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— Que inferno! — falo esbravejando ao ver que o nome dele povoava aquele relatório.

Ele era dono de dois galpões aqui, galpões cinco e nove, e se ele for o dono desse... Que Deus tenha piedade da alma dele, que eu não vou ter.

Com o arquivo ainda em minhas mãos eu vou para a entrada do galpão e vejo vermelho por alguns segundos. Um número nove está bem grande na parede frontal. Fecho os olhos e solto uma respiração pesada.

Sinto uma mão no meu ombro e quando abro os olhos, é o Fábio que está ao meu lado.

— Não aguentou ali dentro Tenente?

— Não é isso Fábio, é que... Olha isso — entrego o arquivo para ele, e depois de analisar rapidamente o papel ele arregala os olhos.

— Isso é...

— Sim, esse arquivo mostra que Nicolau Castilho é dono desse galpão. Isso junto com as fitas de segurança devem ser suficientes para colocar ele detrás das grades e nunca mais sair...

— Isso é ótimo Vivian! — vendo que ele estava num ambiente cheio de gente, ele logo se corrige. — Tenente. Mas onde foi que você conseguiu isso?

— Ele que me deu...

— Hã?

— Isso mesmo Fábio, ele me deixou o recado que me levou a essa pasta.

— Mas por que diachos ele deixaria essa pasta aqui para incriminá-lo?

— Isso não faz o menor sentido pra mim...

— Vai ver ele cansou de fazer isso e está nos deixando presentes para deixá-lo preso pelo resto dos seus dias...

— Certo Fábio... — falo cheia de ironia.

— Ah vá, poderia acontecer, pelo menos uma vez, só uma vez pra facilitar o trabalho de todo mundo...

— E então porque ele simplesmente não se entregou Fábio?

— Vai ver ele ainda queria matar uma última vez...

— Você é sinistro Fábio, minha nossa!

— Não sou! Só tento pensar como um psicopata isso é um crime?

— Enquanto você só pensar, tá tudo bem, mas na hora que você querer começar a agir...

Minha cabeça nesse exato momento está prestes a explodir de tanta dor de cabeça. Sinto martelada por martelada na minha cabeça e já não estou no meu melhor.

Tiro o bilhete do bolso e o entrego pro Fábio. Ele já tem os arquivos, então já não tenho mais nada dessa cena do crime. Estou com a cabeça fervilhando de pensamentos e cada suposição que eu fazia era um prego entrando no meu crânio.

— Não dá mais pra mim Fábio, tenho que fechar a conta, minha cabeça está me matando... Nos vemos amanhã.

— Nos vemos amanhã então. Ele pega tudo o que eu tinha entrega à ele e vai para o galpão. Não quero mais pensar nisso hoje. Só quero ir pra casa e dormir um pouco.

Tiro as luvas e as coloco dentro da minha bolsa. Vou direto para meu carro e dou a partida. Dirijo o mais rápido que posso para a minha casa. Não demoro muito e já estou estacionando o carro na minha garagem e abrindo a porta principal.

Sempre gostei de morar em casa, nunca gostei de apartamento, essas coisas de reunião de condomínio, vizinhança, isso não era comigo. Mal parava em casa e tinha a minha privacidade dentro dos meus muros.

Vou me desfazendo das minhas roupas pela casa e antes que eu chegasse ao meu quarto eu já estava completamente nua e me joguei em cima da minha cama.

Peguei um comprimido mais forte para dores de cabeça que eu tinha na minha cabeceira da cama e deixei levar pelos efeitos do remédio.


Acordo com o meu despertador me sentindo bem melhor. A dor de cabeça tinha ido embora e a dor foi embora para dar lugar à clareza.

Não faz o menor sentido Nicolau me entregar aqueles arquivos. O que ele possivelmente poderia ganhar por me deixar por a mão nos arquivos? Exatamente isso Vivian, ele não ganha nada.

A não ser que ela esteja sendo incriminado...

Mas se ele tiver sendo incriminado, porque ele não fala nada? Porque ele está aceitando toda aquela humilhação e acusações, a não ser que... Ele conheça quem está fazendo isso! Ele tenha algum tipo de afeto com o acusado...

Vivian, Vivian, não vamos enlouquecer demais com essas suposições todas... Meu instinto me dizia que eu estava indo na direção certa. Estava tudo muito fácil, alguém queria incriminar o Nicolau, e era muito bom nisso.

Me levanto da cama determinada a ter uma conversa final e séria com o Nicolau. Tomo café e me apronto para um dia de trabalho. Estou tão apressada para falar com o Nicolau que acabo chegando meia hora mais cedo do que deveria.

— Bom dia Tenente — alguns policiais me cumprimentam enquanto eu faço o meu caminho para a minha sala. E depois de deixar minha bolsa lá, vou direto para os fundos, onde se localizavam as pequenas celas que tínhamos na delegacia.

Chegando lá vejo Nicolau deitado num banco improvisado na cela, sozinho. Suas mãos estão livres agora e ele tinha retirado a jaqueta e dormia pesadamente.

Como estou ali sozinha me permito passar alguns segundos o observando dormir. Ele começou a se agitar e começou a repetir o mesmo nome diversas vezes. Erick! Erick! Erick!

Ele gritava em seu sono e pela pequena janela pude ver o brilho suave do suor em sua testa. Ele estava tendo um pesadelo. Pego uma caneta e anoto esse nome na palma da minha mão. Erick. Sei que não é muita coisa, mas esse nome é importante para ele.

— Erick — sua voz agora me parece um pouco mais calma e quando eu olho para ele, Nicolau tem o tronco erguido de sua "cama".

Me escondo atrás da porta e me sinto como uma criança que acabou de ser pega fazendo alguma coisa errada, olhando alguma coisa que não deve. Mas que droga Vivian! Tem que se controlar mulher! Você é dona do seu próprio nariz e não há ninguém aqui para lhe dizer o contrário.

Espero alguns segundos e entro na sala novamente fazendo barulho.

— Vamos acordar senhor Castilho, aqui não é resort de férias...

— Tenente Darela — ele não me olha, continua olhando para a pequena janela, onde passam poucos e escassos raios de Sol.

— Dormiu bem? — perguntei cheia de ironias.

— Acredito que melhor do que merecia — ele fala em um tom triste e uma pequena parte de mim sente pena dele.

— Então senhor Castilho, uma noite aqui preso serviu para o senhor pensar melhor no que fez?

— Tenente, minha noite aqui me serviu para muitas coisas. Pensar principalmente.

— Então já está pronto para nos falar tudo?

— Acredito que o que eu falar vai ser redundante, a senhorita demorou tanto montando o caso, fazendo ele contra mim, que já sou culpado, não importa o que eu faça — ele fala, virando as costas para mim.

— Talvez senhor Castilho, mas talvez eu realmente acredite na sua inocência,

Não consigo ter nenhuma reação sobre ele, pelo menos acho, já que ele está de costas para mim e não vejo seu rosto. Mas que droga! Será que eu estou errada? Sua mão direita está exposta, e vejo seus dedos quase perfurarem sua palma. Não acho que errei, só estou fazendo a abordagem errada.

— Você acredita na minha inocência Tenente? — ele pergunta virando para mim.

— Não senhor Castilho, eu acredito que o senhor sabe quem está por trás de tudo, o que torna o senhor um cúmplice.

Seus olhos arregalaram por meio segundo. Bingo! Ele era inocente até certo ponto. Só quero ver até onde... Ele desviou seu olhar do meu. Ótimo, ele está nervoso. Tenho que continuar pressionando. Vou conseguir extrair as informações dele.

— Você não tem certeza. Você não me conhece.

—Se você sabe quem está por trás disso e está levando a culpa por ele. Você o conhece, você deve querer muito bem essa pessoa...

— Suposições Tenente Darela... Eu não tenho ninguém — as palavras dele me doem e eu não sei ao certo o motivo.

Talvez por me identificar com a solidão dele. Ele perdeu os pais cedo na juventude. Mal tinha completado dezoito anos e já os perdeu. Sem qualquer outra família para o acolher. Somente um irmão, mas ele o perdeu também. Eu era sozinha por opção, e ele por opção do destino.

— Pensei que pudesse ajudá-lo Nicolau, mas pelo visto, o senhor não quer minha ajuda...

Passos fortes ecoam pelo corredor e paramos de falar. Nicolau tinha a boca aberta, mas desistiu de suas palavras. Os passos vão se aproximando e o Coronel Barroso aparece. Demonstro meu respeito e ele me manda descansar.

— Coronel Barroso — falo em saudação.

— Tenente Darela — ele fala com sua voz baixa. — Como está o nosso prisioneiro? Falante?

— Não tanto quanto eu gostaria senhor — me sentia incomodada em falar sobre ele, com Nicolau estando tão próximos à nós.

— Bom trabalho em encontrar aquele juiz Darela, mas temo que não poderemos mantê-lo aqui por muito mais tempo sem mais provas...

— Coronel, estamos providenciando imagens dele perto da última cena do crime. E o crime ocorreu mais uma vez nas suas propriedades.

— Entendo. Pois agilize isso Darela, não quero deixar um homem culpado solto nas ruas, livre.

— Sim senhor!

— Os cidadãos de Capella estão contando com isso Darela, não os decepcione. As pessoas querem voltar a andar pelas ruas tranquilas.

— Pode contar comigo senhor.

— E não poupe tanto os recursos, o prefeito está no meu pé para que tudo seja esclarecido.

— Sim senhor.

Tento não expor a minha frustração com tudo aquilo. Quero muito resolver esse caso para que um pouco de paz volte por aqui. Não faço isso pela fama, não faço isso por glória, faço porque está no meu sangue. Mas não posso mentir e dizer que fico feliz vendo o Coronel o recolher os frutos do meu trabalho duro enquanto fica atrás de uma mesa.

Mas o que eu posso fazer? Ele é o Coronel...

— Ele não é o tipo de pessoa que põe a mão na massa não é? — Nicolau fala me alertando e eu descubro que já estamos sozinhos ali novamente. Ele tem seus braços apoiados nas grades.

— Não é do seu calibre isso.

— Me desculpe Tenente, mas não pude deixar de observar a cena aqui na minha frente. Você me parece ser uma pessoa boa...

— Fácil de falar isso se você está detrás das grades.

 — Não! Eu falo sério, já conheci muitas pessoas e você é diferente. Algo bom dentro de você.

— Certo — não faço ideia de onde ele quer ir com essas palavras e não confio muito em mim em escutá-las, então decido ir. Preciso pensar nos meus próximos passos.

— Espere — ele fala segurando o meu braço. Sinto o que parece ser uma corrente elétrica passar pelo meu corpo. Me assusto com aquilo e olho diretamente para o nosso contato. — Desculpe. Passei dos limites — ele fala, soltando o meu braço.

— O que quer Nicolau?

— Você estava falando sério quando disse que queria me ajudar?


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