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O Pedro me mostra onde é que nós vamos sentar e fico um pouco desconfortável ao ver o quão próxima eu estou do palco. Mas como eu ia fazer parte da cerimônia, achei que deveria ser necessário mesmo...

A mesa é muito bem servida com bebidas e comidas. Um monte de pessoas vieram falar comigo. Me parabenizando, me agradecendo, um monte de coisas, mas depois de um certo tempo, comecei a agir no automático.

Até que eu precisei de um tempo.

Pedi licença a todos na mesa e disse que precisava ir para o banheiro e praticamente corri para fora do salão. Não fazia a menor ideia de onde era o banheiro, e nem precisava ir na realidade, só queria ouvir o silêncio.

Consegui encontrar um corredor afastado e sem ninguém. Duas grandes janelas de vidro iluminavam o corredor com a luz da lua. Um par de cortinas vermelhas cobria cerca de um quarto da janela e se estendia um pouco no chão.

O cheiro dele vem antes que eu consiga escutar o barulho de passos no corredor. Não me dou o trabalho de virar. Eu sabia exatamente quem era.

– Tenente – a voz do Nicolau firme, bem atrás de mim.

– Nicolau – fecho os olhos e tento não inspirar tão lentamente, tão descaradamente. Ainda não me conformo com a maneira que me comporto perto dele...

– O que faz aqui sozinha? Não deveria estar lá no meio do salão sendo cumprimentada pelos serviços prestados?

– Não acho que posso apertar a mão de alguém por uns bons minutos... Acho que não me restou muita escolha a não ser me esconder um pouco – ainda estou de costas para ele.

– Mas acredito que isso não vai durar muito tempo, sua ausência logo, logo vai ser notada. Afinal, boa parte dessa festa é para você...

– É, eu sei – me viro para encará-lo e a presença dele me afeta. Muito.

Seu smoking ajustado ao corpo. Seu cabelo arrumado. Sua barba feita. Sua mão grande segurando um copo de uísque. Todo aquele potencial muito bem apresentável. Era um belo exemplar de Homem, isso mesmo, com 'h' maiúsculo.

– E eu pensando que não tinha como você ficar mais bela Vivian... Aí você me aparece com esse vestido e... – ele me olha da cabeça aos pés, com calma, quase como se estivesse decorando cada pedaço que via. – Você está belíssima.

– Você também... – mas isso ele já deveria saber. – Mas o que faz aqui? Você não deveria estar no salão, socializando com alguém?

– Oh não! Por Deus não! Não suporto metade das pessoas que estão ali naquele salão.

– Então você também veio se esconder por aqui?

– Culpado – ele diz e toma um gole da sua bebida. – Percebi que foi uma péssima escolha de palavras... – rimos e ficamos encarando por alguns momentos a janela de vidro. A noite estava bonita e estrelada. – Não são todos os dias que conseguimos ver as estrelas por aqui não é?

– Sim... E até quando elas estão aqui, parece que não prestamos atenção nelas... – me viro para encará-lo e ele está olhando pensativo para as estrelas. – E como foi a sua viagem?

Ele nem tem a oportunidade de me responder. Passos e risadas altas no corredor nos chamam atenção. Não entendi o motivo, mas Nicolau me puxa e me esconde detrás da cortina vermelha, entre a parede e o corpo imenso dele. E coloca delicadamente o dedo sob meus lábios, me fazendo parar de falar.

Só observo quando o prefeito passa por nós, segurando a mão da sua mulher. Pelas risadinhas nada discretas da primeira dama, poderia já quase adivinhar o que eles iam fazer. Eles somem de vista, mas ainda conseguimos escutar os risos dela.

– Será que agora você vai me explicar o motivo de estarmos escondidos atrás dessa cortina? – falo baixo, assim que tenho a certeza que estamos sozinhos novamente no corredor.

– Se eu dissesse que foi apenas uma desculpa para te ter contra a parede você acreditaria? – não consigo ver seus olhos para saber se ele estava falando a verdade.

– Não... – eu não acreditaria nisso... Acreditaria?

– Você tem certeza? – ele apoia sua mão livre na parede, logo do lado da minha cabeça, e se aproxima um pouco, seu nariz quase encostando no meu.

– Sim eu tenho... – eu tenho certeza do quê mesmo?

Aperto as minhas coxas com as minhas mãos antes que elas fizessem alguma besteira, como se embaralhar no cabelo do Nicolau e trazer a boca dele para a minha.

– Tenente? – alguma voz fala no corredor, mas não nota nossa presença ali detrás da cortina. O chamado acontece mais algumas vezes e o Nicolau não afasta nenhum centímetro de mim. Seu olhar banhado pela luz da lua era sem sombra de dúvidas um convite para o pecado.

Minhas mãos já saíram das minhas coxas com um endereço certo quando ele fala.

– Acho que deveríamos voltar, passamos muito tempo nos escondendo – sua voz é firme.

– Deveríamos – mas nenhum de nós ousou a se mover.

Nossas respirações se combinaram e nossos olhares falavam mais que nossas bocas. A mão dele que estava na parede vai para o meu rosto e ele traça o contorno dele com a ponta de seus dedos, eles tocam de leve minha boca.

Então ele quebra o contato visual. Fecha os olhos com força e vira o rosto para o lado. Solta um suspiro e então se afasta de vez de mim.

– Mas que merda! – ele resmunga e toma a minha mão.

Voltamos para o salão principal. Mas que merda era que tinha acabado de acontecer? E antes que eu conseguisse processar qualquer coisa Nicolau vem mexer mais uma vez com o meu juízo.

– Depois conversamos... – e se afasta de mim. Vi de longe que ele vira de uma vez o seu copo de uísque.

Vou diretamente para a minha mesa. Eu preciso me sentar. Para a minha sorte, a mesa estava vazia então eu não precisaria me preocupar em ser simpática com ninguém. E para coroar ainda mais a sorte, um garçom passa do meu lado com a bandeja cheia de álcool.

Nem sei o que era aquilo, mas peguei dois copos e virei bem rapidamente. Não sei ao certo ainda o que pensar. E mais uns três copos desses provavelmente eu também nem queria pensar...

Mas se eu tomasse demais, ia acabar participando de algum vexame mais tarde, e eu ainda teria que dar um pequeno discurso quando fosse receber a minha homenagem. E eu tenho que estar sóbria para fazer um mínimo de sentido.

Corro o olhar por todo o ambiente e vejo Nicolau um pouco afastado, conversando com dois rapazes e tomando o seu uísque numa velocidade bem absurda. Não quero ficar obsecada pensando naquele momento. Aconteceu, acabou, agora vou me focar em coisas mais importantes.

Algumas pessoas perceberam que eu tinha voltado e vieram falar comigo. Apertei a mão de mais alguns, agradeci a outros. Estava um pouco inquieta, mas estava dando o meu melhor para que ninguém percebesse.

Vejo Pedro acenando de longe para mim. Ele está do lado do pai. Assim que me vê, cochicha alguma coisa para o pai e aponta em minha direção. E em questão de segundos o meu "chefe" vem marchando até a mim.

– Que tal uma dança com o seu superior? – o Coronel estende a sua mão para mim. Mesmo contra a minha vontade, eu vou com ele.

Muitos olhares estão virados na nossa direção por conta do homem ao meu lado. Vejo um misto de medo e admiração. Sem a menor sombra de dúvida, o Coronel Barroso era um homem respeitado naquela cidade.

Sua mão segura a minha com uma força que eu julguei um pouco desnecessária. Minha mão livre repousou no ombro dele. A mão livre do Coronel vai para a minha cintura e ele me puxa para perto. Perto até demais.

– Você está linda cara Vivian – ele fala bem perto do meu rosto. Uísque puro.

Tenho que lutar com o meu desejo de arregalar os olhos e acabar com aquela dança. Ele está perto demais, não gosto nada, nada disso. Tento não ser mal educada, afinal, ele ainda é o meu superior e bem mais influente do que eu. Arqueio um pouco as costas para trás. Dou um sorriso amarelo e viro o meu rosto o mais distante que consigo dele.

Sua mão está firme na minha cintura e ele só afrouxa para me girar algumas vezes. Tenho que admitir, mesmo ele tendo bebido um pouco demais, ainda era um excelente dançarino.

– Então como vão as coisas na delegacia Vivian? Conseguiu mais alguma coisa do corpo do jovem que foi encontrado na sua casa? – ele foi jogado por cima do muro, mas não fazia muito sentido corrigi-lo.

– Não conseguimos encontrar nenhuma ligação entre aquele homem e os assassinatos na cidade... Parece que foi um crime aleatório – também não poderia informar a ele que a única possível ligação que teríamos entre os crimes era a carta que tinham deixado para mim. Mas não confiaria essa informação com o Coronel. As vidas de duas pessoas muito importantes para mim estavam em risco.

– Entendo... E os recursos das investigações estão suportando?

– Ah sim, estamos dando o nosso melhor com os recursos. Acho que vamos suportar bem até a arrecadação de fundos...

– Você é uma mulher muito inteligente Vivian. Uma das melhores coisas que aconteceram nessa cidade...

– Obrigada Coronel. Essas palavras significam muito vindas de uma pessoa como o senhor...

– Oh, nada disso de Senhor hoje... Hoje eu sou apenas um colega de trabalho... Um colega de trabalho bem acompanhado – sua mão desce pela minha coluna e chega assustadoramente perto da minha bunda. – Vejo como muitas mulheres daqui te olham com inveja. Do mulherão que você é...

Isso estava mesmo acontecendo? Se o Coronel se aproximar mais meio milímetro da minha bunda eu juro que não me importo dele ser o meu superior, o olho dele vai ficar bem roxo e bem dolorido...

Olho discretamente e fico petrificada com a posição da mão dele. Alguns olhares mais curiosos já nos olhavam e alguns mais ousados começavam a cochichar as nossas custas. Merda! Não trabalhei tão duro para ter a minha reputação estragada por uma mão boba! A música tinha dado uma pausa e ele não tinha me largado! Continuava a se mover.

Sinto um toque suave no meu ombro e paro imediatamente de dançar. Nicolau estava ali e com o seu sorriso mais cordial.

– Boa noite Coronel Barroso. Tenente Darela – ele nos cumprimenta com um gesto de cabeça. – Será que eu posso ter o prazer da dança agora com a Tenente?

– Claro – o Coronel falou com um sorriso fraco e foi um verdadeiro alívio quando ele retirou a mão das minhas costas. Impressão minha ou o ele estava um pouco desapontado? Ele se afasta de nós.

– Aceita a dança? – Nicolau me estende a mão e pisca de leve um olho.

Ponho minha mão sobre a dele e não nos afastamos muito dali. As mãos do Nicolau são bem mais ásperas do que as do Coronel, mas pareciam bem mais suaves de encontro com as minhas. E a posição que elas estavam eram bem mais respeitosas, mas eu me sentia muito mais invadida com o Nicolau, mais exposta...

– Sinto que eu atrapalhei os planos dele... – ele fala baixo no meu ouvido e tenho que morder o interior da minha bochecha para não rir alto. É, parece que o nosso momento ou seja lá o que tenha sido aquela troca de olhares na cortina tinha ficado guardado num lugar distante.

– Planos de quê? Passar o resto da noite com um bloco de gelo no olho? Não... Acho que você acabou fazendo um favor para ele...

– Você teria coragem de dar um soco nele? – ele afasta um pouco para poder analisar o meu rosto melhor.

– Se ele puxasse a mão mais alguns centímetros abaixo e você não tivesse aparecido, eu não responderia por mim...

– Vou tomar isso como um aviso Tenente. Minhas mãos não vão descer nem meio milímetro daqui... – ele gira o seu polegar nas minhas costas e eu tenho que controlar um suspiro de frustração. Não sei o que faria se o Nicolau tivesse uma mão boba, mas queria que ele tentasse.

– Ainda bem que você sabe como evitar ficar com um olho roxo – falo sorrindo, tentando fazer uma piada.

– Vivian, eu tenho que conversar com você... O assunto é um tanto quanto delicado. Eu posso ir lhe deixar em casa depois que você receber o seu prêmio?

– Acredito que não há problema... Isso é, se ninguém nos ver saindo juntos.

– Pode deixar que nisso eu dou um jeito. Sou um especialista, ninguém vai te ver saindo comigo...

– Então quer dizer que você é especialista em mover corpos sem que ninguém perceba...

– E parece que você é especialista em distorcer as palavras das pessoas não é? – ele me gira e me puxa de volta para ele tão rápido que eu até fico um pouco tonta.

– Longe de mim Nicolau... E eu tenho que dizer, você é um excelente dançarino...

– Tive algumas aulas quando comecei a aparecer em eventos assim... Você sabe como é embaraçoso o anfitrião de um baile não dançar? Tenho que admitir que parecia que eu estava levando um choque quando eu começava a dançar...

– O que eu não daria para ver essa cena... – ri imaginando um Nicolau mais novo e desengonçado na dança. Claro que foi bem difícil. Já que eu o conheci agora, e ele no atual momento é uma figura bem segura, dono de si.

– Acredite em mim, você não quer ver isso...

– Agora que você me falou, fiquei curiosa, quero saber como deveria ser a sua versão mais jovem, mais desengonçada...

– Você não perdeu muita coisa... – ele ri e me rodopia mais uma vez.

– Duvido muito... Devo estar perdendo umas boas risadas...

– Mas você não está com um ótimo humor? – ele brinca e me olha por alguns segundos. Aqueles malditos olhos ainda iam me colocar em apuros... – Prefiro quando você está de bom humor – ele diz para quebrar o silêncio.

– Eu também gosto do meu bom humor – tive vontade de encostar a minha cabeça no peito dele e me deixar levar pela música, mas preferi não.

A música acabou e Nicolau agradece a dança com um beijo respeitoso no topo da minha mão. Depois como se fosse um gesto muito natural para ele, se aproxima do meu ouvido e fala baixo.

– Eu venho pegar você mais tarde. Depois do seu prêmio.

Não sou somente eu que gosto de jogar com palavras não é Nicolau? Me recomponho rapidamente e saio rapidamente dali. Antes que mais alguém queira dançar comigo...


Boa tarde leitores! Como vocês estão? Espero que bem...

Atrasinho de um dia, vocês me perdoam não é? ;D

E esse momento com o Nicolau? Vocês também vão precisar de alguns momentos para assimilar tudo? Eu sei que eu sim... E o baile até agora, tudo indo bem não é? Veremos se irá continuar assim...

E o que será que o Nicolau tem para falar com a nossa Tenente? A noite ainda é uma criança... Ainda dá tempo de acontecer muita, mas MUITA coisa...

E por hoje é só pessoal. Até a próxima sexta ;**

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