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Capítulo 1 - Parte III

Olivia fica parada por um momento, contemplando a desolação do quarto. É um cenário que reflete a solidão e a melancolia que permeiam aquele castelo. Embora esteja ciente de que aquele é o refúgio de um ser noturno, ela sente uma pontada de compaixão em seu coração.

Com um propósito inabalável, ela começa a trabalhar. Pega um pano velho e empoeirado e começa a limpar cada superfície, removendo teias de aranha e resquícios de sujeira. Com a ajuda de sua magia, as cortinas rasgadas são cuidadosamente costuradas, trazendo um ar de renovação ao ambiente. Ela varre o chão, fazendo desaparecer a camada de poeira e resgatando o brilho oculto do piso de madeira.

Com o passar das horas, Olivia transforma aquele quarto sujo em um espaço um pouco mais acolhedor. As flores silvestres mortas no vaso se reerguem com um simples toque de sua mão sob a antiga cômoda, trazendo um toque de cor e frescor ao ambiente. Uma pequena poltrona é arrumada ao lado da janela, oferecendo um lugar para se sentar e apreciar a vista do jardim.

Olivia sente uma sensação de satisfação ao observar o quarto se transformar gradualmente. Mesmo que a escuridão e a solidão ainda estejam presentes, ela consegue trazer um pouco de luz e esperança ao ambiente.

Quando finalmente termina, Olivia dá um passo para trás e observa o quarto com satisfação. Apesar de ainda carregar vestígios do passado sombrio do castelo, agora há um sopro de vida e renovação naquele espaço. É como se um pouco da esperança de Olivia tivesse sido depositada naquele quarto, na esperança de que até mesmo as sombras possam ser afastadas com um pouco de cuidado e atenção.

Enquanto Olivia descansa, envolta em sono profundo, Viktor ousa se aproximar sorrateiramente do quarto da jovem. Sua curiosidade é irresistível, e ele deseja vislumbrar o rosto de Olivia sob a luz do sol que adentra pelas frestas das cortinas. Contudo, a luz o impede de chegar muito perto. Com precaução, ele apenas observa de longe, escondido nas sombras, os traços delicados e serenos do rosto adormecido da moça, iluminados pelos raios solares.

A luz do sol cria um halo protetor ao redor de Olivia, como se ela estivesse resguardada da presença sombria de Viktor. Intrigado e fascinado, ele não pode evitar uma sensação de frustração diante dessa barreira invisível. Ele compreende que Olivia tomou precauções para impedi-lo de se aproximar, afastando-o com a proteção da luz solar.

Dessa forma, Viktor permanece à distância, observando-a com um misto de admiração e resignação. A visão da beleza radiante de Olivia desperta nele sentimentos desconhecidos, mas ainda incipientes. Por enquanto, ele está limitado a observá-la de longe.

Viktor se aproxima do quarto com cautela, curioso para ver o que a jovem fez com o único espaço que permitiu que ela usasse no castelo. Ao explorar o recinto, seus olhos se deparam com uma visão inesperada.

O quarto, que antes era um ambiente negligenciado e sujo, passou por uma transformação. Olivia, com seu toque delicado e cuidadoso, trouxe vida e beleza ao espaço. As paredes empoeiradas agora exibem uma cor suave de rosa pastel, enquanto tecidos finos e cortinas translúcidas emolduram as janelas. As antigas flores que faziam parte daquele quarto foram reanimadas e revividas com a magia de Olivia, e agora adornam a pequena mesa ao lado da cama, exalando um aroma doce e convidativo.

Viktor fica momentaneamente surpreso com a reforma, pois esperava que Olivia mantivesse o quarto em seu estado original, preservando a atmosfera sombria que o envolvia. Ele se sente desolado, como se uma parte do castelo que tanto representava sua melancolia e tormento tivesse sido perdida. Viktor já aprendeu com o tempo a esconder suas emoções, por isso, suas expressões continuam neutras. Contudo, por dentro, ele experimenta uma sensação de tristeza e desorientação, pois a mudança abrupta em seu espaço pessoal o pegou de surpresa e alterou sua sensação de familiaridade com a qual se acostumara.

Contudo, Viktor sabia que não era apropriado repreender Olivia por suas ações. Afinal, ele próprio havia permitido que ela adentrasse aquele espaço, só não lhe autorizou mudar algo nele. Enquanto observava a delicadeza dos detalhes, uma mistura de emoções o invadiu. Ele sentia-se intrigado pela capacidade de Olivia de enxergar beleza onde ele só via escuridão.

No entanto, Viktor decide que não abordaria o assunto imediatamente. Ele esperaria o momento oportuno para expressar suas preocupações e sua relação complexa com a sujeira mórbida que permeava o castelo. Por enquanto, ele permitiria que Olivia desfrutasse de seu trabalho e descansasse tranquilamente, enquanto ele próprio refletia sobre as mudanças que aquela jovem bruxa estava trazendo para sua vida.

Apesar de acordar de um sono pesado, Olivia instantaneamente se sente fatigada. As horas de descanso não foram suficientes para recuperar sua energia, principalmente por causa das molas do colchão velho e desconfortável que a incomodaram durante a noite. A jovem bruxa suspira, percebendo que terá que lidar com o cansaço por mais um dia.

Enquanto se espreguiça na cama, a preocupação logo toma conta de seus pensamentos. A imagem de Ébano, o cavalo negro que a acompanhou em sua fuga, surge em sua mente. Ela teme que Viktor, com sua natureza sombria e imprevisível, possa fazer algum mal ao cavalo. Uma sensação de apreensão a domina, e Olivia deseja fervorosamente que nada tenha acontecido com seu leal companheiro.

Olhando ao redor do quarto que agora emana um certo charme, Olivia percebe que Viktor ainda não está presente, e nota que ainda veste apenas sua camisola fina, lembrando-se de que sua roupa normal está úmida da chuva da noite anterior. Ela se levanta rapidamente, caminha até a poltrona próxima à cama, onde seu vestido descansa, aguardando ser usado novamente. Com cuidado, ela o veste, sentindo a suavidade do tecido em contraste com a rusticidade do castelo abandonado. Está ansiosa para reencontrar Ébano. Ela sai do quarto lentamente, observando os dois lados do corredor e à sua frente. Lembra-se vagamente das direções que havia caminhado ao deixá-lo no estábulo, e tenta recriá-las enquanto anda.

Passando pelos corredores silenciosos, sua mente se divide entre a preocupação com o cavalo e a incerteza sobre o verdadeiro caráter e intenções de Viktor.

O corredor do castelo é longo, estreito e escuro, contendo poucas portas e poucos quadros na parede de tom vinho desbotado. Ao olhar para o lado enquanto caminha, Olivia sente-se entristecida pela natureza-morta que os quadros retratam. 

O coração da bruxa bate ansiosamente em seu peito enquanto se aproxima do estábulo. Ela espera que seu fiel companheiro esteja bem, e que nada tenha acontecido durante a noite. A cada passo em direção ao local, sua esperança e temor se entrelaçam, formando um turbilhão de emoções.

Avançando pelos corredores silenciosos do castelo, Olivia nota o contraste entre a decadência do local e a beleza da natureza ao seu redor. A brisa matinal sopra suavemente, trazendo consigo o aroma fresco das flores silvestres que ela tanto ama cuidar. É uma lembrança constante de que, mesmo em meio à escuridão e à desolação, a natureza ainda oferece sua beleza e energia.

Chegando ao estábulo, Olivia prende a respiração por alguns segundos, com o coração pulsando em seu peito. Ela se permite um breve momento de alívio ao avistar Ébano em seu estábulo, parecendo calmo e seguro. A jovem bruxa se aproxima dele, acaricia seu pelo sedoso e murmura palavras de gratidão por sua lealdade.

Enquanto Olivia se conecta com seu amado cavalo, suas preocupações em relação a Viktor voltam à tona. Ela sabe que ainda há muito a descobrir sobre aquele misterioso vampiro e sobre o castelo que agora chama de lar. Um sentimento de curiosidade e uma vontade de desvendar os segredos do passado pairam em sua mente, impulsionando-a a prosseguir em sua jornada de descobertas.

Olivia está absorta em seus pensamentos junto a Ébano, quando o som de passos interrompe sua concentração. Ela se vira rapidamente e se depara com a figura imponente de Viktor parado na entrada do estábulo. Deduz que Viktor teria adentrado o local por outra porta que se conecta ao castelo. Seus olhares se encontram e um breve momento de tensão paira no ar.

Surpresa por sua chegada repentina, Olivia sente um leve arrepio percorrer sua espinha. Não esperava encontrar Viktor ali naquele momento. Seus olhos analisam o rosto sério do vampiro, tentando decifrar suas intenções.

Viktor permanece em silêncio por um instante, estudando Olivia com seus olhos penetrantes. Seu semblante é indecifrável, uma mistura de curiosidade e algo mais obscuro. Por fim, ele quebra o silêncio, sua voz carregada de um tom enigmático.

— Olivia — diz ele, sua voz grave ecoando no estábulo. — Vejo que você se preocupa profundamente com o bem-estar de Ébano. Isso é algo que admiro.

As palavras de Viktor surpreendem Olivia. Ela não esperava que ele reconhecesse sua dedicação ao cavalo, ou que ao menos soubesse o nome dele. Um misto de curiosidade e desconfiança se mistura em seu coração.

— Como sabe o nome dele? — ela pergunta, em um tom ameaçador, ao mesmo tempo que sua voz parecia falhar.

— Eu acabei te escutando enquanto me aproximava. Tenho super-audição, e isso é involuntário.

Olivia suspira, inconformada com a situação.

— Por que você está aqui, Viktor? — ela pergunta, mantendo um tom cauteloso em sua voz. — O que o traz até o estábulo nesta manhã?

Os olhos de Viktor fixam-se nos dela por um momento antes de ele responder. — Eu vim para observar. Para ver como você cuida de Ébano, como se conecta com a natureza ao seu redor. É raro encontrar alguém com um vínculo tão profundo com os animais e com o ambiente ao redor.

A resposta de Viktor intriga Olivia. Ela não sabe dizer ao certo se isso tinha sido um elogio. Seu coração ainda guarda as incertezas sobre aquele vampiro enigmático, mas a curiosidade começa a despertar em seu interior.

— Você está sempre observando, não é? — ela responde, cautelosamente. — Mas por que você se interessa tanto por minhas ações, por minhas conexões com a natureza?

Viktor sorri levemente, revelando um vislumbre de suas presas. — Talvez eu esteja em busca de algo que perdi há muito tempo. Algo que, mesmo como vampiro, ainda me conecta ao mundo ao meu redor.

Olivia sente uma mistura de fascínio e inquietação. Há algo mais naquele vampiro, algo que desperta sua curiosidade e atração. Ele aparentemente não era impiedoso como as lendas diziam, detestável ou psicopata. Pelo menos, até o momento.

Enquanto os dois permanecem ali, frente a frente, uma aura de mistério e possibilidade paira no ar. Viktor não quer ser mal-compreendido, então começa a falar rapidamente, já que Olivia está tão quieta.

— Você acordou cedo — ele comenta, observando-a cuidadosamente. — Como foi sua noite?

Olivia desvia o olhar por um momento antes de responder, sentindo-se um tanto desconfortável com a pergunta direta de Viktor.

— Foi... Diferente. Tive alguns pesadelos, mas, no geral, consegui descansar um pouco. E você? Como foi a sua noite? — perguntou ela, tentando desviar a atenção de si mesma.

Viktor solta um suspiro, seus olhos fixos em algum ponto distante.

— Minhas noites são sempre turbulentas. A escuridão é minha companheira constante, e a lua é um lembrete amargo do que me torno. Mas isso não importa agora. O que importa é que eu deixei você usar o único cômodo decente deste castelo e esperava que você respeitasse o espaço que lhe foi dado.

Olivia sente-se um pouco desafiada pelas palavras de Viktor, mas não quer criar mais tensão entre eles. Ela se aproxima dele, tentando transmitir calma e compreensão.

— Eu entendo que você tem suas razões para ser cauteloso, Viktor. E quero lhe assegurar que respeito este lugar e tudo o que representa para você. Sei que a reforma do quarto pode ter sido um gesto impulsivo, mas era a única coisa que eu podia fazer para trazer um pouco de luz e vida a este lugar sombrio. Espero que, com o tempo, possamos encontrar um equilíbrio aqui.

Viktor a observa por um momento, sem dizer nada. Seus olhos parecem analisá-la profundamente, como se tentasse decifrar suas intenções.

— Por quanto tempo você deseja ficar nas ruínas deste castelo? — ele pergunta, olhando fixamente para Olivia.

Olivia sente o peso das perguntas de Viktor sobre seus ombros. Ela sabe que era hora de abrir um pouco mais sobre sua história, mesmo que relutante em revelar tudo.

— Eu não tenho um prazo definido, Viktor. Estou fugindo de algo... De um passado que me sufocava. Precisava me libertar, encontrar um novo caminho. Quanto ao tempo... Bem, isso dependerá de muitos fatores. Do que eu encontrar aqui, das respostas que eu conseguir.

Viktor assente, compreendendo a necessidade de Olivia de encontrar seu próprio rumo. Ele olha para a bruxa com curiosidade e preocupação.

— Olivia, você tem alguma noção de quem eu sou? — pergunta ele, sua voz carregada de um tom enigmático.

Olivia hesita por um momento antes de responder, tentando encontrar as palavras certas.

— Eu sei que você é Viktor, o dono deste castelo, e também sei que há um ar de mistério ao seu redor. Mas confesso que ainda não conheço toda a sua história. Acho que temos muito a descobrir um sobre o outro.

Viktor assente, compreendendo sua resposta.

— É verdade, Olivia. Há muitos segredos ocultos neste castelo, assim como em minha própria existência. No entanto, há algo que preciso lhe contar. Nas noites de lua cheia, eu me transformo em uma criatura que não é mais controlada por minha consciência. Sou dominado pelos instintos mais selvagens e perigosos.

Olivia franze a testa, absorvendo a informação.

— Então você quer dizer que se torna um monstro durante a lua cheia?

Viktor assente com tristeza.

— Sim, é uma parte sombria de mim que luta para se libertar. Durante essas noites, é impossível controlar meus atos e não tenho memória do que acontece. Não posso arriscar que você se machuque. Este castelo não é um lugar seguro para você durante a lua cheia.

Olivia compreende a gravidade da situação.

— Entendo, Viktor. Agradeço por me alertar e por sua preocupação. Farei o possível para garantir minha segurança durante esses períodos.

— Olivia, preciso que você compreenda a seriedade da situação — disse Viktor com um olhar preocupado. — A maldição que carrego não é contagiosa, mas representa um perigo para aqueles que se aproximam demais. Muitas bruxas e pessoas que buscaram refúgio em meu castelo encontraram seu fim por minha causa.

Olivia sente um arrepio percorrer sua espinha, compreendendo a magnitude do aviso de Viktor. Ela pondera suas opções e, mesmo assim, pôs-se a dizer quase que brevemente:

— As chances não me parecem ser horríveis. Eu vou ficar mesmo assim. Você ainda não sabe o quão forte eu sou. — disse Olivia, com determinação.

Viktor lança um olhar irritado para ela, seus olhos brilhando com preocupação e advertência.

— Pode ser que você seja forte, Olivia, mas tenha cuidado. Seu cavalo, Ébano, não é imune às ameaças que cercam este lugar. Ele pode não sobreviver a certos perigos que espreitam na escuridão do castelo — disse Viktor, sua voz ecoando com um tom ameaçador.

Olivia sente um arrepio percorrer sua espinha ao ouvir as palavras de Viktor, compreendendo a gravidade da situação. Ela sabe que precisa redobrar sua atenção e proteger não apenas a si mesma, mas também seu amado Ébano.

Eles permanecem em silêncio por um momento, o peso das palavras de Viktor pairando no ar.





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