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Puta merda, sério mesmo que tinham jogado um corpo no quintal da tenente da cidade?

Os barulhos de pneu cantando do outro lado do muro eram inconfundíveis. Me aproximei o mais rápido e com cautela do corpo, o rosto estava virado para o outro lado. Não havia o menor movimento no corpo. Mesmo assim, o corpo não sai da minha mira.

Passei uns bons dois minutos olhando para o tronco sem se mexer. Se o jogaram aqui, e o cara ainda tivesse vivo ele teria dado qualquer sinal de vida. Olhei para as suas roupas e estavam rasgadas e manchadas de sangue. Mas o sangue já estava seco.

Não havia sinal de mais sangue devido ao impacto dele ao chão. Duas cerâmicas tinham rachado e um vaso com uma samambaia estava caído aos pés dele. O vaso ficava em cima de uma pequena mesa de madeira perto da piscina, a mesa estava intacta, mas o vaso estava estraçalhado e tinha deixado um monte de terra espalhado. Ele já deveria estar morto quando o jogaram sobre muro. As feridas pareciam recentes, e eram mais cortes do que eu poderia contar a priori.

Coloquei os dedos em seu pescoço somente para confirmar que ele não tinha mais pulsação. Essa roupa, não me era estranha...

Viro um pouco o rosto do homem e ele cheirava a gasolina, mas antes que eu pudesse ver os eu rosto eu já lembrava onde eu tinha visto aquela roupa. Tinha estado na minha casa ontem.

Ivan.

Puta que pariu.

Fico alarmada quando escuto minha irmã gritando por mim na cozinha.

- Viv? Está tubo bem por aí? Escutei uns barulhos meio estranhos, posso ir aí?

- NÃO! - desespero me corrói. Sei que ela não estava toda amores com o Ivan, mas ainda sim não tem uma maneira legal de dizer que o pai dos filhos dela está morto. Morto e jogado no meu quintal.

Fecho os olho com força e aperto o começo do meu nariz com o meu polegar e o indicador. Estou abaixada na grama e somente me inclino um pouco para trás, sentando no chão.

Respiro fundo algumas vezes e procuro nos bolsos do meu robe, procurando meu celular, vou ligar para a delegacia e informar. Solto uma lufada de ar quando no encontro e é quase como se eu conseguisse visualiza-lo na bancada da cozinha, ao lado do meu prato.

Vou voltar e tentar tranquilizar a Vanessa e pegar o meu telefone. Mas de jeito nenhum eu quero que ela veja tudo isso.

- Vanessa, fica aí! - grito, mas ela já está na porta de casa, com os olhos arregalados.

- Ele está morto não está?

- Vanessa, por favor, não se aproxima, não quero que você veja esse corpo - fico de pé, tentando cobrir a maior parte do corpo. Não que eu ache que a Vanessa vai conseguir distinguir o rosto do Ivan dessa distância e desse jeito, mas mesmo assim...

- Ele está morto não está? - ela repete a pergunta e vejo a distância os joelhos dela falhando e o corpo dela se encostando na porta.

Merda, sabia que ela não ia ficar bem olhando para o Ivan.

Me aproximo dela. Demoro a entender o motivo pelo qual a minha irmã tinha os olhos cheios de lágrimas. A mão direita cobre a sua boca e treme consideravelmente. Quando a sua mão esquerda desceu para a sua barriga foi quando a minha ficha caiu.

Ela ligou os pontos. Vanessa já sabe que aquele homem no nosso quintal é o Ivan.

- Vanessa eu... - coloco minha mão sobre a dela que repousada trêmula sobre a barriga. O que dizer nesse momento?

Eu não sabia o que dizer para ela ontem quando ele apareceu, imagine agora que ele não está mais entre nós? Só deixei minha mão sobre a de Vanessa e tentei falar sem palavras que eu estaria aqui do lado dela.

- É ele não é Viv? É o pai do meu filho não é? - ela pergunta quando a primeira lágrima desce pelos seus olhos.

Fecho os olhos sem conseguir encarar a dor da minha irmã tão crua assim e somente concordo com a cabeça. E é então que eu sinto os braços dela me rodeando e seu peito tremer com o seu choro.

A abraço apertado. É tudo o que eu posso fazer no momento. Quer dizer, tem mais uma coisa, eu posso tentar... Começo a cantarolar a música que a Van tanto amava quando era criança. O efeito não é imediato, mas é atingido.

Sua respiração acalma. Seu corpo para de tremer gradualmente. Logo ela só está chorosa e triste.

Me assusto ao escutar as sirenes da polícia. Fico sem saber como foi que eles chegaram aqui já que eu não tinha ligado. A campainha da minha casa toca.

- Eu liguei quando eu vi que era uma pessoa Vivian - minha irmã fala, lendo a minha mente, me explicando.

- Você vai ficar bem aqui Vanessa? Eu vou só abrir a porta, tudo bem?

- Claro. Vai lá mana. Eu não me moveria agora nem se eu quisesse - ela fala com seus olhos sem brilho. Fico de pé e vejo a minha irmã esconder o rosto com as mãos.

Uma viatura estacionada e um par de policiais estão na minha porta. Eu libero a passagem e os dois entram na minha casa. Indico o local onde tudo aconteceu e digo que num minuto me juntarei com eles.

Volto para onde a minha irmã está sentada no chão e estendo a minha mão para que ela possa levantar. Levo a minha irmã para se trocar e me visto também. Daqui a pouco a casa vai ter mais alguns policiais e detetives e não quero ficar de pijama por aí.

Devidamente vestida, eu e minha irmã voltamos para o quintal. Eu a deixo afastada do local, de modo que eu tive a certeza que ela não veria o corpo. Explico a situação para os policiais e um deles vai fazer algumas perguntas para a minha irmã onde ela está.

Logo o restante da equipe chega e meu quintal está cheio de policiais e a minha vizinhança também está por perto a fim de saber o que está acontecendo. Respondo tudo o mais explicado possível, e sempre de olho na Vanessa.

A primeira hora da manhã passa rápido e eu ligo para o Coronel para o colocar a par dessa situação. Não quero que ele pense que eu estou fazendo corpo mole. Até estranhei quando ele disse que eu poderia tirar o dia de folga, que ele cuidaria dos meus assuntos. Nem discuti. Queria ficar com a minha irmã.

- Viv - a voz da minha irmã é fraca e sinto meu peito apertar. Viro rapidamente para ela e meu olhar é atraído pelo sangue em suas mãos.

- O que aconteceu Vanessa? - percorro os dois metros que nos separam e gelo ao ver o medo nos olhos da minha irmã.

- Não sei. Tem alguma coisa errada - sua voz é trêmula, assim como o seu corpo e seu olhar vai para o chão, assim como o meu. Arregalo os olhos ao ver uma mancha de sangue entre as suas pernas.

- Vamos para o hospital. Agora. Fica calma Vanessa, pode ser normal. Você fica sentadinha aqui por enquanto, tudo bem? - seguro a mão da minha irmã e aceno a cadeira da piscina para que ela possa sentar.

A ambulância ainda não tinha chegado e eu não quero esperar. Já tinha falado a maior parte da história, e eu tenho plena consciência que eu não deveria sair daqui agora, mas a saúde da minha irmã e do meu sobrinho eram mais importantes nesse minuto.

O policial com quem eu estava falando quer seguir o protocolo e quer me impedir de sair. Odeio ter que usar a minha patente para conseguir o que eu queria, mas sei que em situações assim, tempo é crucial.

O oficial parecia que já sabia quem eu era, e continuou insistindo para que eu permanecesse ali.

- O caralho que eu não vou com a minha irmã para o hospital - agora era só o que me faltava. Se eu não fosse pro hospital com a Vanessa naquele momento eu era capaz até de... Não quero nem pensar nisso. Sei que estava faltando com o respeito com um colega de profissão, mas não ligava.

- Mas a Tenente tem que...

- O que eu tenho que fazer nesse segundo é entrar no meu carro e ir direto ao hospital, se quiser você vem comigo, mas não vou perder mais nem meio segundo enquanto a minha irmã está assim. Você está me entendendo? - vi quando o policial engoliu em seco e acenou com a cabeça. - Eu lido com as consequências disso, entendido? - ele pareceu um pouco mais aliviado.

Peço pra Vanessa entrar no carro e corro para dentro de casa para pegar as chaves. Piso fundo e fiquei feliz pelas ruas ainda estarem relativamente vazias e eu ter um carro veloz. Vejo o medo instalado nos olhos da minha irmã.

Estaciono na frente de qualquer jeito e praticamente forcei a minha irmã para dentro do hospital. Mal passo pela porta, começo a gritar como uma louca para que alguém atenda a minha irmã.

Um enfermeiro chega e me pergunta o que aconteceu. Sem muita demora Vanessa já está em cima de uma maca e sendo levada para dentro dos corredores. Acompanho sempre de perto, mas em algum momento no meio do caminho, um enfermeiro me para e pede que eu espere por notícias ali.

Sei que é procedimento, então procuro qualquer lugar longe do movimento de pessoas e abaixo a cabeça. Só o que eu posso fazer nesse momento é rezar. Em algum momento da manhã um policial vem até o hospital pegar o restante dos detalhes do acontecido.

Ele me informou que o corpo já tinha sido removido e que agora o legista iria informar a hora da morte, motivo e mais alguns exames toxicológicos. O oficial é tão prestativo que se ofereceu para ficar ali, se eu quisesse ir em casa, me trocar, ou algo do gênero.

Agradeço, mas recuso. Não irei sair dali enquanto não ver a minha irmã, ou pelo menos alguma notícia dela.

Começo a ficar preocupada, afinal faz um bom tempo que eu já estou aqui. Começo a colocar na minha cabeça que se fosse alguma notícia ruim, eu já teria recebido. Olho ao meu redor e vejo o mesmo sentimento estampado no rosto de cada pessoa sentada aqui.

A porta se abre algumas vezes e ouço alguns sobrenomes sendo chamados. Algumas pessoas se enchendo de alívio e outras numa tristeza profunda. Não sei em qual categoria que eu vou me encaixar. A dúvida está me corroendo.

- Vanessa Darela? - escutar o nome da minha irmã me faz ficar imediatamente de pé e encarar o médico com o olhar cansado.

- Sim, eu sou irmã dela, Vivian.

- Olá, me chamo Leonardo Cunha e eu fui o médico responsável pelo tratamento da sua irmã...

- Bom dia Doutor. Por favor, pode ser direto comigo. Como está a minha irmã? E o meu sobrinho?

- Boas notícias Vivian. Os dois estão bem. Podem acontecer sangramentos nos primeiros meses de gestação, principalmente se a gestante passar por situações de estresse. A pressão de sua irmã baixou demais, ela passou por alguma situação esses dias?

- Sim Dr. Cunha, infelizmente ela passou por uma situação traumatizante ontem e hoje.

- Entendo... Eu recomendo que ela passe uns dois dias aqui no hospital, somente por precaução e depois disso, é com você Vivian, manter a sua irmã calma, a gestação dela não é de risco, mas todo cuidado é pouco...

- Claro. Obrigada pela atenção...

- Se eu puder aconselhar você, sua irmã ainda vai demorar algumas horas para ser transferida para um quarto e ser liberada a visitação. Tempo mais do que suficiente para você ir até a sua casa, e se trocar, comer alguma coisa, preparar uma malinha com umas mudas de roupas...

- É, acho que vou fazer isso mesmo...

Vou pra casa imensamente aliviada. Eles ficariam bem. Graças a Deus.

Ao chegar em casa percebo que está tudo limpo. Não há sinal de sangue, terra ou algo do tipo. Somente as duas cerâmicas rachadas e uma samambaia a menos são os indícios de diferença que se há para notar.

Não sei o motivo, mas vou até a caixa de correio para ver a se tenho alguma correspondência. Um envelope pardo. Sem remetente, sem destinatário. Estranho.

Dentro havia somente uma folha da mesma cor do envelope. E poucas linhas escritas à mão com tinta preta.

"Cara Tenente Vivian Darela. Não sei o que o Ivan compartilhou com você. Se você não sabe quem somos, ótimo! Continuará assim. Se você sabe quem somos, trate de esquecer. Não nos procure, não investigue, nada de bisbilhotar por aí. Não somos ninguém. E você é alguém. Com pessoas queridas. Pessoas que podem morrer ou pior. Esse é somente um aviso cordial. Temos olhos por muitos lugares. Não seremos uma ameaça se você for."

Leio mais umas duas vezes aquele bilhete.

Não sei o que fazer com ele no momento. Tudo o que tenho na minha mente agora é a recuperação total da minha irmã e do meu sobrinho. Fecho então o envelope e o coloco debaixo do meu travesseiro.

Com as chaves do meu carro em mãos, volto para o hospital.


Boa noite pessoal. Sei que era para sair mais cedo, mas como ainda é sexta feira acredito que ainda esteja valendo.... kkkkkkkkk

Espero que tenham gostado ^^ Próxima sexta eu volto com mais. Beijos e até ;**

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