Capitulo 18
*****Amberly*****
Ao sair da sala de reuniões eu levei Antony para a biblioteca e fechei a porta, existiam assuntos importantes que eu precisava tratar com ele.
- Antony. – Eu disse com um suspiro.
Ele sorriu para mim, acariciou meu rosto com a mão boa e beijou-me nos lábios, eu o abracei tentando não machuca-lo.
- Me sinto péssimo por não poder abraça-la como merece ser abraçada. – Ele disse com um olhar triste quando me soltou.
- Não seja bobo, o importante é que está bem. – Eu disse acariciando seu rosto.
- Logo tirarei essa coisa e poderei fazer isso. – Ele disse sorrindo.
Era impressionante como facilmente eu me distraia com ele, balancei a cabeça afastando esses pensamentos.
- Precisamos conversar, é algo sério. – Eu disse olhando-o nos olhos.
- Que pensa pensei que estávamos fechados na biblioteca apenas para desfrutar da companhia. – Ele disse rindo.
- Engraçadinho! – Eu respondi.
- O que? Não custa tentar! – Ele deu de ombros.
- Sente-se e pare de me distrair! – Eu disse a ele e ele aproximou-se.
- A eu distraio você? – Ele disse dando um beijo no meu rosto.
Rolei os olhos e o empurrei para a poltrona, ele caiu sentado rindo e eu sentei no braço da poltrona que ele estava olhando-o.
- Você sabe que precisamos ser discretos, certo? – Eu perguntei.
- Sei, não pretendo provocar seu pai, por mais difícil que seja ser discreto perto de você – Ele disse pegando minha mão e beijando-a.
- Sim, mas existe mais uma coisa – Eu disse buscando as palavras certas porque eu sabia que ele ficaria aborrecido.
- Chega de tanto mistério Amber. – Ele pediu.
- Ok, mas promete não ficar bravo com meu pedido? – Perguntei.
- Talvez. – Ele respondeu com seu sorriso metido.
- Por favor! – Eu respondi fazendo minha melhor cara de dó.
- Ta! Que seja! Droga você sempre consegue o que quer de mim. Certo sou seu servo diga. – Ele disse brincalhão.
- Ok, lá vai. Não podemos contar a meus pais sobre Katherine. – Eu disse mordendo o lábio.
- Mas...? O que? Por quê? – Ele parecia bravo.
- Você prometeu! – Eu disse e a sua expressão suavizou.
- Mas Amber, eu não posso ser conivente com algo desse tipo, quero dizer Katherine precisa ser punida.
- Sim eu sei disso, mas imagine o que meu pai não vai pensar se souber sobre você ter beijado ela? – Eu respondi e o vi ficar branco.
- Eu... Eu devo assumir meus erros... – Ele disse branco.
- Mas eu quero que meu marido ainda tenha cabeça quando me casar com ele sabe? – Eu disse rindo e acariciando seu rosto.
- Ela sairá impune desta vez? – Ele perguntou com um sorriso sem humor.
- Acredito que sim – Eu disse suspirando.
Ele ficou recostado no sofá olhando para frente, e ficamos em silencio perdidos em nossos próprios pensamentos.
- Posso fazer isso. Mas não me peça para perdoá-la – Ele disse de repente quebrando o silencio.
- Isso é uma escolha sua e eu não irei interferir. – Eu disse.
- Você a perdoou? – Ele perguntou.
- Sim, ela é minha irmã. Apesar de tudo ainda somos da mesma família. – Eu disse olhando-o nos olhos.
- Sabe antes que ela me beijasse no jardim eu nem sabia seu nome... Posso ser sincero com você? – ele perguntou.
- Claro! – Eu respondi.
- Quando ela impôs sua existência a mim, achei ela muito bonita, vivaz e autentica. – Ele disse com o olhar ao longe.
- Mas ela é tudo isso, ela apenas não segue um padrão, geralmente ela faz o que vem na cabeça e nem sempre sai algo de bom de sua cabeça... – Eu respondi.
- Mas depois disso me afastei dela, e ela me pediu desculpas e queria ser minha amiga, acreditei em sua amizade sincera. – Ele disse chateado.
- Não é algo inteligente, acreditar nas promessas de Katherine – Eu ri.
- Mas eu não a conhecia, depois do dia do seu aniversário passei a odiá-la. – Ele disse sério.
- O que ela te disse na minha festa? – Perguntei, mas eu não sabia se eu realmente queria saber essas coisas.
- Ela queria que eu desistisse de você e ficasse com ela... – Ele disse me olhando.
Fiquei chateada, mas eu sabia que isso era bem cara do que Katherine faria.
-Por favor, não fique chateada... – ele disse acariciando meu rosto com sua mão boa.
- Estou chateada, é difícil a concepção de que minha própria irmã queria o meu lugar... – Eu disse tristonha.
- Ei... Sério passou ok? Vamos esperar que ela nos deixe em paz. – Ele disse afagando meu braço.
- Acho que com meus pais aqui ela vai se comportar melhor – Eu disse sem muita convicção de minhas palavras.
- De qualquer forma você a perdoou, não sei como consegue, eu não posso, ela quase fez com que eu perdesse você... – Ele disse rouco.
- Você sabe que é muito importante para mim também não sabe? – Eu disse acariciando seu rosto e beijando-lhe a testa.
- Quão importante? – Ele perguntou e eu corei.
- Já falamos isso, e você prometeu não me apressar. – Eu disse a ele e ele riu.
- Bom não custa tentar não é verdade? – Ele disse rindo.
- Vamos sair daqui antes que meu pai mande os guardas me procurarem? – Eu disse.
- Mas já? – Ele disse me puxando com o braço bom e eu cai sentada em seu colo.
- Antony! Isso não é apropriado. – Eu disse com o coração acelerado.
- Pouco me importa. – Ele disse rindo e puxando meu rosto para beijar-me.
Coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço e ele manteve a mão boa em minhas costas, seus beijos eram o suficiente para me fazer sair da orbita e ir para um mundo secreto que era apenas nosso, será que isso era o suficiente? Eu o amava? Acho que ainda era muito cedo para isso, mas o que sentia por ele era muito mais do que achar ele bonito, ele disparava meu coração, e às vezes seus beijos faziam com que eu sentisse algumas vontades que eu sabia, nos eram proibidas. Ele parou nosso beijo e estávamos arfando, ele sempre seria um cavalheiro.
- Err... Você tem razão melhor irmos – Ele disse arfando.
- Sim! – Levantei apressada.
Ele sorriu, pegou minha mão e saímos do nosso local secreto.
*****Katherine*****
As noites na ala hospitalar eram sempre uma droga, eu ficava totalmente sozinha e os fantasmas das minhas atitudes vinham me assombrar. No dia do ataque achei que era uma piada, e quando vi que era sério e me machuquei, pensei que preferia ter morrido, as pessoas me odiavam mesmo. Mas depois de me machucar, parecia que todos haviam voltado a gostar de mim graças a preocupação. Eu temia que contassem o que eu havia feito para meus pais, Amberly, foi me visitar, ela parecia realmente preocupada até me abraçou, pedi desculpas a ela e ela pediu que eu não fizesse mais isso, e que me perdoaria porem ela não diria o mesmo de Antony. Eu não estava a fim de tentar falar com ele de novo, o tempo faria com que ele me perdoasse. Shalom passava boa parte do dia ao meu lado e eu estava feliz de ver ele de novo, minha avó também ficava comigo. Eles me contaram que pediram para os criados não contarem a ninguém o que aconteceu na ausência dos meus pais para não magoa-los. Sentia-me péssima por tudo que fiz, e sentia que por hora iria me comportar, mas eu seguia meus impulsos e na maior parte das vezes agia sem pensar, o bom de tudo? Não tinha mais armas para atacar o namoro da minha irmã, acho que focaria mais em mim mesma, seria melhor assim. Mas depois de casar e ir para longe poderia chutar o pau da barraca! Iria investir no príncipe gato Andrey.
Quando meus pais chegaram fiquei tão feliz de vê-los meu pai foi extremamente severo comigo. Minha mãe sempre amorosa, mas eles tinham muito que fazer. Jamais teria coragem de contar-lhes as coisas horríveis que eu havia feito. Na noite que eles voltaram minha mãe conseguiu me liberar para voltar ao meu quarto, estava muito feliz, aquele lugar escuro e triste me fazia chorar todas as noites. Quando fui acomodada em minha cama meus irmãos foram me ver com a minha mãe.
- Obrigada mamãe. – Eu disse abraçando-a.
- Espero que fique mais confortável meu amor. – Ela disse acariciando meus cabelos, ela estava sentada ao meu lado e Shalom do outro lado, Ambe na ponta na cama com aquela cara de paisagem dela, aposto que ela não queria estar ali, mas estava porque “era seu dever”.
- Ficarei graças a você. – Eu sorri para ela, eu sempre era autentica com a minha mãe, eu a amava muito, independente das minhas atitudes.
- Bom vou me retirar, esse fuso horário está me matando. – Ela disse dando um beijo na minha testa e levantando-se.
Foi quando eu olhei direito para a minha mãe e não pude deixar de dizer.
- Mãe! Vocês está... Gorda! – Eu disse de boca aberta, minha mãe estava acima do seu peso habitual ela sempre fora tão magrinha e agora ela parecia inchada.
- Katherine! – Disse Amberly estupefata.
Minha mãe estava desconsertada e Shalom estava fazendo uma cara de “onde estou? Quem sou” totalmente perdido.
- Mas está mesmo, não mentirei – Eu disse dando de ombros.
- Bom pode ser, eu comi muitas coisas diferentes... – Disse minha mãe meio sem graça.
- Mamãe você está linda como sempre! – Afirmou Amberly fazendo uma cara feia em minha direção.
Era só o que me faltava, eu não ia mentir sobre isso! Sabe poderia ocultar coisas dos meus pais, mas eu não era cara de pau a ponto de mentir para ela.
- Mãe, pra mim você parece igual, e nem sei por que isso importaria. – Disse Shalom confuso.
- Coisas de mulher Shal. – Disse minha mãe com carinho.
- Bom vamos indo mamãe você está cansada. – Disse Amberly fazendo todos saírem do meu quarto.
- Ambe, posso falar com você? – Eu pedi e ela parou antes de sair, fechou a porta e veio até mim.
- O que quer? – Ela perguntou friamente.
- Já pedi desculpas não foi? – Eu disse.
- Sim, mas confiar em você é uma coisa totalmente diferente de aceita-la. – Ela disse.
- Que seja, eu quero conversar com você – Eu disse sorrindo.
- Sobre? – Ela respondeu na defensiva.
- Você acha que eu deveria investir no príncipe Andrey? – Eu disse sem rodeios.
- Bom eu acho que você tem apenas quatorze anos e está muito nova para pensar nessas coisas. – Ela respondeu dando de ombros.
- Não seja ridícula! Claro que preciso me preocupar, vou garantir um bom partido para mim. – Eu respondi incrédula.
- Katherine, você não precisa ser tão precoce assim, você só precisa tomar essa decisão daqui a dois anos... – Ela disse.
- Vai que sobra apenas os restos? Não! Quero agora! Apenas me responda se acha que vale apena. – Eu teimei.
- Se você sente que deve pode fazer, espero que ele corresponda então. – Ela respondeu.
- Claro que ele vai. Você faria a gentileza de pegar papel e caneta em minha escrivaninha? Vou escrever para ele. – Eu disse animada.
- Fico feliz que esteja animada, mas como pode ter tanta certeza? – Ela disse indo pegar o que eu pedi.
- Ora, eu sou muito atraente Ambe! – Eu disse mexendo em uma mecha de cabelo.
- E modesta claro! – Ela disse com ironia me entregando o que pedi.
- Ambe, a modéstia foi feita para pessoas que não são bonitas, eu sei que sou linda não preciso de modéstia. – Eu disse rindo.
- Admiro sua confiança. – Ela disse.
- Assim que meu príncipe me responder cheio de amor, te mostro. – Eu disse sorrindo.
- Como quiser. – Ela disse rindo e saiu.
Acho que eu podia fazer isso, ser legal com ela... Creio que estava na hora de começar a tentar ser legal com ela. Sorri para esse pensamento então comecei minha carta, o plano “conquiste o príncipe” iria começar afinal eu tinha que me casar com um príncipe não? Então que seja um bem gato.
“Querido príncipe Andrey,
Como está?
Estamos bem aqui em Illéa, machuquei minha perna e estou alguns dias de cama, o que me deixa com o coração apertado de tanta saudade que sinto de você.
Você disse que falaria comigo de novo, mas não falou está tudo bem?
Estou morrendo de saudade, por favor entre com contato o mais breve possível.
Beijos,
Katherine M. Schreave”
Sim estava ótimo! Pensei em colocar “com amor”, mas estaria forçando demais a barra. Essa carta estava tão melada que teria que tomar cuidado com abelhas... Nossa estou engraçada hoje! Eu ri de mim mesma.
Entreguei a carta para Tild e ela levaria para ser despachada. Tinha certeza que meu plano não falharia, lembro-me da festa, ele estava totalmente caidinho por mim. E não era para menos, eu era muito bonita e jogaria com todas as minhas cartas para agarrar esse príncipe!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro