Capitulo 5
Nota: Só para lembrar (de novo, pq falei disso no aviso inicial), essa fanfic foi escrita ANTES do anuncio de "a herdeira" e antes tb do segundo epilogo ser liberado (não havia nem anuncio), então NÃO tem a Eady e nem todos os outros filhos que a Kiera deu para a Meri, assim como NÃO terá Kile ou Josie, porque eu criei o que achei que deveria.
Então não pensem que esses personagens aparecerão, pq não irão.
Resolvi ressaltar isso antes que voltem a comentar a falta dos personagens originais. Juro que se tivesse anunciado a continuação, teria seguido a linha certa pq n gosto de viajar na maionese demais. Ou para ser bem honesta, nem teria escrito uma fanfic, esperaria a continuação sair rs.
É isso espero que possam me perdoar e caso não queiram ler pq n segue a ordem da Kiera, fica aqui minhas sinceras desculpas.
PS: não costumo fazer nota inicial, mas essa foi necessária, perdoem!
Beijinhos
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Depois de me deixar nervosa eu virei para o lado e dormi, Maxon resolveu não falar mais nada e quando acordei pela manhã estava sozinha na cama novamente, as minhas assistentes entraram me trazendo o café da manhã.
- O rei pediu que lhe servíssemos no quarto hoje, pois ele estará no escritório com os parlamentares. – Disse Mary.
Eu apenas assenti com a cabeça, então elas me ajudaram a vestir, arrumar meu cabelo que estava um caos, após o café da manhã, Marlee sentou-se ao meu lado e pegou minha mão.
- Você está bem? – Ela perguntou gentil.
- Estou – Eu menti, não queria dizer aquelas coisas para outras pessoas. - Vou para o Salão das mulheres que Silvia provavelmente está me esperando.
Ela apertou minha mão e eu apertei de volta.
- Sabe que pode contar comigo para o que for não é? – Ela disse.
Eu a abracei.
- Eu sei, você é uma amiga como nenhuma outra. – Eu disse.
- Não me lembro, mas pelo que me lembro você não tem muitas amigas – Ela disse rindo.
Mostrei-lhe a língua e levantei.
- Vou para a aula com a Silvia, já estou atrasada. – Eu disse rindo.
- Uma rainha nunca se atrasa senhora – Disse Mary com um sorriso e Paige terminou a frase.
- Os outros que chegam muito cedo.
Nós três rimos e eu me sentia bem mais leve ao sair de meu quarto, caminhei o mais rápido que pude para encontrar Silvia, eu estava ansiosa por essa aula.
As aulas eram como as aulas que havia recebido durante a seleção, mas desta vez era um pouco mais profundo o ensinamento, cada detalhe me seria mostrado.
Anoiteceu e eu sabia que teria o noticiário onde Maxon iria anunciar o fim da casta oito, eu tinha que aparecer ou seu lado mesmo diante da discução de ontem. Mas esse assunto estava acima de qualquer tipo de briga que eu e ele tivéssemos, o povo não poderia pagar por nossas brigas. Então voltei ao meu quarto e minhas assistentes fizeram com que eu ficasse espetacularmente linda. Estava usando um vestido azul claro, luvas brancas, meus cabeços presos em um elegante coque onde a coroa ajustava-se perfeitamente. Resolvi usar o colar que meu pai havia me dado, junto com as joias que Maxon havia me presenteado para o dia da condenação. Quando cheguei Maxon me olhou com um olhar nervoso e veio até mim.
- Você está linda...- Ele disse meio nervoso.
- Obrigada. – Eu respondi sem dizer mais uma palavra.
- Olha me desculpe por ter tocado nesse assunto, eu... – Levantei a mão e o interrompi.
- Maxon, meu amor olha eu conheço a tradição, sei que as princesas de Íllea são "Negociadas" em casamentos para fortalecer a nação. Mas não poderíamos fazer nada quanto a isso? – Olhei suplicante para ele.
- Faremos meu amor – Ele pegou minha mão e continuou – Mas primeiro precisamos acertar algumas coisas, porem eu creio que pelo menos um de nossos filhos tenha que se sacrificar para que os outros possam ter essa liberdade.
Eu ia protestar, mas ele colocou os dedos sobre meus lábios.
- América, muitas vezes o nosso papel é tomar decisões e muitas dessas podem não ser a melhor para nós, mas sempre temos que colocar as outras pessoas à frente. Nossas decisões vão além do que eu, você ou nossos filhos terão, sempre daremos o melhor a eles, mas se o casamento de um filho meu puder evitar uma guerra e mate cem pessoas. Prefiro que ele se case a deixar de essas cem pessoas morrerem. Você entende a nossa posição?
Ele me disse cheio de expectativa e eu assenti e o abracei. No final das contas havia algo certo em suas palavras, era por isso que príncipes e princesas eram criados para saber fazer esse tipo de escolhas e sacrifícios. Eu só esperava que meus filhos pudessem ser felizes.
Maxon fez os pronunciamentos reais e eu fiquei ao seu lado o tempo todo, ele parecia nervoso. Após o pronunciamento August aplaudiu Maxon e eles conversaram por um tempo, eu me retirei para meu quarto. Queria chorar, que destino triste minhas filhas poderiam ter, mas as palavras de Maxon ainda ressonavam em meus ouvidos...
Ao chegar em meu quarto, antes mesmo que eu tivesse tido a chance de chorar, de desabafar o peso que eu sentia, fui sufocada por uma Marlee eufórica, ela me abraçava com força.
- O pronunciamento foi maravilhoso, América! – Ela pegou minha mão e me abraçou.
Mary e Paige também vieram me cumprimentar, Paige estava com lagrimas nos olhos, pois ela havia vivido como uma oito durante algum tempo e ela entendia como era a vida de um oito melhor do que ninguém.
Elas me aprontaram para dormir, eu não estava querendo nada muito sedutor, pela primeira vez não estava faminta de ter o Maxon esta noite, estava me sentindo péssima e pensava em não ter filhos, mas eu sabia que sem filhos seria pior.
Eu estava deitada na cama quando Maxon entrou em meu quarto e foi até mim.
- America, por favor... – Ele disse sentando-se na cama próximo a mim.
Não queria falar com ele, estava pensando em tudo que eu tinha que fazer, estava confusa com tudo. Ele puxou-me para perto dele em um abraço, pude sentir que ele estava vestido ainda. Virei para ele e desatei a chorar, ele afagava minha cabeça tentando me acalmar.
- America nem temos filhos ainda, vamos esperar para ver não vamos nos precipitar. Quem sabe o que acontecerá daqui a dezoito ou vinte anos? – Ele disse com doçura enquanto afagava minha cabeça.
Parei de chorar, era verdade. Quem sabe se até lá não teríamos conseguido mudar essa questão estupida. Maxon ficou comigo algum tempo então ele levantou-se.
- Onde vai? – Perguntei.
- Vou para o meu quarto dormir. – Ele disse
Suas palavras vieram como farpas em meu coração. Nunca pensei que um dia dormiríamos separados.
- Por quê? – Perguntei atônita.
- Porque acho que não quer a minha companhia – Ele disse.
Levantei e o abracei.
- Eu sempre quero sua companhia, preciso muito de você Maxon. – Eu disse baixinho.
Ele sorriu, retirou a roupa e deitou-se comigo.
- Não chore, isso parte meu coração – Ele disse me abraçando.
Ficamos abraçados até que senti que ele estava dormindo, passei muito tempo pensando nas palavras que ele havia dito antes do jornal, que preferia casar seus filhos com estranhos a deixar que as pessoas pagassem por isso, Maxon era simplesmente perfeito, eu estava sendo egoísta em pensar apenas nos meus filhos? Deveria colocar o povo na frente dos meus filhos? Era isso que uma rainha fazia?
Eu não sabia responder a essas questões, mas teria que descobrir e teria que estudar muito, eu teria que trabalhar duro para que meus filhos pudessem ter um futuro cheio de amor, como o meu.
Provavelmente as mulheres que me viam na TV pensavam que minha vida era um conto de fadas. Mas a verdade é que o preço disso vinha com as responsabilidades. Muitas escolhas difíceis eu teria que tomar, teria que me tornar mais fria, entre salvar cem ou mil teria que sacrificar os cem. As pessoas pensam que ser princesa, é viver em um belo palácio com o amor do príncipe. E era isso, mas também custava caro. Nesse momento senti em meu peito que estava nascendo uma nova America.
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No final de semana fomos ao casamento de Georgia e August, foi muito bonito. Georgia apresentava uma barriguinha saliente de grávida, ela deveria ter engravidado antes mesmo do rei Clarkson falecer.
Nicoletta havia sido convidada é claro, havíamos selado laços que acho que não poderia ser desgastado com o tempo.
Mesmo sabendo que um bebê de Georgia e um meu teriam um futuro entrelaçado eu estava feliz. E daria certo, faríamos os dois se conhecerem e torceria para que se apaixonassem.
No dia seguinte fui ver minha família, a casa era linda e aconchegante, o quarto de Astra era tão meigo, tinha um pouco de todos os Singer no quarto, um quadro que meu pai havia feito antes de morrer, May havia feito uma casinha de bonecas miniatura, Kenna havia pintado todo o quarto com lindos pássaros, minha mãe deu o antigo piano da família, eu não havia trazido nada para dar a ela, mas iria providenciar. Maxon amou o quarto de Astra e não parava de falar em como poderia ser algo assim o quarto dos nossos filhos, Maxon havia levado a câmera e tirou várias fotos. Eu pedi a Mary para tirar uma foto com todos juntos e ela tirou com prazer, eu daria aquela foto para Astra, me esforçaria para fazer um quadro bonito para colocar a foto. May estava tão linda e feliz, a nova escola estava lhe ensinando tanto, desconfio até que ela tinha um namoradinho. Gerad estava feliz, pois podia jogar bola como sempre havia sonhado, Maxon passou o tempo todo com ele, lembrei do dia que o vi brincando com seus priminhos, ele adorava crianças. Kenna estava ajudando minha mãe a superar a morte de meu pai, minha mãe sentia-se mais feliz, por ter todos por perto. Quanto a Kota, eu não o vira desde o enterro de meu pai. E por mais que ele tentasse contato porque eu era rainha, eu realmente o havia retirado de minha vida. Minha mãe sentia-se triste por Kota ficar distante, mas ela entendia como eu me sentia em relação a ele. Astra deu os primeiros passos nesse dia, foi mágico, passar à tarde com a família inteira. Maxon teve que voltar ao castelo. Eu e Mary esticamos um pouco para ver a família de Aspen, e aproveitaríamos para ver Lucy. Mary ficou tão feliz em rever Lucy, as duas se abraçaram por um bom tempo, e eu fiquei feliz em ver Lucy dando-se tão bem com todos, ao final do da visita Aspen anunciou o noivado com Lucy, foi um dia tão feliz. Voltei para o castelo vibrando de felicidade.
Um ano após o casamento descobri que estava gravida, Maxon estava tão feliz quanto eu. No mesmo dia que recebemos a notícia de que estava gravida Maxon começou os planos para mudarmos de quarto para os aposentos do rei e da rainha, afinal aquele seria o quarto do nosso filho quando viesse ao mundo. Alguns meses depois Marlee descobriu estar gravida também.
Eu estava empenhada nas aulas de Silvia, cada vez compreendia melhor as palavras de Maxon sobre sacrifícios e decisões que tínhamos que tomar. Isso tornou mais suportável saber que se fosse uma menina ela teria um casamento arranjado como tradicionalmente acontecia com as princesas de Íllea. Mas eu tinha certeza que quando chegasse a hora, revogaríamos essa estupida tradição.
Georgia deu à luz a um menino e eu fiquei imensamente feliz por ela.
May estava eufórica com meu bebê, ela passava a maior parte da gestação ao meu lado, ela Marlee, Paige e Mary, estavam comigo o tempo todo, quando não eram elas era Maxon, nunca fui tão mimada em toda a minha vida. Mesmo com gestação avançada eu insistia em ir às aulas de Silvia, mas dado momento Silvia começou a me ver em meu quarto para que eu não fizesse esforço.
Quando entrei em trabalho de parto todo Maxon quase surtou, então eu dei a luz a uma menina, a primeira princesa de nascimento em Íllea depois de três gerações. E que nome seria melhor para ela se não Amberly?
Maxon ficou tão feliz com minha escolha, houve uma festa imensa em Íllea pelo nascimento da princesa. Eu estava feliz. Maxon mandou colocar um berço no meu quarto para Amberly dormir perto de nós.
Alguns meses após o nascimento de Amberly, Marlee deu à luz a uma linda menininha que levou o nome de Nelly.
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