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A cada dia que passava, mais eu ficava enfurecida com o "prefeito". O que mais me tirava do eixo era o jeito que ele pagava de bom moço nos pronunciamentos, que agora eram frequentes, que ele fazia na cidade.

Era um ultraje o modo como ele tinha cortado metade da nossa força e ainda sim usava mais da metade dos policiais para fazer a sua segurança nesses pronunciamentos. Ele aumentou a sua segurança pessoal também.

Também não era para menos. Estávamos nos desdobrando para conseguir controlar uma onda de crimes que começou a atingir a cidade. E com o pessoal que tínhamos no momento não era nem perto do necessário para conseguir atender toda a população.

O difícil era ver a população ficar amedrontada enquanto ele desfrutava da sua segurança paga com o dinheiro público. Eu sabia que era errado? Sabia. Eu tinha como provar? Não.

Eu tenho que admitir que o filho da mãe é bem cuidadoso com as finanças da cidade, não consegui encontrar nada de errado com o nosso balanço. E não foi por falta de procura. Era frustrante estar de mãos atadas.

Eu só não estava mais enfurecida porque estava conseguindo esquivar de todas as tentativas que ele estava fazendo para cessar a investigação do nosso assassino em série. Contei com muita ajuda do Coronel. Não só o Coronel, mas eu acabei estreitando os laços com muitos policiais ali.

Foi uma merda quando tivemos que demitir todos aqueles policiais. Eles sabiam que a culpa não era minha, mas o sentimento ruim ainda estava lá. A delegacia estava tão vazia...

Estávamos nos aproximando do nosso ponto de ruptura. Estávamos cansados, os turnos que foram estendidos estavam drenando todas as nossas forças. Toda a tensão estava sendo acumulada em cima dos nossos ombros.

A população começava a exigir mais de nós e sem termos para quem correr, ficamos ali, aceitando as críticas ao nosso trabalho. Não há como negar, mas o que a população não conseguia ver é que não tínhamos como nos duplicar, ou até mesmo triplicar para conseguirmos estar em todos os locais.

Estava sentada na minha cadeira confortável e finalmente consegui zerar a pilha de burocracia que eu tinha em cima da minha mesa. Tudo se acumulou rápido demais quando eu resolvi dar uma forcinha em alguns trabalhos de campo. Não me arrependo de ter ido, mas só queria depois que alguém me ajudasse com tudo isso.

Arquivar aquilo seria um verdadeiro pé no saco.

– Boa noite mandona – Nicolau anuncia entrando na minha sala trazendo um copo alto cheio de café super cheiroso. Fecho os olhos e tomo uma grande respiração, soltando o ar junto com um gemido de aprovação.

– O que trazes você aqui hoje?

– Pensei que você pudesse aproveitar um pouco de café enquanto cai de cabeça no trabalho. Cafeína faz maravilhas para o estado de espírito.

– Isso eu não posso negar. Passa essa beleza pra cá – estendo o meu braço pra pegar o copo, mas ele é mais rápido e usa o meu movimento para me abraçar e me roubar um beijo.

– Pronto. O café está pago – ele sorri e me entrega o copo quente de café. – Quero que você leve isso do melhor modo possível, mas você está com uma cara horrível.

– Obrigada – sorrio para ele e eu sei que deve ser verdade. Estou exausta. O abraço e permaneço um bom tempo daquele jeito.

– Acho que chegou alguma coisa no fax – Nicolau aponta para o aparelho em minha mesa e eu aceito. Mas o papel que saiu dali fez o meu sangue ferver.

– Filho da puta! – xingo e aperto as minhas mãos. Mais um monte de palavrões saem da minha boca e é isso. Estou no meu limite.

– O que aconteceu Viv?

– Aquele escroto asqueroso pensa que pode fazer isso comigo? – amasso a folha de papel em minhas mãos.

– Vivian. Fale comigo – Nicolau pede e eu solto um suspiro frustrado.

– O prefeito, acabou de emitir uma ordem para que eu me afaste. Até parece que eu vou fazer isso. Deve ser somente um truque.

– Posso dar uma olhada?

– Claro – entrego o papel amassado para ele e começo a andar sem direção pela minha sala. – Isso deve ser alguma coisa para me desequilibrar, ou algum truque sujo dele.

Mas quando eu olho para o Nicolau, vejo que pela cara que ele está fazendo tem algo mais.

– Creio que isso seja mais do que uma ameaça vazia. Esse documento é oficial. Você está afastada.

– Não acredito – caio para trás, sentando em minha cadeira.

– É...

– Eu vou tirar essa história à limpo – fico de pé determinada. Mas Nicolau já está com a minha bolsa em suas mãos. – Onde você vai com isso?

– Eu dirijo.

– Não precisa.

– O caralho que eu vou deixar você dirigir nesse estado. Você vem comigo. E fim de história.

Não há como se discutir com ele. Então aceito a carona e ele me leva até a prefeitura. Sabia que esse escroto ia estar aqui por isso nem me dei o trabalho de perguntar. Nicolau estaciona o carro e até que se oferece para ir comigo.

Mas eu ia fazer aquilo sozinha.

Não vi uma alma viva na prefeitura. Também pudera. Já se passou muito do horário comercial. O carro dele está lá fora. Não há ninguém na mesa em que a sua secretária costuma ficar. A luz estava ligada e dava para sentir a movimentação ali dentro.

Entro mais uma vez naquela maldita sala dele. Só quero acabar logo com isso para ir logo embora. Ele não podia fazer isso... Não dando tempo de ninguém me ver entrando, me apresso a abrir logo a porta.

Bato na porta antes de entrar e fico indignada quando a sua sala está tomada em fumaça de cigarro. Na realidade não era cigarros, eram charutos, o cheiro era bem específico. Não suporto quem fuma. Principalmente em ambientes fechados. Será que ele não se toca?

Nem peço a sua permissão quando me dirijo a janela e as abro. Uma lufada de ar fresco da noite entra e eu me sinto um pouco melhor.

– Você. Estava lhe esperando – ele fala soltando fumaça pelo nariz e boca e afastando o charuto da boca. – Sente-se – eu o faço.

– Você não tem autoridade de fazer isso...

– Não tenho? Você está enganada. Eu te disse que eu arrumaria uma forma de te tirar do seu lugar. Você iria acatar as minhas ordens.

– Isso não é está certo. Essa ordem de afastamento é completamente infundada!

– Claro que não é... Você não leu os motivos que eu escrevi na sua ordem de afastamento?

– Li, mas eles não são verdadeiros!

– Mas você leu o começo, certamente não? Não é um simples pedido de afastamento Vivian. É uma ordem.

– Como foi que você conseguiu isso?

– Não sei o motivo de lhe dar satisfações. Mas muita gente quer ter o prefeito devendo um favor à elas...

– Você é muito baixo.

– Não. Cada um joga com o baralho que acabou na mão. Eu tinha essa carta. Seria uma vergonha se eu não a usasse.

– E o que você acha que eu farei quando eu voltar?

– Você está bem otimista se acha que vai voltar a trabalhar na delegacia enquanto eu ainda for prefeito – ele solta uma gargalhada. E isso me faz ficar bem puta.

– Não vou descansar enquanto eu não voltar e te tirar daqui – estou no limite, com um pé no penhasco de perder a calma.

– Vai ser bem divertido te ver tentar.

– Quer saber senhor prefeito? – minha paciência estava maluca pra encher a cara de pau dele de porrada. – Eu estou fora! Fora dessa presepada que você está armando! Não quero fazer parte disso! Eu lavo as minhas mãos! Não quero entrar nesse jogo sujo.

Fico de pé de uma vez, que a cadeira nova roda atrás de mim e cai com um baque forte no chão. Não ia suportar permanecer muito mais tempo ali dentro.

– Você não sabe o que está fazendo.

– Pra ser sincera, acho que nunca tive mais certeza do eu estou fazendo. E quem não sabe como administrar o que tem é você senhor prefeito!

– Dobre a sua língua para falar comigo! – ele também fica de pé, e eleva alguns tons de voz.

– Aí é que está o ponto. Eu não preciso mais! – mantenho o mesmo nível de voz, não quero mostrar o quanto ele me irrita.

– Se você pensa que eu darei para você alguma carta de recomendação, você está muito enganada! E não pense que vai trabalhar em nenhuma delegacia na região, você não vai conseguir nada! Está me ouvindo bem? Nada!

– Ainda não sou surda senhor prefeito. Não me finjo de cega e surda para não ver o que está acontecendo na cidade!

– Isso é um ultraje!

– Ultraje é o que você está planejando, mas não tem problema, vou dar um jeito de descobrir, e tudo o que estiver ao meu alcance para pará-lo eu vou fazer!

– Eu quero só ver você tentar! Eu quero saber é com quais recursos você pensa que pode usar. Você não tem mais o suporte da polícia, nem mais dinheiro para se sustentar...

Quem disse que eu não tenho dinheiro? Eu tenho uma conta poupança com um valor bem significativo. Sei que os meus gastos aumentaram consideravelmente depois que a minha irmã veio morar comigo, mas ainda sim poderíamos viver uns bons meses, até mesmo um bom ano, com o dinheiro que eu tenho guardado.

Tenho como conseguir empréstimos, um novo trabalho que não seja relacionado à polícia. E outra, eu ainda sempre posso pedir ajuda aos meus pais. Sei que eles não vão me deixar na mão. Ele estava pisando no calo da pessoa errada.

– Veremos se eu não possuo recursos.

Viro de costas e me sinto um pouco melhor de poder trocar essas palavras ácidas sem me preocupar com nada.

– E pensar que eu gostava tanto de você, a tinha em um status bom...

– Não brinque com a minha inteligência assim prefeito. Você nunca me suportou.

– Não estou falando nesse sentido... – o tom sedutor de sua voz me deu nojo.

– Você é um escroto! – controlei a vontade de rachar a cara dele no meio. – Enfie as cartas de recomendação, essa demissão, e grande embolo que essa cidade vai virar, bem no meio do seu rabo! Logo a cidade vai ver a porcaria de homem que você é e tenho fé que vão tirá-lo desse pedestal que você está subindo.

– A cidade está onde eu sempre quis... Você não vai conseguir virá-los contra mim.

A cara de pau dele me impressiona. Não querendo perder a compostura, mas a minha educação já tinha colocado as suas luvas de combate e estava pronta para socar.

– Vai se foder! Você é um sujeito desprezível. Eu vou descobrir o que você está tramando, mesmo que isso seja a última coisa que eu faça...

– Olha as palavras que saem da sua boca... Cuidado para elas não virarem verdade.

– Isso é uma ameaça? – ergo uma sobrancelha, espantada com a frieza em suas palavras.

– Longe disso, é só um aviso amigável.

Um arrepio corre na minha espinha. Eu já tinha lido isso antes. Bile sobe em minha garganta e me controlo para não vomitar ali na sua frente.

Por trás dessa sua fachada nojenta e podre, tinha um lado perigoso. Um lado perigoso que poderia explodir na minha cara, ou pior, na cara das pessoas que eu amo se eu não tivesse cuidado o suficiente.

Com um olhar decidido me viro e saio o mais rápido que eu consigo. Não seria uma simples coincidência, aquela escolha de palavras... Difícil esquecer da carta que está debaixo do meu travesseiro.

Tinha recebido o aviso para ficar de fora, mas se esse escroto tiver relacionado, eu não poderia simplesmente dar as costas. Ele vai se ver comigo. E com a justiça.


Eita gente!!! Que agora foi muito tiro porrada e bomba! Vivian saiu da polícia? Não aguentou a pressão? Ou foram as emoções dela que tomaram de conta e ela ainda vai se arrepender dessa escolha? Bem, se arrependendo ou não, está feito!

E sim, desculpem a falta de capítulo sexta feira. Foi uma loucura, tive que reescrever o capítulo para postar, não sei onde diachos se meteu o arquivo que já estava feito e revisado... Mas enfim, acredito que ainda está valendo.

E aí, o que acharam? Beijos e até o próximo capítulo ;**

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