Capítulo 12
Sam e Mon andavam pelas ruas pobres do bairro de Mon. Sam olhava para todos os lados, tentando capturar tudo à sua volta. Era a primeira vez que saía das dependências da escola e do castelo para passear pelas ruas da cidade, e não para ir à festas dos amigos de sua vó, ou à viagens internacionais diplomáticas; era a primeira vez que tinha um contato direto com o povo que comandaria durante os próximos anos de sua vida.
Quando chegou na pequena e humilde casa de Mon, foi recebida com muito carinho e umas cerimônias um tanto quanto exageradas, às quais deixara Sam envergonhada. Phon, Aou e Yuki tratavam-na como da realeza - não que ela não fosse -, como se fosse um tipo de boneca de porcelana, que quebraria à qualquer momento. E isso era o que Sam menos queria. Mon e ela estavam quase namorando, não queria ser tratada como a futura rainha, e sim, como nora do casal e cunhada de Yuki.
Ah, Sam havia adorado conhecer Yuki, a irmãzinha de Mon. Afinal, se não fosse por ela, Mon não teria sido sorteada, ela não teria ido para a escola, e Sam nunca à teria conhecido.
E, por estar imensamente feliz com o feito de Yuki, uma semana antes de as férias de julho começarem, Sam mandou que seus subordinados comprassem presentes para a família de Mon. Não queria chegar na casa, que à acolheria por duas semanas, de mãos fazias. Sem dizer que, queria agradar eles, fazer com que eles tivessem uma boa primeira impressão sua - o que não era necessário, mas Sam não queria arriscar.
Depois de se acomodarem no quarto, e Mon ser paparicada com beijos e abraços apertados de sua família, com Sam assistindo tudo com um sorriso no rosto, feliz por ver que Mon era muito amada por eles, Phon pediu à Mon que fosse até a feira comprar algumas coisas para o jantar. Mon aceitou e Sam se ofereceu para acompanha-lá.
E é agora que nos encontramos. Sam e Mon andavam pelas barracas da feira que ficava à algumas quadras da casa de Mon. Eram barracas de todos os tipos: roupas, acessórios de cozinha, bijuterias, comidas, bebidas, entre outros. Um forte cheiro de fritura no ar, gritos de homens e mulheres vendendo seus produtos, risadas de crianças que corriam atrás de suas mães, bicicletas que por pouco não as atropelaram, mas que Mon desviava com extrema mestria.
Era um mundo totalmente diferente do de Sam.
Havia muita gente e todos cumprimentavam Mon, com beijos e abraços. Ela era muito querida por todos ali.
E o melhor de tudo, na perspectiva de Sam: ninguém parecia reconhece-lá, ou eram educadas demais para incomoda-lá para para-lá e pedir fotos, ou um autógrafo. Ou Sam que se achava demais. Ela não era uma celebridade, não tinha porquê quisessem tirar fotos consigo.
Mon fez as compras que a mãe pedira, e, agora, ria da cara de Sam, que se ofereceu para levar as sacolas. O problema, era que estavam pesadas de mais.
- Do que você tá rindo? - Sam perguntou.
- Quer ajuda aí? - Mon ofereceu, rindo ainda mais quanto Sam negou a ajuda.
- Não precisa. Eu consigo. - Sam garantiu, embora falasse com dificuldade.
Mon negou com a cabeça, achando fofo aquela teimosia de Sam.
Mas, no momento seguinte, Sam se arrependeu de não ter entregado as sacolas para Mon; assim, ela não teria se jogado nos braços de um garoto que se surgiu do nada: Nop.
Nop segurou a cintura de Mon e à sustentou no ar, dando um giro com ela em seu colo, enquanto Sam quase morria com o peso das sacolas em seus braços, que estavam começando à ficar com marcas vermelhas na região dos pulsos.
Sam fingiu uma tosse quando os dois demoraram mais que o necessário naquele abraço, fazendo os dois se soltarem e Mon à olhar com um sorriso, como se não estivesse se agarrando com Nop na sua frente.
- Mon, eu tava com tanta saudade de você, pequena. - Nop disse, se virando para Sam e sorrindo para ela. - Olá, vossa majestade.
Sam estreitou os olhos, não sabendo dizer se Nop estava sendo educado, ou debochando de sua posição.
- Eu também estava com muita saudade de você.. E do Sinn. - Mon completou, depois de receber uma encarada monstruosa de Sam. - Aliás, como ele está?
- Ele está bem, super feliz que você voltou. - Nop respondeu, desviando os olhos para Sam. - Tudo bem aí? Quer ajuda?
- Não precisa. Eu consigo. - Sam garantiu, com cara de poucos amigos.
- Sam não está acostumada à carregar peso. - Mon explicou, com um sorriso divertido. - Normalmente, são seus empregados que carregam suas compras. Pobre menina rica.
Os dois riram, enquanto Sam ficava cada vez mais irritada. Mon estava debochando dela para fazer graça para Nop, se não estivesse doida para beija-lá, teria adorado tirar o sorriso de sua boca com um soco.
- Pode falar pra tia Phon que ela não vai precisar fazer a janta, mais tarde eu passo lá, com o Sinn, e comemos todos juntos. O que acha?
- Acho maravilhoso! - Mon respondeu, olhando para Sam com animação. - Sam, você vai ter a grande oportunidade de comer a comida do Nop! É uma grande honra: ele cozinha muito bem. Arrisco dizer que ele é melhor que os cozinheiros da escola, ou do próprio castelo.
- Não é pra tanto, Mon. - Nop ficou vermelho com o elogio. - Bom, eu tenho que ir agora, vim aqui só para fazer uma entrega, então vi você, e tive que vir te dar um 'oi'.
Sam deu graças aos céus por Nop estar indo embora, mas os amaldiçoou por ter que rever Nop novamente à noite.
Nop se despediu de Mon com outro abraço e, para piorar, com um beijo em sua testa; acenou com a mão para Sam e foi embora. Escolha inteligente, porquê, se ele tivesse se atrevido à chegar perto de Sam para se despedir com um abraço, ou qualquer coisa semelhante, ela teria juntado toda sua força, e batido nele com as sacolas de carne.
- Que cara é essa? - Mon perguntou assim que Nop sumiu das vistas de ambas.
- É a única que eu tenho. - Sam respondeu grosseiramente. Mas sua resposta rude não pareceu afetar Mon, que riu.
- Você está com ciúmes do Nop?
- Não. - Sam bufou. - Vamos embora?
- Ok. - Mon assentiu com a cabeça.
Mon ajudou Sam. pegando algumas das sacolas, então as duas começaram à caminhar para a casa de Mon, até que ela parou abruptamente em uma barraquinha de bijuterias, fazendo Sam parar junto.
Sam seguiu o olhar de Mon, vendo que ela observava um par de pulseiras, eram bonitas: simples e havia um pingente de coração.
- São muito bonitas. - Mon elogiou a moça, que sorriu, provavelmente ela que às havia confeccionado, assim como o resto das bijuterias que estavam dispostas sobre a bancada: pulseiras, anéis, brincos, colares, etc.
- São baratas. - Sam comentou, reparando que o material usado para confeccionar aquelas jóias não eram caros, e também não pareciam muitos resistentes.
A moça ficou um pouco vermelha, talvez de raiva, ou vergonha. E Sam percebeu que estava sendo rude novamente. Se xingou mentalmente.
- E-eu sinto muito.. E-eu não quis.. - Sam gaguejou, tentando, de alguma forma, se desculpar por tê-lá ofendido.
A moça negou com a cabeça, dizendo que estava tudo bem. Então Mon se despediu brevemente da moça e puxou Sam para ir consigo.
- Droga. - Sam xingou assim que se afastaram o suficiente da moça e de sua barraca. - Desculpe, Mon. Você tinha razão: eu sou uma sem educação, que fala da condição financeiras das pessoas, sem se importar se isso iá às deixar magoadas, ou não.
Mon sorriu, levando sua mão até o rosto de Sam, deixando ali um leve carinho. Sam sorriu minimamente e se inclinou para que recebesse ainda mais daquela carícia, como um gatinho.
- Pelo menos você consegue admitir seu erro; já é um grande passo. - Mon à consolou, fazendo Sam dar um pequeno sorriso.
E Mon, se aproximando perigosamente de Sam, deixou um beijo casto no canto de seus lábios. Sam fez um biquinho, se Mon tivesse ido um pouquinho para o lado, elas teriam se beijado de verdade.
Elas se surpreenderam quando, de repente, duas crianças surgiram na frente delas, fazendo-as pararem no meio de seu caminho.
Eram um casal, um menino e uma menina. O menino tinha 10 anos de idade, enquanto a menina tinha 7, porém pareciam ter menos, por conta de suas estruturas físicas pequenas e desnutridas. Sam olhou para elas e sentiu um aperto no peito.
- Olá, pequenos. - Mon cumprimentou, com um sorriso bonito e gentil, o qual foi retribuído pelas duas crianças. - Precisam de algo?
- Tia, você tem algum trocado pra dar pra gente? - O menino pediu. - É pra gente comprar algumas coisas para fazer uma sopa pra nossa vó.
- Ela está doente. - A menina explicou.
- Pode ser qualquer coisa. - O menino reforçou.
- Claro que posso. - Mon pegou sua carteira e deu algumas notas para as crianças, que arregalaram os olhos: era mais dinheiro do que um simples "trocado".
- Moça, não acha que é muito? - O menino perguntou, um tanto envergonhado. - Não vai fazer falta pra você?
- Não se preocupe com isso. - Mon respondeu. - Agora vão fazer suas compras, antes que fique tarde, vocês não devem andar sozinhos à noite: é perigoso.
As crianças assentiram com a cabeça, se apressando para as barracas de comidas, felizes da vida.
Mon seguiu as crianças com seus olhos, com um sorriso carinhoso nos lábios, até que voltou sua atenção para Sam, que também seguia os pequenos com o olhar, mas com uma expressão angustiada no rosto.
- O que foi, Sam?
- Quem são eles? Por que eles estavam pedindo dinheiro? - Sam perguntou.
- São Kiran e Penchan, o pai os abandonou e a mãe morreu há alguns anos, então eles foram morar com a avó, que já é uma senhorinha de idade e o dinheiro que recebe de sua aposentadoria não é o suficiente para que sustente os três. Por isso, as vezes, os dois saem para pedir dinheiro, e todos aqui no bairro dão um pouco do que tem para ajuda-los. - Mon explicou, com tristeza na voz.
- E por que nenhuma autoridade toma alguma providência? Por que nunca ouvi falar sobre isso? Tem mais crianças como eles?
- Tem. Tem por toda a cidade, por todo o país. - Mon respondeu, em choque. - Sam, você não sabe a situação do país que irá governar?
Sam não soube o que responder, envergonhada por estar tão alienada com a situação de seu povo. Agora entendia o porquê de Mon achar suas tutorias sem pé, nem cabeça: enquanto havia crianças passando fome pelas ruas de seus país, Sam estava empilhando livros na cabeça. Aquilo era ridículo, Sam se sentia ridícula.
- Isso não está certo. - Sam murmurou. - Temos fartura no castelo; por que estas crianças estão passando fome?
- Não sei porque você está tão surpresa, na história da monarquia sempre tivemos esse tipo de realidade. - Mon comentou, talvez estivesse sendo um pouco dura com Sam, mas ela precisava entender.
- Eu vou mudar isso. Quando eu for coroada, vou dar uma vida melhor para eles, para todos. - Sam garantiu, segurando sua vontade de chorar, sentindo Mon à abraçar pela cintura, e então à guiando em direção da casa de Mon.
[...]
Algumas horas depois, Sam estava sentada na sala de estar da casa de Mon, ao lado de Yuki e Sinn, o irmão mais novo de Nop, em um sofá, enquanto Phon e Aou estão no outro, abraçados; todos estavam assistindo TV, menos Sam, que prestava atenção em Mon e Nop, que estão na cozinha, rindo e conversando.
Sam estava irritada, obviamente; o ciúmes à corroendo por dentro, porém, ela não poderia fazer nada. Ela não poderia surtar do nada e assustar a família de Mon.
Sam voltou sua atenção para o irmãozinho de Nop: Sinn. Na foto que havia visto há algumas semanas, Sinn parecia ter 8 anos. Agora, ele não estava muito diferente, então, Sam presumiu, que ele deveria ter 9. Ele era a cara de Nop, só mudava uma coisa ou outra e, seu traço mais marcante, era que ele andava de muletas. Sam ficou se perguntando o que havia causado aquilo, se ele havia nascido com alguma condição especial nos ossos, ou se tinha se machucado em alguma brincadeira com seus amigos. Mas não iria perguntar, óbvio; Sam poderia ser rude a maioria das vezes, mas naquela situação, manteria sua boca fechada.
- O jantar está pronto! - Nop anunciou, com um grande sorriso no rosto, que foi retribuído por todos na sala, que imediatamente se levantaram e foram se sentar na mesa, que já estava posta por Mon.
- Você quer ajuda? - Sam ofereceu para Sinn, que se levantou e pegou suas muletas, seguindo Yuki, Aou e Phon.
- Não precisa, mas obrigado. - Sinn agradeceu com um sorriso, o qual Sam correspondeu, achando Sinn adorável, bem diferente de seu irmão.
Todos se sentaram na mesa e Nop pôs a comida na mesa com o auxílio de Mon.
- Como é o primeiro jantar de Mon, resolvi fazer o prato favorito dela: Gaeng Daeng! - Nop informou, enquanto todos se deliciavam com o cheiro da comida.
Eles agradeceram pela comida e começaram à comer.
- Nossa, que delícia. - Elogios eram feitos pela mesa.
Sam deu uma garfada em seu Gaeng Daeng, e teve que se segurar para não suspirar com o gosto saboroso da comida. Tinha que admitir que Nop realmente cozinhava muito bem, mas, claro, seu ciúmes não à deixaria falar aquilo em voz alta.
- Está do seu agrado, Sam? - Nop perguntou. - Você deve ter o paladar mais refinado, a realeza aprova a comida deste humilde plebeu?
- Está... Bom. - Sam respondeu, não querendo ser rude, mas também não conseguindo elogiar apropriadamente. - Você cozinha muito bem.
- O Nop quer fazer faculdade de gastronomia. - Sinn comentou. - Ele vai ser um Chef!
- Eu já deveria estar fazendo a faculdade, na verdade. - Nop lembrou. - Mas eu estou repetindo o último ano.
- E como você pretende estudar gastronomia se, nem ao menos, consegue terminar o ensino médio? - Sam alfinetou, soltando todo o veneno de seu ciúmes naquelas poucas palavras.
O silêncio na mesa reinou, os olharem de todos na mesa foram para Sam, à encarando de um jeito não muito bom. Sam percebeu que havia ferrado com tudo, toda a primeira boa impressão que deu à família de Mon foi por água abaixo por causa de um comentário infeliz. Ela abaixou a cabeça, olhando para seu prato.
- Sam, venha comigo. - Mon chamou, se levantando de seu lugar e estendendo sua mão para Sam, que, timidamente, a pegou e se deixou ser conduzida para o exterior da casa.
Sam caminhou atrás de Mon, à seguindo rua acima - ela morava em Khlong Toei, ou seja, na favela.
Enquanto caminhava, Sam notou Kiran e Penchan chegarem em uma casa, com compras nas mãos. Foram recebidos por uma senhora que aparentava ter 70 anos.
Subiram mais um pouco e chegaram no lugar onde Mon queria: no meio das casas tinha um pequeno espaço livre, com alguns vasos de plantas e um banco; era cercado com uma base de concreto firme e, do outro lado dele, um pouco mais pra baixo, havia o teto de uma casa. Sam olhou para o horizonte e se surpreendeu com a vista do por do sol. Era lindo, mesmo com os telhados das casas humildes, caixas d'água e postes de luz, davam um toque à mais na paisagem.
Ambas se sentaram no banco e apreciaram a vista por alguns segundos, até que Mon falou.
- Você não deveria ter falado aquilo para Nop. - Mon disse. - Você não sabe o que aconteceu com ele para que ele tivesse que repetir um ano.
- O que aconteceu? - Sam perguntou, um tanto apreensiva.
- Há dois anos, Nop, Sinn e os pais deles foram fazer uma viagem e acabaram se envolvendo em um acidente na estrada. - Mon começou à relatar. - Os pais deles morreram, Nop ficou em coma por um mês, e Sinn perdeu o movimento das pernas.
- Quando Nop acordou do coma, ele teve que abandonar a escola e começar à trabalhar para conseguir a guarda de Sinn, para que ele não fosse colocado para adoção e ele acabasse perdendo o irmão. - Mon continuou. - Por isso ele perdeu um ano: estava trabalhando para dar um lar estruturado para o irmão mais novo e, também, para pagar a fisioterapia de Sinn.
- Merda. - Sam xingou com Mon terminou. - Eu sempre faço tudo errado.
- Não, Sam, você...
- Não, Mon! Eu sei que errei, não precisa colocar panos quentes. - Sam suspirou. - Mas a culpa é toda sua!
- Minha? - Mon indignou-se.
- Claro!
- Como que isso poderia ser culpa minha?
- Porque você me deixa louca! Eu nunca agi assim com ninguém, eu sempre fui uma boa garota, mas você chegou e bagunçou toda a minha vida! Eu morro de ciúmes de você e da sua relação com Nop, então, para aliviar esse sentimento, eu disse aquelas coisas horríveis para ele, e...
Mon observava aquela confissão de Sam com um sorriso crescendo gradativamente pelo seus lábios, Sam ficava uma fofa daquele jeito: afobada e irritada. Sem conseguir mais se conter, se aproximou de Sam e mordeu seu nariz.
Sam parou abruptamente de falar, olhando para Mon com surpresa, levando sua mão até o nariz.
- Por que você fez isso? - Sam perguntou.
- Pra você ficar quieta. - Mon respondeu, com um sorriso divertido, vendo Sam fazer um biquinho.
- Desculpa pelo que eu disse: sobre o Nop. - Sam pediu.
- Não é para mim que você tem que se desculpar. - Mon respondeu.
- Certo. Eu vou falar com Nop. - Sam garantiu, se preparando mentalmente para sua conversa com Nop. Deveria se dar bem com Nop, se quisesse que sua relação com Mon avançasse.
- Seu ciúmes não tem fundamento, ele é como um irmão para mim, e ele também me vê assim: como uma irmã. - Mon continuou, de repente lançando um sorriso malicioso para Sam. - E, mesmo que ele me visse de outra maneira, não teria a menos chance comigo.
- Porque você gosta de meninas? - Sam arriscou.
- Porque eu gosto de você. - Mon corrigiu, vendo Sam retribuir o sorriso e olhar para o lado, envergonhada. - Ei...
Sam voltou a olhar para Mon, vendo ela se aproximar perigosamente de si, olhos nos olhos. E as bocas muito próximas, quase se encostando.
- E aquele nosso jogo? - Mon lembrou.
- Q-que jogo? - Sam perguntou.
- Você não lembra; eu mordo seu nariz, e você, a minha boca. - Mon respondeu, se aproximando ainda mais e deixando um selinho na boca de Sam, se afastando logo em seguida. - O que você está esperando?
Sam se engasgou com o ar, surpresa com a ousadia de Mon. Olhou em seus olhos e pode ver suas pupilas dilatadas, deixando o corpo de Sam quente.
As mãos de Sam foram para as bochechas de Mon, deixando um carinho nelas, eram macias. Os dedos passaram pelos lábios de Mon, eram tão macios quanto suas bochechas, Sam passou a língua nos próprios lábios, vendo os olhos de Mon caírem sob eles, talvez pensando em morde-los também.
Sam finalmente se aproximou e prendeu os lábios carnudos de Mon entre os dentes. Afastou-se, ainda com eles nos dentes, os vendo se esticar e, então, os soltar, fazendo-os voltar ao lugar e, rapidamente, eles ficaram mais vermelhos ainda.
Uma das mãos de Sam foi para a nunca de Mon, a puxando e juntou os lábios de ambas, em um selinho, que não demorou muito para se transformar em um beijo. Mon pediu passagem com a língua e Sam cedeu, se deixando ser dominada por Mon.
Sam estava certa, os lábios de Mon tinham gosto de morango.
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oioi gentekkkkkk faz tempo que eu não apareço nehkkkkk desculpa
devem ter sentido muito minha falta mas não se preocupem que eu além desse tenho mais 4 caps prontinhos pra postar 🤭
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