Capítulo 15
Setembro chegou com uma notícia que ninguém estava esperando: Sam iria ser coroada naquele mês, mais precisamente, dali há dois dias.
A vó de Sam conversou com algumas pessoas, às convencendo de que, como Sam já havia completado seus 18 anos, e estava com as notas excelentes na escola, não tinha o porquê esperar mais.
Sam estava se sentindo pressionada e muito ansiosa. Não estava esperando que sua coroação fosse adiada, ela pensava que poderia, pelo menos, terminar o ano letivo sendo uma aluna normal - um eufemismo de sua parte, já que, ela nunca fora uma aluna normal. O que sua vó tinha na cabeça?
Sam foi tirada de seus pensamentos quando a diretora Privet adentrou a sala de aula, juntamente com a vó de Sam, fazendo todas as garotas se calarem.
- Bom dia, alunas. - A diretora cumprimentou-as com um sorriso. - Eu tenho um aviso empolgante para lhes dar.
Ela indicou a vó de Sam com um gesto de mão.
- Graças a generosidade da Sra. Anuntrakul, o jantar desta noite vai ser a chance de vocês de provarem um pouco de seu futuro. Nossa aula de boas maneiras será no palácio.
As alunas se surpreenderam, menos Sam, que já sabia daquele aula especial. Seu olhar foi para Mon, que sussurrava animadamente com Jim.
De repente, uma ideia surgiu em sua mente, então Sam sorriu.
- Para se prepararem para este evento, vocês serão dispensadas de suas aulas e terão um maravilhoso dia no Spa! - A diretora anunciou, deixando as garotas ainda mais animadas.
Todas começaram à se levantar quando a diretora as repreendeu.
- Relaxem, moças. Eu estou falando das suas aulas à tarde; vocês ainda vão ter aula agora de manhã. Sentem-se. - A diretora explicou, rindo quando as garotas reclamaram e voltaram à se sentar. - Agora irei deixar elas com a senhora. Até mais tarde.
A vó de Sam e as alunas se despediram da diretora, que logo saiu pela porta e a aula começou.
- Vou corrigir os trabalhos que eu passei na semana passada. - A senhora anunciou. - Nita, recolha os trabalhos e os deixe aqui na minha mesa.
Nita se levantou com seu trabalho em mãos, e começou a recolher os trabalhos das outras alunas. Então se aproximou da mesa da professora e os estendeu para ela.
- Preciso de um favor, fique depois da aula. - A vó de Sam sussurrou, não levantando a cabeça para falar com Nita.
Nita também não respondeu, apenas deixou os trabalhos serem pegos e voltou para sua classe.
[...]
- Falem a coisa que vocês mais querem ver no palácio. Mon, você primeiro. - Jim pediu. As três estavam dentro de uma hidromassagem com água quente, relaxando e usando máscaras faciais.
- Eu nunca pensei no palácio. - Mon admitiu. - Mas a Yuki iria ficar louca; quero me lembrar de tudo para contar para ela depois.
Jim assentiu e as duas olharam para Tee, fazendo a mesma pergunta apenas com o olhar.
- Eu gostaria de saber mais sobre a família real, o que aconteceu com ela. - Tee disse. - Eles são tão misteriosos. Talvez, no castelo, tenha alguma pista sobre eles.
- Tee e suas teorias da conspiração. - Jim revirou os olhos, xingando quando Tee jogou água nela, molhando seu cabelo. - Eu quero saber mais sobre a coroa mágica de Bangkok.
- Eu lembro de você ter falado sobre ela no início do ano. - Mon comentou. - Que história é essa?
- A Jim fala e fala das minhas teorias, mas ela também adora uma boa lenda. - Tee provocou, lançando um beijo no ar para Jim, que lhe deu um olhar irritado.
- Dizem que a coroa se ilumina na cabeça da verdadeira herdeira de Bangkok à põe na cabeça. - Jim começou à contar, com excitação. - Ela se iluminou na cabeça da rainha Isabela, mas nunca mais se iluminou depois.
- Claro que não, ninguém foi coroada depois dela. - Mon pontuou, recebendo uma expressão chocada de Jim e uma gargalhada de Tee.
- Mon, eu vou te afogar. - Jim ameaçou, fazendo uma expressão chateada.
- Ah, desculpa, Jim. Não queria estragar sua lenda. - Mon pediu, estendendo os braços para Jim e a abraçando.
- Você é chata. - Jim resmungou, mas abraçou Mon de volta.
As duas ouviram uma tosse atrás dela, olharam para trás e se separaram com o olhar assassino de Sam em cima delas. Mon se desvencilhou do abraço na mesma hora, percebendo que estava se agarrando à Jim, estando completamente nua. Aquilo não era uma boa visão para Sam.
- O-oi, Sam. - Jim cumprimentou, engolindo em seco.
- O que vocês estão fazendo? - Sam perguntou, em um tom seco.
- A gente estava conversando sobre as coisas que gostaríamos de ver no castelo. - Tee explicou.
- E o que a Mon quer ver? A Jim nua? - Sam perguntou.
- Sam! - Kade, que estava ao seu lado, repreendeu-a com um tapa no braço.
- Sam, você sabe que eu tenho namorado, não é? - Jim lembrou. - Se quiser, pode pegar meu celular e ver que, a tela de bloqueio, é uma foto nossa.
- Não precisa desse ciúmes, Sam. Só estávamos brincando. - Mon disse, olhando para Sam irritada. - Eu não faço esse teatro todo quando Nita fica se agarrando em você, e ela é sua ex!
Mon ficou de costas para Sam, cruzando os braços e sustentando uma expressão irritada. Os ciúmes de Sam não tinham sentido, e aquilo deixava Mon chateada. Ela não confiava em si?
As outras garotas puderam ver Sam se arrepender no momento em que Mon brigou consigo, fazendo uma expressão de cachorrinho sendo repreendido pelo dono ao fazer alguma besteira.
Sam, rapidamente, se ajoelhou ao lado da hidromassagem, não se importando com o olhar das outras garotas, e pegou na mão de Mon, que a olhou, ainda com irritação.
- Desculpa. - Sam pediu, deixando um beijo na palma da mão molhada de Mon.
Mon continuou à olhando irritada, então Sam se aproximou e deixou um selinho nos lábios dela. Mon tentou, mas não conseguiu, logo havia perdoado Sam e a puxava para outro selinho.
- Vocês são tão fofas! - Jim reclamou. - Até me deu saudade do Phum.
- E eu fiquei com saudade do Kirk. - Kade lamentou.
- Vocês vão ver eles daqui há dois dias, na coroação. - Tee lembrou. - E, pelo menos, vocês duas tem alguém. Eu sou a única solteira do grupo. É revoltante que, em uma escola cheia de garotas, só tenha nós de sáficas. Tirando você, Kade.
- Tem a Nita. - Kade lembrou, e todas riram quando Tee fez careta.
- Valeu, prefiro ficar solteira. - Tee disse.
- A gente tá indo se vestir. Nos encontramos na porta para irmos juntas? - Sam sugeriu, vendo Mon assentir. - Ok, até mais tarde.
As duas se despediram com mais um selinho, então Sam se levantou e saiu do spa juntamente com Kade.
- Eu shippo você e a Nita. - Jim provocou.
- Vai cagar. - Tee mostrou a língua.
[...]
Depois de terminarem seu banho no spa, as três colocaram seus roupões de banho e foram em direção ao quarto delas. Jim foi a primeira a entrar, soltando um grito.
Mon e Tee entraram logo atrás. Seus olhos se arregalaram quando viram seus uniformes, ou, o que havia sobrado deles. Eles haviam sido picotados e jogados pelo quarto delas.
- Mas, o que aconteceu aqui! - Mon se aproximou e pegou os farrapos de seu uniforme. - Quem fez isso?
As três olharam para a porta, que havia sido fechada com violência, mas não tinha nenhuma janela aberta. Em seguida, elas ouviram um barulho baixo vindo dela.
Tee se aproximou da porta e tentou a abrir, mas falhou. Elas tinham sido trancadas pelo lado de fora.
Tee socou a porta.
- Abre aqui! Abre, sua desgraçada! - Tee ordenou, se aproximando para ouvir algo do lado de fora, para apenas ouvir o barulho de passos se afastando cada vez mais. - Droga, ela foi embora.
- Vocês conseguiram ver quem foi? - Jim perguntou, vendo as outras duas negar.
Mon, Tee e Jim foram até suas cômodas, procurando as chaves da porta do quarto que cada uma tinha, mas não as encontraram.
- Estamos presas, não vamos conseguir sair! - Jim disse, apavorada.
- O problema não é não conseguirmos sair. - Tee disse. - O problema são os nossos uniformes! Mesmo que saíssemos do quarto, não poderíamos assistir a aula, pois temos que assistir à todas as aulas de uniforme, sem excessões. O código de vestimenta não pode ser ignorado, ainda mais em uma aula tão especial quanto uma aula de boas maneiras, no palácio real!
- Se não aparecermos, reprovamos. E, se aparecermos, mas sem uniforme, reprovamos. - Mon comentou consigo mesma, ganhando o olhar assustado das duas amigas. - Não podemos reprovar agora, estamos quase lá.
- Mas o que vamos fazer? - Tee perguntou, ela parecia tão desolada quanto Jim.
Mon foi até sua cômoda, rezando para que seu celular também estivesse ali. Ela respirou aliviada quando o encontrou.
Enquanto isso, Sam e Kade estavam na porta do castelo, esperando as outras garotas para irem juntas. Na frente delas havia uma carruagem, que as levaria para o Grand Palace.
- Olá, baby. Estava me esperando? - Nita apareceu de repente, assustando Sam.
- Da onde você surgiu? - Kade perguntou.
- Vamos, amor? - Nita segurou a mão de Sam, ignorando Kade e a puxando em direção à carruagem.
- Me solta, Nita. Estamos esperando a Mon, a Tee e a Jim. - Sam explicou.
- Elas já estão lá. - Nita comentou, vendo Sam e Kade levantarem a sobrancelha. - É verdade, sua vó me mandou mensagem dizendo que só falta nós três.
- Desde quando você tem o número da minha vó? - Sam perguntou, vendo Nita sorrir.
- Sua vó me adora, Sam. Ela finalmente percebeu que não adianta nos separar, pois nosso amor é mais forte que o preconceito dela.
Kade franziu a testa enquanto Sam suspirava. Quando Nita iria entender que elas tinham terminado definitivamente?
- Então, vamos. Você não quer dar um mau exemplo pras outras garotas, não é? A futura rainha chegando atrasada, não pega bem. - Nita comentou.
Sam não respondeu, apenas se soltou da mão de Nita e subiu na carruagem, assim como Kade e, por fim, Nita.
A carruagem começou a andar, e as três ficaram em completo silêncio.
Quando estavam quase ultrapassado os portões, o celular de Sam tocou.
- Oi. - Sam disse ao atender a ligação.
- Sam, venha pro meu quarto, nós estamos presas aqui e o nosso uniforme foi todo picotado! - Mon explicou tudo rapidamente.
- Sam! Onde você vai? - Nita perguntou, quando Sam mandou a carruagem parar e desceu dela.
- Pode seguir o caminho. - Sam ordenou para o cocheiro.
- Sam... - Nita se calou quando recebeu um olhar cheio de ódio de Sam.
- Eu sei que foi você, Nita. - Sam revelou, fazendo Nita engolir em seco. - Depois nos resolvemos.
A carruagem seguiu caminho e Nita se encolheu em seu lugar, sob o olhar de Kade, que ouvira Mon falar pelo telefone.
Sam correu de volta para o castelo, até os dormitórios. Chegou ao quarto de Mon e bateu na porta.
- Mon! Sou eu! - Sam anunciou.
- Sam! Por favor, diga que você tem uma chave mestra. - Mon pediu, recebendo o silêncio de Sam. - Droga.
- Espera. - Sam pediu.
Ela caminhou até a porta do lado, a abrindo com facilidade, já que não estava trancada. Sam agradeceu pelas garotas que dormiam ali se sentirem seguras o suficiente para deixar o quarto destrancado.
Sam foi até a janela do quarto e a abriu, saindo na pequena sacada.
Sam chamou as garotas, que foram até a sacada do quarto delas. Havia um pequeno espaço entre as duas sacadas, que elas conseguiram pular entre elas sem problema. Logo estavam todas no corredor. Elas já não usavam mais seus roupões de banho, e sim, roupas normais.
- Muito obrigada, Sam. - Mon agradeceu, dando um abraço na namorada, que não retribuiu. Mon estranhou. - O que aconteceu?
- Nita. - Sam respondeu. - Foi ela quem picotou seus uniformes e trancou vocês no quarto.
- Como você sabe que foi ela? - Mon perguntou.
- Porque eu conheço ela, e sei do que ela é capaz. - Sam disse.
- O ciúmes dela é doentio. - Tee comentou.
- Acho bom você resolver as coisas de uma vez com ela, Sam. - Mon sentenciou. - Eu não vou continuar com você, se tiver uma ex maluca atrás de ti. Entre o nosso namoro, ou eu, obviamente, eu vou me escolher. Essa é a primeira, e última vez que ela vai me atacar desse jeito.
- Não se preocupe, Mon. Eu vou resolver. - Sam garantiu.
- Ok. Mas o que faremos agora? - Jim perguntou, apontando para ela e, depois, para as amigas. - Ainda não resolvemos a questão dos uniformes. A gente não pode assistir a aula sem eles.
- Na verdade, podem, sim. - Sam disse, com um sorriso malicioso nos lábios. - Eu tive uma ideia.
[...]
A vó de Sam sorriu ao ver a carruagem se aproximar do castelo.
Quando a carruagem parou em frente ao castelo, o cocheiro abriu e Nita e Kade desceram.
- Onde está Sam? - A senhora perguntou, olhando para Nita com um olhar mortal. A garota se encolheu.
- Sra. Anuntrakul, a Nita fez algo horrivel! - Kade disse, apontando para Nita. - Ela picotou os uniformes de Mon, Tee e Jim e as prendeu no quarto delas!
- Eu não me lembro de ter perguntando à você sobre a Kornkamon, Kade. - A vó de Sam respondeu, grosseira, surpreendendo Kade. - Eu perguntei: onde está a Sam?
- E-ela ficou na escola, para buscar as outras. - Nita respondeu.
- Kade, pode entrar. - A senhora mandou. - Eu vou repreender Nita pelo que ela fez. E, por favor, não conte à ninguém. Não quero um escândalo próximo do dia da coroação da minha neta.
- Tudo bem. - Kade assentiu, entrando no castelo. Estava aliviada por saber que Nita seria punida pelo que tinha feito.
- M-me desculpe, vó. - Nita pediu apressadamente. - E-eu fiz tudo que a senhora mandou, mas eu acabei me esquecendo de pegar os celulares delas. E-então a Mon ligou para Sam, e...
- Você é uma completa inútil. - A senhora começou a dizer, vendo Nita abaixar a cabeça e olhar para os próprios pés. - Como você espera ter minha benção, se não consegue cumprir uma simples ordem?
- E-eu prometo que vou conseguir da próxima vez. Não vou decepciona-la. - Nita garantiu.
- Só irei te dar mais uma chance, Nita. - Ela avisou, recebendo um assentir e um agradecimento de Nita. - Agora entre.
Nita adentrou o castelo e não demorou muito para que uma limosine estacionasse na frente do castelo. O motorista desceu do carro e foi até a parte de trás, abriu a porta e por ela saiu Sam, Mon, Tee e Jim. Nenhuma delas estavam usando uniformes.
- O que significa isso? Por que vocês três não estão usando uniforme? - A senhora perguntou.
- A senhora sabe muito bem. - Sam disse, fazendo o corpo da senhora travar. - Nita fez isso. A Kade lhe contou.
- Oh.. - A vó de Sam se segurou para não demonstrar estar aliviada. - Sim, claro.
- E, para ter certeza que elas iriam assistir a aula, eu também vim sem uniforme. - Sam disse, com um sorriso de lado. - Tudo bem, vovó?
A senhora teve que engolir todo o ódio que estava sentindo, e permitiu que as quatro entrassem no castelo.
As garotas entraram no castelo e Mon se admirou com o interior do Grande Palace.
- Bem vinda à minha humilde casa. - Sam brincou, vendo Mon rir. - O que achou?
- Até que da pro gasto. - Mon respondeu.
Elas se aproximaram do resto das alunas, que estavam prestando atenção no que a diretora Privet falava.
- Atenção, por favor. Bem-vindas ao The Grand Palace. - A diretora saudou. - Como brinde especial, vocês terão algum tempo antes do jantar para explorar o primeiro andar do castelo. Aproveitem!
- Mon, venha comigo. - Sam pediu, segurando o pulso da namorada e a puxando na direção contrária à que as outras alunas estavam indo.
- Onde nós vamos? - Mon perguntou.
- Deixe elas explorarem o primeiro andar. - Sam disse. - Eu vou te mostrar o resto do castelo.
[...]
- Uau! - Mon exclamou.
Sam à tinha levado para os andares superiores do castelo, aberto uma janela e as duas saírem para uma sacada. Estava escurecendo e Mon teve a linda vista do pôr do sol.
- Você me mostrou o pôr do sol no seu mundo aquele dia, queria te mostrar o meu. - Sam explicou.
- É lindo. - Mon comentou, sentindo Sam à abraçar por trás. Mon fechou os olhos e aproveitou o abraço quentinho e a brisa gelada de início de noite tocando seu rosto.
Sam deitou a cabeça no ombro de Mon, também aproveitando a vista. Ela sentia um leve peso no bolso da calça que usava: ali estava uma pequena caixa onde continha as duas pulseiras que ela comprou na feira perto da casa de Mon.
Ela ainda não havia dado o presente para Mon, estava esperando o momento certo. E ele havia chegado.
- Mon. - Sam separou o abraço e fez Mon virar de frente para ela. - Eu queria te dar algo.
- Quero. - Mon disse, com um sorriso malicioso. Sam riu e deu um tapinha no ombro de Mon.
- Depois você diz que não é uma pervertida. - Sam revirou os olhos, fazendo Mon rir. - Eu só queria te dizer algumas coisas.
- O que?
- Eu só queria, sabe, te agradecer por ter entrado na minha vida. - Sam respondeu, olhando apaixonadamente para Mon. - Graças à você, eu me tornei uma pessoa melhor; me fez querer ajudar meu povo, fazer a diferença. E, graças à você, eu me senti amada novamente.
Mon sorriu com aquela confissão, levando sua mão até o rosto de Sam e fazendo um carinho em sua bochecha.
- Eu também quero te agradecer por entrar na minha vida, e me ajudar com a escola. Graças à você, eu aguentei tudo até aqui e consegui dar uma vida melhor às pessoas que eu amo. - Mon devolveu, deixando um selinho nos lábios de Sam. - Eu quero ficar com você pra sempre.
- Pra sempre? - Sam repetiu, vendo Mon assentir. A mão de Sam foi até o bolso de sua calça, para a caixinha com as pulseiras. - Eu quero te perguntar uma coisa...
- Pode perguntar. - Mon disse, se afastando de Sam com um sorriso maroto. - Mas, primeiro, vai ter que me pegar.
Sam à olhou confusa, mas riu quando Mon se virou e começou a correr. Sam correu atrás dela.
Pelos corredores do grande castelo, podia se ouvir as risadas e o barulho de corrida das duas.
- Mon, para! Eu não consigo te acompanhar! - Sam gritou, ofegante, perdendo aos poucos o ritmo da corrida.
- Você é uma sedentária, Sam! - Mon devolveu, sua voz cada vez mais longe.
Sam parou de correr e começou a recuperar a respiração. Ela era, realmente, sedentária. Ela precisava praticar exercícios imediatamente.
- Mon? - Sam chamou depois que sua respiração voltou ao normal, começando a andar na direção que pensou ter visto Mon seguir, mas não a achou. - Mon!
Sam andou por mais alguns corredores, procurando Mon.
O Grand Palace era grande, Mon poderia se perder, e isso preocupou Sam.
De repente, algo tapou seus olhos: eram duas mãos. Sam sorriu e segurou-as.
- Achei que você tinha se perdido. - Sam comentou, retirando as mãos de seus olhos e se virando para trás, pronta para beijar a garota atrás de si.
Mas ela se afastou bruscamente quando viu que, quem estava atrás de si, era Nita.
- Oi, amor. - Nita saudou, com um sorriso. - Estava me procurando?
- Nita, você não tem vergonha na cara? - Sam perguntou, ficando irritada imediatamente. - Você tem a cara de pau de vir conversar comigo, sabendo que eu estou brava com você, pelo que fez com Mon!
- Por que você se importa tanto com ela? - Nita perguntou, abrindo um sorriso debochado. - Vocês são namoradas, por acaso?
- Exatamente isso! - Sam respondeu, cansada de Nita ficar em cima dela. Precisava para-la, antes que ela fizesse algo que deixaria Mon irritada o suficiente para terminar com ela. - Mon e eu estamos namorando, e não interessa o que você, ou minha vó, ou qualquer pessoa diga: quando eu for coroada, depois de amanhã, eu vou assumir Mon para todo o país!
Nita riu de forma desacreditada.
- Você está confusa, Sam. Você não gosta da Mon, ela foi só um desafio pra você; uma fase difícil em um jogo. - Nita dizia com certeza na voz. - Mas tudo bem. Eu vou deixar você brincar um pouquinho mais com ela, até você perceber que, na verdade, você gosta de mim.
- Você está louca. - Sam murmurou.
Nita não respondeu, apenas deu as costas para Sam e começou à andar.
Sam também se virou, pronta para recomeçar sua busca por Mon, mas sua atenção foi voltada para Nita novamente, que ria alto.
- Ok, eu entendo sua obsessão pela Mon, mas ter um quadro dela no castelo já é demais. - Nita comentou.
- O que? - Sam se virou, vendo Nita olhar para um quadro pendurado na parede.
Sam se aproximou e, quando seus olhos se prenderam no quadro que Nita olhava, Sam se surpreendeu.
Era um quadro de Mon!
Sam se assustou. Finalmente, depois de tantos meses com aquela incógnita na cabeça, percebeu de onde reconhecerá o rosto de Mon. Se lembrou de todas as vezes, durante toda sua vida, passara por aquele corredor e admirava o quadro, mas nunca o dando muita importância.
Sam se aproximou do quadro, lendo a pequena descrição que havia debaixo dele.
- Rainha Isabela Armstrong, no seu aniversário de 18 anos.
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