Capitulo 25
*** Katherine ***
- Vou começar a explicar porque a família real chama-se Schreave ao invés de Illéa atualmente.
“A história começa com os filhos de Gregory Illéa que você já conhece. Katherine vendida para um casamento sem amor com um príncipe, à suposta morte de Spencer e Damon sobe ao trono, casou-se com uma dama provinda da seleção e eles tiveram apenas Justin que quando chegou à maioridade casou-se também com uma moça da seleção, mas foi assassinado. Sem ninguém para assumir o trono quem subiu foi Porter Schreave, casou-se com a viúva e bla bla bla. Desde então a família Schreave está no trono. Mas Spencer não havia morrido, ele fugiu para o norte onde encontrou pessoas que compartilhavam das mesmas idéias que ele.”
“Ele apaixonou-se por Arabelle Belts, com ele teve 3 filhos, Robert, Eline e Mason. Robert foi assassinado deixando apenas meu avô, os filhos de Eline não carregaram o sobrenome Illéa, Mason sumiu. Assim eu sou da linhagem de Robert que seria o primeiro na linha de sucessão.”
“Meu pai não me disse quantos Illéas existem, meu avô Peter teve dois filhos meu pai August e meu tio Alaric, e meu pai tem apenas a mim e meu tio apenas meu primo.”
- Por esse motivo Kath eu tenho mais sangue real do que você. – Ele disse com aquele sorriso metido.
- Claro que o trono veio por um meio bem corrupto. – Disse Amberly.
- Você leu os diários? – Ele perguntou a ela.
- Claro! Meu pai achou que seria importante isso. – Ela disse pomposa.
- Que diários? – Perguntei.
- Os livros mofados que você disse que não iria ler tão cedo – Ela disse rolando os olhos.
- Ahhh, aquele negócio era chato!
- O que você gosta de ler? – Ela perguntou presunçosa
- Revistas! Leitura top e contemporânea. – Eu disse e eles riram.
- Você deveria se aplicar mais Kath – Disse Ambe rindo.
- A, mas eu gosto tanto da vadiagem... – Eu disse sorrindo.
Ver Tony e Ambe juntos já não me deixava chateada, mas que os ombros deles estavam maiores isso eu percebia só de olhar. Eu só esperava arrumar alguém como ele, cheio de química. O príncipe Andrey ainda não me respondera, mas eu não estava muito preocupada nem havia química entre nós, ele só tinha uma boa pegada, talvez fosse coisa de franceses...
Ficamos presos no escuro durante algumas horas, jogamos conversa fora, falamos de coisas inúteis para matar o tempo, quando a porta abriu eu levantei rapidamente e abracei o primeiro guarda que apareceu.
- Ahhh liberdade! – Eu disse abraçando-o.
Ele estava sem graça tentando se desvencilhar do meu abraço.
- Senhor comandante, eles estão aqui – Ele gritou.
- Bom trabalho soldado Kent... Mas que diabos? – Ele disse olhando para nós.
- A desculpe – Eu o soltei – Estava muito feliz de ficar livre acho que me exaltei.
O comandante Leger ergueu a sobrancelha e disse.
- Sua mãe estava aflita.
- Onde ela está? – Perguntou Amberly.
- Em seus aposentos – Ele respondeu.
- Estamos indo – Eu peguei a mão de Ambe e a puxei apressada ela acenou para Antony e foi comigo.
Chegamos ao quarto da minha mãe e ela estava na cama com Shalom ao seu lado.
- Graças aos céus! – Ela disse ao nos ver.
- Onde estavam? Quase morremos de preocupação – Disse meu pai aflito nos abrasando.
- Estávamos no abrigo da biblioteca...
- Eu disse que estavam bem! – Disse Shalom sorrindo e vindo em nossa direção nos abraçar também.
Minha mãe estava estendendo os braços soltei meu pai, dei um rápido abraço em Shalom e corri para ela.
- Tive tanto medo! – Ela disse me abraçando.
- Tudo bem eu salvei o dia! – Eu disse brincalhona.
- Mas de certa forma até foi...- Disse Amberly abraçando-a também e sentando-se ao seu lado.
- Conta tudo! – Disse Shalom Juntando-se a nós com olhar vidrado.
Amberly contou o que aconteceu e Shalom falava “Uau” em alguns intervalos.
- Você mordeu um rebelde? – Perguntou meu pai espantado.
- E dei um soco nas partes baixas! – Eu disse orgulhosa de mim mesma.
- Chutou a canela de outro e deu um pisão no pé dos bons também. – Disse Amberly rindo.
- O que andaram ensinando para você Kath? – Perguntou minha mãe rindo.
- Não o suficiente, eu acho que devia aprender a atirar também. – Eu disse.
- Esta maluca? – Disse meu pai.
Amberly me olhou com um olhar assustado balançando a cabeça e eu percebi que não era para falar do Antony.
Falo ou não falo?
- Não, mas nos dias de hoje seria bem útil. – Eu disse dando de ombros, eu resolvi ficar calada, porque se as merdas que eu fiz viessem átona eu teria problemas.
Fiquei um tempo com eles e então me retirei pro meu quarto, estava cansada. Antes de entrar me entregaram uma carta.
Ela da França e eu sorri abrindo em frenesi.
“Prezada Katherine,
Sinto muito se lhe passei a imagem errada, mas eu não posso ter algo com você primeiro minha mãe jamais permitiria, ela não gosta da sua mãe e segundo porque depois que você beijou todos os príncipes da festa, bom eu fiquei com você por diversão apenas. Entenda que para esposa preciso de uma princesa que não saia beijando todos os caras de uma festa.
Se quiser se divertir estou disponível,
Cordialmente
Andrey.”
Mas que merda é essa? Quem ele pensa que é?
Entrei em meu quarto muito nervosa, que cara engomadinho imbecil! Quando percebi que alguém estava correndo pro banheiro tomei um susto. Eu devia chamar um guarda é claro! Mas isso se eu pensasse como as pessoas normais, como eu não pensava fui la ver o que era quando eu vi eu apenas consegui dizer.
- Mas que merda...?
- Senhorita eu... – Disse Tild.
Tild estava tentando tirar meu vestido, pelo que parece ela estava achando divertido vestir minhas roupas e o pior é que nem serviam nela, Tild era mais alta e tinha mais corpo que eu então, que merda é essa?
- O que diabos deu na sua cabeça para usar a minha roupa? – Eu gritei.
Eu era meio territorialista com as minhas coisas.
- Elas são tão bonitas... – Ela disse.
- E são minhas! - Eu gritei e ela encolheu-se – Você é apenas a minha serva então tire imediatamente e destrua eu não quero mais essa roupa... Aliás retire-se das suas tarefas eu não quero mais você.
- Mas senhorita... – Ela disse.
- Saia imediatamente. – Ela se trocou e antes de sair ela me deu um olhar estranho e jogou a roupa na minha cara dizendo.
- Se vire! – Ela ia sair quando dei-lhe um tapa no rosto.
Ela olhou-me com ódio e entrou novamente, foi direto para a minha cama mexeu em alguma coisa e colocou no bolso e saiu com olhar diabólico.
- Insolente! Vou dar queixa de roubo! – Eu gritei enquanto ela saía.
Fui ao lugar onde ela havia pego algo ver o que estava faltando e eu gelei.
As cartas que eu havia recebido no dia seguinte a festa de Amberly, eu havia guardado naquele local, vasculhei e não estavam. Eu saio correndo para ver se alcançava aquela vadia. Quando virei o corredor do quarto dos meus pais eu pude distinguir seu vulto entrando no quarto deles.
Tinha que dar tempo!
Entrei no quarto com tudo e vi que meu pai estava lendo enquanto Tild estava chorando lagrimas de crocodilo com cara de santa sendo amparada por Mary. Minha mãe estava com uma expressão angustiada.
Os olhos do meu pai estavam estreitos e seu rosto impassível enquanto ele lia as cartas, as lagrimas começaram a brotar de meus olhos, meu mundo estava desabando.
- Katherine Marie Schreave, o que significa isso? – Ele disse atirando as cartas na cama, sua voz ia além da severidade ele estava muito nervoso.
- Eu... Eu... – Eu não sabia o que dizer, foi quando meu pai puxou o papel de minhas mãos, por algum motivo eu não havia soltado a carta de Andrey.
- Você sabe que escândalo você pode causar com isso? – Ele disse com a carta nas mãos.
- Pai eu... – Ele me cortou.
- Cale-se! Pelo menos uma vez na sua vida não abra a boca e apenas escute...
- Maxon... – Ela minha mãe.
- Agora não America, Katherine precisa escutar...
- MAXON! – Ela gritou e então olhamos para ela na cama.
Ela estava branca feito um papel, as cartas estavam no chão, ela devia ter lido também.
- Eu... Eu... – E ela desmaiou.
Ele correu e a pegou no colo, Mary abriu a porta para deixar ele passar, e pude ver que a cama estava ensopada de sangue, roupa da minha mãe estava ensopada de sangue.
- Fique no seu quarto até segunda ordem! – Ele ordenou saindo com ela nos braços apressado e com uma expressão preocupada.
Eu corri pro meu quarto chorando, queria saber o que minha mãe tinha, queria saber se ela estava bem, mas meu pai estava com uma cara que se eu ousasse desobedecer eu iria para forca.
Me joguei na cama e abracei um travesseiro, eu só esperava que ela estivesse bem...
Quanto tempo passou até que alguém veio me ver? Não faço ideia, a senhora Ambers entrou em meu quarto e eu ainda estava chorando.
- Como minha mãe está? – Eu perguntei em prantos.
- Entre a vida e a morte – Ela disse afagando meus cabelos.
- Eu não tive a intenção eu... – Eu nem sabia o que dizer.
- Vamos esperar querida e vamos torcer para que tudo dê certo, America é uma mulher muito forte sei que vai se recuperar. – Ela disse.
- É culpa minha? – Perguntei.
- Difícil saber querida, hoje foi um dia atípico, tivemos um ataque rebelde ao qual sua mãe ficou aflita porque você e sua irmã não estavam no abrigo, e então tudo aquilo...
- Você soube? – Perguntei.
- Sim, Marlee me contou você não deveria bater nas pessoas, pois quando elas ficam nervosas fazem coisas para nos prejudicar...
- Ela me tirou totalmente do sério!
- Mas você deveria ser mais amiga das suas assistentes e não apenas mandar.
- Eu sou a princesa e elas estão aqui para me servir! – Eu disse orgulhosa.
- Ninguém é obrigada a ser maltratado Katherine. – Ela disse séria.
- Não tenho criadas tinha apenas ela, minha mãe dizia que quando eu fosse mais velha teria mais duas. – Disse dando de ombros e ela suspirou.
- Não justifica, se você não tivesse agredido a moça isso teria sido adiado. Aprenda que a mentira nunca dura para sempre Katherine.
- Se for bem contada pode durar. - Teimei
- Você terá um longo caminho ainda Katherine... Pedirei para alguém trazer seu jantar. Com licença – Ela disse retirando-se.
Os próximos dois dias foram angustiantes, ninguém falava comigo e os guardas não me deixavam sair do quarto, duas vezes por dia Marlee me trazia as refeições, nem me ajudavam a vestir, tinha que fazer tudo sozinha, nem meus irmãos podiam me ver. Todas às vezes eu perguntava sobre a minha Mãe a Marlee, mas ela também estava aflita e não sabia. Então ela entrou em meu quarto no terceiro dia dizendo.
- Vou te ajudar a vestir alguma coisa – Ela disse e o fez.
Ela separou um vestido todo preto e eu comecei a chorar, porque eu estava vestindo preto?
- O que aconteceu minha mãe...? – Eu não conseguia formular as palavras, não podia dizer minha mãe não podia ter morrido.
- O deus não, mas ela está bem fraca... – Ela disse em lagrimas.
Ela me conduziu para fora do meu quarto até o escritório do meu pai, odiava não saber o que estava acontecendo. Ela bateu e ele mandou entrar, quando entrei ele estava muito sério.
- Sente-se. – Ele disse.
E eu me sentei, seria melhor não discutir com ele.
- Você tem alguma noção da gravidade dos seus atos? – Ele perguntou e eu fiquei calada olhando para as minhas mãos – Sua mãe está hospitalizada e seus irmãos estão em uma incubadora entre a vida e a morte porque tiveram que nascer antes do tempo, o que você fez foi o topo do que sua mãe poderia passar em um dia.
Agora eu sabia que todos estavam vivos, mas eu não sabia se ficariam bem, e eles tinham que ficar.
- Isso acaba agora Katherine. – Ele jogou um papel na minha frente, era uma carta, eu a peguei e li.
“Prezados,
Informamos que seu pedido de matricula foi aceito na escola Delth Mounts, Suiça.
Em anexo a lista de vestuário e material.
Aguardamos ansiosos a senhorita Katherine M. Scheave.
Atenciosamente,
Lady V.F. Ledrick – Reitora.”
- O que significa isso? – Perguntei.
- Não é obvio? Você irá para um internato – Ele disse sério.
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