiro da Transilvânia. Agora, sabemos que é real e ela existe!

— Minha amiga não é uma bruxa, o colar foi uma relíquia encontrada na floresta. — Ana explica por Olivia, que ainda está com a feição abaixada. — Reverendo, eu imploro que considere a possibilidade de estar cometendo um erro terrível. Nada do que está acontecendo faz sentido. Olivia é uma pessoa boa, uma amiga leal. Podemos estar caindo em um julgamento precipitado baseado em suspeitas infundadas. — Ana tenta defendê-la, antes que si mesma.

— Sinto uma má intenção em toda essa conversa, Ana. Como quando ontem à noite você tentou me distrair para que sua amiga pudesse entrar em meus aposentos e me roubar! — ele se volta à multidão e explica. — Ontem à noite, na confraternização, Ana começou a conversar comigo sobre assuntos aleatórios. Tenho certeza que se não foi Olivia, alguém entrou em meus aposentos de alguma forma, roubando o livro que eu guardava cuidadosamente.

O Reverendo vai até Olivia, percebendo que ela está quieta. Ele acaba lembrando de um fato que o deixou intrigado nesses últimos meses.

— Por favor, me diga, por que passaram-se três meses sem nenhum ataque de vampiro ou desaparecimento? Confio mais em meus instintos do que em suas palavras. Você trouxe o colar de ônix preto para nossas terras e agora, estamos protegidos das ameaças do vampiro da Transilvânia! Mas isso só faz de você quem você realmente é, uma bruxa! — ele fala absurdamente alto.

Olivia olha para Ana, cujas mãos estão amarradas, com um apelo silencioso nos olhos. Ela sabe que a vida de ambas está em perigo. O Reverendo, cego pela raiva e pelo medo, aponta o dedo acusador para Ana.

— Ana, você foi cúmplice de Olivia! Deixei que você habitasse a estranha em sua casa, mas você me traiu escondendo o livro! Como pude ser tão tolo?

Olivia interrompe, aproveitando a situação para manipular a mente do Reverendo em favor delas.

— Reverendo, vamos fazer um acordo. Se o senhor encontrar o livro na casa de Ana, pode nos condenar. Mas, se não encontrá-lo, será necessário liberar-nos.

Os olhos do Reverendo percorrem o rosto de Olivia, cheios de desconfiança e descrença. Ele pondera a situação, perguntando-se se está caindo em mais uma armadilha. Mas, no fundo, uma pequena semente de dúvida começa a brotar.

— Se eu encontrar o livro em sua casa, Ana, eu terei provas suficientes para condená-las. Mas, se não encontrá-lo... Então terei que enfrentar a possibilidade de que possam estar dizendo a verdade.

Olivia mantém-se firme, sabendo que sua única chance de sobreviver é ganhar tempo para que Viktor pudesse salvá-las. Ela sabe que essa era sua única esperança.

O Reverendo, acompanhado de seus homens, decide deixar o local para realizar uma busca meticulosa na casa de Ana. Enquanto eles partem, o murmúrio da multidão aumenta, todos ansiosos para descobrir o desfecho dessa intriga envolvendo-as.

Olivia rapidamente fecha os olhos e com o coração acelerado decide fazer uma magia de última hora. Sem suas mãos como guias, a bruxa reforça sua concentração no ar que bate em seu rosto, intensificando sua conexão com a rosa que deu à Viktor. Ela faz com que as pétalas da rosa escutem seus murmúrios, e assim, façam seu plano dar certo.

As pessoas permanecem tensas à medida que ventos estranhos começam a soprar no centro da cidade, e Olivia, com uma expressão cabisbaixa, atrai a atenção de um cidadão que percebe a situação e aponta o dedo para ela.

— Vejam! Ela está mudando o tempo! — o jovem diz, fazendo todos olharem para ela.

Ana se apronta em defender: — Não sejam lunáticos! O tempo está mudando sozinho, e isso não tem nada a ver com Olivia!

As expressões dos moradores começam a se alterar, enquanto eles se dividem com a descrença nas palavras de Ana e Olivia. Aproveitando o momento em que Olivia está concentrada, Ana tenta persuadir as pessoas que conhece naquela vila:

— Mihai, por favor, me escute. Você me conheceu durante sua vida inteira. Acha mesmo que eu faria isso? — ela pergunta, numa tentativa de conquistar sua empatia.

Mihai dá um passo para trás, tentando não se envolver com Ana. Ela, por sua vez, tenta conversar com outros conhecidos que viveram consigo. Porém, após um momento, o Reverendo reaparece no centro. Sua expressão é de frustração e decepção. Ele balança a cabeça, reconhecendo que não encontraram nenhum traço do livro na casa de Ana.

— Não encontramos o livro na casa de Ana. Não há evidências para sustentar nossas suspeitas.

As pessoas na igreja se entreolham, alguns com surpresa e outros com alívio. A tensão no ar começa a se dissipar gradualmente, substituída por um misto de questionamentos e reflexões.

O Reverendo mantém-se com uma expressão pensativa, ponderando nas possibilidades e refletindo sobre as palavras de Olivia. Enquanto isso, Ana olha para sua amiga com olhos cheios de curiosidade e sussurra para ela em um tom baixo.

"O que você fez, Olivia? Como o livro não estava lá?" — Ana cochicha.

Então, ela entende o que sua amiga fez. Olivia realizou uma magia de substituição. Isso consistia em trocar qualquer objeto por outro, em qualquer lugar.

Ana fica momentaneamente surpresa, encarando-a com admiração. Ela sabia que sua amiga tinha habilidades mágicas especiais, mas não esperava que pudesse realizar algo tão poderoso sem as mãos.

O Reverendo, com uma luz de inspiração em seus olhos, tem uma ideia repentina. Ele levanta a mão, capturando a atenção de todos.

— Espere um momento! Talvez tenhamos nos esquecido de um detalhe crucial. Deixamos de procurar em um lugar... Minutos depois, ele sai apressadamente, seguido pelos homens que o acompanharam anteriormente.

Pouco tempo depois, eles retornam ao centro da vila trazendo Ébano, o imponente cavalo de Olivia, com uma bolsa de couro ao redor de seu pescoço. Os olhos de Olivia se enchem de lágrimas enquanto a multidão observa com expectativa.

— Encontramos isso... Ao redor do pescoço de Ébano. É uma bolsa de couro que reconheço como a mesma que Olivia costuma usar. — o Reverendo fala, e a multidão se aquieta.

As palavras do Reverendo ecoam no ar, criando um profundo silêncio. Ana e Olivia trocam olhares cheios de apreensão, da incerteza do que acontecerá a seguir. Olivia olha para Ana com lágrimas em seus olhos. Ela se sente esgotada e impotente.

Ana olha para Olivia com lágrimas nos olhos, temendo pelo pior. Elas sabem que a descoberta da bolsa de couro ao redor do pescoço de Ébano trouxe uma reviravolta perigosa para sua situação. Olivia mantém-se firme, apesar de seu coração acelerado e lágrimas que começam a rolar. As duas observam as mãos cuidadosas do Reverendo retirar o grimório da bolsa.

O som de murmúrios enche a vila quando o Reverendo exibe o livro em suas mãos. As palavras de incredulidade e raiva ecoam entre a multidão. Muitos lançam olhares de ódio em direção a Ana e Olivia, culpando-as pelo suposto crime de ocultar o livro.

O Reverendo, com um suspiro profundo e uma sensação de justiça, ordena:

— Em nome da Ordem e da justiça divina, declaro que Ana e Olivia serão condenadas à morte pelo crime de guardar e ocultar o livro sagrado. Assim como, portarem o colar perdido de uma bruxa das trevas.

Ana sente seu coração afundar em desespero, enquanto Olivia, lutando para conter o pânico, mantém-se relutante diante da terrível sentença.

— Reverendo, por favor, há um engano! Não somos culpadas, isso foi uma manipulação dos fatos! — Ana grita, mas é abafada pelas palavras de ódio dos cidadãos.

A multidão é tomada por uma mentalidade de linchamento coletivo. As chamas do ódio se alastram rapidamente entre as pessoas. O Reverendo, convicto em sua crença de justiça, não mostra misericórdia diante das súplicas de Olivia e de Ana. Ele acena para os homens que o acompanham, dando ordens para que preparem as fogueiras.

— Preparem as fogueiras! Queimem-as! Que a justiça divina seja feita!

Ana e Olivia, mesmo amarradas separadamente, trocam olhares cheios de medo e amor. Sabem que, unidas em espírito, poderão morrer com dignidade e orgulho de si mesmas.





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