Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 10

— Quero que vocês escrevam para suas respectivas famílias — falou, Clarissa.

Estávamos em uma sala com vários sofás e belos tapetes, Marcta tinha comentado que aqui era uma das salas de chá da rainha.

— Porque? — perguntou, Pietra. — Já não estão recebendo notícias o suficiente por jornais? Tenho certeza que "a vulgar princesa de Cychod e o reino prestes a entrar em colapso, apostam em roupas indecentes para conquistar o segundo príncipe" foi bastante esclarecedor sobre meu bem estar.

Clarissa suspirou.

— Sentimos muito sobre esse pequeno desagradável comentário do jornal. Já os alertamos que não vamos tolerar mais noticias que as ofendam.

— Pequeno comentário? — Kenya falou e seu tom sombrio me assustou. Não pensei que ela poderia usar esse tom com alguém. — Foram duas paginas inteiras sobre como Pietra usava o corpo para chamar atenção e em como suas criações eram vulgares.

— Tenho certeza que o príncipe esta fazendo o possível para remediar a situação — disse Yanna e dois pares de olhos raivosos se viraram para ela, que se encolheu.

— O príncipe está mais preocupado em ser rei. Porque acha que fizeram uma nova competição?

Yanna ficou vermelha com as palavras de Kenya. Vi Imyir escondendo um sorriso divertida com a situação.

Então não era somente eu que achava estranho uma nova competição. Possivelmente todas pensavam assim e pelo visto ninguém sabia o do porque.

Sua ideia de que era para fazer Edward rei, era uma possibilidade.

— Basta! — falou Clarissa e todas se calaram. — A próxima que ousar fazer suposições da ação do reino será expulsa, ou pior. Escrevam as cartas e voltem para seus quartos.

E saiu deixando todas boquiabertas.

Imyir se levantou do sofá e seguiu para a porta.

— Para onde você vai? — perguntou, Kenya.

— Isso tudo é tão entediante. Vou escrever para meus pais somente quando eu anunciar que vou casar com o príncipe — e se foi fazendo barulho ao fechar a porta.

— Bom, me de essa pena eu tenho muito o que contar ao Magnus e Mikel — disse Marcta fazendo com que todas pagassem os papéis, tinteiro e penas que estavam sobre uma grande mesa de vidro.

Peguei uma folha e a encarei.

Para quem diabos eu deveria escrever?

Observei Marcta e a vi pegando outra folha, ela começou a escrever de uma forma romântica demão para ser remetida aos irmãos.

— São para seus irmãos? — perguntei, incerta.

Ela se surpreendeu e virou a folha ao assentir.

— Odeio ficar longe deles — parecia uma mentira. Mas não iria interroga-la, não era problema meu, não achava que uma carta de amor para alguém seria um plano para conquistar Mountsin. — Você tem irmãos?

Lembrei de Mathias e mal pisquei ao dizer:

— Não.

— Então escreverá para seus pais?

Meu sangue gelou e fingi um sorriso.

— Sim. Acho melhor escrever no meu quarto, assim consigo organizar meus pensamentos. Vou ter que encontrar palavras que possam substituir maravilhoso e incrível ao descrever o castelo.

Marcta sorriu ao concordar e me levantei levando a pena e o tinteiro comigo para fora da sala, mas antes dei uma olha no papel de Pietra e havia somente uma coisa escrita: "Me encontre daqui seis dias, no jardim lilás."

Guardei aquela informação e a cravei na memória, daqui seis dias eu saberia com quem Pietra estava se encontrando.

No corredor eu segui para os quartos e vi o príncipe Edward parado com as costas inclinadas.

Usava uma túnica azul clara, calças marrom e botas. Era estranho o ver em roupas comuns.

— Príncipe Edward, está tudo bem? — perguntei tocando suas costas o fazendo se assustar e me olhar surpreso.

— Rosemary! Eu não a vi.

— Você parece triste. Aconteceu algo?

Edward negou e apertou a parte de trás do pescoço.

— Não. Estou ótimo, estava apenas pensando em cuidar do jardim ou convidar alguma de vocês para um passeio.

O jardim particular que Leon citou na carta.

— Você gosta de jardinagem?

— Não pareço o tipo que gosta? — perguntou levantando a sobrancelha e percebi que tinha colocado muita incredulidade na minha pergunta.

Era óbvio que ele gostava, havia calos na sua mão e no jardim no outro dia ele ficava alternado o olhar entre as flores e as concorrentes.

— Não foi isso que eu quis dizer. Eu também gosto de flores.

Edward sorriu e seu rosto iluminou.

— Vem comigo — disse pegando minha mão e não tive tempo de perguntar para onde só o acompanhar tentando não tropeçar.

Edward tinha pernas longas e andava rápido, atrás dele pude sentir seu cheiro forte de terra molhada e flores.

Saímos do castelo e seguimos para um dos jardins e depois de percorrer os belos chafariz e um balanço branco com raízes de flores o envolvendo fomos até um bosque.

— Edward, para onde estamos indo? — perguntei, com receio.

Não que Edward fosse tentar algo, ele não pareceria ser o tipo que faria algo ruim, mas todo cuidado era pouco.

Ele era o príncipe e eu uma plebéia.

— Ah, desculpe. Eu fui rápido demais? — perguntou, soltando meu braço. — Você se machucou?

— Não, eu estou bem. Para onde estamos indo?

— Para um lugar especial — ele sorriu como se estivesse prestes a me compartilhar um de seus segredos mais preciosos e não pude deixar de sorrir.

Caminhamos por mais alguns minutos e então eu vi, escondido atrás de árvores retorcidas e com uma folhagem densa estava uma estufa de vidro com a parte de cima arredondada.

— É incrível — disse admirada e seu sorriso cresceu.

— Tem que ver dentro. Venha — ele ofereceu o braço e aceitei encantada com a estufa.

Se fora ela era bela dentro era de tirar o folego. Flores e árvores de tantas espécies diferentes percorriam o ambiente.

Havia dois caminhos de pedra no chão de grama, seguimos pelo da esquerda e fomos até uma parte um pouco aberta com um banco e uma mesa cheia de matérias de jardinagem.

— Esse lugar é simplesmente maravilhoso. É você que cuida dele?

Edward me levou até o banco e nos sentamos.

— Sim. Eu nunca trouxe alguém aqui... bom minha mãe entra as vezes.

— Me sinto honrada.

— Eu já ia perguntar, porque você está carregando um tinteiro?

Seus olhos estavam fixos no tinteiro em minha mão.

— Isso? Ia escrever uma carta para meus pais. Clarissa nos instruiu.

— Entendo — Edward soltou um suspiro.

— Você está mesmo bem?

Ele se inclinou e apoiou o cotovelo na coxa e segurou o rosto na mão.

— Fisicamente ou psicologicamente?

— Os dois.

— Eu estava passando no corredor e ouvi o que Kenya disse.

— Oh — falei sem saber o que dizer. Sinto muito parecia errado, então o deixei continuar.

— Não as estava ouvindo escondido, é que é difícil não ouvir Kenya. Ela fala muito alto — ele engoliu em seco. — E eu já sabia que ninguém estava nessa competição por mim. As vezes é insuportável ser o príncipe, principalmente o segundo. Não que eu queria ser o herdeiro — disse vermelho agitando as mãos. — Eu... nada.

Ele desviou os olhos e ficou tenso.

— Você disse que somos amigos e para uma amizade durar ela precisa de confiança. Pode ser honesto comigo, Edward.

Ao ouvir seu nome ele tomou fôlego e falou:

— Então me conte um segredo e eu contarei o meu.

Penso por alguns segundo e concordo.

— Tudo bem. Vejamos... hum. Ah! Mas... prometa não contar a ninguém. Prometa.

— Eu prometo.

Ergui o dedinho e Edward bufou, mas imitou o gesto.

Seus olhos azuis claros, tão diferente do azul escuro de Leon me encaravam e desviei o olhar. Eram olhos tão sinceros que me deixou incomodada.

— Certo — soltei seu dedo e coçei a garganta. — Eu gosto de desenhar pessoas... como vieram ao mundo.

Ele piscou lentamente e um sorriso cresceu em seu rosto.

— Já desenhou alguém nu?

— Sim — dei de ombros casualmente.

— Me desenharia?

— Não — disse rindo e depois enclinei a cabeça de lado. — A não ser que me pague muito bem.

— Qual o seu preço?

Olhei ao redor e vi uma flor estranhamente dourada com algumas sementes cinzas.

— Aquela flor — apontei para ele e ele se levantou e a pegou a trazendo para mim. - Mas somente farei um retrato.

— Hum. Quanto seria pelo quadro nu?

— A estufa — disse e ele balançou a cabeça.

— Estou tentado a aceitar — gargalhando estiquei a folha da carta e molhei a pena na tinta.

— Agora, fique parado.

Edward segurou minha flor e me observou desenha-lo. A pena fazia o trabalho ser difícil e eu odiava desenhar sem lápis.

— Me conte seu segredo, Edward — pedi quando comecei a desenhar seus lábios finos.

Por alguns minutos ele ficou em silencio e quando terminei de fazer seu nariz pontiagudo ele falou em voz baixa:

— Eu não queria ser príncipe. Odeio as reuniões. A expectativa. A responsabilidade. A coroa.

Escondi a surpresa ao terminar de fazer a covinha suas bochechas.

Aquilo era espantoso, Kenya tinha praticamente o acusado de querer ser rei e ele não queria nem ser príncipe de Mountsin. Titulo no qual todos dariam a vida para ter.

— Porque não abdicou?

Edward fez uma careta.

— Não é tão simples. Minha mãe não permitiria e nem meu pai. Leon muito menos. Não acho uma ideia plausível.

— Então você gostaria de viver uma vida normal... sendo um plebeu?

— É, basicamente.

Terminei seus cabelos ondulados e o encarei sorrindo.

— Quem imaginaria que o príncipe Edward odeia ser príncipe e tem uma estufa secreta. Mas se você fosse plebeu nesse momento não estaria rodeado de princesa bonitas e sim se matando para se sustentar.

— Princesas que não me amam, não vejo como isso pode ser algo bom.

Não ouso o contradizer, afinal ele tinha razão.

— Talvez alguma delas acabe o amando. Não o príncipe Edward, mas o Edward.

— Acha possível? Alguém me amar de forma honesta? — havia esperança na sua voz e tentei ser o mais confiante possível.

— Sim — levantei e entreguei o desenho para ele.

— Você desenha muito bem — disse, admirado.

— Meu pagamento, senhor — abri a mão.

Ele se inclinou para me entregar a flor que possuía uma fragrância inebriante.

— Me pergunto, se eu te desse minha coroa, o que você faria.

Tentei não me retrair. Era divertido flertar, mas não podia ir além disso. Não iria além disso.

— Coroas não me conquistam. Já doces... — levantei as sobrancelhas e ele riu.

— Vem, vamos assaltar a cozinha.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro