Voltei para a festa, eu havia esquecido do Sean. Tudo culpa do imbecil do Andrey.

Estava procurando por ele quando fui atacada.

- Queridaaaaaa você está linda! – Disse Vegan me abraçando, ela estava com um vestido vermelho, bem do tipo que eu queria usar.

- A festa está ótima – Disse Kralim sorrindo.

Disse Kralim que usava um vestido lindo roxo com vários bordados, lindo.

- Ah meninas! Vocês vieram, estou tão feliz! – Disse abraçando as duas.

- Não podíamos perder afinal a rainha nos convidou – Disse Kralim sorrindo.

- Amiga aquele príncipe maravilhoso que estava com você era o...

- Prhillip Loretzen, príncipe da Noruécia – Eu disse rolando os olhos.

- Aimeudeus! Aimeudeus! – Disse Vegan dando gritinhos.

- Eu bem que tive a impressão de já tê-lo visto antes – Disse Kralim sorrindo.

- Amiga estou rosa chiclete agora! – Disse Vegan rindo.

- Ele é detestável! – Eu disse olhando na direção dele, ele voltara a conversar com o Shal e estavam rindo.

- O príncipe da Noruécia é um sonho, vem ni mim gato lindo! – Disse Vegan ignorando meu comentário.

- Pensei ter visto o Sean na festa também – Comentou Kralim.

- E viu Sean Illéa, primo do meu cunhado – Eu disse.

- Amiga agora sim que está tudo em família em? – Ela disse piscando para mim.

- Não sei o que pensar sobre isso – Confessei a elas.

- Eu sei o que vou fazer, vou dançar! O Phillip é seu noivo ou algo assim? – Perguntou Vegan.

- Claro que não, fique a vontade – Eu disse dando de ombros.

- Com licença meus amores porque a pista nos aguarda – Disse Vegan arrumando o cabelo e sumindo indo na direção de Phillip.

- Ai meus céus! Deixa-me ir atrás dela antes que ela se encrenque – Disse Kralim indo atrás dela e eu sorri.

O que eu mais sentia falta no colégio era dessas duas, que nesse ultimo ano haviam sido meu balsamo.

Demorou um pouco até encontrar o Sean, ele estava em um canto falando com Antony, eles pareciam estar discutindo.

- ... Sério? – Perguntou Antony com sarcasmo.

- Oi Katherine – Disse Sean com um sorriso lindo para mim.

- Olá... – Eu cumprimenteo e Antony virou-se para mim com olhar sério.

- Depois falo com você Sean – Disse Antony e saiu.

- O que foi isso? – Perguntei.

- Nada demais, meu primo anda meio nervoso com umas coisas – Ele disse sorrindo e dando de ombros.

- Desculpe por ter demorado para voltar, estava resolvendo algumas coisas – Eu me desculpei.

- Não tem problemas, estou feliz que esteja aqui – Ele disse sorrindo.

- Venha – Eu disse pegando sua mão e o conduzindo pela festa.

Fomos para o jardim deixando a barulheira da festa. Sentamos-nos em um banco e eu virei de frente para ele, ele estava olhando as estrelas.

- As estrelas estão lindas, mas eu receio que você ainda esteja mais linda – Ele disse virando o rosto para me olhar com um sorriso.

- Você realmente não sabia? – Perguntei ignorando a cantada fajuta dele.

- Kath, sério eu não sabia acredite em mim, por favor! – Seus olhos azuis me deixavam tão confusa...

- Eu senti sua falta, depois daquela noite – Eu disse me perdendo na imensidão de seus olhos.

- Cada dia que passei sem poder observá-la nem que fosse de longe foi horrível...

Ele disse deixando algo no ar, porque ele aproximou-se de mim e me beijou, eu senti falta de seu beijo sereno e tão belo... Quando nos separamos estávamos arfando. Meu coração se acelerava sempre estávamos juntos, com Phillip existia toda uma intensidade elétrica, mas com Sean era sempre simples e certo.

- Sean nós não podemos... – Eu disse com o coração apertado.

- Como eu gostaria de ser um príncipe para que você pudesse ficar comigo – Ele disse acariciando meu rosto com doçura.

- Eu gostaria de ser uma garota comum para poder fazer minhas escolhas livremente – Eu disse fechando meus olhos e deixando-o acariciar meu rosto.

- Seria uma saída boa também – Ele disse beijando meus lábios novamente.

A verdade é que depois da noite mágica que havíamos passado juntos eu senti sua falta, ele era gentil era um balsamo para minha alma, quando estávamos juntos eu conseguia me desprender de tudo e todos e pensar apenas em nós dois e como seria sem a questão da coroa.

Um barulho fez com que nos afastássemos olhei para a porta e Antony e Amberly estavam entrando no jardim de mão dadas. Os dois pararam a nos ver.

- Nossa mais que déjà vu – Eu disse me levantando.

- Kath posso ter a honra de uma dança? – Disse Antony sorrindo.

- Cla... Claro – Eu gaguejei.

Ele deu um beijo na bochecha de Amberly e acho que ele falou algo para ela porque ela balançou a cabeça afirmativamente, ele estendeu o braço e eu o peguei.

- Até mais Sean – Eu disse acenando para ele e ele sorriu para mim.

Amberly pegou meu outro braço e entramos em silencio, ela me soltou e foi falar com Nelly. Antony foi comigo a pista de dança. Começamos a dançar e eu tinha certeza que ele não queria apenas dançar.

- Kath, olha fique atenta com o Sean, eu não estou entendendo.

- Entendendo o que?

- O porquê de tudo isso, só tome muito cuidado ok?

- Porque não podem aceitar que ele simplesmente gosta de mim? – Eu me sentia indignada com essa proteção absurda.

- Porque eu não sei até onde o gostar é sincero – Ele disse sério me rodopiando na pista.

- Agradeço sua preocupação, mas eu sei me cuidar, porque vocês não podem apenas se contentarem que existem rapazes que possam gostar de mim? – Eu disse reverenciando ele e saindo da pista de dança e dando de cara com meu pai.

- Uma dança? – Ele disse sorrindo.

- Claro!

Parece que hoje todos queriam dançar comigo e era torturante já que eu tinha que me concentrar para não pisar nos pés de ninguém.

- Você parece meu tensa querida esta tudo bem? – Perguntou meu pai estreitando os olhos.

- Estou ótima papai! – Me apressei a dizer.

- O que achou do príncipe da Noruécia? – Ele quis saber.

- Ah ele é um bobo! – Eu disse, claro que queria dizer que era desagradável, convencido e etc, mas meu pai não gostaria da minha real opinião a respeito do príncipe.

- Um bobo? – Meu pai perguntou rindo.

- Ah papai eu ainda não o conheço muito bem, ele é cheio de mistérios eu não sei se gosto disso.

- Mas pode se surpreender como isso pode ser intrigante, desvendar os mistérios – Ele disse sorrindo.

Ai meus sais! Meu pai estava falando para eu paquerar o príncipe? Que merda de mundo alternativo e doido era esse que eu estava vivendo agora?

Eu sorri para meu pai, estava pasma demais para falar qualquer coisa, minha mãe me salvou quando veio até nós.

- Posso? – Ela disse e eu quase empurrei meu pai pros braços dela.

- Estou com fome! – Eu disse como desculpa sumindo de perto deles e indo para a mesa de petiscos.

Eu ainda não havia comido nada, comecei a beliscar algumas coisas quando percebi como Nelly estava linda no vestido verde que eu havia emprestado a ela. Eu sorri e ela me acenou feliz, Marlee havia arrumado o cabelo dela, ela se parecia tanto com a mãe, loura os cabelos ondulados e... Ela estava conversando com o Phillip? Eles estavam flertando? Como ele era safado!

Eu fui até eles, eu não deixaria ele com essas safadezas pra cima da pobre Nelly.

- Nelly você ficou fantástica! – Eu disse sorrindo.

- Obrigada, foi muito gentil da sua parte – Ela disse sorrindo.

- Phillip posso falar com você? – Eu disse com doçura.

- Até mais Nelly – Ele disse a ela e deu de ombros indo comigo para o canto onde eu estava comendo.

- O que você estava fazendo? – Eu perguntei estreitando os olhos para ele.

- Acredito que a palavra seja “sociabilizando”- Ele respondeu com sarcasmo.

- Você tem uma tara por funcionárias? – Eu disse sendo maldosa e ele estreitou os olhos.

- Olha Katherine eu... – Ele olhou em volta e pegou meu braço me levando para fora da festa para fora do salão ficamos em um corredor.

- Me solta! – Eu disse brava, não sei porque estava tão brava.

- Você não tem nada a ver com a minha vida princesa beijoqueira – Ele disse parecendo furioso.

- Ahhhh então estamos nos ofendendo agora? – Eu estava fora de mim.

- Você não gosta de julgar as pessoas? Pois estou jogando o mesmo jogo!

- Eu pelo menos só dei uns beijinhos – Eu disse em desafio.

- E eu sou mais esperto que você sabe por quê? Porque ninguém de corte alguma sabe sobre o fato.

- Seu irmão sabe – Eu o desafiei.

- E ele não vai espalhar – Ele disse frio.

- Eu tambem sei! – O ameacei.

- Mas se disser eu nego, afinal eu tenho bem mais credibilidade que você.

- Não vou deixar você se aproveitar da minha assistente – Eu disse séria.

- Eu não te devo satisfações e nem devoção. Eu não vou ficar igual a um cãozinho atrás de você na festa para que você pise em cima de mim como fez até agora.

- Eu não fiz nada.

- Se você gosta de um capacho fique a vontade com o Sean – Ele disse sério.

- O que você tem contra ele? – Eu quis saber.

- Pergunte a ele, já que ele é sempre tão sincero com você – Ele rebateu.

- Aposto que ele ficará feliz em me responder!

- Acredito que sim, agora me deixe em paz, sinto em lhe informar que se você não quer nada comigo aquele salão esta cheio de garotas que dizem o contrário – Suas palavras eram frias.

- Ótimo, porque eu não dou à mínima! – Eu disse dando de ombros.

 Ele colocou a mão na maçaneta para sair e eu empurrei a porta fechando-a de novo, ele virou-se lívido e eu achei engraçado porque eu estava prendendo ele entre a porta e eu.

Eu ainda queria falar um monte para ele, queria bater nele, queria ferir seus sentimentos frios e confusos, mas eu apenas beijei ele.

Porque sempre acabava assim, sempre que ele era uma imbecil eu o beijava dessa forma tão impulsiva? E o pior que ele respondia com a mesma intensidade, ela uma coisa elétrica.

Ele me empurrou com força contra a parede enquanto me beijada vorazmente, eu o abraçava com força pressionando seu corpo contra o meu, ele manteve uma mão em meu rosto e a outra na minha cintura e às vezes indo até a minha coluna.

Quando nos separamos estávamos arfando e ele disse.

- Eu te odeio Katherine – Com aquele sorriso presunçoso e voltou a me beijar.

Eu era capaz de me derreter nesses beijos tão intensos que trocavamos, eu odiava, mas eu o queria.

Nos separamos de novo eu estava arfando olhando seus olhos verdes tão lindos, claro que muitas garotas da festa o queriam ele era incrivelmente lindo.

- Eu te odeio muito mais – Eu disse quase sem voz, estava sem fôlego, ele me deixava sem fôlego.

- Sabe Katherine, você diz que eu sou detestável, mas você é mil vezes mais detestável.

- Obrigada eu me esforço para agradar – Eu disse com sarcasmo.

Ele deu aquele sorriso diabólico e beijou meu pescoço e subiu até meu ouvido sussurrando.

- Também me esforço para ser detestável...

Eu arrepiei dos pés a cabeça e ele apenas deu as costas e saiu.

Fui ao banheiro precisava recobrar a sanidade, molhei as bochechas e me olhei no espelho. Phillip era um cachorro, safado e sem vergonha, mas eu estou começando a achar que eu também sou porque eu gostava.

Gostava da forma como ele me tocava, gostava dos olhos dele gostava da intensidade que existia quando ficava perto dele.

Voltei à festa recomposta, ele estava dançando com a Vegan e o bichinho do ciúme revirou no meu estomago. Eu ia pedir para dançar com ele quando vi o Sean sorrindo para mim, e eu fui até ele.

- O que acha de uma dança? – Eu disse sorrindo.

- Claro! – Ele disse estendendo o braço para mim.

Fomos para a pista de dança começou a tocar uma musica lenta, eu vi meus pais dançando, minha mãe estava radiante. Shalom estava dançando com Ella a filha do soldado Leger que parecia bem satisfeita consigo mesma, Amberly e Antony estavam conversando com os pais de Antony e outro casal.

- São meus pais – Disse Sean em meu ouvido.

- Como? – Eu disse distraída.

- Você estava olhando para a sua irmã, ela esta com meus pais e meus tios – Ele disse sorrindo.

- Onde você mora Sean? – Eu perguntei.

- Ao norte do país – Ele respondeu.

- Seus pais devem ser muito ricos – Eu comentei.

- E são, minha mãe é muito rica, meu pai depois de se casar com ela, bancou a revolução sem ninguém saber.

- Você quer dizer os ataques ao castelo?

- Sim durante o reinado do rei Clarkson, um ano antes do casamento da sua mãe – Ele disse sorrindo.

Eu nem sei porque estávamos falando disso, isso não me interessava. Vi Phillip me olhar com um olhar indescritível, Vegan estava me olhando feliz. Eu abracei mais o Sean para irritá-lo e o vi me fuzilar com os olhos.

- O que há entre vocês dois? – Perguntei ainda abraçando-o.

- Quem? – Ele perguntou.

- Phillip e você – Eu disse.

- Acho que é ciúmes, quando eu comecei a me sentir atraído por você ele começou a implicar comigo, ele só não me bateu no colégio porque não queria ficar de castigo – Ele disse encostando a cabeça na minha.

- Você estava brigando por mim? – Perguntei, já nem estávamos dançando estávamos apenas nos balançando.

- Claro que eu brigaria por você, você vale muito apena – Ele disse beijando minha cabeça.

Sean sempre conseguia fazer com que eu me sentisse tão bem.

- Esta tarde e eu preciso ir – Ele disse com doçura em meu ouvido.

- Sentirei sua falta – Eu disse.

- Eu também, mas nos veremos em breve, verá – Ele beijou minha mão e foi até seus pais, seu pai tinha um olhar frio e a mãe dele parecida esticada com botox.

Me despedi dos presentes e fui me deitar estava tão cansada e meu coração havia ficado tão calmo depois de ficar com o Sean, que estava na hora de dormir e enfrentar os dias que se seguiriam. Subi as escadas saltitando de alegria.

- Espero que tenha ficado feliz – Ele disse sentado no ultimo degrau da escada.

- Phillip? Me assustou – Eu disse.

Ele estava com o cabeço bagunçado sem o paletó e todas essas coisas, ele estava muito sexy.

- Sean a fez feliz? – Ele perguntou levantando-se.

- Quer discutir de novo? – Eu disse estreitando o olhar e indo para meu quarto, ele me seguiu.

- Eu não pedi para você ficar longe do Sean?

- O que é isso afinal? – Eu disse com a mão na maçaneta.

- Ele sempre quer o que eu quero – Ele disse e me beijou.

Toda a descarga elétrica voltou ao meu corpo e entramos em meu quarto, ele retirou a coroa da minha cabeça e desarrumou meu cabelo eu estava o abraçando com tanta força que doía meus braços, ele abriu o zíper do meu vestido e eu o retirei ficando com a roupa de baixo, um sutiã sem aças e a calcinha, estava consciente do que eu queria e eu o queria agora. Eu abri sua camisa, eu jamais havia desejado tanto alguém como eu o desejava.

Retirei sua camisa e ele sorriu, seus cabelos nos olhos o deixava tão lindo. Passei minhas mãos em suas tatuagens, ele me deitou na cama e colocou seu corpo sobre o meu, ele estava beijando meu pescoço.

- Como você será especial minha princesa – Ele disse afastando-se de mim e vestindo a camisa.

- O que esta fazendo? – Eu disse levantando apoiando o corpo nos braços.

- Não farei isso, não assim – Ele disse sorrindo da porta.

- É algum tipo de brincadeira de mau gosto?

- Não.

- Um dia Phillip Loretzen você vai implorar por isso – Eu disse jogando uma almofada nele.

- Vou adorar fazer isso – Ele disse com um sorriso sexy nos lábios – Boa noite Katherine.

Ele disse saindo e arruinando qualquer clima que havia criado. Porque ele tinha que ser tão difícil?

No dia seguinte eu acordei tarde e descabelada, quando olhei para o meu quarto vi Nelly junto a janela, ela estava sorrindo.

- Bom dia Nelly, divertiu-se ontem à noite? – Eu disse sorrindo no meio de um bocejo.

Nelly tomou um susto e me olhou.

- Foi mágico! – Ela definiu e eu me levantei e fui olhar pela janela, fiquei de boca aberta.

Phillip estava sem camisa no jardim junto com Shalom e eles estavam rindo e suados. Mas que porcaria era essa? Phillip olhou para mim e riu fazendo sinal pro meu cabelo e eu passei a mão e sai correndo de perto da janela, tinha um nó na minha cabeça e Nelly estava rindo quando Paige entrou.

- O que é engraçado? – Ela perguntou me trazendo o café da manhã.

- Eu apareci assim pro príncipe – Eu disse assustada.

- Ah ele ainda esta no jardim com o Shal? – Disse Paige indo olhar na janela e Nelly indo junto.

- Ele é uma perdição não é? – Disse Nelly com um risinho.

- Olha se eu fosse mais nova... – Ia dizendo Paige quando eu fiz um pigarro e as duas me olharam.

- Sei que ele é um gato, mas o que ele ainda faz aqui?  - Perguntei.

- Ele é convidado de honra ficará conosco até o casamento da Amberly – Disse Paige sorrindo e indo pentear meu cabelo.

- Vocês estão brincando certo? – Eu perguntei e Nelly deu um sorrisinho.

- Sua mãe acha que é uma boa oportunidade de se conhecerem melhor - Comentou Paige.

- A senhorita Katherine não deixe o escapar, ele é tão bonito e gentil... – Ela disse suspirando.

- Já vi que vocês não o conhecem muito bem – Eu disse sorrindo e me lembrando de suas palavras antes de dormir. Precisava falar com alguém, precisava falar com Amberly.

Apenas após lavar os cabelos é que conseguiram dar um jeito nele, sai com os cabelos molhados mesmo, nem reparei no que estava vestindo, só sabia que era um vestido verde. Andei apressada até o salão principal onde minha irmã estava folheando uma revista e tomando nota.

- Ambes preciso falar com você – Eu disse arfando.

- A céus eu também! Olhe esses dois vestidos, eu não sei qual deles escolher – Ela disse e eu torci o nariz.

- É um casamento ou você irá tornar-se uma freira? – Eu disse rindo e ela rolou os olhos.

- São adequados para o meu casamento, na minha posição eu não posso usar nada muito sexy.

- Bom não é meu gosto, eu vou pensar a respeito e te digo ok? – Eu disse apressada.

- O que seria mais importante que meu vestido de casamento? – Ela disse emburrada.

- Podemos ir a algum lugar privado? – Eu perguntei olhando em volta.

- Claro... Eu acho, vamos ao meu quarto. Tem umas coisas que quero te mostrar – Ela disse animada.

Fomos para seu quarto ela pediu para Gwen e Laile nos deixarem a sós e foi para o armário me pegando uma pasta enorme.

- Vamos la, o que você acha de pergaminho para os convites? – Ela perguntou animada.

- Ambes eu quase fiz aquilo com o príncipe Phillip! – Eu disse de uma vez e ela soltou a pasta deixando-a cair no chão.

- Você o que? – Ela deu um gritinho.

- Sei la o que me deu, mas faltou muito pouco, se ele não tivesse parado teria ido até o fim – Eu disse ansiosa.

- Kath, que bom que ele tem juízo, porque você não tem nenhum – Ela disse sentando no chão para apanhar suas coisas.

- Eu não sei o que foi aquilo quando estou com ele, eu sinto que tudo é mais intenso.

- Bom talvez você esteja apaixonada por ele – Ela disse colocando os papeis que haviam fugido na pasta.

- Impossível eu nem o conheço – Disse teimosa.

- Pois é e mesmo assim quase chegou aos finalmente com o doce desconhecido não é mesmo? – Ela disse olhando para mim.

- O que eu faço agora?

- Em relação a que?

- Ambes, ele não foi embora ele vai ficar!

- A sim nosso convidado de honra – Ela disse sorrindo.

- Como eu vou encarar ele?

- Da mesma forma que você sempre faz – Ela disse dando de ombros.

- Estou com vergonha, meu comportamento foi tão...

- Kath, se ele gosta de você, o que eu acredito que goste se não ele poderia ter abusado de você, ele não vai falar nada.

- Mas e se ele rir de mim ou coisa parecida?

- Kath, não vai saber se ficar aqui apenas se perguntando.

- Você esta certa, eu vou falar com ele – Me levantei e corri até a porta.

- Kath temos que escolher umas coisas aqui – Ela disse.

- Eu já volto prometo! – Eu disse fechando a porta e correndo pro jardim.

Quando cheguei ao jardim ele já estava de camiseta e o Shal estava com ele.

- E quanto a alimentação, o que você sugere? – Perguntou Shalom animado.

- Hum seria bom se você comesse...

- Com licença desculpe atrapalhar vocês, posso falar com você Phillip? – Eu interrompi a conversa deles.

Phillip me olhou com aquele olhar sem expressão e acenou positivamente com a cabeça.

- Depois agente se fala – Disse Shalom animado nos deixando a sós.

- Se importa? – Eu disse indicando a porta do jardim e ele deu de ombros e me seguiu.

O levei até um banco um pouco distante, queria ter uma conversa particular com ele, e queria manter a calma, mas ele estava usando uma camiseta de manga curta o que o deixava tão sexy... Concentre-se Katherine.

- Phillip eu gostaria de pedir desculpas – Eu disse sentando no banco, ele permaneceu em pé.

- Pelo que? – Ele perguntou olhando para mim.

Eu odiava como ele era bom em esconder suas emoções, esse ar misterioso me deixava nervosa de falar besteiras.

- Por ontem eu não devia ter feito o que eu fiz – Eu disse evitando seu olhar gelado.

- Mas você não fez nada – Ele disse.

- Phillip se você não tivesse parado possivelmente teria acordado na minha cama – Eu disse sentindo o calor nas minhas bochechas, eu estava da cor dos meus cabelos.

Ele pegou uma mecha dos meus cabelos molhados e colocou atrás da minha orelha.

- Possivelmente não, Katherine eu disse que com você será diferente e será especial – Ele disse olhando com intensidade para mim.

- Como você pode fazer isso? – Eu disse me sentindo estranha.

- Isso o que?

- Porque você quer as outras e não me quer? – Eu disse sentindo as lagrimas turvarem minha visão, porque eu estava com vontade de chorar? Sim embora eu entenda que ele não quer apenas uma noite comigo, eu queria tanto que ele me quisesse como eu o queria, me sentia frágil perto dele.

- Que outras Katherine? – Ele disse passando a mão nos cabelos e sentando-se ao meu lado.

- Você quis fazer com aquela moça, o que ela tinha que eu não tenho? – Escapou da minha boca.

- A isso de novo? Se eu te contar aquela história você vai para com essa paranoia? – Ele perguntou.

- Acredito que sim – Eu disse olhando para as minhas mãos.

- Certo, eu gostava dela, ela era camareira do castelo, nós havíamos trocado alguns beijos já, ela fora a primeira garota que eu beijei quando eu tinha quatorze anos, meus pais haviam morrido em um acidente de carro e meu irmão não tinha paciência de me educar então me mandou para a Suiça fiquei alguns anos sem vê-la beijei varias garotas, depois que eles morreram me senti meio vazio, mas só beijos era como se eu procurasse algo para tapar o buraco.

“Quando voltei para casa ela ainda estava lá, estava mantendo a distancia, eu sabia que meu irmão não era uma pessoa que entenderia mesmo eu não sendo rei ele jamais deixaria que eu tivesse qualquer coisa, com alguém que não fosse real.”

“Naquela noite ela foi me ver em meu quarto de madrugada, ela disse que estava com saudades e não aguentava mais ficar longe de mim, bom estávamos apenas nos beijando e então virou algo mais intenso, mais cheio de paixão, eu e ela estávamos fazendo era uma sensação indescritível.”

“Eu não sei o porquê, mas meu irmão entrou em meu quarto e não foi nada agradável, ele nos pegou e você já sabe o resto”

Ele contou tudo olhando para o céu, e eu me sentia estranha sobre isso, ele gostava de outra mulher, como eu poderia entregar meu coração a um coração que já estava preenchido?

- E quanto a ela, você disse que ela morreu? – Eu criei coragem de perguntar o que o bichinho verde de ciúmes estava querendo saber.

- O que você acha Katherine? Acha mesmo que Patrick Segundo Lorentzen de Monpezat iria deixar que nascesse um bastardo? Ele mandou matá-la – Ele disse olhando para o outro lado.

- Que horror!

- Bem vinda à vida Katherine, nem todos são bons e gentis. A vida é cruel às vezes e não um conto de fadas onde a doce princesa pode fazer suas escolhas – Ele disse com acidez para mim.

- Eu não tenho culpa dessas coisas – Eu rebati.

- Claro que você tem, você me fez lembrar de toda essa merda! Toda as vezes que nos vemos você faz questão de me alfinetar com isso – Ele me olhou com lagrimas caindo dos olhos.

- Eu não queria eu...

- Queria me machucar? Você conseguiu! Espero que esteja feliz – Ele levantou-se e partiu.

Eu fiquei sentada olhando ele ir, eu não queria tocar em suas feridas, mas depois disso só sabia que seria impossível fazer com que ele esquecesse, ele não podia apenas ter dito que me queria mais do que qualquer outra? Mas teria bastado, eu teria realmente ficado satisfeita?

Eu fiquei algum tempo chorando porque eu jamais poderia competir com o primeiro amor dele, eu o queria, mas jamais o teria, depois que as lagrimas secaram eu entrei, era hora do jantar e eu nem havia notado que estava tão escuro. Passei no banheiro para ver meu rosto, estava um pouco inchado, mas levantei o rosto e fui para a sala de jantar.

- Não vai rolar! – Era a voz de Antony no hall de entrada.

Escutei essa conversa e me escondei para continuar escutando.

- Meu pai esta pedindo Tony, não sou eu – Era a voz do Sean.

- Quando aconteceu? – Perguntou Antony.

- Ontem à noite, por sorte estávamos aqui no castelo – Respondeu Sean.

- Levaram alguma coisa? – Era a voz do meu pai.

- Um pouco de dinheiro algumas jóias, mas estamos bem – Disse Sean.

- Onde esta Alaric? – Perguntou uma outra voz que eu acho que era do pai do Antony.

- Se escondeu entre os contatos do norte, minha mãe viajou para fora do país e ele pediu que eu ficasse aqui, seria mais seguro – Disse Sean.

- Iremos investigar, até ficarmos sabendo de algo pode ficar.

- Majestade tem certeza? – Era a voz de Antony.

- Não vou deixá-lo na rua – Disse meu pai.

- Eu vou ficar de olho em você Sean – Disse Antony e eu percebi que eles haviam ficado para trás.

Resolvi sair do meu esconderijo e eles me olharam, Sean sorriu para mim, Antony rolou os olhos e foi jantar.

- O que aconteceu? Porque esta aqui? – Perguntei ansiosa.

- Não esta feliz em me ver? – Ele disse parecendo triste.

- Não é isso, estou preocupada.

- Bem, houve um ataque rebelde na minha casa ontem à noite enquanto estávamos no baile, e meu pai esta com medo por minha vida então ele pediu que eu ficasse aqui com vocês.

Eu o abracei, era tão bom tê-lo aqui ainda mais agora que eu sabia que não teria qualquer chance com o Phillip.

- Estou feliz que esteja bem – Eu disse e ele retribuiu o abraço.

- E eu fico muito feliz que você esteja feliz – Ele disse afagando meu cabelo.

Fomos para a sala de jantar e o jantar foi bem quieto, Phillip disse que não estava se sentindo bem e não veio jantar, alguém levaria o jantar até o seu quarto mais tarde. Imaginei que ele ainda estava muito chateado com o que aconteceu durante a tarde.

Voltei ao meu quarto depois do jantar quando eu ia entrar em meu quarto, Sean veio correndo e me deu um beijo na testa.

- Tenha bons sonhos – Ele disse.

Eu me sentia tão triste e frustrada que eu o puxei para um beijo. Os beijos do Sean sempre curavam as feridas que Phillip sempre conseguia fazer, eu amava a sensação terna que existia quando estava com ele.

- Tenha bons sonhos você também – Eu disse a ele quando o soltei.

- Com toda certeza eu terei, poderei sonhar com você – Ele disse sorrindo e tocando seus lábios.

Eu entrei em meu quarto e deixei que Nelly e Paige me arrumassem para dormir, depois as dispensei e fui dormir.

Hoje havia sido um dia tão confuso, mas eu definitivamente havia eliminado Phillip da minha lista, e teria que eliminá-lo do meu coração.