Olivia se surpreende ao ser acordada aos beijos por Viktor de manhã cedo. Primeiro, ele beija seus lábios, depois, ele desce beijando seu pescoço.

Viktor para de beijar Olivia quando percebe a pulsação acelerada em seu pescoço. Ele se afasta suavemente, lutando contra seus próprios instintos enquanto mantém o controle. Seu amor por ela supera qualquer desejo que sua natureza incerta possa despertar. Com um olhar repleto de ternura, ele acaricia o rosto dela e diz:

— Desculpe, minha querida. Às vezes, é difícil resistir, mas eu prometi a mim mesmo que nunca faria mal a você. Você é a luz que me guia neste mundo sombrio, e eu farei de tudo para protegê-la.

Olivia sorri sonolenta enquanto está deitada, compreendendo a batalha interna que Viktor enfrenta. Ela acaricia a mão dele e responde:

— Eu sei, Viktor. Confio em você.

Viktor se surpreende ao perceber que ela está acordada.

— Desculpe se te acordei. — ele fala suavemente.

Ela puxa sua mão docemente, convidando-o a deitar na cama ao lado dela. Viktor aceita o convite e eles se abraçam de frente e deitados, encontrando conforto nos braços um do outro. Viktor sussurra suavemente no ouvido de Olivia, seus lábios roçando contra sua pele enquanto ele murmura: Quero que esses dois dias sejam inesquecíveis. Quero enchê-los de memórias doces e momentos preciosos que ficarão gravados em nossos corações para sempre.

Olivia sente um arrepio percorrer sua espinha e responde com voz suave:

— Eu também. Cada segundo ao seu lado é um tesouro para mim. Vamos aproveitar cada momento juntos e criar nossas próprias lembranças.

Ele a puxa para outro beijo caloroso e a envolve em seus braços. Olivia sente a frieza de seu corpo, apesar de não ser insuportável. Enquanto sua temperatura corporal era normal, a de Viktor chegava a ter 27 graus, mais abaixo que o normal. Fazia sentido, pois apesar de ser um vampiro, ele não estava morto quando foi consumido pela maldição. Ainda era um mero mortal.

O beijo é longo e caloroso, e quando se afastam, Olivia tenta endireitar sua própria postura. Isso acaba despertando emoções que a jovem bruxa nunca sentiu. Ela sente muito desejo por ele, mas fica com medo de explorar essa afinidade, por mais que quisesse. Viktor espera até ela recuperar o fôlego. Ele mantém muito respeito, antes que continuasse com quaisquer atitudes. "Desculpe por te deixar desconfortável." — ele sussurra, enquanto se afastava.

— Tudo bem, Viktor. É que, sabe, nunca tive alguém antes.

Viktor fica surpreso. — Sinto muito, sinto muito. Prometo não continuar. Consigo ouvir seu coração acelerar por medo, você não precisa me consolar.

Olivia suspira, seu olhar mostra o quanto ela se sente impotente naquela situação. Ela queria ser mais corajosa para seguir adiante, mas algo a segura para trás.

— Sabe o que é? — ela disse, cautelosamente.

Viktor mostra-se completamente atencioso. Ele coloca as mãos em seu rosto para que não se envergonhasse de estar tão íntima com ele.

— Tenho medo de você me machucar. — ela diz, seus olhos mostrando um pouco de vergonha por pensar nisso. — E eu sei, que você nunca me machucaria, mas, às vezes, com tanto desejo assim, pode ser que você perca o controle, ou pode ser que, apenas no ato de me beijar, seus dentes me machuquem, e você prove o gosto do meu sangue, e depois, não queira mais parar.

Viktor assente, mas não fica bravo com o que foi dito. Viktor segura delicadamente o rosto de Olivia entre suas mãos, olhando profundamente em seus olhos.

— Eu entendo seus medos, minha amada. É verdade que sou um ser diferente, com desejos intensos, mas nunca permitirei que meu instinto obscureça o amor e o respeito que tenho por você. Prometo que vou controlar minha sede e minha paixão. Sei que a tentação pode ser forte, mas estou disposto a enfrentar essa batalha por nós dois.

Ele beija suavemente os lábios de Olivia, demonstrando sua ternura e devoção.

— O seu sangue é precioso para mim, mas o seu bem-estar e felicidade são ainda mais valiosos. Nunca farei nada que possa machucá-la. Estou aqui para protegê-la, amá-la e fazer você se sentir segura. Nossa conexão é maior do que qualquer instinto que eu possa ter.

Olivia sente alívio ao ouvir suas palavras sinceras. Ela sabe que pode confiar em Viktor, que ele fará de tudo para mantê-la a salvo. Antes que pudesse falar novamente, ele diz:

— Planejei o nosso dia, e o de amanhã. Por hoje, vamos apenas aproveitar o tempo juntos, e não pensar em grandes responsabilidades. Não quero que você se sinta desconfortável de jeito algum. E, se por um acaso se sentir assim, você só precisará me dizer.

Olivia assente. — Muito obrigada por tudo que você está fazendo, Viktor. — ela diz, suas palavras saem quase como um sussurro.

— Não precisa me agradecer. Me espere na cama, está bem? — ele se despede com um beijo breve e suave em sua testa.

— Está bem. — ela diz, enquanto é beijada por ele.

Na cozinha, com cuidado e dedicação, Viktor seleciona alguns alimentos e os arranja em uma bandeja. Ele coloca pães frescos ainda quentes, que ele mesmo assou naquela manhã, acompanhados de manteiga e geléia caseira. Além disso, acrescenta algumas frutas da estação, como maçãs e uvas, que cuidadosamente lavou.

Com a bandeja em mãos, Viktor retorna ao quarto e coloca-a cuidadosamente na cama diante de Olivia. O aroma delicioso do pão recém-assado se espalha pelo ambiente, aguçando seus sentidos. Ele sorri para ela, apreciando o momento que estão compartilhando juntos.

Olivia olha para a bandeja, encantada com o cuidado e atenção de Viktor. Ela agradece com um sorriso radiante e eles começam a desfrutar do café da manhã, compartilhando pequenos momentos de doçura e intimidade enquanto saboreiam os alimentos preparados.

Após desfrutarem do delicioso café da manhã, Viktor conduz Olivia até a biblioteca do castelo. O ambiente é aconchegante, com estantes repletas de livros antigos e uma lareira crepitante, criando uma atmosfera acolhedora. As luzes suaves destacam a sala enquanto se acomodam em poltronas confortáveis.

Viktor pega um livro antigo de poesias, cuidadosamente selecionado para aquele momento especial. Ele folheia as páginas amareladas até encontrar o poema romântico que deseja compartilhar com Olivia. Sua voz, suave e carregada de emoção, preenche o ambiente enquanto ele começa a ler:

Em teus olhos, encontro a serenidade,
Teu sorriso, um raio de felicidade.
Cada palavra tua é uma melodia,
E tua presença é minha poesia.

No brilho do luar, dançamos juntos,
Entre sonhos e suspiros profundos.
Tu és a luz que ilumina meu caminho,
A esperança que nunca deixa meu destino.

Olivia sente-se triste ao escutar o trecho sobre a lua cheia. "Se ao menos ele não tivesse a maldição que o perturba..." — pensou. Ela imaginava como seria lindo se Viktor pudesse dançar com ela em uma noite de lua cheia.

Em cada toque, sinto arrepios de prazer,
Em cada beijo, um universo a florescer.
Que este amor se eternize e se expanda,
Como as estrelas no céu, numa dança.

Entrego-te meu coração, minha alma,
E prometo amar-te além do tempo, sem calma.

Enquanto Viktor declama o poema, os olhos de Olivia se enchem de ternura e encantamento. Ela sente o amor transbordando em seu peito. Cada palavra ecoa em sua mente e coração, tocando sua alma de uma maneira única.

Após a leitura do poema, Viktor fecha o livro e o deixa na cômoda, segurando as mãos de Olivia delicadamente, transmitindo todo o amor e devoção que sente por ela. Naquele instante, eles se envolvem em um abraço afetuoso. Ela se ergue para abraçá-lo ao redor do pescoço, perdendo-se no calor do momento e na magia daquele sentimento novo.

Enquanto o abraça, ela avista um instrumento ao lado da estante.

— Olhe, aquilo é um alaúde? — Olivia pergunta, indo em direção ao mesmo e pegando-o em suas mãos.

Viktor dá um sorriso envergonhado. — Sim. Meu pai costumava trazer músicos para entretenimento, quando acontecia bailes de dança. Quando ele faleceu, devido à doença dele, tentei aprender a tocar.

Olivia sorri, com uma felicidade espontânea e genuína, e pergunta: — Posso ver você tocando?

Viktor assente, caminhando até o mesmo. Ele pega o alaúde em suas mãos habilidosas e começa a dedilhar as cordas com delicadeza. O som suave e melódico enche a biblioteca, envolvendo-os em uma atmosfera romântica. Olivia observa encantada, perdendo-se na música e no olhar cativante de Viktor. Ele toca uma melodia simples, mas cheia de emoção, expressando seus sentimentos de uma maneira que as palavras não conseguem alcançar. Enquanto ele dedilha as cordas, Olivia sente seu coração se encher de ternura e admiração pelo talento musical de Viktor.

Olivia, encantada com a melodia que Viktor produz no alaúde, não pode deixar de expressar sua surpresa e entusiasmo.

— Viktor, você toca maravilhosamente bem! Não sabia que você tinha habilidades musicais tão encantadoras.

Viktor, com um sorriso nos lábios, responde:

— Minha querida Olivia, a música sempre foi uma das formas mais puras de expressar o que vai além das palavras. E há algo especial que eu gostaria de compartilhar com você.

Curiosa, Olivia inclina-se em direção a ele, esperando por suas palavras.

— Há um poeta em particular que capturou a essência do amor e da eternidade. Mihai Eminescu, um dos maiores poetas da Romênia, escreveu um poema intitulado 'Luceafărul' (O Astro). Ele conta a história de um amor impossível entre um astro divino e uma princesa mortal, tocando em temas profundos e apaixonados.

Olivia, emocionada com a possibilidade de compartilhar algo tão significativo, responde.

— Viktor, por favor, recite um trecho desse poema para mim.

Olhando profundamente nos olhos de Olivia, ele recita o verso escolhido com uma voz suave e cheia de emoção.

Te amei, e te amarei para sempre,
Mesmo que a má sorte me atormente,
E mesmo que os inimigos te incitem contra mim,
Para me fazer esquecido por ti.

Olivia, tocada pela intensidade do poema, sente o coração se aquecer com as palavras de Viktor.

— Viktor, suas palavras e sua música são um presente precioso. Eu sinto a profundidade do seu amor em cada verso recitado. Você me mostra que o amor verdadeiro transcende todas as adversidades.

Os dois se envolvem em um abraço, partilhando um momento de pura emoção e conexão.

— Eu cheguei a pensar que nossos sentimentos um pelo o outro eram errados, por você ser um vampiro, e eu, uma bruxa. Mas acredito que temos mais em comum do que qualquer um poderia ver. Obrigada por me mostrar esse seu outro lado. — Olivia admite, inclinando seu rosto para um beijo.

Viktor se esquiva suavemente, dando-lhe um beijo na bochecha que vai descendo até o pescoço. Olivia deixa escapar risos enquanto se curva, sentindo cócegas. Viktor volta a olhar no rosto dela, e fala:

— Ainda há muito para te mostrar. Só quero esperar o sol se pôr. Vou levá-la para um passeio pequeno pela canoa. Vamos pescar nosso jantar, também.

— Vejo que você planejou tudo muito bem! — ela diz entusiasmada, suas mãos estão ao redor do pescoço dele.

— Eu creio que nunca te levei ao pequeno vinhedo que temos. — ele diz, pensativo.

— Não. — ela fala, com certeza.

— Então, vamos! — ele exclama, conduzindo-a pela mão.

Viktor leva Olivia ao pequeno vinhedo localizado no lado sul do castelo. Nesse momento, o sol não está mais no ápice do céu, e o castelo projeta uma sombra que cobre a maior parte da área, criando uma atmosfera íntima, protetora e misteriosa.

Enquanto caminham entre as fileiras de videiras, a luz suave do entardecer banha as nuvens, pintando-as com tons dourados e sombras suaves. O aroma das uvas maduras perfuma o ar, criando uma sensação de serenidade e tranquilidade. Viktor compartilha com Olivia os detalhes sobre o cultivo das uvas e a produção do vinho, destacando a paixão e o cuidado necessários para criar essa bebida especial.

Eles se sentam em um banco rústico, cercados pela beleza da natureza e do vinhedo. Viktor descreve a importância do vinho na cultura e na vida das pessoas. A conversa flui, envolvendo histórias e risadas, à medida que o sol se põe lentamente no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa.

Viktor e Olivia aproveitam o tempo no vinhedo, mas são conscientes de que precisam voltar antes que anoiteça completamente. Eles guardam o vinho para desfrutá-lo mais tarde e Viktor mostra a Olivia o campo de videiras e os barris onde o vinho é armazenado. Ele explica com detalhes, a produção do vinho, a importância desse processo e a exportação que faziam.

Depois de explorar o vinhedo, eles partem para a lagoa em uma romântica aventura de canoa. A canoa desliza suavemente pelas águas calmas, enquanto o céu se transforma em tons de laranja e violeta no horizonte. Viktor maneja habilmente o remo, enquanto Olivia admira a paisagem e a sensação de paz que os envolve.

Viktor sente os raios de sol tocarem sua pele. Embora não seja uma sensação insuportável, ele sente um leve desconforto e sua pele fica avermelhada. Olivia nota a reação dele e fica preocupada, mas ele rapidamente se recupera.

Viktor explica que, como vampiro, a luz solar afeta sua pele, mas devido ao tempo curto em exposição, ele consegue se curar rapidamente.

— Não se preocupe. Não é algo grave e estou acostumado a lidar com essas situações.

Eles encontram um local tranquilo na lagoa, onde a pesca é promissora. Viktor ensina Olivia a pescar e eles passam o tempo juntos, desfrutando da serenidade do ambiente. Enquanto esperam pelos peixes, eles conversam e compartilham histórias íntimas e engraçadas. O tempo parece parar enquanto eles se entregam à magia do momento.

Quando finalmente conseguem pegar peixes suficientes para o jantar, eles os guardam com cuidado, prontos para serem preparados para o jantar. Sentindo-se satisfeitos e alegres com a experiência, os dois desfrutam do caminho de volta ao castelo.

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