Capitulo 10
Eu estava dançando com Katherine e eu precisava admitir, ela era péssima. Em apenas alguns minutos de uma valsa, pisou em meu pé três vezes.
- Ops desculpe – Ela disse e eu contabilizei a quarta.
- Você é péssima dançarina sabia? – Eu disse a ela e ela riu e deu de ombros – Sorte sua que você terá uns anos ai de vantagem até sua festa de 16.
- Até lá poderei treinar... – Ela disse rindo e eu me calei.
Enquanto girava com ela pelo salão tentava achar Amberly, mas haviam tantas pessoas que parecia impossível.
- Então, viu como vieram príncipes para essa festa? – Ela disse num tom desinteressado.
- Verdade? – Fingi interesse.
- Vieram por mim, sou o grande troféu da noite, embora Amberly seja a estrela da festa. – Ela disse amargurada.
- Hmm – Realmente eu achava ela muito estranha.
- O que você acha disso? – Ela perguntou parecendo ansiosa.
- Acho do que? – Como? O que ela queria?
- Que eu tenha tantos pretendentes... – Ela disse fazendo beicinho.
E eu ri internamente ela estava flertando comigo de novo?
- Acho que eles da mesma forma que você, estão sendo obrigados devido as alianças. – Eu disse com um sorriso sarcástico.
- Você tem razão... São todos mais velhos que eu... – Ela disse e eu respirei fundo e olhei em seus olhos, ela estava realmente bonita, balancei esse pensamento para longe e disse.
- Você sabe conversar com rapazes mais velhos deveria tentar com eles – Ela estava me olhando intensamente.
- Só tem um rapaz que me interessa nessa festa – Ela disse aproximando-se, e por sorte a música havia acabado eu logo a reverenciei e sai da pista de dança. Ela veio atrás de mim e me parou perto da mesa de bebidas.
- Tony... – Ela chamou pegando meu braço.
- O que você quer de mim Katherine? – Eu disse olhando-a com um olhar gélido, eu não queria partir seu coração, mas acho que ela estava indo longe demais.
- Eu sou tão princesa quanto Amberly, porque não desiste dela e não fica comigo?
Caramba como ela era direta! Acho que se eu estivesse bebendo algo eu teria cuspido.
- Olha Katherine, eu não posso, não devo e não farei.
- Por quê? Você nem a conhece! – Ela disse com veemência.
- E eu conheço você? – Retruquei.
- Não, mas eu sou mais fácil de conhecer...- Ela disse tentando parecer charmosa.
- E porque eu não deveria tentar conhecer Amberly da mesma forma?
- Diga que não sente nada por mim e eu nunca mais o importunarei – Ela disse.
Eu sentia? Agora eu me sentia aborrecido, mas eu não sabia o que dizer, verdade que em poucos encontros eu conhecia melhor Katherine do que Amberly, mas creio que no fundo apenas achava as duas atraentes. Como eu não disse nada ela sorriu e se aproximou de mim.
Ela me beijou, mas bem na hora virei o rosto e ela beijou minha bochecha, ela era insana? Me beijar assim com tantas pessoas olhando?
Olhei para ela, ela parecia muito nervosa por ter me beijado no rosto então ela me deu um tapa no rosto e partiu. Estava passando a mão no rosto, porque estava dolorido.
Olhei em volta para ver se alguém tinha visto isso, e me pareceu que não. Estava doendo!
Não demorou 5 minutos ela estava de volta pegou meu braço e saiu me arrastando pela festa e então parou, ela parecia furiosa.
- Olha lá sua namorada, ela parece estar se divertindo bastante com o príncipe Li Chen, da nova Ásia.
Amberly estava conversando com aquele asiático, alguma coisa que ele disse a ela, ela começou a rir e logo os dois estavam rindo. Me senti estranho, ao mesmo tempo que queria bater no príncipe queria tira-la de lá.
- Espero que esteja feliz agora! – Katherine disse e retirou-se.
Fui atrás dela.
- Ei qual seu propósito com isso? – Perguntei.
- Apenas mostrar sua noivinha perfeita! – Ela disse.
- Katherine por quê? – Eu insisti.
Ela deu de ombros, ela estava olhando para mim e então seus olhos se estreitaram e ela partiu furiosa.
- Antony – Escutei meu nome vir de uma voz doce nas minhas costas, quando virei-me Amberly estava ali, ela parecia nervosa.
Fiz uma reverencia, mas eu estava meio nervoso com os últimos acontecimentos não falei nada, então ela prosseguiu.
- Teria um minuto? – Ela disse olhando-me séria.
Eu assenti, tanto fazia mesmo. Ela pegou minha mão e me conduziu para a varanda. A lua estava linda lá fora, e eu me lembrei que sua irmã havia me agarrado naquele jardim.
- Certo. Certo – Ele dizia caminhando de um lado para o outro, nervosa, e eu levantei uma sobrancelha.
- Está bem majestade? – Perguntei e ela parou e me olhou.
- Antony, eu sei que você a essa altura sabe e sabe que eu sei e... – Ela estava atropelando as palavras, que diabos ela queria que eu soubesse?
- Desculpe, eu não entendi – Eu disse e ela suspirou pegou minha mão e me puxou para um canto mais restrito, longe os olhos de quem observaria lá de dentro.
- O que eu quero dizer, é que eu sei que você e eu... Sabe? Vamos nos casar em dois anos, quando você chega à maioridade. E eu sei que você está ciente disso. – Ela disse olhando as próprias mãos.
- Sim eu sei – Eu disse e olhei para o céu, o que eu diria a ela? Ela parecia tão frágil...
- Eu acho que precisamos começar a nos conhecer melhor... – Ela disse baixinho olhando as próprias mãos.
- O que você sugere? – Eu disse olhando-a com indiferença. Primeiro ela estava lá no maior papo com o príncipe da Ásia e agora vinha com essa?
- Eu sei que sou difícil, e sou fechada, mas... – Ela suspirou e olhou-me nos olhos com um olhar determinado, essa se parecia mais a Amberly que eu sempre via do que a figura frágil que acabara de ver. – Farei meu melhor para dar certo.
Eu não resisti e dei risada. Era engraçado como ela sempre queria cuidar das coisas como se fossem meros procedimentos. Ela pareceu confusa.
- Amberly, você não pode apenas dizer "vou me apaixonar por ele". Não funciona assim. – Eu disse.
- Mas o que posso fazer? – Ela parecia perdida.
- Só o tempo dirá, podemos passar algum tempo juntos, para nos conhecermos se for do seu agrado claro.
- Acha que isso dará certo? – Ela perguntou com os olhos brilhando de expectativa.
- Talvez... – Eu coloquei as mãos atrás da nuca.
- Podemos passar essa noite juntos? – Ela perguntou e eu a olhei nos olhos, e então ela percebeu o que havia falado e corou. – Perdão, não é desse jeito.
Eu ri e acenei positivamente para ela.
- Eu entendi não se preocupe. – Eu disse e ela sorriu pegando minha mão e me conduzindo de volta ao baile, ela estava a minha frente quase entrando de volta na festa e eu segurei sua mão, ela parou e virou-se para mim com uma expressão confusa, eu a puxei para junto de mim, ela pareceu surpresa. Quer saber? Pouco importa ela seria minha esposa um dia, eu beijei seus lábios com voracidade, pressionando seu corpo contra o meu, seu perfume de flores me deixando inebriado, eu acariciava sua língua com a minha, sua boca tinha um gosto doce e delicado, ela passou os braços em volta do meu pescoço. Agora sim isso era um beijo de verdade.
Nos afastamos um pouco interrompendo o beijo, eu estava arfando e meu coração estava disparado, eu ainda a segurava pela cintura, ela descansou uma das mãos em meu peito e a outra ela tocou levemente os próprios lábios, estávamos olhando-nos nos olhos, ela estava com uma expressão fragilizada, teria eu quebrado a barreira de gelo?
Ela retirou as mãos dos lábios e as colocou em minha nuca puxando-me para outro beijo, dessa vez ela estava me beijando, foi maravilhoso quando terminou ela me olhou.
- Acho que pode dar certo... – Ela disse bem baixinho olhando-me nos olhos.
Eu fiquei de boca aberta, não sabia bem o que dizer então algo nos tirou desse momento.
- Olha só o casalzinho perfeito! – Disse Katherine.
Amberly virou-se ainda segurando minha mão, mas a expressão em seus olhos havia mudado, seu rosto estava recomposto e seus olhos pareciam feitos de gelo.
- O que quer Kath? – Ela disse a irmã.
- Estava aqui mostrando o palácio ao príncipe Andrey, estávamos indo para o jardim e nos deparamos com sua depravação. – Ela disse rindo e indicando o rapaz de cabelos escuros e olhos azuis escuros.
- Depravação? – Perguntou Amberly incrédula.
- Vocês estavam se comendo na frente da porta e impedindo nossa passagem... – Ela disse parecendo inocente, eu sabia bem que ela não tinha nada de inocente.
- Pois o caminho está livre fique à-vontade. – Disse Amberly friamente.
Eles fizeram uma reverencia e foram caminhando quando ela virou-se e disse.
- Ambe querida, os convidados não param de perguntar de você... Deveria voltar à festa e parar com as safadezas. – Ela disse com um sorriso diabólico nos lábios.
Eu ia responder, mas Amberly me conteve e indicou para entrarmos, eu queria ter falado poucas e boas para Kath, mas Amberly me conduziu de volta a festa, ela parou e cumprimentou algumas pessoas no caminho, sem dizer uma palavra sobre aquilo, ela parecia calma e controlada, mas quando ela voltava a pegar minha mão podia sentir sua tensão.
- Vamos dançar? – Ela pediu e eu assenti.
Fomos para a pista de dança estava tocando uma música lenta, e eu esqueci que todas as pessoas que estavam nos olhando, a segurei junto a meu corpo e disse em seu ouvido.
- Você está bem? – Perguntei.
- Vou ficar. – Ela respondeu próximo a meu ouvido.
- Porque não deixou que eu respondesse para ela? – Eu perguntei a ela.
- Sinceramente? Não vale apena, Katherine é assim ela é imatura ainda, mimada só sabe pensar em si própria – Ela disse.
- Mas sempre foi assim?
- Sempre, meus pais sempre tentaram diminuir o peso da realeza em cima de nós, mas eu sempre soube que era meu dever, eu era a mais velha, a coroa seria meu destino e eu o aceitei porque sei que posso fazer a diferença...
Eu percebi que eu jamais havia pensado nessas coisas, meu maior problema sempre havia sido ela gostar de mim, e eu amar ela. Ela realmente estava disposta a se sacrificar pelo povo, eu a admirava muito, jamais pensei que Amberly pudesse ser tão nobre.
- Espero que possa fazer a diferença comigo. – Ela disse olhando-me nos olhos.
Eu era um ótimo estrategista, mas não sabia se algum dia eu seria tão bom quanto ela.
- Farei sempre o meu melhor, isso posso te prometer. – Peguei sua mão e a beijei.
- O que fez você mudar em relação a mim? – Queria dizer sobre a rainha do gelo, mas ela poderia se ofender.
- Não posso mais ignorar nossa relação, quero dizer, nós somos noivos, e eu preciso aprender o máximo sobre você, preciso te ajudar a me ajudar. – Ela disse ainda com a expressão impenetrável.
- O que você quer saber? – Perguntei a ela, e ela pareceu surpresa.
- Eu não sei, existem tantas coisas que não sei por onde começar... – Ela disse olhando para longe.
- Vamos começar do começo está bem? – Ela me olhou.
- Como é começar do começo? – Ela perguntou.
- Um encontro, estou oficialmente te convidando para um encontro. – Eu disse olhando-a.
- Quando? – Ela perguntou.
- Quando você quiser... – Eu respondi.
- Meus pais viajam depois de amanhã e eu não sei...
Era verdade a Viajem, meu pai havia falado disso, e eu sorri para ela.
- Seremos vizinhos por uns tempos. – Eu disse sorrindo.
- Como assim? – Ela perguntou.
- Meus pais e eu ficaremos aqui no palácio até seus pais voltarem.
Ela estava me olhando com preocupação, e então ela disse.
- Eu vi vocês. – Ela disse.
- Não entendi. – Eu disse.
- Eu vi você e minha irmã na festa, vi que ela estava atrás de você e eu sei que ela não vai parar ela vai... Estragar tudo! – Ela estava preocupada.
Passei a mão suavemente em seu rosto e sorri.
- E viu que eu não fiz nada, além de tomar um tapa. – Eu ri.
- Você por aqui me preocupa Antony...- Ela hesitou.
- Olha não vai acontecer nada está bem? Não vou permitir, sei que podemos nos dar bem e eu vou me esforçar tanto quanto você para que isso aconteça do jeito certo ok?
- Promete? Prometa-me que não vai partir meu coração se eu resolver entrega-lo a você? – Ela estava olhando-me esperando minha sinceridade, e o que eu poderia fazer? Queria prometer que tudo seria lindo e maravilhoso, era impossível não prometer céu e terra para aquela figura que parecia tão frágil naquele momento.
- Prometo, mas com uma condição. – Eu disse.
- O que? – Ela perguntou.
- Por favor me chame de Tony – Eu disse gentilmente a ela e ela fez uma careta.
- É assim que todos te chamam certo? – Ela perguntou.
- Sim... – Eu disse.
- E é por isso que eu não gosto, será Antony para mim, seu nome é tão bonito... – Ela disse.
- Te chamarei de Amber então, porque não quero te chamar como todos. Quero que saiba o quanto você é especial para mim.
Ela me abraçou com força e então não existia mais ninguém no salão, selamos nosso acordo com um beijo terno na frente de todos, mas eu não me importava de beija-la as pessoas esperavam isso de nós de qualquer forma.
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