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I | O Retorno

Peguei vocês de surpresa, mas eis aqui o primeiro capítulo. Não esqueça seu voto 🌻

O cheiro do orvalho se misturava ao suor impregnado em suas roupas à medida que carregava o corpo amarrado a uma casca de árvore. Havia ajeitado Dalienne com toda cautela, lavado sua pele pálida e fria e tirado toda lama que havia manchado o seu rosto. Ela só está dormindo, repetia constantemente para si mesma enquanto marchava pela floresta adentro, desejando estar no caminho certo para Polus.

O céu cinzento apresentava seu luto ante à morte de sua melhor amiga. A única que havia tido naquele mundo. Vez ou outra, quando sentia seu coração ser esmagado pela triste situação, deixava que as lágrimas se misturassem às gotículas do chuvisco que ora ia e voltava.

Por um breve vislumbre do labirinto de pinheiros, pensou ter visto uma ninfa. Iria servir ao momento se fosse uma delas de fato e não uma árvore deformada.

Calejadas do peso que carregava, suas mãos não suportavam mais, ainda mais com as bolhas d'água que queimavam em seu palmo.

— Encontrou alguma coisa, Sombra? — perguntou assim que o viu se aproximar.

A temperatura estava tão baixa que o ato de respirar se tornava uma mutilação à sua garganta, o ar seco descia por suas cordas vocais como cacos de vidro. Diria, no entanto, diria que a rouquidão devia-se somente por horas chorando e clamando pela ajuda de Kyrios, visto que suas lembranças insistiam em feri-la rememorando o incidente de duas noite atrás.

Um instante ou outro, o lince adiantava o passo a fim de encontrar algo que os levasse à cidade. Sempre retornava com uma cara carrancuda; naquele momento não era diferente.

— Desde quando você tem pluma na ponta do rabo? — questionou Selena ao notar o detalhe.

Sombra balançou seu rabicho sem muito interesse. Estava tão estressado quanto ela devido à condição insalubre em que se encontravam.

Na palma da mão, a cicatriz permanecia cauterizada em decorrência da adaga que Malthor havia pego de suas mãos. Vez ou outra a dor retornava com uma intensidade maior que a anterior e era obrigada a parar para amenizar a dor na neve. Àquela altura já não mais conseguia gerar gelo da palma direita, a que mais usava, sendo sua única opção aprender a ser canhota. Estava alternando a força entre o pulso e a ponta do dedos no momento em que a dor se tornou mais aguda, a ponto de gritar e desabar ao chão.

— Aaaaai... Droga — gemeu, tentando apalpar a cicatriz. Mal conseguia tocá-la; tremia-se com a intensidade da dor só aumentando. — Kyrios! Kyrios!!! — clamava, entre lágrimas.

Os olhos já inchados impediam-na de enxergar o que estivesse na sua frente, porém sentiu um roçar suave tocar em seu braço.

— Kyrios, tira essa dor, por favor!

Abriu os olhos já aliviada quando percebeu que era apenas Sombra querendo farejar sua mão. Não havia pensando nisso, na hipótese de que o lince pudesse sarar sua ferida. Aproximou, portanto, a palma para seu animal, que, após uma breve farejada, embalsamou o corte com sua língua áspera.

Permaneceu encolhida tentando afastar pensamentos que remetiam a diversos momentos no qual falhara durante todo o tempo que havia passado em Alfhown. Tentava impeli-los, mas eles eram maiores e mais fortes que sua vontade de permanecer resistente. Pelo reflexo, pensou ter visto o corpo de Dalienne respirar. Contudo, havia sido apenas uma ilusão. Eu preciso continuar, repetiu para si, por você e por Hendrik.

Pegou o cipó pelo qual havia usado como corda e tornou a marchar nem que fosse necessário fazê-lo por dias, até que suas forças se esgotassem e alguém a encontrasse.

Mal se deu conta quando seu corpo após uns passos aos poucos houvera desfalecido e sua visão, escurecido na mesma velocidade. Um pânico repentino havia tomado conta de seus pensamentos, remetia à estranha sensação de ser tocada por um tenebrae. Contudo, a menos que tivesse perdido o tato, não havia sentido mais nada além de um calor extremo e vertigem antes de ter consumido o único resquício de energia que a abastecia.

Ao recuperar a consciência, sentiu um gosto amargo na boca devido à desidratação. Nas mãos trêmulas ainda não haviam forças para se reerguer.

Provavelmente devia ter ficado muito tempo desacordada. Sombra não estava por perto. O sol estava se pondo entre as montanhas. E uma lembrança alumiou sua memória.

Ainda deitada na neve, recordou-se do dia em que fora guiada pelas ninfas rumo à estalagem onde conhecera Sir Auryn e os outros cavaleiros. Estava exatamente tudo no mesmo lugar, apesar de não se recordar de muitos detalhes, mas o riacho fluente do rio Eplos onde havia visto uma mãe-urso e seu filhote ainda estava ali, sua correnteza era para o sul e Polus sem dúvida alguma ficava ao norte. Ande, não vai querer que algum tenebrae apareça, não é? Virou-se de bruços e tragando uma lufada de ar, ergueu-se de vez, as pernas ainda oscilantes. Com a corda já em posição, puxou Dalienne com a mão boa e a outra, recolheu dentro de sua roupa.

Reconheceu uma das raízes de um carvalho tortuoso onde houve o ataque, há cinco meses atrás.

— É aqui!

Podia pular de alegria ao ouvir, não muito distante, barulhos de pratos e copos sendo lavados. O relinchar de cavalos e até algumas vozes indistinguíveis se misturavam ao vento.

— Se eu for com você até lá, vão acreditar que eu te matei. Você fica aqui, tá?

Lançou fora alguns pensamentos que insistiam em relembra-la que ali só restava um corpo. Dalie está somente dormindo. Foi o que repetiu para si mesma até passar pela porta da estalagem. Dirigiu-se imediatamente ao balcão sem olhar para os lados, não muito interessada em rostos conhecidos.

— Estou perto de Polus?

O gorducho detrás do balcão tinha uma verruga monstruosa em seu nariz, a pele era extremamente vermelha e quase achou que ele fosse careca, até que percebeu que os finos fios que restavam em seu cabelo era quase da mesma cor que a pele.

Evitava olhá-lo nos olhos. Ou olho. O outro devia ter sido arrancado.

Em um outro idioma puxado, chamou alguém.

— Valha-me, Thandler. Parentes são um fardo que devemos carregar. Oh, deuses. Em que posso ajudar, senhorita?

Com certeza, o velho era dono da estalagem. Todos que trabalhavam atrás do balcão haviam aberto um espaço gigante para ele passar. Pareciam ter medo dele apesar da sua baixa estatura.

— Polus está perto daqui?

— O que é que uma garota está fazendo aqui? Só homens que podem sair da cidade e com autorização do lorde.

— Estou? — insistiu.

— Hum. — O velhote tinha no olhar um quê de desconfiança, mas algum pensamento deve ter anulado suas superstições, pois logo lhe atendeu. — Só pegar a estrada sem árvores no caminho. Muitos cavaleiros da cidade vêm visitar a estalagem e logo retornam. Pode seguir algum.

— Obrigada.

O velhote não respondeu mais nada, apesar de retornar ao serviço de secar alguns copos com um olhar torto.

Nenhum dos quatro que trabalhavam no balcão havia reparado no copo de água cheio até metade que um cliente havia acabado de beber e pagar. Beba! Vendo que ninguém estava olhando-a, pegou o resto da água e derramou em sua boca, ansiando ter um barril inteiro para si. Jamais ficou tão feliz por um gole de água. Estava desesperada por mais. Com as moedas podia fingir que eram suas e pagar outro copo. O ímpeto era inegável, mas acelerou os passos para fora dali antes que cometesse um crime.

Selena seguia paralela à estrada enquanto puxava Dalienne agora com mais afinco. Quase correndo. Não estava muito preocupada quanto a Sombra. Ele sabia se defender bem, escalaria alguma árvore para caçar uma coruja ou fugir de um predador ou até encontrar um galho que levasse ao muro da cidade. Era sagaz, logo apareceria, com raiva de Selena por nem tê-lo esperado, mas apareceria.

O céu estava já escuro quando finalmente encontrou o portão. Caiu-se em joelhos no momento em que uma sentinela imediatamente ordenou que abrissem os portões e avisassem ao lorde quem estava ali.

Sua visão se tornou turva pelas lágrimas que não cessavam em cair. Mal via os cavaleiros pegarem o corpo de Dalienne e um outro, guia-la para o interior da cidade.

Enquanto era escoltada para o castelo, um vislumbre lhe permitiu ver Hendrik com roupas já de dormir entre outros noviços que chegaram correndo após a notícia que rapidamente se espalhou por toda a Polus.

— Posso falar com meu amigo? — perguntou, soluçando, ao guarda.

— Não, senhorita. Ordens do Lorde Alliand.

Não reparou em muitos detalhes, mas pôde ver a surpresa ser abafada no semblante de Hendrik por extrema desolação ao ver o corpo de Dalienne ser carregado; seu braço frio e pálido já começava a fender, o que fez o buraco no interior de Selena se abrir mais ainda. Eu podia ter feito algo para evitar!

Estava tão sufocada pela dor que dilacerava suas entranhas que mal percebeu quando entrou no castelo e foi deixada só dentro do grande salão onde geralmente o lorde atendia questões da cidade. Provavelmente iriam levar o corpo de sua amiga a algum lugar e não tão breve os lordes seriam comunicados sobre a morte. Estava preparada pelos gritos que teria de ouvir assim como Rhaysen havia passado. Desabou-se no chão frio de pedra e desejou do mais profundo de sua alma que o Eu Sou estivesse ali para lhe consolar. Kyrios, eu preciso tanto de você... Assolada pelos pensamentos de culpa, vergonha e medo, derramou tudo o que tinha ainda guardado no vazio da sua alma. Mas não era o bastante para aquela sensação passar.

— Senhorita, o Mágister Zharos lhe espera na biblioteca — informou um outro cavaleiro. — Acompanhe-me.

O mestre aguardava soturno em seu assento à mesa quando Selena foi orientada a ficar ali até que o lorde viesse.

— Selena Cavaerley?

Uma dúvida se instaurou em sua mente quando recobrou a vida que tinha em Polus; uma vida oculta por quem seu pai havia sido: inimigo dos Alliand.

— Sim.

— Quem cravou uma lâmina em Dalienne Alliand?

Hesitou em dizer. E se não acreditassem?

— Diga a verdade.

Respirou fundo esperando uma torrente de injúrias ser despejada em sua face.

— Malthor.

— Hum. Sabe algo sobre o colar, se Malthor está com ele?

— Sim — cuspiu a palavra com desgosto. — Ele estava.

— Perdão, o que quer dizer com estava?

— Eu era a portadora do colar. Estive com ele esse tempo todo. Eu... — decidiu que não envolveria seus amigos na história — mantive o elo comigo, pensando que assim Malthor não o encontraria. Tentei destruí-lo antes que chegasse nas mãos dele. Mas ele o destruiu com as próprias mãos, as mesmas que usaram uma adaga para matar minha melhor amiga.

O mágister a olhava com escrutínio.

— Por que não nos procurou para informar sobre o paradeiro do colar? Por que permaneceu calada quando viu que não devia?

— Era da minha mãe, mágister.

— Não estou no humor para piadas Srta. Cavaerley. Sabe que a sua casa não tem direito algum sobre essa cidade, tampouco teria sobre o colar. Já requisitei a vinda de seu guardião para confirmar sua conduta.

Olhou-o nos olhos apesar da plena certeza que a vermelhidão e o inchaço não ajudariam muito.

— Ele pertenceu a minha mãe. Eu jamais a conheci, era um objeto afetivo meu. — Bateu o punho cerrado contra a superfícieda mesa, farta de tudo. — Eu tentei quebra-lo sim, tentei evitar que dominasse a vida sobre os nove mundos, porém jamais o entregaria nas mãos de qualquer um. Também não estou no humor para piadas, Mágister Zharos. Acaso eu saberia quais provisões vocês tomariam se nem eu fui capaz de dar um fim nele? Fariam o quê? Jogariam-no no fundo do mar? Ou... Ou enterrariam no quintal do seu terreno? Malthor era Gilorv, o servo pessoal da Lady Liadan Alliand. Quer fosse a decisão de vocês, ele ouviria e fizessem o que fosse feito, ele iria atrás. E agora ele detém o poder da vida e a marca da sua vitória está cravada na minha mão. — Abriu o seu palmo marcado com a cicatriz. Estava pouco se importando com a humilhação que era ter aquilo gravado no lugar onde sempre olharia.

O mágister recostou no assento, desacreditado na revelação sobre Gilorv. Havia se esquecido que mais ninguém além dela havia estado frente a frente com Malthor, o que seria um desafio, pois não havia nenhuma testemunha que comprovasse os fatos; de que Gilorv era Malthor; que ele havia matado Dalienne; que o que vira era real. Preparava-se psicologicamente construindo uma imponente barreira contra qualquer objeção. Era real. É real. Permanecerá sendo real.

— Sir Walfred, chame agora a Lady Alliand.

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WE'RE BACK READERS
Eu to numa vibes muito underground (esse é o termo correto?) para vos escrever este capítulo. Eu to beeeem, mas escrever esse capítulo não me foi uma piada. É um clima tenso ter que carregar seu(a) melhor amigo(a) morto e sozinho enquanto enfrenta uma batalha dentro de si. Não quero que vocês fiquem tristes, mas saibam que a morte é real, algo inevitável e a única certeza da nossa vida. Temos um prazo e devemos fazer bom uso da única oportunidade que temos de fazer a diferença nesse mundo.

AGORA, DEIXO AQUI UMA PERGUNTA: QUAL É O SEU OBJETIVO NESSA VIDA?

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Não se esqueça de deixar seu voto e comentar aqui o que você achou desse capítulo. Me dê seu feedback, quais são suas expectativas e dicas para acrescentar na história 😁🤗
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